Aqui, temos a oportunidade de mais um contato com nós mesmos. Satsang é um contato com a Realidade, essa Realidade que somos. É muito importante que você esteja disponível, que aprenda a priorizar esse encontro consigo mesmo.
A mente está sempre enfatizando o objeto. Ela se vê como sujeito e enfatiza o objeto. Parece que todas as suas experiências acontecem nesse nível – são experiências para um sujeito, e o veículo dessa experiência é sempre o objeto. Essa sua procura por experiência é para encontrar o que você deseja, no entanto parece que isso nunca é encontrado, fica sempre faltando alguma coisa, algo continua incompleto, não importando a qualidade de experiência que você tenha ou a importância do objeto com o qual você entre em contato.
Você, como um “sujeito”, preso a essa visão da mente, nunca se vê completo, nunca se vê realmente satisfeito. Há uma constante insatisfação. Nenhuma experiência é completa para o “sujeito”. A experiência, em si, nunca é o problema; o problema é a presença ilusória de um “sujeito” na procura por um objeto. Levem isso para diversas áreas aí da sua vida. Essa observação da natureza ilusória do “eu” é essencial.
Você precisa descobrir como viver livre dessa procura. Veja que o objeto não pode lhe dar o que você realmente está procurando. Quando você percebe isso, começa a ter uma consciência de orientação. Aqui, eu uso a palavra “consciência” no sentido de um senso real de orientação. Quando você tem isso, sua vida é reorquestrada ou reorganizada.
A palavra “orquestra” lembra organização, uma perfeita organização. Então, reorquestrar é reorganizar. A vida das pessoas, em geral, não está organizada. Você precisa perceber que, quando você alcança o objeto, quando a experiência acontece, aquilo que realmente é desejado não é encontrado. O que você tem ali é apenas uma breve sensação de satisfação. Isso mostra que essa satisfação não está no próprio objeto, não está nesse encontro com o objeto, não está na experiência. Isso significa que o fundamental é Você, e não aquilo que você busca. Há algo em você que permanece sendo fundamental, independente, livre de objetos e experiências.
Você foi programado para uma busca constante – a busca do objeto, do preenchimento e de uma realização que nunca acontece. A mente está sempre presente, colocando desordem. Não há essa organização, essa orquestração, quando a mente está presente.
Quando eu uso a palavra "orquestra", a primeira coisa que vem a você é um grande salão, onde os músicos estão assentados e organizados, de uma certa forma, para que aconteça um concerto. É preciso haver ordem ali, organização. Assim é a sua vida. Quando há esse Sentido Real de Vida, essa Presença, você se depara com a Graça, com a Beleza, com a Verdade! Esse é o seu encontro com o que há de verdadeiro, que é Você! Esse encontro Consigo mesmo é o encontro com o Divino! Quando isso acontece, não está mais havendo uma dispersão aí, porque você deixou de enfatizar o objeto. Quando você deixa de enfatizar o objeto, a mente sai dessa posição (era ela que estava fazendo isso).
Eu tenho falado com você a partir dessa Ordem. Essa fala nasce e aponta para essa Ordem. Agora, é preciso maturidade para que isso aconteça, e não enfatizar mais o objeto traz essa maturidade. É quando você questiona, explora, essa “sua vida”. Quando você faz isso, não acontece essa dispersão de energia.
Você sabe o que eu chamei de “objeto”? Qualquer coisa! A relação com qualquer coisa! Uma coisa muito comum é essa dispersão pelo pensamento. Pensamento, aqui, também é um objeto. Quando você vive na esperança, você está vivendo na imaginação, nesse futuro imaginário que o pensamento produz. É uma espécie de “sonho acordado”. Isso é só um exemplo de objeto, no qual a mente está sempre buscando preenchimento e satisfação.
O fato é que enquanto há imaginação, ainda que seja esperançosa, positiva, a mente ainda está dentro de seu espaço, dentro de seu próprio território, também produzindo imaginações negativas, medo. Então, você tem a esperança e a desesperança; o desejo e o medo. Assim não pode haver esse amadurecimento.
Seja prático e pare de imaginar! Pare de buscar no mundo mental através do conhecimento, através das experiências, através da esperança, da imaginação, e volte-se para a Realidade presente, que é Você, essa Consciência livre da mente, da imaginação. Se você se livra da imaginação, se livra do medo, se livra do futuro e, também, do passado. Seu passado é tão imaginário quanto o seu futuro, e vice-versa.
Então, você amadurece quando investiga, quando observa, quando compreende aquilo que se passa aí dentro, quando para de depender psicologicamente de objetos, de pensamentos. O pensamento está sempre girando em torno dessa coisa da esperança, do desejo de se livrar de alguma coisa ou conseguir uma outra.
Você faz uma diferenciação entre objetos animados e inanimados, mas eu não. Seu pequeno cachorrinho de estimação também é um objeto. O que quer que esteja servindo para alguma forma de preenchimento temporário e psicológico é apenas um objeto. Do ponto de vista da mente, as pessoas também são encaradas dessa forma – uma coisa para seu autopreenchimento.
Por isso é que há muita frustração, muito sofrimento. Há muita dependência, então há muito medo! Como é possível a felicidade em meio a tudo isso? Como é possível a paz em meio a tudo isso? Uma vida confusa, sem ordem... É como juntar muitos músicos dentro de uma sala, todos com os seus instrumentos desafinados, completamente fora de ordem, e esperar um concerto musical. Eles não estão sentados em seus lugares certos, os instrumentos estão desafinados, o maestro não veio...
Seu estado mental, sua vida, é o contrário de orquestração. Quando há Orquestração, quando há Ordem, Liberdade, Paz, Felicidade, você tem a música, você tem a arte, você tem a beleza; não a partir de um objeto, mas a partir da ausência da ilusão do “sujeito”. Quando existe essa ausência da ilusão do “sujeito”, não existe nenhum problema! Eu tenho enfatizado para você a importância de não dispersar energia, de estar ciente de si mesmo, de suas ações e reações, de suas resistências.
É muito importante que isso tudo diminua, essa ilusão de suas próprias ações, essa ilusão de se manter como um elemento de reação nas relações, e essa questão séria da resistência. É importante que isso tudo diminua, até desaparecer. Caso contrário, você permanecerá preso dentro de uma cadeia: a cadeia de suas reações, da resistência, da ignorância, da ilusão, do sofrimento. Assim, nunca haverá Liberdade, Sabedoria, Inteligência, Iluminação. Você será apenas uma “pessoa”. Temos sete bilhões no planeta, você será só mais uma delas.
Então, é importante que essa cadeia desapareça. No momento em que tudo desaparece, não há mais objeto, não há mais pensamento, não há mais tensão, apenas Quietude, Silêncio, uma sensação ilimitada de Bem-Aventurança, algo semelhante a quando você, despretensiosamente, dá um passeio em um parque cheio de árvores, com pássaros cantando e, de repente, por alguns instantes, todas as suas preocupações desaparecem, todos os objetos, em sua mente, já não estão mais presentes. O futuro e o passado não estão mais presentes, apenas o corpo caminha naquele parque.
Isso é algo indescritível! Não pertence à mente, ao tempo psicológico, ao sentido do “eu”, então não há mais nenhum objeto. Nesse momento, tudo desaparece! Então, há uma Clareza interna, uma Inteligência presente. Você não está mais agindo, reagindo, movendo-se do ponto de vista da “pessoa”, então não há mais nenhuma dispersão de energia. Um espaço se abre...
Este é o princípio da Meditação: um completo esvaziamento de todo o conteúdo interno, de toda essa bagunça que o pensamento provoca dentro de você. O pensamento é muito perturbador. Ele é a presença do objeto para esse “sujeito”. Se o pensamento se vai, o “sujeito” também se vai. Há Algo presente que não é parte da “pessoa”.
A “pessoa”, então, se mostra como uma ilusão. Todo o seu conteúdo desaparece. Nesse instante, você não tem um nome, não tem uma história, não tem memória – não tem essa “pessoa” que você conhece, esse conjunto de memória, de lembranças, de imaginações.
Tratamos com você sempre Daquilo que é essencial e, quando você tem olhos para ver, você vê! O meu trabalho com você é para que você tenha essa Revelação direta Daquilo que está aí presente. Você é importante, e não a experiência, o objeto, o que acontece. Falo de sua Natureza Verdadeira, sua Natureza Essencial. Ela é importante!
A mente está sempre enfatizando o objeto. Ela se vê como sujeito e enfatiza o objeto. Parece que todas as suas experiências acontecem nesse nível – são experiências para um sujeito, e o veículo dessa experiência é sempre o objeto. Essa sua procura por experiência é para encontrar o que você deseja, no entanto parece que isso nunca é encontrado, fica sempre faltando alguma coisa, algo continua incompleto, não importando a qualidade de experiência que você tenha ou a importância do objeto com o qual você entre em contato.
Você, como um “sujeito”, preso a essa visão da mente, nunca se vê completo, nunca se vê realmente satisfeito. Há uma constante insatisfação. Nenhuma experiência é completa para o “sujeito”. A experiência, em si, nunca é o problema; o problema é a presença ilusória de um “sujeito” na procura por um objeto. Levem isso para diversas áreas aí da sua vida. Essa observação da natureza ilusória do “eu” é essencial.
Você precisa descobrir como viver livre dessa procura. Veja que o objeto não pode lhe dar o que você realmente está procurando. Quando você percebe isso, começa a ter uma consciência de orientação. Aqui, eu uso a palavra “consciência” no sentido de um senso real de orientação. Quando você tem isso, sua vida é reorquestrada ou reorganizada.
A palavra “orquestra” lembra organização, uma perfeita organização. Então, reorquestrar é reorganizar. A vida das pessoas, em geral, não está organizada. Você precisa perceber que, quando você alcança o objeto, quando a experiência acontece, aquilo que realmente é desejado não é encontrado. O que você tem ali é apenas uma breve sensação de satisfação. Isso mostra que essa satisfação não está no próprio objeto, não está nesse encontro com o objeto, não está na experiência. Isso significa que o fundamental é Você, e não aquilo que você busca. Há algo em você que permanece sendo fundamental, independente, livre de objetos e experiências.
Você foi programado para uma busca constante – a busca do objeto, do preenchimento e de uma realização que nunca acontece. A mente está sempre presente, colocando desordem. Não há essa organização, essa orquestração, quando a mente está presente.
Quando eu uso a palavra "orquestra", a primeira coisa que vem a você é um grande salão, onde os músicos estão assentados e organizados, de uma certa forma, para que aconteça um concerto. É preciso haver ordem ali, organização. Assim é a sua vida. Quando há esse Sentido Real de Vida, essa Presença, você se depara com a Graça, com a Beleza, com a Verdade! Esse é o seu encontro com o que há de verdadeiro, que é Você! Esse encontro Consigo mesmo é o encontro com o Divino! Quando isso acontece, não está mais havendo uma dispersão aí, porque você deixou de enfatizar o objeto. Quando você deixa de enfatizar o objeto, a mente sai dessa posição (era ela que estava fazendo isso).
Eu tenho falado com você a partir dessa Ordem. Essa fala nasce e aponta para essa Ordem. Agora, é preciso maturidade para que isso aconteça, e não enfatizar mais o objeto traz essa maturidade. É quando você questiona, explora, essa “sua vida”. Quando você faz isso, não acontece essa dispersão de energia.
Você sabe o que eu chamei de “objeto”? Qualquer coisa! A relação com qualquer coisa! Uma coisa muito comum é essa dispersão pelo pensamento. Pensamento, aqui, também é um objeto. Quando você vive na esperança, você está vivendo na imaginação, nesse futuro imaginário que o pensamento produz. É uma espécie de “sonho acordado”. Isso é só um exemplo de objeto, no qual a mente está sempre buscando preenchimento e satisfação.
O fato é que enquanto há imaginação, ainda que seja esperançosa, positiva, a mente ainda está dentro de seu espaço, dentro de seu próprio território, também produzindo imaginações negativas, medo. Então, você tem a esperança e a desesperança; o desejo e o medo. Assim não pode haver esse amadurecimento.
Seja prático e pare de imaginar! Pare de buscar no mundo mental através do conhecimento, através das experiências, através da esperança, da imaginação, e volte-se para a Realidade presente, que é Você, essa Consciência livre da mente, da imaginação. Se você se livra da imaginação, se livra do medo, se livra do futuro e, também, do passado. Seu passado é tão imaginário quanto o seu futuro, e vice-versa.
Então, você amadurece quando investiga, quando observa, quando compreende aquilo que se passa aí dentro, quando para de depender psicologicamente de objetos, de pensamentos. O pensamento está sempre girando em torno dessa coisa da esperança, do desejo de se livrar de alguma coisa ou conseguir uma outra.
Você faz uma diferenciação entre objetos animados e inanimados, mas eu não. Seu pequeno cachorrinho de estimação também é um objeto. O que quer que esteja servindo para alguma forma de preenchimento temporário e psicológico é apenas um objeto. Do ponto de vista da mente, as pessoas também são encaradas dessa forma – uma coisa para seu autopreenchimento.
Por isso é que há muita frustração, muito sofrimento. Há muita dependência, então há muito medo! Como é possível a felicidade em meio a tudo isso? Como é possível a paz em meio a tudo isso? Uma vida confusa, sem ordem... É como juntar muitos músicos dentro de uma sala, todos com os seus instrumentos desafinados, completamente fora de ordem, e esperar um concerto musical. Eles não estão sentados em seus lugares certos, os instrumentos estão desafinados, o maestro não veio...
Seu estado mental, sua vida, é o contrário de orquestração. Quando há Orquestração, quando há Ordem, Liberdade, Paz, Felicidade, você tem a música, você tem a arte, você tem a beleza; não a partir de um objeto, mas a partir da ausência da ilusão do “sujeito”. Quando existe essa ausência da ilusão do “sujeito”, não existe nenhum problema! Eu tenho enfatizado para você a importância de não dispersar energia, de estar ciente de si mesmo, de suas ações e reações, de suas resistências.
É muito importante que isso tudo diminua, essa ilusão de suas próprias ações, essa ilusão de se manter como um elemento de reação nas relações, e essa questão séria da resistência. É importante que isso tudo diminua, até desaparecer. Caso contrário, você permanecerá preso dentro de uma cadeia: a cadeia de suas reações, da resistência, da ignorância, da ilusão, do sofrimento. Assim, nunca haverá Liberdade, Sabedoria, Inteligência, Iluminação. Você será apenas uma “pessoa”. Temos sete bilhões no planeta, você será só mais uma delas.
Então, é importante que essa cadeia desapareça. No momento em que tudo desaparece, não há mais objeto, não há mais pensamento, não há mais tensão, apenas Quietude, Silêncio, uma sensação ilimitada de Bem-Aventurança, algo semelhante a quando você, despretensiosamente, dá um passeio em um parque cheio de árvores, com pássaros cantando e, de repente, por alguns instantes, todas as suas preocupações desaparecem, todos os objetos, em sua mente, já não estão mais presentes. O futuro e o passado não estão mais presentes, apenas o corpo caminha naquele parque.
Isso é algo indescritível! Não pertence à mente, ao tempo psicológico, ao sentido do “eu”, então não há mais nenhum objeto. Nesse momento, tudo desaparece! Então, há uma Clareza interna, uma Inteligência presente. Você não está mais agindo, reagindo, movendo-se do ponto de vista da “pessoa”, então não há mais nenhuma dispersão de energia. Um espaço se abre...
Este é o princípio da Meditação: um completo esvaziamento de todo o conteúdo interno, de toda essa bagunça que o pensamento provoca dentro de você. O pensamento é muito perturbador. Ele é a presença do objeto para esse “sujeito”. Se o pensamento se vai, o “sujeito” também se vai. Há Algo presente que não é parte da “pessoa”.
A “pessoa”, então, se mostra como uma ilusão. Todo o seu conteúdo desaparece. Nesse instante, você não tem um nome, não tem uma história, não tem memória – não tem essa “pessoa” que você conhece, esse conjunto de memória, de lembranças, de imaginações.
Tratamos com você sempre Daquilo que é essencial e, quando você tem olhos para ver, você vê! O meu trabalho com você é para que você tenha essa Revelação direta Daquilo que está aí presente. Você é importante, e não a experiência, o objeto, o que acontece. Falo de sua Natureza Verdadeira, sua Natureza Essencial. Ela é importante!
* Transcrito a partir de uma fala em um encontro online, na noite do dia 24 de Agosto de 2020 – Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.
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