Estar em Satsang, neste trabalho, significa sair do modelo comum. Esse modelo comum é a ideia de você estar aí e eu aqui, duas pessoas interagindo e trocando ideias. Sair desse modelo comum significa descobrir a Verdade sobre Si mesmo; a Verdade de que não há dois! A presença de “alguém” independente do outro, independente do mundo, é uma ilusão! Esse é o modelo que todos conhecem, em que fomos educados – o modelo de uma existência separada, de uma entidade separada. Assim, estes encontros são belas oportunidades para identificarmos a ilusão desse modelo.
A constatação da Realidade traz o Despertar, que é a visão da Vida como Ela é, livre do medo, do sofrimento, da confusão e, portanto, livre desse modelo comum de separação, de dualidade. Você presume que a “pessoa” não é uma coisa. Parece ser ofensivo dizer que a “pessoa” também é só uma “coisa”, mas toda relação que você tem com o mundo é uma relação com objetos; todo o seu interesse no mundo é em objetos. O que você chama de “pessoa” é uma ideia, uma crença, uma imagem que se tem de um organismo vivo, que você chama de “alguém”. Se você vê o mundo dentro da perspectiva de objetos – que é como você vê, a partir de imagens, o que está à sua volta – você termina imaginando coisas, pessoas, objetos e o mundo como algo separado. Então, você vive nessa multiplicidade e esse pensamento está presente aí. Não há Silêncio interno, não há Consciência, não há espaço para o fim de tudo isso, para o fim dessa ilusão, a ilusão desse modelo.
Em Satsang, você pode ir além dessa dualidade, dessa base da multiplicidade. É apenas a mente que separa tudo, que cria essa dualidade e, portanto, essa relação com objetos. Em seu Ser, em sua Natureza Verdadeira, você não conhece objetos. Seu interesse em objetos, ou a sua relação com o mundo nesse formato, é puramente mental. Por que tudo isso é importante? Porque enquanto você não se conhecer em sua Natureza Essencial, como Consciência, sua visão do mundo será completamente distorcida.
Há uma inquietude interna, em razão de toda essa confusão que o pensamento produz dentro de você. Você está vivendo pelo pensamento, pois foi assim que foi educado a viver. Uma vida baseada no pensamento é conflituosa, porque uma vida interessada em objetos é uma vida autocentrada. Não conseguir se ver é não conseguir ver o outro, o mundo, a vida, e essa é a visão de objetos. Todo o seu interesse está nesse autocentramento, nessa relação com objetos, em que o desejo e o medo estão presentes.
A pergunta é: “Quem é você?”. Descobrir o Silêncio da sua Natureza Real, que é a ausência dessa condição da mente, desse modelo de vida puramente mental, é o que estamos fazendo juntos, em Satsang. Enquanto fica envolvido nesse modelo de vida mental, você está sempre esperando algo novo acontecer, algum objeto novo chegar, para se completar. Ou você se reconhece como Consciência, ou vive nesse modelo de vida mental!
Todos vocês estão esperando alguma coisa para amanhã, talvez mais filhos, um novo casamento, uma nova casa, um novo emprego, abrir um negócio, serem amados, se tornarem ricos, pessoas famosas... Então, você estará sempre aguardando alguma coisa amanhã para ser feliz. É sempre algo que você deseja ou sonha. Aí está a estrutura do ego, desse “eu” falso, procurando um “alguém” para “ser alguém”. Você já teve quatro casamentos, agora vai partir para o quinto! Você não foi amado, mas agora será! Você vai encontrar a pessoa certa, morar na cidade certa, no país certo, terá mudanças em sua vida... As coisas não foram boas ontem, mas serão boas amanhã! É sempre uma relação de imaginação, fora da Realidade presente. Tudo isso porque você não sabe a Verdade sobre Si mesmo!
Talvez, em mais quarenta anos, você não consiga chegar lá, mas vai continuar tentando. Você quer continuar vivendo mais quarenta, cinquenta, sessenta anos dentro dessa procura, dessa busca. Aqui, eu quero convidar você para fora do tempo, fora desse modelo, desse círculo; fora do passado e do futuro. Você não deve estar feliz com o passado, senão não estaria nessa sala. Você está procurando ainda alguma coisa, sinal que não a encontrou. O seu modelo de vida é esse modelo do pensamento, da imaginação: Desesperança – passado; esperança – futuro.
Parece que todos são infelizes, porque estão à procura de alguma coisa. Quando está completo, feliz, realizado, você não procura mais! Mas o seu modelo, o seu condicionamento, é sempre da procura, da busca. Não importa se não foi feliz no passado, você acredita que será feliz no futuro. Porém, o seu futuro será como o seu passado se você não se compreender neste instante.
Essa procura fora resulta sempre em conflito, em outra forma de fantasia. Satsang é o final da ilusão dessa pessoa que estará sempre procurando algo, sempre tendo esperança no futuro e desesperançado com o passado. A natureza do ego, a natureza da mente, é sempre buscar a continuidade. O que estamos lhe propondo é conhecer esse “fogo”, essa “chama” da Liberdade. Isso é algo presente quando a ilusão se desfaz, desaparece. Quando você chega aqui eu lhe convido a Isso, e chamo Isso de “Algo Natural e Simples”. É sair de cena, deixar essa ilusão, abandonar esse personagem, a ilusão de ver a si mesmo e o mundo a partir dessa mente dualista, dessa mente separatista, dessa mente em conflito.
Você Realiza a Felicidade presente quando descobre que “você” não está aí. Não há mais procura, não há mais busca (nem de espiritualidade, nem de materialidade). Então, essa Inteligência Real está Presente!. Enquanto houver alguma forma de busca, haverá problemas.
Então, não é só o problema de alguém materialista, mas de alguém envolvido com a espiritualidade também. O que se chama de espiritualidade, afinal? É a conquista de um mundo fora deste! É sempre a ideia de conquistar, de alcançar, de chegar lá, de adquirir, de se tornar alguém especial. Você não é alguém do mundo, não é um materialista, agora você é uma criatura espiritualizada!
Isso tudo parece bastante estranho e até absurdo para ouvir pela primeira vez, mas a vida na mente é uma fraude! Enquanto os pensamentos estiverem presentes, circulando dentro da sua cabeça, produzindo imagens e dizendo que você pode realizar isso ou aquilo, você estará capturado pela ilusão, pelo senso do “eu”, pelo sentido de separação. Por isso tenho lhe dado advertências quanto à importância da Meditação. Essa ignorância fundamental precisa ser exposta! Esse modelo de relação com objetos precisa ser reconhecido! Agora, você conseguiu compreender: esses objetos podem ter a natureza da materialidade ou da espiritualidade, mas ainda continuam sendo objetos, projeções da mente, projeções do pensamento.
Participante: Mestre, minha cabeça é tão cheia que não consigo meditar!
Marcos Gualberto: Meditação não é cabeça vazia, Meditação é a ausência da cabeça! Quando não há cabeça, a Meditação está presente. Presença de cabeça é sempre presença de conteúdo. Cabeça é conteúdo! Onde a cabeça está, o conteúdo está. Esses pensamentos, esses sentimentos, essas emoções, são atividades motivadas por esse condicionamento, por toda a loucura dessa ilusão, desse sentido do “eu”, desse sentido de separação, e isso é a presença da cabeça. Tudo isso começa a desvanecer, pouco a pouco, nesse contato com sua Natureza Essencial, sua Natureza Divina.
Essa própria Consciência, que é sua Natureza Essencial, começa a se revelar, começa a lhe mostrar o que é Meditação. Não falo de uma prática, falo da aproximação do reconhecimento de que Você não tem uma cabeça, de que Você não é uma entidade separada em uma relação com o mundo. Toda essa inquietude, toda essa confusão interna, é algo presente nessa ilusão.
Todo pensamento, dentro de você, não é Você. Você é a Realidade onde o pensamento acontece! Não é o pensamento! Essa Realidade, onde o pensamento acontece, é essa Consciência, da qual estou falando, e Isso não está numa relação com o mundo, na dualidade “eu e o mundo”. Isso requer um trabalho, requer um envolvimento real de trabalho consigo mesmo.
A mente não vai abrir mão do lugar dela com tanta facilidade. Tudo o que você conhece sobre si mesmo é falso, é a mente conhecendo. O que Você é, você não pode saber; e o que você sabe, não é o que Você é. O que Você é, não pode e não precisa saber. O que Você não é, você sabe, e isso é completamente inútil, porque não é a Verdade.
A constatação da Realidade traz o Despertar, que é a visão da Vida como Ela é, livre do medo, do sofrimento, da confusão e, portanto, livre desse modelo comum de separação, de dualidade. Você presume que a “pessoa” não é uma coisa. Parece ser ofensivo dizer que a “pessoa” também é só uma “coisa”, mas toda relação que você tem com o mundo é uma relação com objetos; todo o seu interesse no mundo é em objetos. O que você chama de “pessoa” é uma ideia, uma crença, uma imagem que se tem de um organismo vivo, que você chama de “alguém”. Se você vê o mundo dentro da perspectiva de objetos – que é como você vê, a partir de imagens, o que está à sua volta – você termina imaginando coisas, pessoas, objetos e o mundo como algo separado. Então, você vive nessa multiplicidade e esse pensamento está presente aí. Não há Silêncio interno, não há Consciência, não há espaço para o fim de tudo isso, para o fim dessa ilusão, a ilusão desse modelo.
Em Satsang, você pode ir além dessa dualidade, dessa base da multiplicidade. É apenas a mente que separa tudo, que cria essa dualidade e, portanto, essa relação com objetos. Em seu Ser, em sua Natureza Verdadeira, você não conhece objetos. Seu interesse em objetos, ou a sua relação com o mundo nesse formato, é puramente mental. Por que tudo isso é importante? Porque enquanto você não se conhecer em sua Natureza Essencial, como Consciência, sua visão do mundo será completamente distorcida.
Há uma inquietude interna, em razão de toda essa confusão que o pensamento produz dentro de você. Você está vivendo pelo pensamento, pois foi assim que foi educado a viver. Uma vida baseada no pensamento é conflituosa, porque uma vida interessada em objetos é uma vida autocentrada. Não conseguir se ver é não conseguir ver o outro, o mundo, a vida, e essa é a visão de objetos. Todo o seu interesse está nesse autocentramento, nessa relação com objetos, em que o desejo e o medo estão presentes.
A pergunta é: “Quem é você?”. Descobrir o Silêncio da sua Natureza Real, que é a ausência dessa condição da mente, desse modelo de vida puramente mental, é o que estamos fazendo juntos, em Satsang. Enquanto fica envolvido nesse modelo de vida mental, você está sempre esperando algo novo acontecer, algum objeto novo chegar, para se completar. Ou você se reconhece como Consciência, ou vive nesse modelo de vida mental!
Todos vocês estão esperando alguma coisa para amanhã, talvez mais filhos, um novo casamento, uma nova casa, um novo emprego, abrir um negócio, serem amados, se tornarem ricos, pessoas famosas... Então, você estará sempre aguardando alguma coisa amanhã para ser feliz. É sempre algo que você deseja ou sonha. Aí está a estrutura do ego, desse “eu” falso, procurando um “alguém” para “ser alguém”. Você já teve quatro casamentos, agora vai partir para o quinto! Você não foi amado, mas agora será! Você vai encontrar a pessoa certa, morar na cidade certa, no país certo, terá mudanças em sua vida... As coisas não foram boas ontem, mas serão boas amanhã! É sempre uma relação de imaginação, fora da Realidade presente. Tudo isso porque você não sabe a Verdade sobre Si mesmo!
Talvez, em mais quarenta anos, você não consiga chegar lá, mas vai continuar tentando. Você quer continuar vivendo mais quarenta, cinquenta, sessenta anos dentro dessa procura, dessa busca. Aqui, eu quero convidar você para fora do tempo, fora desse modelo, desse círculo; fora do passado e do futuro. Você não deve estar feliz com o passado, senão não estaria nessa sala. Você está procurando ainda alguma coisa, sinal que não a encontrou. O seu modelo de vida é esse modelo do pensamento, da imaginação: Desesperança – passado; esperança – futuro.
Parece que todos são infelizes, porque estão à procura de alguma coisa. Quando está completo, feliz, realizado, você não procura mais! Mas o seu modelo, o seu condicionamento, é sempre da procura, da busca. Não importa se não foi feliz no passado, você acredita que será feliz no futuro. Porém, o seu futuro será como o seu passado se você não se compreender neste instante.
Essa procura fora resulta sempre em conflito, em outra forma de fantasia. Satsang é o final da ilusão dessa pessoa que estará sempre procurando algo, sempre tendo esperança no futuro e desesperançado com o passado. A natureza do ego, a natureza da mente, é sempre buscar a continuidade. O que estamos lhe propondo é conhecer esse “fogo”, essa “chama” da Liberdade. Isso é algo presente quando a ilusão se desfaz, desaparece. Quando você chega aqui eu lhe convido a Isso, e chamo Isso de “Algo Natural e Simples”. É sair de cena, deixar essa ilusão, abandonar esse personagem, a ilusão de ver a si mesmo e o mundo a partir dessa mente dualista, dessa mente separatista, dessa mente em conflito.
Você Realiza a Felicidade presente quando descobre que “você” não está aí. Não há mais procura, não há mais busca (nem de espiritualidade, nem de materialidade). Então, essa Inteligência Real está Presente!. Enquanto houver alguma forma de busca, haverá problemas.
Então, não é só o problema de alguém materialista, mas de alguém envolvido com a espiritualidade também. O que se chama de espiritualidade, afinal? É a conquista de um mundo fora deste! É sempre a ideia de conquistar, de alcançar, de chegar lá, de adquirir, de se tornar alguém especial. Você não é alguém do mundo, não é um materialista, agora você é uma criatura espiritualizada!
Isso tudo parece bastante estranho e até absurdo para ouvir pela primeira vez, mas a vida na mente é uma fraude! Enquanto os pensamentos estiverem presentes, circulando dentro da sua cabeça, produzindo imagens e dizendo que você pode realizar isso ou aquilo, você estará capturado pela ilusão, pelo senso do “eu”, pelo sentido de separação. Por isso tenho lhe dado advertências quanto à importância da Meditação. Essa ignorância fundamental precisa ser exposta! Esse modelo de relação com objetos precisa ser reconhecido! Agora, você conseguiu compreender: esses objetos podem ter a natureza da materialidade ou da espiritualidade, mas ainda continuam sendo objetos, projeções da mente, projeções do pensamento.
Participante: Mestre, minha cabeça é tão cheia que não consigo meditar!
Marcos Gualberto: Meditação não é cabeça vazia, Meditação é a ausência da cabeça! Quando não há cabeça, a Meditação está presente. Presença de cabeça é sempre presença de conteúdo. Cabeça é conteúdo! Onde a cabeça está, o conteúdo está. Esses pensamentos, esses sentimentos, essas emoções, são atividades motivadas por esse condicionamento, por toda a loucura dessa ilusão, desse sentido do “eu”, desse sentido de separação, e isso é a presença da cabeça. Tudo isso começa a desvanecer, pouco a pouco, nesse contato com sua Natureza Essencial, sua Natureza Divina.
Essa própria Consciência, que é sua Natureza Essencial, começa a se revelar, começa a lhe mostrar o que é Meditação. Não falo de uma prática, falo da aproximação do reconhecimento de que Você não tem uma cabeça, de que Você não é uma entidade separada em uma relação com o mundo. Toda essa inquietude, toda essa confusão interna, é algo presente nessa ilusão.
Todo pensamento, dentro de você, não é Você. Você é a Realidade onde o pensamento acontece! Não é o pensamento! Essa Realidade, onde o pensamento acontece, é essa Consciência, da qual estou falando, e Isso não está numa relação com o mundo, na dualidade “eu e o mundo”. Isso requer um trabalho, requer um envolvimento real de trabalho consigo mesmo.
A mente não vai abrir mão do lugar dela com tanta facilidade. Tudo o que você conhece sobre si mesmo é falso, é a mente conhecendo. O que Você é, você não pode saber; e o que você sabe, não é o que Você é. O que Você é, não pode e não precisa saber. O que Você não é, você sabe, e isso é completamente inútil, porque não é a Verdade.
* Transcrito a partir de uma fala em um encontro online, na noite do dia 24 de Julho de 2020 – Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.
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