Dentro da Visão da Realidade, não existe nada separado ou à parte do próprio Ser, da própria Consciência. Estamos apenas diante de um espetáculo, de um show.
Quando vai a uma joalheria, você vê muitas peças feitas do mesmo material. Cada uma pode até ter um valor diferente, mas você vê que foram feitas do mesmo material. Você encontra anéis, brincos, colares, pulseiras, todos feitos de ouro. Essas peças têm aparência e formas diferentes, mas são confeccionadas do mesmo tipo de material.
Na visão de um Ser Realizado, tudo é “ouro”! Esta é a beleza do Despertar, da Realização Divina: não há diferenciação. O homem comum está olhando as “peças”, mas está esquecido do “ouro”. O Sábio está vendo o “ouro” e, mesmo assim, ele não deixa de apreciar as peças. Para ele, o valor está no “ouro” e não no formato que ele assume, até porque o formato é temporário, mas o “ouro” permanece.
Se uma peça de ouro for derretida, ela voltará para a sua natureza, da qual nunca se separou. Simples isso, não é? Quando falamos do Despertar da Sabedoria, que é a Realização da Verdade sobre si mesmo, estamos falando da natureza desses ornamentos, dessas peças. Todos esses ornamentos não são nada além de ouro. Cem gramas de ouro em uma pulseira são os mesmos cem gramas de ouro em um relógio. O peso e a natureza são os mesmos; o formato é diferente.
Na mente egoica, você aprende a valorizar a forma. Na Consciência, em seu Natural Ser, sua apreciação está na não forma. Essa é a visão da Realidade! Quando isso fica Real – não como uma teoria ou uma crença –, o medo e o sofrimento desaparecem. Aliás, não se separa o sofrimento do medo. Onde há medo, há sofrimento.
Quando olha para o mundo, você vê as coisas acontecendo, aparecendo e desaparecendo. Esses acontecimentos são mudanças e isso causa medo. Para a mente, tudo tem que ser do jeito que ela quer que seja. Se for algo prazeroso, não pode mudar; se traz algum nível de satisfação, não pode desaparecer, tem que continuar lá. No entanto, a vida não é assim. Nessa caminhada, nesse trabalho de Autorrealização, você passará por muitas situações, e isso é natural. O medo é uma das coisas, atrelado à imaginação, ao desejo, e tudo isso precisará ser visto.
Enquanto você estiver acreditando na aparência e esquecendo a natureza da “joia”, enquanto estiver acreditando que é o corpo, que é a mente, a dúvida e o medo o seguirão como uma sombra, e o sofrimento como um guarda-sol. Você estará muito bem protegido com um guarda-sol desse tipo, só não sei de quê.
Assim, você tem uma proteção falsa. Enquanto for um aspirante a essa Realização, estiver dentro desse processo, desse trabalho, será natural que o medo se levante e que o sofrimento o acompanhe, exatamente porque existe essa identificação com a mente e o corpo.
Na razão em que vai se desidentificando do que o pensamento diz sobre quem você é, sobre o que a vida é, você começa a perceber que não há razão para a resistência, para essa luta contra a vida, como ela se expressa. Então, o sofrimento vai perdendo o lugar e o medo também.
O medo-sofrimento (não separamos uma coisa da outra) é uma companhia da mente egoica, dessa ilusão acerca da verdade sobre si mesmo. Isso significa que a natureza da “joia” foi esquecida e o formato dela vem sendo apreciado como algo real. Você não sabe quem é, mas acredita ser o corpo e ter uma mente. Você está em estado de esquecimento sobre a Verdade de si mesmo.
Jesus dizia que o corpo não é mais que uma vestimenta e o que você chama de “vida”, não é mais que uma provisão, um mantimento. Na verdade, se você observar, o corpo é constituído de alimento. Quando você come, o corpo cresce. Então, comida é o corpo. Sem alguma forma de comida, o corpo vai desaparecer, porque sua natureza é comida. Ele come e também é comida... Quando volta para a terra, ele se torna comida também. Na natureza é assim, tudo come tudo, tudo se alimenta de tudo, e toda aparência é como a aparência da “joia”, não é sua Natureza Essencial.
O principal problema é não acolher a vida como ela se apresenta. Essa resistência é a causa do medo, que tem como companhia o sofrimento. Quando tenta encontrar solução para esse problema criado e imaginado pelo pensamento, você busca felicidade em coisas externas. Dessa forma, você está só colecionando “joias”, colecionando formas, juntando aparências.
Repare que sua mente está sempre fixada em aparências: objetos, pessoas, situações... Então, buscar a solução para esse problema do viver – que é uma imaginação do pensamento – em coisas externas, no mundo externo, é um grande erro.
Outra coisa que acho importante dizer para você é que essas falas, como nascem do Silêncio, que é essa Consciência, como a Fonte delas é a própria Natureza da “joia”, elas têm um grande poder de recordação. Repare que, quando me escuta, você tem uma espécie de “recordação” Disso. Fica claro dentro de você que Isso não é algo estranho, que é algo que você já sabe, do qual só está sendo lembrado. Você está tão absorvido pela aparência, que esqueceu a Natureza da “joia”. Está tão absorvido pela aparência do “colar”, do “brinco”, do “anel”, que esqueceu o “ouro”. Então, vem uma voz e diz: "Aqui está o ‘ouro’! Isso não é só um ‘anel’, um ‘brinco’ ou uma ‘pulseira’”.
O propósito dessas colocações é que elas encontrem um espaço em você e criem uma correção no seu modo de ver a si mesmo, o mundo, o outro, o que está acontecendo à sua volta e dentro de você. Claro que isso acontece somado a um trabalho de Presença, de Graça, de Poder Divino, algo que só é possível dentro de Satsang. Quanto maior sua aproximação de Satsang, maior é esse Poder. Quanto maior o seu investimento nessa aproximação, maior é o retorno de resultado. É algo cumulativo. A princípio, você não vê muita coisa, mas algo vai acontecendo apesar de você.
Então, esteja em Satsang! Só estando dentro desse encontro você vai saber o que Isso significa. De longe, você pode só imaginar; dentro, você vai saber! Estar em Satsang é a chave! Apenas dessa forma, esse fundamental problema de autoesquecimento, de confundir a aparência com a Realidade, de confundir o que é externo com Aquilo que é inato e interno, se dissolve. Esse problema de autoignorância, que é autoesquecimento e, ao mesmo tempo, autolimitação, é sustentado pela ausência da Meditação, que é algo que acontece com muita naturalidade, sem qualquer esforço, dentro de Satsang.
Você tem muitas formas de fazer uma viagem, pode pegar vários meios de transporte. Dependendo do meio de transporte em que embarque, você pode chegar de forma mais rápida ou não ao destino. Não há pressa nessa Consciência. Deus não tem pressa! Você pode Realizar Isso agora ou pode deixar para daqui um bom tempo; e, quando eu falo "um bom tempo", estou dizendo um bom tempo mesmo!
Satsang é um “meio de transporte”. Não é como viajar trezentos quilômetros de bicicleta, de carro de passeio ou de avião. Qual desses três meios de transporte resolveria mais rapidamente esse seu problema? Uma bicicleta, um carro de passeio ou um avião? Pois é, Satsang não é nenhum desses três... Satsang é um foguete!
Quando vai a uma joalheria, você vê muitas peças feitas do mesmo material. Cada uma pode até ter um valor diferente, mas você vê que foram feitas do mesmo material. Você encontra anéis, brincos, colares, pulseiras, todos feitos de ouro. Essas peças têm aparência e formas diferentes, mas são confeccionadas do mesmo tipo de material.
Na visão de um Ser Realizado, tudo é “ouro”! Esta é a beleza do Despertar, da Realização Divina: não há diferenciação. O homem comum está olhando as “peças”, mas está esquecido do “ouro”. O Sábio está vendo o “ouro” e, mesmo assim, ele não deixa de apreciar as peças. Para ele, o valor está no “ouro” e não no formato que ele assume, até porque o formato é temporário, mas o “ouro” permanece.
Se uma peça de ouro for derretida, ela voltará para a sua natureza, da qual nunca se separou. Simples isso, não é? Quando falamos do Despertar da Sabedoria, que é a Realização da Verdade sobre si mesmo, estamos falando da natureza desses ornamentos, dessas peças. Todos esses ornamentos não são nada além de ouro. Cem gramas de ouro em uma pulseira são os mesmos cem gramas de ouro em um relógio. O peso e a natureza são os mesmos; o formato é diferente.
Na mente egoica, você aprende a valorizar a forma. Na Consciência, em seu Natural Ser, sua apreciação está na não forma. Essa é a visão da Realidade! Quando isso fica Real – não como uma teoria ou uma crença –, o medo e o sofrimento desaparecem. Aliás, não se separa o sofrimento do medo. Onde há medo, há sofrimento.
Quando olha para o mundo, você vê as coisas acontecendo, aparecendo e desaparecendo. Esses acontecimentos são mudanças e isso causa medo. Para a mente, tudo tem que ser do jeito que ela quer que seja. Se for algo prazeroso, não pode mudar; se traz algum nível de satisfação, não pode desaparecer, tem que continuar lá. No entanto, a vida não é assim. Nessa caminhada, nesse trabalho de Autorrealização, você passará por muitas situações, e isso é natural. O medo é uma das coisas, atrelado à imaginação, ao desejo, e tudo isso precisará ser visto.
Enquanto você estiver acreditando na aparência e esquecendo a natureza da “joia”, enquanto estiver acreditando que é o corpo, que é a mente, a dúvida e o medo o seguirão como uma sombra, e o sofrimento como um guarda-sol. Você estará muito bem protegido com um guarda-sol desse tipo, só não sei de quê.
Assim, você tem uma proteção falsa. Enquanto for um aspirante a essa Realização, estiver dentro desse processo, desse trabalho, será natural que o medo se levante e que o sofrimento o acompanhe, exatamente porque existe essa identificação com a mente e o corpo.
Na razão em que vai se desidentificando do que o pensamento diz sobre quem você é, sobre o que a vida é, você começa a perceber que não há razão para a resistência, para essa luta contra a vida, como ela se expressa. Então, o sofrimento vai perdendo o lugar e o medo também.
O medo-sofrimento (não separamos uma coisa da outra) é uma companhia da mente egoica, dessa ilusão acerca da verdade sobre si mesmo. Isso significa que a natureza da “joia” foi esquecida e o formato dela vem sendo apreciado como algo real. Você não sabe quem é, mas acredita ser o corpo e ter uma mente. Você está em estado de esquecimento sobre a Verdade de si mesmo.
Jesus dizia que o corpo não é mais que uma vestimenta e o que você chama de “vida”, não é mais que uma provisão, um mantimento. Na verdade, se você observar, o corpo é constituído de alimento. Quando você come, o corpo cresce. Então, comida é o corpo. Sem alguma forma de comida, o corpo vai desaparecer, porque sua natureza é comida. Ele come e também é comida... Quando volta para a terra, ele se torna comida também. Na natureza é assim, tudo come tudo, tudo se alimenta de tudo, e toda aparência é como a aparência da “joia”, não é sua Natureza Essencial.
O principal problema é não acolher a vida como ela se apresenta. Essa resistência é a causa do medo, que tem como companhia o sofrimento. Quando tenta encontrar solução para esse problema criado e imaginado pelo pensamento, você busca felicidade em coisas externas. Dessa forma, você está só colecionando “joias”, colecionando formas, juntando aparências.
Repare que sua mente está sempre fixada em aparências: objetos, pessoas, situações... Então, buscar a solução para esse problema do viver – que é uma imaginação do pensamento – em coisas externas, no mundo externo, é um grande erro.
Outra coisa que acho importante dizer para você é que essas falas, como nascem do Silêncio, que é essa Consciência, como a Fonte delas é a própria Natureza da “joia”, elas têm um grande poder de recordação. Repare que, quando me escuta, você tem uma espécie de “recordação” Disso. Fica claro dentro de você que Isso não é algo estranho, que é algo que você já sabe, do qual só está sendo lembrado. Você está tão absorvido pela aparência, que esqueceu a Natureza da “joia”. Está tão absorvido pela aparência do “colar”, do “brinco”, do “anel”, que esqueceu o “ouro”. Então, vem uma voz e diz: "Aqui está o ‘ouro’! Isso não é só um ‘anel’, um ‘brinco’ ou uma ‘pulseira’”.
O propósito dessas colocações é que elas encontrem um espaço em você e criem uma correção no seu modo de ver a si mesmo, o mundo, o outro, o que está acontecendo à sua volta e dentro de você. Claro que isso acontece somado a um trabalho de Presença, de Graça, de Poder Divino, algo que só é possível dentro de Satsang. Quanto maior sua aproximação de Satsang, maior é esse Poder. Quanto maior o seu investimento nessa aproximação, maior é o retorno de resultado. É algo cumulativo. A princípio, você não vê muita coisa, mas algo vai acontecendo apesar de você.
Então, esteja em Satsang! Só estando dentro desse encontro você vai saber o que Isso significa. De longe, você pode só imaginar; dentro, você vai saber! Estar em Satsang é a chave! Apenas dessa forma, esse fundamental problema de autoesquecimento, de confundir a aparência com a Realidade, de confundir o que é externo com Aquilo que é inato e interno, se dissolve. Esse problema de autoignorância, que é autoesquecimento e, ao mesmo tempo, autolimitação, é sustentado pela ausência da Meditação, que é algo que acontece com muita naturalidade, sem qualquer esforço, dentro de Satsang.
Você tem muitas formas de fazer uma viagem, pode pegar vários meios de transporte. Dependendo do meio de transporte em que embarque, você pode chegar de forma mais rápida ou não ao destino. Não há pressa nessa Consciência. Deus não tem pressa! Você pode Realizar Isso agora ou pode deixar para daqui um bom tempo; e, quando eu falo "um bom tempo", estou dizendo um bom tempo mesmo!
Satsang é um “meio de transporte”. Não é como viajar trezentos quilômetros de bicicleta, de carro de passeio ou de avião. Qual desses três meios de transporte resolveria mais rapidamente esse seu problema? Uma bicicleta, um carro de passeio ou um avião? Pois é, Satsang não é nenhum desses três... Satsang é um foguete!
* Transcrito a partir de uma fala em um encontro online, na noite do dia 24 de Junho de 2020 – Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.
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