domingo, 24 de abril de 2022

Pensamentos excessivos

O assunto aqui, agora, é bem intrigante, bem interessante. Alguns dizem assim: "Ah, eu gostaria de me livrar desse modelo de pensamentos excessivos". Então, eles têm muito essa questão: "Como posso me livrar desse hábito, desse pensar excessivamente? Como posso me livrar dos pensamentos excessivos?"

Então, para alguns, a paz irá acontecer quando eles se livrarem desse modelo, o modelo dos pensamentos excessivos. Há algo que não se percebe aqui claramente. O pensamento, em si, já é excessivo. Então, por que você quer escolher entre alguns? Por que você quer separar os que são excessivos dos que não são? Por que você não investiga a real natureza do pensamento? O que é o pensamento?

Nós vemos o pensamento, na realidade, como um fenômeno, uma aparição. Nesse sentido, todo pensamento é algo muito básico, algo muito simples, e, de uma certa forma, ele é até utilitário em alguns momentos.

Mas quem, em você, seria esse capaz de distinguir entre pensamentos excessivos e não excessivos? Então, por que fazer essa escolha? Por que não compreender o processo em si, que é o processo do pensamento, e ver que, na verdade, o pensamento, em si, já é excessivo? Boa parte dos pensamentos que você tem é completamente inútil.

Então, durante o dia, é muito típico dessa assim chamada "criatura humana" passar boa parte do seu tempo, psicologicamente ocupada com ideias, com crenças, com imaginações, em devaneio. Sendo, o tempo inteiro, carregada por esse peso, que é o peso do pensamento, e aqui é o pensamento excessivo.

Então, o pensamento, em si, não é uma imperiosa necessidade, é apenas uma aparição, mas uma aparição que se tornou um vício, um hábito. Uma vez que você se identifique com esse processo, você fica subjugado a ele, e é isso o que tem, de fato, ocorrido.

Então, eu recomendaria que você descobrisse, pela constatação, a Natureza Real do seu Ser, que é, basicamente, Silêncio. Nesse Silêncio, não há espaço para o conflito criado e produzido pelo pensamento. Então, uma vez que você constate a Natureza Real sobre quem é Você, a Verdade de seu próprio Ser, uma vez que você constate o Silêncio de sua Natureza Divina, o pensamento não é mais o problema.

Então, não iremos mais falar em pensamentos excessivos, não iremos mais falar da necessidade dessa identificação ou dessa desidentificação com o pensamento, porque, uma vez que o seu Ser se revele, se revela como o Silêncio, como a Verdade. E, aqui, sendo essa Verdade, sendo esse Silêncio, não há nenhum problema com o pensamento, não há nenhum conflito com o pensamento, então não surge mais essa questão. Mas, enquanto Isso não se revela, é necessário um trabalho nessa direção, um trabalho de desidentificação com o pensamento. Então, você não precisa se livrar dos hábitos dos pensamentos excessivos, você precisa reconhecer a Verdade do Seu Ser, e Isso irá livrá-lo dessa questão da confiança que se dá aos pensamentos.

Então, é natural que esses pensamentos desapareçam. Então, há algo que é, claramente, descoberto nessa Realização. Por exemplo, a imaginação é algo que termina, o devaneio é algo que termina, e também esse modelo de pensamento negativo, ou negativista, produzindo constantemente sofrimento pela ansiedade, pela preocupação, pela antecipação imaginária de coisas, que irão ou não acontecer. Tudo isso desaparece, porque isso só tem base nessa ilusão, na ilusão dessa falsa identidade, na ilusão dessa identificação com o pensamento.

Então, tudo que você precisa é se desidentificar dos pensamentos. Essa desidentificação dos pensamentos revela o lugar real do pensamento, desse fenômeno existencial. É claro que isso requer um trabalho. Colocado aqui, dessa forma, parece algo basicamente muito simples. Só que na verdade, na prática, apesar de soar de uma forma simples, não é, na verdade, algo fácil.

Você tem passado todos esses anos identificado ou dando verdade a uma identidade que é falsa: essa identidade do "eu", que, basicamente, são pensamentos, lembranças, memórias, imagens, crenças, imaginações. E tudo isso precisa desaparecer, porque nada disso é Você! Seu Ser não é isso!

Nosso trabalho, em Satsang, é a Constatação da Verdade sobre quem nós somos. Essa Constatação, passa, naturalmente, pela desidentificação daquilo que não somos, dessa falsa identidade, desse falso centro, deste falso "eu". E isso é, claro, o fim dos pensamentos. É nesse sentido que todo pensamento é, em si, excessivo.

Então, nós deixamos de lado essa distinção entre pensamentos excessivos e não excessivos, e investigamos a natureza real do pensamento. Que espaço real ele tem? E, é claro, isso não pode ser feito pelo próprio pensamento. Isso é feito, ou acontece, de uma forma muito natural pela Compreensão da Verdade sobre quem Você é. Isso, basicamente, é Meditação.

Então, a Meditação revela Isso. Meditação é, basicamente, se desidentificar do pensamento. Não tem nada a ver com postura física, com práticas, com sistemas, com métodos. É a desidentificação natural que acontece, a desidentificação que, naturalmente, acontece, a desidentificação dos pensamentos, pela atenção a si mesmo, pela observação desse movimento. Isso é o fim para esse movimento, é o fim para essa inquietude interna, para todo esse conflito que o pensamento produz. Isso, sim, é o fim; Isso, sim, é a resposta para o fim desse hábito, o hábito do pensamento, o hábito da identificação com o pensamento, da confiança, da crença, da ilusão, de sofrer no pensamento, pelo pensamento.

Janeiro de 2022
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terça-feira, 19 de abril de 2022

O pensamento e o tempo

Nos pediram aqui para falar sobre essa questão "tempo-pensamento". Com exceção do tempo cronológico, que é o tempo que nós conhecemos, que é esse tempo entre o nascer do sol e o pôr do sol – nós temos o tempo do relógio, o tempo cronológico –, existe uma outra noção de tempo que, psicologicamente, nós temos. Essa é a noção de presente, passado e futuro. É uma noção, toda ela, assentada numa relação direta com o pensamento. Esse é o ponto. Então, podemos dizer que, sem pensamento, toda essa noção de tempo – presente, passado e futuro – desaparece. O que você tem é o tempo cronológico, que é esse tempo entre o nascer do sol e o pôr do sol, o tempo do relógio.

Mas nós criamos um tempo! É o tempo produzido pelas ideias, pelas crenças, pelas imagens, pelas imaginações que temos. Então, nessa noção de tempo que nós criamos, que o pensamento criou, nós estamos vivendo numa relação entre presente, passado e futuro.

A pergunta é: quem? Quem está vivendo isso? Quem viveu o passado, quem está vivendo o presente e quem viverá o futuro, já que esse "presente, passado e futuro" é só uma noção criada pelo pensamento? O fato é que, sem pensamento, não existe esse "eu". Sem o pensamento, não só desaparecem presente, passado e futuro, como também desaparece esse senso, esse sentido, de um "eu" presente.

Então, essa noção é totalmente equivocada, totalmente falsa. Então, o que temos como realidade de tempo é somente a suposta realidade do pensamento. Então, o pensamento supostamente cria a realidade do tempo. Sem o pensamento, não há tempo, e o tempo é para essa entidade separada, para essa "pessoa" que "eu" acredito ser.

Na verdade, essa "pessoa", toda ela baseada no pensamento, é apenas uma história, apenas um conceito, é apenas uma crença. Toda noção que você tem de si mesmo é a simples noção da memória. Tudo que você pode dizer sobre quem você é se refere à memória, e memória basicamente é pensamento, e é essa memória que criou a noção de um passado, para alguém que supostamente viveu isso.

Então, essa relação entre pensamento e tempo é algo muito, muito estreito. Na verdade, pensamento é tempo, tempo é pensamento. Então, se o assunto é "nos fale sobre tempo e pensamento"... Na verdade, quando estamos falando de pensamento, estamos falando de tempo, e, quando estamos falando de tempo, estamos falando de pensamento, porque é algo que está sempre próximo, está sempre junto.

Na realidade, é uma só aparição, com nomes diferentes. Aqui, o que importa é você compreender que essa entidade não existe, e, se ela não existe, não há essa verdade do tempo, porque essa entidade se baseia no pensamento, e o pensamento é parte da memória, é parte da lembrança, é parte das imagens, é parte da história desse suposto personagem.

A sua Identidade Real, a sua Identidade Verdadeira é atemporal, Ela não está no tempo, portanto Ela não faz parte do pensamento. Veja, o pensamento é apenas um fenômeno, um fenômeno existencial, algo utilitário como proposta de memória, de lembrança, de recordação. Mas lembre-se: o pensamento sempre trata de lembrança, ou seja, ele sempre trata de uma suposta vida para uma entidade separada, o que não é Real.

Então, o pensamento não trata com a Realidade. Como fenômeno, é apenas uma aparição, até útil do ponto de vista desse sonho, esse sonho que podemos chamar de "eu no mundo", mas não há mundo e não há "eu" sem o pensamento, e, sem o pensamento, não há tempo, toda essa noção de tempo desaparece.

A Realidade do seu Ser é algo presente agora, aqui. É exatamente agora e aqui que não há o conflito para essa entidade separada. Essa entidade separada não é real agora e aqui. Quando o pensamento chega, quando as lembranças e imagens chegam, a ideia de uma identidade presente aparece, e, com essa ideia, surgem também os conflitos inerentes a essa "pessoa" que você acredita ser.

O seu Ser é atemporal. Essa é a Realidade de sua Identidade Verdadeira, que não é uma identidade separada. Na verdade, é a identidade Divina, é a Realidade Divina, fora de tempo e pensamento.

E podemos ir mais longe: Ela também também está fora de toda noção de presença nesse assim chamado "espaço". O espaço é outra questão. O espaço é aquilo que vemos entre dois objetos. Sua Consciência, sua Natureza Real, não é um objeto. O corpo é uma aparição no tempo, o pensamento é uma aparição no tempo, o pensamento é o tempo em aparição, o corpo é uma aparição no pensamento, mas a sua Realidade, Aquilo que Você é, está fora de tudo isso.

A Realização Divina é a Compreensão da Natureza de seu Ser, é a Compreensão da natureza atemporal que é a sua Realidade Divina, que está livre de tempo, pensamento e espaço. OK? Essa é a Verdade sobre Você. Então, presente, passado e futuro são apenas ideias, são apenas crenças, são apenas conceitos, produzidos pelo pensamento. Sem pensamento, isso não aparece, isso não existe.

Isso é claramente compreendido, vivenciado, em sono profundo. Não há esse senso do "eu", não há espaço, não há tempo e não há pensamento. Em sono profundo, Ser é a Realidade que Você é, mas o tempo não aparece aí, o espaço não aparece aí, o mundo não aparece aí, e Aquilo que Você é não deixa de estar presente, como pura Consciência, como pura Realidade atemporal.

Janeiro de 2022
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quinta-feira, 7 de abril de 2022

A Verdade pode ser buscada?

A pergunta é "a Verdade pode ser buscada?". Veja, Aquilo que Você é, já é aqui e agora. Portanto, se você está à procura da Verdade, a Revelação da Verdade está na constatação do que já está aqui e agora, presente.

O que tem acontecido é uma procura por essa assim chamada "verdade", e aquilo que você pode encontrar ainda é parte daquilo que você idealiza, daquilo que você acredita, daquilo que você procura, e, portanto, não pode ser a Verdade. Nessa busca, você procura aquilo que acredita existir, e aquilo que você acredita existir é algo sempre fora, é algo distante, é algo idealizado pelo pensamento e, repito, não pode ser a Verdade.

Quando tratamos da Verdade, da Realidade Divina, estamos tratando da Realidade do nosso próprio Ser, e Isso é algo presente, então não é passível de ser encontrado lá fora. Estamos diante Daquilo que somos agora e aqui. Então, a Verdade pode ser, sim, constatada, mas não encontrada, uma vez que essa "verdade" seja uma ideia, um conceito, uma crença.

Está claro isso?

O nosso trabalho, o objetivo de estarmos juntos, é para termos esse encontro com nós mesmos, com Aquilo que somos, com Aquilo que somos agora, não com aquilo que nós procuramos, não com aquilo que nós buscamos, como uma ideia, como uma crença.

Então, nós usamos expressões como "Deus", "Verdade", "o Divino", "a Realidade"… A questão não são essas expressões que nós usamos, a questão é compreender que não estamos tratando de algo fora, de algo distante, de algo que pode ser encontrado pelo nosso esforço, pela nossa procura, pela nossa dedicação, pela nossa busca.

Aquilo que Você é se revela aqui. Uma vez que você se torne cônscio de todo esse movimento ilusório de ser "alguém", uma vez que você perceba a implicação dessa ilusão, dessa crença – toda ela fundamentada no pensamento, no qual você tem vivido por todo esse tempo –, e descarte isso, é possível essa Constatação da Verdade.

Essa Constatação da Verdade não é o encontro com a Verdade, é o Reconhecimento Dela, é a Constatação de sua Presença.

Estamos tratando do Divino, estamos tratando de Deus, estamos tratando Daquilo que Você é, então não estamos lidando com algo no futuro, não estamos lidando com uma ideia, com um conceito, estamos lidando com a Verdade, a Verdade de Ser, a Verdade que você traz, a Verdade que Você é.

Alguns têm chamado isso de "o Despertar" ou "a Realização de Deus". Essa Realização de Deus não acontece porque você vai ao Seu encontro, e sim porque Ele o encontra, e quando eu digo "Ele", é Você! Não há nenhuma separação entre O que Ele é e O que Você é. Então, eu diria que você está na "procura de Si mesmo".

Essa "procura de Si mesmo", quando compreendida de forma equivocada, baseada no pensamento, é um afastamento, um distanciamento. Aqui, trata-se de ir além do pensamento, de ir além da mente, tendo essa Constatação Daquilo que Você é, aqui e agora.

Então, essa é a Verdade a ser constatada. Isso é o que Você é, essa é a Natureza Divina, essa é a Natureza do Ser, essa é a sua Natureza Verdadeira.

Janeiro de 2022
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segunda-feira, 4 de abril de 2022

Dualidade

Há algo que não é percebido tão claramente por você: esse sentido de separação, esse sentido que é conhecido como "dualidade". Basicamente, o que é isso? É a ideia que o pensamento produz sobre quem você é numa relação direta com a vida ou com o mundo.

Então, há essa crença, há essa ideia, o que é, basicamente, uma imaginação de que há um "eu" presente nessa experiência chamada "vida". E aí se inclui mais uma crença, mais uma ideia: a ideia de um Deus ou uma Verdade que está separada de você e separada da vida. Então, tem essa ideia: "eu, o mundo, ou a vida, e Deus". Então, basicamente, dualidade é essa crença.

Com base nisso, existe essa tendência, basicamente egoica, do esforço para ser alguém cada vez mais amplo, cada vez mais completo, cada vez mais feliz. E, em meio a essa crença, o ser humano tem vivido toda forma de conflito, porque se ele é uma entidade separada da vida, separada do mundo, separada de Deus, ele é alguém, basicamente, em luta, num esforço para melhorar, para se ampliar, para alcançar objetivos, tendo como propósito a busca pela felicidade.

Então, dualidade é basicamente uma crença produzida pelo pensamento. A verdade é que não existe qualquer separação; a verdade é que não existe qualquer dualidade. O que estou dizendo é que não há separação entre você e a vida, entre você e o mundo, entre você e Deus. Enquanto permanece essa crença, essa confiança na separação, na separatividade, na dualidade, enquanto isso permanece, permanece o conflito. Na verdade, é impossível não haver conflito enquanto houver a separatividade, enquanto houver esse sentido de separação.

O que o pensamento tem produzido, o que a mente egoica tem produzido, é uma interpretação de tudo o que acontece, e ela interpreta isso tentando se ajustar a esse antigo e velho modelo, o modelo de alcançar algum objetivo, de realizar algum propósito e de, basicamente, ser feliz, o que é impossível enquanto essa ilusão, que é a ilusão da separação, que é a ilusão da dualidade, permanecer.

O que há de singular em Satsang é essa apresentação, é essa amostragem, é a possibilidade de você perceber, por si mesmo, que não existe uma entidade presente agora e aqui, se separando da vida ou se separando do mundo ou se separando de Deus.

A Visão direta disso é o fim da dualidade, é o fim desse sentido de separação. E aqui, é claro, estamos colocando "dualidade" nesse sentido psicológico.

Quando a gente olha para a vida, quando a gente olha para a natureza, a gente percebe os opostos. São, na verdade, opostos aparentes. A gente vê o positivo e o negativo; a gente vê a luz e a escuridão; a gente vê toda essa dualidade de aspecto externo nesse fenômeno existencial. Isso a gente percebe que é algo muito natural.

Então, quando estamos tratando aqui dessa questão da ilusão da dualidade, estamos falando dessa dualidade psicológica, daquilo que o pensamento está produzindo sobre isso que se mostra. Nosso trabalho de Autorrealização – e é por isso que você está aqui, para constatar a Verdade sobre quem Você é –, essa constatação nesse trabalho significa o fim da ilusão da dualidade, o fim para essa ilusão de que existe você, o mundo, ou a vida, e Deus.

A única Realidade presente é a Realidade Divina. Então, essa é a Realidade do seu Ser. A ciência disso, a consciência plena disso, é o fim para o conflito da dualidade.

Temos o medo, por exemplo. O medo é algo presente dentro desse conflito, e o medo é algo muito presente na mente egoica, e é somente na mente egoica, que é a mente dualista, que é a mente separatista produzindo essa dualidade. E o medo é algo que termina, uma vez que não há espaço para o medo em seu Ser, que é Consciência, que é Deus. Por isso, esse trabalho de Satsang é algo muito, muito singular. É a possibilidade de você tomar ciência da Felicidade Divina do seu próprio Ser.

Então, a Realização da Verdade é o fim desse sentido de dualidade ou separatividade. Isso representa o fim do medo. Colocando dessa forma, você pode achar muito estranho quando colocamos a expressão "o fim do medo". Na verdade, você não tem a mínima ideia do que representa o fim do medo. O sofrimento presente nessa egoidentidade está todo assentado, basicamente, no medo.

Então, esse sentido egoico, que eu tenho chamado de sentido do "eu" ou o sentido da "pessoa" – que é, basicamente, esse sentido de dualidade – está, todo ele, assentado no medo.

A Verdade do seu Ser é a Verdade da Unicidade ou da não separação ou da não dualidade. Essa é a Verdade do seu Ser! É Isso que investigamos em Satsang; é Isso que trabalhamos em Satsang.

Janeiro de 2022
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