Nenhuma pessoa é ruim ou maravilhosa. Não há “pessoa”! “Pessoas” não existem! Essa ideia sobre quem você é, o faz acreditar que é uma pessoa maravilhosa em um momento, mas há alguns dias você estava dizendo que não era bem assim que você se via. Vocês têm múltiplos “eus”, todos falsos! Uma hora, um entra e diz: “Eu sou uma pessoa maravilhosa”, daqui dois dias, você se sente mal consigo mesmo, e diz: “Por que eu não me corrijo?”, “Por que eu não consigo mudar minha vida?”, “Por que eu não sou feliz?”, “Por que eu não consigo viver de forma correta?”.
Há muita contradição! A mente vive assim, nessa multiplicidade de “eus”, e cada um deles tem uma ideia, um pensamento, uma crença, um julgamento, uma opinião. Tudo isso é falso! Aqui, estamos sinalizando para você uma nova possibilidade.
Participante: Verdade, Mestre. Tem dia que nos sentimos maravilhosos e, em outros, nos sentimos um lixo.
Marcos Gualberto: A mente vai sempre viver assim, fazendo julgamentos sobre ela própria, criticando-se, comparando-se, avaliando-se. Esse é um antigo movimento do ego. Aqui, estamos falando para você da possibilidade de ir além dessa suposta identidade, dessa assim chamada “pessoa” que você acredita ser.
Não importa o que esteja acontecendo, o pensamento está produzindo ideias sobre isso. Essas falas não são sobre como resolver problemas que o pensamento esteja construindo; elas são sobre como descobrir a mentira, a ilusão disso tudo. Há uma tagarelice muito grande, um falar desnecessário dentro da sua cabeça, que é o pensamento dizendo coisas. A ideia principal é que você é uma pessoa, e, como tal, está produzindo esses pensamentos. Não é assim?
Participante: A mente fala bastante, dentro da minha cabeça.
Marcos Gualberto: Essa é uma patologia, uma doença típica dos seres humanos. Participante: Às vezes me pego falando sozinha comigo mesma. As pessoas acham que sou louca!
Marcos Gualberto: Elas também falam! Talvez não verbalizem, mas estão sempre falando com elas mesmas. Na realidade, é sempre o pensamento falando com ele próprio. A ideia é que existe uma pessoa no controle disso, mas é só o pensamento falando com ele mesmo.
Então, essa patologia é tipicamente humana, é típico do ser humano esse tagarelar interno. O pensamento sempre está discorrendo sobre memória. Às vezes, ele tem o formato da ilusão de algo que aconteceu, que é o que chamamos de “passado”; em outras, tem o formato da ilusão de algo que irá acontecer, que é o que nós chamamos de “futuro”. Nós apreciamos muito isso!
Tudo isso é apenas um movimento do pensamento se autoafirmando dentro de princípios de crença. A ilusão de uma identidade presente é uma crença forte. O “sentido de pessoa” carrega somente isso, essa crença em ideias, ideias românticas e sentimentais. Quando há um real interesse em ver a Verdade disso, então torna-se possível a descoberta da ilusão do que o pensamento produz.
Em geral, temos expressões assim: “Vamos meditar!” ou “Vamos olhar para dentro!”. Mas, na mente, você não sabe o que é meditar, nem sabe o que é olhar para dentro. Mais uma vez, isso continua só sendo um pensamento, apenas mais uma coisa que ouvimos falar, que aprendemos ou achamos bonito, então dizemos: “Agora vou meditar, vou olhar para dentro de mim!”.
Eu tenho trabalhado com alguns de vocês aqui… Vocês já perceberam que eu não prescrevo uma prática. Meu trabalho é conduzi-lo à Meditação, mas não prescrever uma prática de meditação. Meu trabalho é lhe facilitar a possibilidade de olhar para si mesmo, e não essa coisa de “olhar para dentro” – isso é muito teórico, conceitual.
É essencial olhar para si mesmo, mas, na mente, quem sabe fazer isso? É essencial a Meditação, mas tudo que a mente sabe fazer é uma prática de meditação. Então, é necessário descobrir Isso, ter uma aproximação real, uma aproximação legítima dessa “coisa”, ou você continuará preso, ainda, ao velho e limitado conhecimento.
Existe esta crença: “Eu sou uma pessoa sentada, aqui, olhando para dentro de mim mesmo” ou “Eu sou uma pessoa sentada, aqui, em meditação”. Não existe “pessoa”, não existe nenhum “eu”! Não existe nenhum “eu” nessa história, ou, essa história é só a ilusão de um “eu”. No momento em que esse “eu” ilusório aparece, a história aparece com ele. No momento em que essa história aparece, esse “eu” ilusório aparece.
Como eu disse há pouco, a coisa pode piorar um pouco mais, porque não é apenas um “eu”, são múltiplos “eus” se contradizendo e brigando uns com os outros, tudo aparentemente dentro de você. Mas, em última instância, tudo isso é só o movimento do pensamento, do caótico, contraditório e desordenado movimento do pensamento.
Aqui, o segredo é descobrir o Silêncio, esse Silêncio da Verdade sobre Si mesmo. O trabalho real é quebrar essa identificação com a mente, com o movimento caótico do pensamento, com toda essa tagarelice interna. Então, constata-se esse Silêncio! A constatação desse Silêncio é Meditação.
O primeiro vislumbre que se tem disso é o começo da Meditação, que é estar desidentificado da mente, dessas crenças mentais de ser um menino ou uma menina, de ser uma pessoa, de ter uma história, um passado ou a imaginação de um futuro.
Aqueles que estão tendo contato com isso, pela primeira vez, têm certa dificuldade. Em geral, as pessoas nem mesmo percebem o quanto estão identificadas com essa crença. O “sentido de pessoa” é tão forte que elas jamais duvidam da existência dessa entidade presente. Eu apenas digo que pensamentos estão acontecendo, mas não existe alguém pensando; sentimentos estão acontecendo, mas não existe alguém sentindo; assim também são as emoções, as sensações.
Essa Liberação, essa Realização ou esse Despertar da Inteligência, é a plena Ciência disso – não intelectualmente, mas de verdade! A partir de então, expressões como “eu estou vendo”, “eu estou sentindo” ou “eu estou respirando” são colocadas de uma forma muito simples, com a plena compreensão de que são só frases, porque, na verdade, não existe alguém respirando, alguém vendo, alguém pensando; tudo isso é só um fenômeno existencial, é a Vida se expressando.
Há muita contradição! A mente vive assim, nessa multiplicidade de “eus”, e cada um deles tem uma ideia, um pensamento, uma crença, um julgamento, uma opinião. Tudo isso é falso! Aqui, estamos sinalizando para você uma nova possibilidade.
Participante: Verdade, Mestre. Tem dia que nos sentimos maravilhosos e, em outros, nos sentimos um lixo.
Marcos Gualberto: A mente vai sempre viver assim, fazendo julgamentos sobre ela própria, criticando-se, comparando-se, avaliando-se. Esse é um antigo movimento do ego. Aqui, estamos falando para você da possibilidade de ir além dessa suposta identidade, dessa assim chamada “pessoa” que você acredita ser.
Não importa o que esteja acontecendo, o pensamento está produzindo ideias sobre isso. Essas falas não são sobre como resolver problemas que o pensamento esteja construindo; elas são sobre como descobrir a mentira, a ilusão disso tudo. Há uma tagarelice muito grande, um falar desnecessário dentro da sua cabeça, que é o pensamento dizendo coisas. A ideia principal é que você é uma pessoa, e, como tal, está produzindo esses pensamentos. Não é assim?
Participante: A mente fala bastante, dentro da minha cabeça.
Marcos Gualberto: Essa é uma patologia, uma doença típica dos seres humanos. Participante: Às vezes me pego falando sozinha comigo mesma. As pessoas acham que sou louca!
Marcos Gualberto: Elas também falam! Talvez não verbalizem, mas estão sempre falando com elas mesmas. Na realidade, é sempre o pensamento falando com ele próprio. A ideia é que existe uma pessoa no controle disso, mas é só o pensamento falando com ele mesmo.
Então, essa patologia é tipicamente humana, é típico do ser humano esse tagarelar interno. O pensamento sempre está discorrendo sobre memória. Às vezes, ele tem o formato da ilusão de algo que aconteceu, que é o que chamamos de “passado”; em outras, tem o formato da ilusão de algo que irá acontecer, que é o que nós chamamos de “futuro”. Nós apreciamos muito isso!
Tudo isso é apenas um movimento do pensamento se autoafirmando dentro de princípios de crença. A ilusão de uma identidade presente é uma crença forte. O “sentido de pessoa” carrega somente isso, essa crença em ideias, ideias românticas e sentimentais. Quando há um real interesse em ver a Verdade disso, então torna-se possível a descoberta da ilusão do que o pensamento produz.
Em geral, temos expressões assim: “Vamos meditar!” ou “Vamos olhar para dentro!”. Mas, na mente, você não sabe o que é meditar, nem sabe o que é olhar para dentro. Mais uma vez, isso continua só sendo um pensamento, apenas mais uma coisa que ouvimos falar, que aprendemos ou achamos bonito, então dizemos: “Agora vou meditar, vou olhar para dentro de mim!”.
Eu tenho trabalhado com alguns de vocês aqui… Vocês já perceberam que eu não prescrevo uma prática. Meu trabalho é conduzi-lo à Meditação, mas não prescrever uma prática de meditação. Meu trabalho é lhe facilitar a possibilidade de olhar para si mesmo, e não essa coisa de “olhar para dentro” – isso é muito teórico, conceitual.
É essencial olhar para si mesmo, mas, na mente, quem sabe fazer isso? É essencial a Meditação, mas tudo que a mente sabe fazer é uma prática de meditação. Então, é necessário descobrir Isso, ter uma aproximação real, uma aproximação legítima dessa “coisa”, ou você continuará preso, ainda, ao velho e limitado conhecimento.
Existe esta crença: “Eu sou uma pessoa sentada, aqui, olhando para dentro de mim mesmo” ou “Eu sou uma pessoa sentada, aqui, em meditação”. Não existe “pessoa”, não existe nenhum “eu”! Não existe nenhum “eu” nessa história, ou, essa história é só a ilusão de um “eu”. No momento em que esse “eu” ilusório aparece, a história aparece com ele. No momento em que essa história aparece, esse “eu” ilusório aparece.
Como eu disse há pouco, a coisa pode piorar um pouco mais, porque não é apenas um “eu”, são múltiplos “eus” se contradizendo e brigando uns com os outros, tudo aparentemente dentro de você. Mas, em última instância, tudo isso é só o movimento do pensamento, do caótico, contraditório e desordenado movimento do pensamento.
Aqui, o segredo é descobrir o Silêncio, esse Silêncio da Verdade sobre Si mesmo. O trabalho real é quebrar essa identificação com a mente, com o movimento caótico do pensamento, com toda essa tagarelice interna. Então, constata-se esse Silêncio! A constatação desse Silêncio é Meditação.
O primeiro vislumbre que se tem disso é o começo da Meditação, que é estar desidentificado da mente, dessas crenças mentais de ser um menino ou uma menina, de ser uma pessoa, de ter uma história, um passado ou a imaginação de um futuro.
Aqueles que estão tendo contato com isso, pela primeira vez, têm certa dificuldade. Em geral, as pessoas nem mesmo percebem o quanto estão identificadas com essa crença. O “sentido de pessoa” é tão forte que elas jamais duvidam da existência dessa entidade presente. Eu apenas digo que pensamentos estão acontecendo, mas não existe alguém pensando; sentimentos estão acontecendo, mas não existe alguém sentindo; assim também são as emoções, as sensações.
Essa Liberação, essa Realização ou esse Despertar da Inteligência, é a plena Ciência disso – não intelectualmente, mas de verdade! A partir de então, expressões como “eu estou vendo”, “eu estou sentindo” ou “eu estou respirando” são colocadas de uma forma muito simples, com a plena compreensão de que são só frases, porque, na verdade, não existe alguém respirando, alguém vendo, alguém pensando; tudo isso é só um fenômeno existencial, é a Vida se expressando.
* Transcrito a partir de uma fala em um encontro online, na noite do dia 18 de Agosto de 2020 – Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.
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