A mente se vê como real e separa o corpo e suas experiências do próprio mundo. Ela cria a ilusão da separação entre aquilo que está ciente da experiência e a própria experiência. A mente “se esquece” da Natureza Real da experiência e cria essa dualidade, vendo-se como uma entidade separada da própria experiência do mundo. Ela se vê como o “eu” e vê o mundo como o “objeto”.
A raiz dessa ilusão é o esquecimento da Verdadeira Natureza da experiência. Quando você esquece que é Consciência, vê a si mesmo como uma entidade separada do mundo e de todas as experiências acontecendo; quando você esquece que é essa Presença, você se confunde com o corpo.
Para a mente, tudo que está acontecendo no mundo é algo separado dela. Ela vê objetos separados, vê a si mesma no corpo, e vê o mundo e as experiências separados do próprio corpo. Quando você esquece que é o próprio Ser, a própria Consciência, esse “eu” parece ter uma existência separada do mundo e das experiências do corpo. É como se uma marionete acreditasse que tem vida própria. A Consciência fica ocultada pela ilusão da mente, e isso é a dualidade.
Essa dualidade aparece com o sentido de existência individual, que é quando a mente confunde o reflexo com a realidade. É uma espécie de “pacote” que você assina embaixo: “Eu sou isso!”. Você assinou um contrato que diz: “Eu estou aqui, o mundo está lá e Deus está lá em cima”. Todo o universo, toda a manifestação, inclusive a presença do corpo e da mente, é um reflexo dessa Consciência, mas a mente diz que o corpo, o mundo e Deus são reais e que estão separados entre si.
Só pode haver os pronomes “eu”, “meu” e “minha” quando o reflexo está tomando o lugar da realidade, quando a mente se vê sendo real nas aparições. Ela se vê sendo real no corpo, como uma entidade que tem um nome e uma forma, proprietária de objetos móveis e imóveis. Então, há ela, o mundo e Deus em algum lugar por aí, sendo que Deus, para ela, é só mais um objeto imaginado.
É muito estranha essa condição de viver na dualidade, porque o “eu” pode perder isso tudo. O mundo é um reflexo da Consciência, mas o “eu” é uma imaginação da mente, e a mente toma esse reflexo como real para ela. Repare a confusão em que você está quando confunde O que é com o que a mente diz que você é.
Você não duvida que está aí assentado e que está dentro do corpo. É isso que a mente faz! Ela está tomando o reflexo como a realidade. O corpo assentado e as sensações aí são só um reflexo dessa Consciência, mas a mente pega esse “pacote” e assina embaixo: “Eu sou isso, esse corpo sentado, ouvindo o Mestre”, “Eu tenho assuntos para resolver, problemas para solucionar, coisas para fazer”.
Tudo que está acontecendo (o corpo assentado, as ações sendo tomadas, o pensamento acontecendo, a fala, a escuta) é apenas um reflexo da Consciência, mas a mente entra e diz que isso é a realidade. Ela se sente uma entidade separada, pensando, fazendo, agindo, experimentado objetos e o mundo todo. A dualidade sempre aparece com esse senso de separatividade. É um pacote perfeito, completo!
No momento em que você diz “eu sou isso”, necessariamente a mente vai dizer “eu não sou aquilo”, ou, no momento em que diz “eu tenho isso”, a mente vai dizer “eu não tenho aquilo”. Se ela diz que tem algo, então também diz “aquilo não é meu ainda, mas pode ser”. Dessa forma, surge o desejo, a ambição, a inveja, o medo.
Esse conceito de “meu” carrega o senso de dualidade e separação. Não existe nada que seja seu, porque não existe um “eu” aí, agora. Por aceitar esse “eu”, você sofre. Esse “eu” é apenas a mente tomando o reflexo como a realidade, uma imaginação que ela cria com o pensamento de uma entidade presente nesta experiência aqui e agora.
A mente faz isso há milênios! Ela impregnou completamente a máquina com essa imaginação, com essa crença. As células do corpo estão todas impregnadas com essa ideia de “estar vivo”, de “ser alguém”, de “ser algo separado”, de “ser sujeito”.
Você entende, agora, o que eu chamo de “Autoinvestigação”? Autoinvestigação é perceber como esse mecanismo, essa estrutura de “pessoa”, funciona aí dentro. Você vê essa mecânica funcionando e a desmonta; vê a mente tomando o reflexo pela realidade e não aceita mais. É como se fosse um ladrão com uma máscara que viesse roubá-lo. Ele está mascarado porque sabe que, se perder a máscara, não terá condição nenhuma de roubá-lo. Então, ele vem todas as vezes disfarçado e o rouba.
O seu trabalho é tirar a máscara desse “ladrão”, para ele parar de “roubá-lo”. Ele só faz isso porque está disfarçado e você está sempre desatento, cochilando, desapercebido quando ele chega. Todas as vezes que a mente egoica chega, ela toma o reflexo como a realidade e você é “roubado”, de novo, de novo e de novo. O que ela “rouba”? O Silêncio, a Paz, a Inteligência, a Alegria... Você não vai jamais ser feliz vivendo na dualidade.
Tudo é só um reflexo, mas você está tomando esse reflexo como realidade. Esse “ladrão” vem e está sempre roubando você. Que “ladrão” é esse? Ele tem uma máscara e está disfarçado, se chama “eu” e cria sensações, como a de “meu”, “minha”.
Estou dizendo para você que esse “ladrão” é apenas uma condição que a mente está produzindo dentro desse mecanismo, confundindo a imagem no espelho com a realidade; confundindo a experiência do corpo, do mundo, de emoções, sensações e percepções com a realidade. Ela criou o senso do “eu”, então existe o senso do “não eu”. O sentido de dualidade sempre carrega esse sentido de um “eu” e a outra coisa: “Ele é o meu namorado”, “O outro é o namorado da outra!”, “Isso é meu!”, “O mundo é maravilhoso!”, “O mundo é horrível, é ruim demais viver aqui!”, “Eu gosto muito de estar vivo!”, “Eu não suporto viver, tudo é muito sofrimento!”, “Eu amo a minha família!”, “Eu não sinto nada pela família dos outros!”, “Eu não posso morrer agora, porque tenho muita coisa para fazer ainda no mundo!”, “Eu quero morrer, não aguento mais viver, essa vida é muito dura, muito difícil!”.
Enquanto a mente estiver confundindo esse reflexo com a realidade – esse sentido de separação entre ela e a experiência do mundo, ela e a experiência do outro, ela e a experiência da família, vendo as diferenças entre nações, entre sistemas de justiça, de injustiça, políticos, e etc.–, essa confusão sustentará o sofrimento. Foi isso que chamei de “ser roubado pelo ladrão”. O “ladrão” está roubando a Paz, a Felicidade, o Amor e a Inteligência de sua Natureza Essencial.
A raiz dessa ilusão é o esquecimento da Verdadeira Natureza da experiência. Quando você esquece que é Consciência, vê a si mesmo como uma entidade separada do mundo e de todas as experiências acontecendo; quando você esquece que é essa Presença, você se confunde com o corpo.
Para a mente, tudo que está acontecendo no mundo é algo separado dela. Ela vê objetos separados, vê a si mesma no corpo, e vê o mundo e as experiências separados do próprio corpo. Quando você esquece que é o próprio Ser, a própria Consciência, esse “eu” parece ter uma existência separada do mundo e das experiências do corpo. É como se uma marionete acreditasse que tem vida própria. A Consciência fica ocultada pela ilusão da mente, e isso é a dualidade.
Essa dualidade aparece com o sentido de existência individual, que é quando a mente confunde o reflexo com a realidade. É uma espécie de “pacote” que você assina embaixo: “Eu sou isso!”. Você assinou um contrato que diz: “Eu estou aqui, o mundo está lá e Deus está lá em cima”. Todo o universo, toda a manifestação, inclusive a presença do corpo e da mente, é um reflexo dessa Consciência, mas a mente diz que o corpo, o mundo e Deus são reais e que estão separados entre si.
Só pode haver os pronomes “eu”, “meu” e “minha” quando o reflexo está tomando o lugar da realidade, quando a mente se vê sendo real nas aparições. Ela se vê sendo real no corpo, como uma entidade que tem um nome e uma forma, proprietária de objetos móveis e imóveis. Então, há ela, o mundo e Deus em algum lugar por aí, sendo que Deus, para ela, é só mais um objeto imaginado.
É muito estranha essa condição de viver na dualidade, porque o “eu” pode perder isso tudo. O mundo é um reflexo da Consciência, mas o “eu” é uma imaginação da mente, e a mente toma esse reflexo como real para ela. Repare a confusão em que você está quando confunde O que é com o que a mente diz que você é.
Você não duvida que está aí assentado e que está dentro do corpo. É isso que a mente faz! Ela está tomando o reflexo como a realidade. O corpo assentado e as sensações aí são só um reflexo dessa Consciência, mas a mente pega esse “pacote” e assina embaixo: “Eu sou isso, esse corpo sentado, ouvindo o Mestre”, “Eu tenho assuntos para resolver, problemas para solucionar, coisas para fazer”.
Tudo que está acontecendo (o corpo assentado, as ações sendo tomadas, o pensamento acontecendo, a fala, a escuta) é apenas um reflexo da Consciência, mas a mente entra e diz que isso é a realidade. Ela se sente uma entidade separada, pensando, fazendo, agindo, experimentado objetos e o mundo todo. A dualidade sempre aparece com esse senso de separatividade. É um pacote perfeito, completo!
No momento em que você diz “eu sou isso”, necessariamente a mente vai dizer “eu não sou aquilo”, ou, no momento em que diz “eu tenho isso”, a mente vai dizer “eu não tenho aquilo”. Se ela diz que tem algo, então também diz “aquilo não é meu ainda, mas pode ser”. Dessa forma, surge o desejo, a ambição, a inveja, o medo.
Esse conceito de “meu” carrega o senso de dualidade e separação. Não existe nada que seja seu, porque não existe um “eu” aí, agora. Por aceitar esse “eu”, você sofre. Esse “eu” é apenas a mente tomando o reflexo como a realidade, uma imaginação que ela cria com o pensamento de uma entidade presente nesta experiência aqui e agora.
A mente faz isso há milênios! Ela impregnou completamente a máquina com essa imaginação, com essa crença. As células do corpo estão todas impregnadas com essa ideia de “estar vivo”, de “ser alguém”, de “ser algo separado”, de “ser sujeito”.
Você entende, agora, o que eu chamo de “Autoinvestigação”? Autoinvestigação é perceber como esse mecanismo, essa estrutura de “pessoa”, funciona aí dentro. Você vê essa mecânica funcionando e a desmonta; vê a mente tomando o reflexo pela realidade e não aceita mais. É como se fosse um ladrão com uma máscara que viesse roubá-lo. Ele está mascarado porque sabe que, se perder a máscara, não terá condição nenhuma de roubá-lo. Então, ele vem todas as vezes disfarçado e o rouba.
O seu trabalho é tirar a máscara desse “ladrão”, para ele parar de “roubá-lo”. Ele só faz isso porque está disfarçado e você está sempre desatento, cochilando, desapercebido quando ele chega. Todas as vezes que a mente egoica chega, ela toma o reflexo como a realidade e você é “roubado”, de novo, de novo e de novo. O que ela “rouba”? O Silêncio, a Paz, a Inteligência, a Alegria... Você não vai jamais ser feliz vivendo na dualidade.
Tudo é só um reflexo, mas você está tomando esse reflexo como realidade. Esse “ladrão” vem e está sempre roubando você. Que “ladrão” é esse? Ele tem uma máscara e está disfarçado, se chama “eu” e cria sensações, como a de “meu”, “minha”.
Estou dizendo para você que esse “ladrão” é apenas uma condição que a mente está produzindo dentro desse mecanismo, confundindo a imagem no espelho com a realidade; confundindo a experiência do corpo, do mundo, de emoções, sensações e percepções com a realidade. Ela criou o senso do “eu”, então existe o senso do “não eu”. O sentido de dualidade sempre carrega esse sentido de um “eu” e a outra coisa: “Ele é o meu namorado”, “O outro é o namorado da outra!”, “Isso é meu!”, “O mundo é maravilhoso!”, “O mundo é horrível, é ruim demais viver aqui!”, “Eu gosto muito de estar vivo!”, “Eu não suporto viver, tudo é muito sofrimento!”, “Eu amo a minha família!”, “Eu não sinto nada pela família dos outros!”, “Eu não posso morrer agora, porque tenho muita coisa para fazer ainda no mundo!”, “Eu quero morrer, não aguento mais viver, essa vida é muito dura, muito difícil!”.
Enquanto a mente estiver confundindo esse reflexo com a realidade – esse sentido de separação entre ela e a experiência do mundo, ela e a experiência do outro, ela e a experiência da família, vendo as diferenças entre nações, entre sistemas de justiça, de injustiça, políticos, e etc.–, essa confusão sustentará o sofrimento. Foi isso que chamei de “ser roubado pelo ladrão”. O “ladrão” está roubando a Paz, a Felicidade, o Amor e a Inteligência de sua Natureza Essencial.
*Transcrição de uma fala realizada em um encontro intensivo on-line, através do aplicativo Zoom no dia 10 de Maio de 2020 – Acesse a nossa agenda e se programe para estar conosco, clique aqui.
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