Estarmos juntos mais uma vez, neste encontro on-line, é uma linda oportunidade. É importante você estar aqui com uma clara disposição, com um desejo real de investigação, de averiguação, de observação. Satsang é um encontro desafiador, e sem essa interna disposição, que requer Inteligência, não é possível você descobrir o que estamos tratando aqui. Minha intenção aqui não é tentar convencê-lo da necessidade dessa Autorrealização, pois se você está aqui, aberto a esse tipo de assunto, é porque isso já ficou claro.
Assim, dizer para você que a sua vida é complicada, difícil ou infeliz não faz o menor sentido, uma vez que você já descobriu que há algo aí faltando, que há um vazio. Não estou aqui tentando convencer você de alguma coisa. O real devoto é discípulo da Verdade! Quando ele pergunta “qual é a realidade da minha vida?” ou “o que isso significa?”, isso já está nessa Inteligência que acabei de falar.
Então, não preciso lhe provar nada, até por que qual é o significado disso tudo? Qual é o significado disso que você chama de “vida”? O que é a vida? Você vive trinta, quarenta, cinquenta ou sessenta anos... Os mais afortunados (não sei se mais afortunados), ou os mais audaciosos, chegam aos oitenta, mas qual é o significado de tudo isso? Por que uma vida tão longa se ela é tão confusa, com tanta desordem, desespero e sofrimento, com apenas alguns poucos momentos de alegria, e você carregando um sentido de insatisfação profunda aí dentro?
Algumas pessoas vêm a esse encontro e têm a impressão de que eu tenho que convencê-las de que a vida delas tem algum sentido. Então, por que estamos aqui? O que é a vida? Por que esses quarenta, sessenta, oitenta anos, se você não sabe a Verdade sobre Si mesmo? O propósito aqui não é convencê-lo de que você é infeliz, até porque a mente tem fortes defesas. Se você é um discípulo da Verdade, não precisa ser convencido de que existe algo além dessa condição de “vida humana”. A única coisa que importa realmente, para você, é descobrir O que Você é.
Eu não estou dizendo para você descobrir o significado da Vida, pois Ela não carrega nenhum significado, mas carrega uma Beleza indescritível quando você descobre a Verdade sobre Si mesmo. Então, escute com atenção: você não vai descobrir o significado da Vida, porque Ela permanecerá sempre um extraordinário e belo Mistério. Se você sabe a Verdade sobre Si mesmo, sabe o que estou dizendo, mas, se você não sabe, a “sua vida” é somente confusão, com poucos momentos de satisfação e algum nível preenchimento, e, internamente, você carrega um enorme vazio. Acontece que você deixa de ser criança, torna-se adulto, casa-se, tem meia dúzia de filhos, e eles crescem sem saberem nada sobre si mesmos também. Assim, como você, eles não conseguem ver a Beleza que é a Vida e, ainda, há todo esse apego, esse medo de perdê-los, toda essa confusão.
Agora há pouco eu falei da Inteligência para investigar isso... Eu me referi à Real Inteligência, Àquela que torna possível o Despertar. A “inteligência” que você conhece − que facilita o “ganhar o pão”, fazer dinheiro ou ter sucesso no mundo − é bastante limitada. Nela, você continua, internamente, sem saber a Verdade sobre Si mesmo, portanto, sem desfrutar dessa Beleza que é a Vida. Então, não é dessa inteligência limitada que estou falando aqui. Estou apontando para a Inteligência do Sábio, daquele que descobriu a Verdade sobre Si mesmo e a Beleza de que a Vida não carrega nenhum significado, embora continue extraordinária, misteriosa, uma obra da Graça, uma obra Divina, de Deus. Essa Visão sobre Si mesmo nasce da Meditação, da ausência desse movimento caótico, complexo, em desordem, que é o movimento da mente. Quando há ausência dessa desordem, desse movimento da mente egoica, Algo se revela.
Então, quando usamos a expressão “autoconhecimento”, estamos dizendo algo completamente diferente do usual. Autoconhecimento é a Realização de que não há um “eu”. Vocês entendem? Isso é necessário ser compreendido. Repito: o Real Autoconhecimento é a Compreensão de que não existe esse “eu”, algo completamente diferente de entender a si mesmo. Eu falo em conhecer a Verdade sobre O que Você é, não em “conhecer a si mesmo”, no sentido de saber lidar com a “pessoa”, com a personalidade. O que você tem em psicologia, em terapia, é aprender a lidar com a “pessoa” que você acredita ser.
Aqui, estamos falando de outra coisa, da Verdade sobre O que Você é, não sobre o jeito de lidar com a “pessoa” que você acredita ser. Essa investigação da Verdade sobre Si mesmo é o princípio da Sabedoria, e é Isso que chamo de Real Inteligência. Sem Isso, você pode ser muito bem-sucedido no mundo, mas é infeliz, vive internamente em confusão, consigo mesmo e com o mundo, preso, cheio de desejos e medos, cheio de apegos. Quando você olha para o mundo (falo desse mundo próximo, das suas relações com esposa, filhos, parentes...), vê que as pessoas estão em desordem psicológica, em confusão interna, presas às suas crenças, aos seus conflitos, aos seus medos, e acredita que isso seja natural.
Eu tenho dito que isso é normal, mas nunca disse que é natural. Essa crença está aí porque você não tem nenhum parâmetro, nenhuma referência, pois todas as pessoas com quem convivemos estão em desordem interna, em conflito interno, não são Inteligentes, no sentido em que foi colocado aqui. Elas podem ser realizadoras, mas não são Inteligentes; conseguem até realizar alguma coisa externamente, porém isso se torna, também, uma base para alguma forma de conflito, de medo. Não há Liberdade, porque não existe Autoconhecimento. Então, essa investigação da Verdade sobre Si mesmo é o princípio da Sabedoria, dessa Inteligência. Isso está presente quando esse falso “eu”, essa ilusão sobre si mesmo, termina.
Satsang significa encontro com a Verdade. Então, você se depara aqui com esse modelo de crenças, com essa autolimitação, à qual você está se sujeitando constantemente. Você está vivendo nessa condição, dentro desse modelo, mas, quando há um raio de Inteligência, fica claro que essa não é uma condição natural, embora seja comum a todos. Então, o nosso interesse aqui não é estudar Filosofia, Religião, Psicologia ou qualquer ciência relativa a comportamentos humanos. Estamos aqui apenas para investigar a Verdade sobre nós mesmos.
O que tem mantido você nessa condição? Que espécie de limitação é essa? Que conjunto de crenças são essas? O meu Mestre sempre colocava para as pessoas a importância da pergunta: “Quem sou eu?”. Nesse momento, por exemplo, você não está ouvindo alguém que conhece coisas. Então, eu não tenho coisas para lhe ensinar. Não trato de Psicologia, Filosofia nem de Teologia. A única coisa que eu posso lhe perguntar, também, é isso: “Quem é você?”. Eu quero lhe mostrar a possibilidade de viver livre dessa autolimitação que a mente tem produzido. Então, Meditação é a arte de viver sem esse conteúdo de limitação, de crenças; sem esse fundo de condicionamento, de programação.
Vocês compreendem isso, que não existe nada para se aprender aqui? Você não aprende Meditação, não aprende Autoconhecimento... Você não aprende o Despertar; você Desperta!
Assim, dizer para você que a sua vida é complicada, difícil ou infeliz não faz o menor sentido, uma vez que você já descobriu que há algo aí faltando, que há um vazio. Não estou aqui tentando convencer você de alguma coisa. O real devoto é discípulo da Verdade! Quando ele pergunta “qual é a realidade da minha vida?” ou “o que isso significa?”, isso já está nessa Inteligência que acabei de falar.
Então, não preciso lhe provar nada, até por que qual é o significado disso tudo? Qual é o significado disso que você chama de “vida”? O que é a vida? Você vive trinta, quarenta, cinquenta ou sessenta anos... Os mais afortunados (não sei se mais afortunados), ou os mais audaciosos, chegam aos oitenta, mas qual é o significado de tudo isso? Por que uma vida tão longa se ela é tão confusa, com tanta desordem, desespero e sofrimento, com apenas alguns poucos momentos de alegria, e você carregando um sentido de insatisfação profunda aí dentro?
Algumas pessoas vêm a esse encontro e têm a impressão de que eu tenho que convencê-las de que a vida delas tem algum sentido. Então, por que estamos aqui? O que é a vida? Por que esses quarenta, sessenta, oitenta anos, se você não sabe a Verdade sobre Si mesmo? O propósito aqui não é convencê-lo de que você é infeliz, até porque a mente tem fortes defesas. Se você é um discípulo da Verdade, não precisa ser convencido de que existe algo além dessa condição de “vida humana”. A única coisa que importa realmente, para você, é descobrir O que Você é.
Eu não estou dizendo para você descobrir o significado da Vida, pois Ela não carrega nenhum significado, mas carrega uma Beleza indescritível quando você descobre a Verdade sobre Si mesmo. Então, escute com atenção: você não vai descobrir o significado da Vida, porque Ela permanecerá sempre um extraordinário e belo Mistério. Se você sabe a Verdade sobre Si mesmo, sabe o que estou dizendo, mas, se você não sabe, a “sua vida” é somente confusão, com poucos momentos de satisfação e algum nível preenchimento, e, internamente, você carrega um enorme vazio. Acontece que você deixa de ser criança, torna-se adulto, casa-se, tem meia dúzia de filhos, e eles crescem sem saberem nada sobre si mesmos também. Assim, como você, eles não conseguem ver a Beleza que é a Vida e, ainda, há todo esse apego, esse medo de perdê-los, toda essa confusão.
Agora há pouco eu falei da Inteligência para investigar isso... Eu me referi à Real Inteligência, Àquela que torna possível o Despertar. A “inteligência” que você conhece − que facilita o “ganhar o pão”, fazer dinheiro ou ter sucesso no mundo − é bastante limitada. Nela, você continua, internamente, sem saber a Verdade sobre Si mesmo, portanto, sem desfrutar dessa Beleza que é a Vida. Então, não é dessa inteligência limitada que estou falando aqui. Estou apontando para a Inteligência do Sábio, daquele que descobriu a Verdade sobre Si mesmo e a Beleza de que a Vida não carrega nenhum significado, embora continue extraordinária, misteriosa, uma obra da Graça, uma obra Divina, de Deus. Essa Visão sobre Si mesmo nasce da Meditação, da ausência desse movimento caótico, complexo, em desordem, que é o movimento da mente. Quando há ausência dessa desordem, desse movimento da mente egoica, Algo se revela.
Então, quando usamos a expressão “autoconhecimento”, estamos dizendo algo completamente diferente do usual. Autoconhecimento é a Realização de que não há um “eu”. Vocês entendem? Isso é necessário ser compreendido. Repito: o Real Autoconhecimento é a Compreensão de que não existe esse “eu”, algo completamente diferente de entender a si mesmo. Eu falo em conhecer a Verdade sobre O que Você é, não em “conhecer a si mesmo”, no sentido de saber lidar com a “pessoa”, com a personalidade. O que você tem em psicologia, em terapia, é aprender a lidar com a “pessoa” que você acredita ser.
Aqui, estamos falando de outra coisa, da Verdade sobre O que Você é, não sobre o jeito de lidar com a “pessoa” que você acredita ser. Essa investigação da Verdade sobre Si mesmo é o princípio da Sabedoria, e é Isso que chamo de Real Inteligência. Sem Isso, você pode ser muito bem-sucedido no mundo, mas é infeliz, vive internamente em confusão, consigo mesmo e com o mundo, preso, cheio de desejos e medos, cheio de apegos. Quando você olha para o mundo (falo desse mundo próximo, das suas relações com esposa, filhos, parentes...), vê que as pessoas estão em desordem psicológica, em confusão interna, presas às suas crenças, aos seus conflitos, aos seus medos, e acredita que isso seja natural.
Eu tenho dito que isso é normal, mas nunca disse que é natural. Essa crença está aí porque você não tem nenhum parâmetro, nenhuma referência, pois todas as pessoas com quem convivemos estão em desordem interna, em conflito interno, não são Inteligentes, no sentido em que foi colocado aqui. Elas podem ser realizadoras, mas não são Inteligentes; conseguem até realizar alguma coisa externamente, porém isso se torna, também, uma base para alguma forma de conflito, de medo. Não há Liberdade, porque não existe Autoconhecimento. Então, essa investigação da Verdade sobre Si mesmo é o princípio da Sabedoria, dessa Inteligência. Isso está presente quando esse falso “eu”, essa ilusão sobre si mesmo, termina.
Satsang significa encontro com a Verdade. Então, você se depara aqui com esse modelo de crenças, com essa autolimitação, à qual você está se sujeitando constantemente. Você está vivendo nessa condição, dentro desse modelo, mas, quando há um raio de Inteligência, fica claro que essa não é uma condição natural, embora seja comum a todos. Então, o nosso interesse aqui não é estudar Filosofia, Religião, Psicologia ou qualquer ciência relativa a comportamentos humanos. Estamos aqui apenas para investigar a Verdade sobre nós mesmos.
O que tem mantido você nessa condição? Que espécie de limitação é essa? Que conjunto de crenças são essas? O meu Mestre sempre colocava para as pessoas a importância da pergunta: “Quem sou eu?”. Nesse momento, por exemplo, você não está ouvindo alguém que conhece coisas. Então, eu não tenho coisas para lhe ensinar. Não trato de Psicologia, Filosofia nem de Teologia. A única coisa que eu posso lhe perguntar, também, é isso: “Quem é você?”. Eu quero lhe mostrar a possibilidade de viver livre dessa autolimitação que a mente tem produzido. Então, Meditação é a arte de viver sem esse conteúdo de limitação, de crenças; sem esse fundo de condicionamento, de programação.
Vocês compreendem isso, que não existe nada para se aprender aqui? Você não aprende Meditação, não aprende Autoconhecimento... Você não aprende o Despertar; você Desperta!
* Transcrito a partir de uma fala em um encontro online, na noite do dia 17 de Junho de 2020 – Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.
Maravilhoso! Jaya Guru!
ResponderExcluir🙏🏻🙇🏻♀️
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