quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Infelicidade | Despertar da Kundalini | Tempo psicológico | Desordem psicológica

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui em nosso canal.

O assunto é “o Despertar Espiritual e o processo em direção a esse Despertar”.

Primeiro, é preciso que você compreenda por que esse Despertar é essencial.

O ser humano vive numa condição de comodismo psicológico. Ele está num estado interno de contradição, ele está num estado interno de conflito, de sofrimento, de medo, de desejos, e, no entanto, ele está acomodado a essa condição. Ele não suspeita!

Para alguns, já… isso começou, essa suspeita já começou. Alguns já estão suspeitando que isso não é o seu Natural Estado de Ser. E, aqui, eu me refiro ao seu Natural Estado de Ser. Esse estado de conflito, de contradição, esse estado de desordem emocional, de desordem sentimental, de desordem psicológica, não é o seu Natural Estado de Ser. Então, o Despertar é o Reconhecimento de sua Natureza Divina, da Verdade sobre quem é Você, sobre quem Você é.

Quando você está num ponto de conflito extremo, de sofrimento extremo, de contradição, de desordem extrema, só então você procura ajuda médica. Então, você vai em busca de uma ajuda para a sua saúde mental. Então, eu quero tratar com você hoje disso aqui. Parece que só quando você chega nesse extremo é que você percebe que há algo errado com você. No entanto, esse estado interno de sofrimento é algo geral, para todos, em maior ou menor grau, em maior ou menor representação psicológica e física.

Então, eu quero tratar com você sobre a infelicidade, sobre o fim da infelicidade. Em geral, o ser humano não percebe que, na realidade, esses estados internos representam infelicidade. É muito claro, é muito evidente isso – que, se você vive em ansiedade, você está num estado interno de infelicidade. Não há Paz quando há ansiedade. Se você está num estado interno de inveja, de ciúme, de medo, de desejos, se há uma contradição entre o que o pensamento diz e o que você deseja… toda forma de contradição interna é um sinal clássico da presença da infelicidade.

O reconhecimento disso é a base para irmos além dessa condição. Então, o Despertar Espiritual é o reconhecimento de que existe algo além de tudo isso, além dessa condição de desordem psicológica, de sofrimento psicológico, de infelicidade.

Então, a nossa proposta aqui, com você, é lhe mostrar que é possível uma vida livre da ansiedade, livre da depressão, livre do medo, livre dos conflitos, das contradições, dos desejos. Você sente uma coisa, pensa outra, e deseja outra!

A verdade é que você não sabe quem é Você! Você se confunde com aquilo que não é Você! Você se confunde com memórias, com lembranças, com recordações, com sentimentos e emoções relativas a uma identidade aí, que, de fato, não existe. Esse senso de "pessoa", de personalidade, lincado a esse movimento psicológico de memória, de imagens, de imaginações, nessa ideia de presente, passado e futuro, tudo isso está dentro desse circuito, que é o circuito do pensamento. E o pensamento, definitivamente, não é quem Você é!

Você é algo além do pensamento. Seu Ser é algo além dessa memória, muito além dessa imagem que você tem de si mesmo, de si mesma – a ideia "eu sou o corpo", a ideia "eu estou no mundo", a ideia "eu sou alguém".

Então, o Despertar Espiritual é o Despertar de sua Natureza Divina, de sua Identidade Verdadeira. Esse organismo terá que passar por um processo de mudança, de transformação… esse corpo-mente. Você já teve o seu primeiro nascimento, agora você precisa Nascer de verdade para quem Você é.

Você nasceu para os seus pais, você nasceu para o mundo, agora você precisa Nascer para Si mesmo, Nascer para Deus, Nascer para a Verdade do seu Ser. Se Isso se realiza, a infelicidade termina. Mas, se Isso não se realiza, o conflito continua.

A busca de Buda, a presença de Jesus, de Krishna, de Ramana Maharshi… tanto essa busca de Buda como a presença de Seres Realizados vivendo essa Consciência de Deus, apareceram nesse cenário para nos mostrar que existe algo fora dessa condição, dessa condição comum a todos.

Então, esse é o sentido verdadeiro da Espiritualidade. Espiritualidade é a busca de algo fora dessa condição, dessa condição caótica, psicológica, egoica que o ser humano vive.

A Real Espiritualidade – eu falo da Real Espiritualidade, eu não falo de seitas, religiões, práticas esotéricas, práticas místicas, rituais…Eu falo do Despertar do seu Ser, de sua Natureza Divina, de sua Identidade Real. Então, essa Espiritualidade Verdadeira acontece quando acontece o Despertar de sua Natureza Divina.

Esse mecanismo, na Yoga, é conhecido por Kundalini – esse mecanismo que torna possível esse Despertar aí, nesse corpo e nessa mente, esse mecanismo que torna possível esse Novo Nascimento.

Um dia se aproximaram de Jesus e disseram: "Mestre, o meu pai acabou de falecer e eu estou pronto para segui-lo”. Jesus disse: "Deixe os mortos cuidarem dos seus mortos, você vem e segue-me".

Notem o que estamos colocando aqui. A Realidade do seu Ser transcende essa condição que nós chamamos de “vida comum a todos”. A qualidade do seu Ser é “Ser, Consciência e Felicidade”. Essa é a visão na Índia a respeito da sua Natureza Verdadeira. Felicidade é o seu Ser! Não é infelicidade, não é contradição, não é conflito, não é medo, não é sofrimento, mas Felicidade – essa é a sua Natureza Divina.

E, quando há esse Despertar da Kundalini, que é o Florescer da Espiritualidade, da Verdadeira Espiritualidade, o sentido egoico desaparece Naquilo que alguns chamam de Iluminação Espiritual.

Então, essa Iluminação Espiritual é a Realidade de sua Natureza Divina aqui e agora, nessa vida. Se mover nesse instante, nesse momento presente, se mover nesse instante, aqui e agora, sem toda essa contradição que o pensamento tem, que o pensamento traz, com base em recordações, em memórias, em lembranças… Eu tenho chamado isso “o final do tempo”, “o fim do tempo” – eu falo do tempo psicológico.

Isso é o fim para essa egoidentidade, para essa consciência mental, que é a consciência que você, como uma entidade separada, se vendo como uma entidade separada, tem do mundo. É necessário o Novo Nascimento, a Percepção da Realidade do seu Ser. Isso é uma Nova Consciência, acontece nesse Despertar Espiritual, acontece no Despertar da Kundalini, acontece quando você se abre para essa Nova Consciência.

O lado prático disso é que não há mais infelicidade, e você sabe que quadros psicológicos de conflitos, que são inúmeros para o ser humano… são inúmeros! O ser humano vive em inúmeros quadros psicológicos de contradição, conflito e sofrimento, e você sabe que tudo isso representa infelicidade.

Você não é feliz durante o dia nem é feliz na hora de deitar para dormir. Você deita para dormir e você é capturado por pensamentos diversos, por preocupações diversas, por todo esse movimento de pensamentos que se repetem vez após vez, após vez, dentro de você durante aquele momento em que você se propõe a dormir e não consegue, porque esse estado de insônia já é resultado dessa ansiedade que você carrega durante o dia, e aí você não consegue dormir.

Então, esses estados, todos eles, representam a infelicidade. Isso só acontece em razão da falta desse Novo Nascimento, desse Despertar Espiritual, da falta do Despertar de sua Natureza Divina.

Então, nós temos trabalhado com aqueles que se aproximam desses encontros… Nós temos aqui, em nosso canal, uma playlist falando sobre esse Despertar da Kundalini e sobre aquilo que é a base para esse Despertar, que é o trabalho da Real Meditação, da Verdadeira Meditação, que é a Meditação responsável para o Despertar Espiritual. Nós fazemos isso aqui nesse canal, nós temos também encontros on-line e temos encontros presenciais.

Se isso é algo importante para você, se isso faz sentido para você, deixe aqui o seu “like”, se inscreva no canal e vamos trabalhar isso juntos! OK?

Valeu pelo encontro!

Julho de 2022
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Despertar da Kundalini | Desordem psicológica | Darshan | Real Meditação Guiada | Tempo psicológico

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui em nosso canal.

Eu quero falar com você sobre o Despertar da Kundalini e o fim da desordem psicológica. O Despertar da Kundalini representa o Florescer de sua Natureza Divina, de sua Natureza Real. Alguns chamam Isso de Iluminação Espiritual ou Despertar Espiritual, e esse é o nosso assunto aqui em nosso canal, e hoje eu quero trabalhar com você isso, em alguns minutos, aqui.

Eu quero lhe mostrar como se tornar disponível para este trabalho. É importante que compreendamos bem isso. As pessoas perguntam: “Como ativar a Kundalini?” A pergunta correta seria: “Como Kundalini é ativada?”. Essa seria a pergunta mais precisa, até porque não é você que faz isso. Tudo o que você pode fazer e que, naturalmente, precisa fazer para o Despertar da Kundalini é ficar quieto. Isso mesmo, ficar quieto!

É importante que você compreenda que você está lidando com um Poder capaz de realizar absolutamente tudo! E tudo o que a pessoa – que essa "pessoa" que você acredita ser – pode fazer é interferir atrapalhando. Então, o seu trabalho é ficar quieto, o seu trabalho é se voltar para essa atenção sobre si mesmo.

Então, nós vamos falar aqui com você, por alguns minutos, sobre como Kundalini é ativada, como ela encontra espaço para o trabalho dela em você, e tudo o que você precisa, repito, é descobrir a arte da Meditação, que, basicamente, é ficar quieto, é não interferir, é não intervir, é não se envolver com esse processo.

Você precisa, sim, de uma mudança nesse organismo, nesse mecanismo, nesse corpo-mente, e aquilo que eu tenho compartilhado com você aqui, nesse canal… e aqui nós temos diversas playlists sobre esse assunto importante da Autorrealização, da Iluminação, do Despertar… Tem vários nomes para Isso. E tudo o que nós estamos tratando com você aqui é a partir dessa vivência, dessa direta vivência, nesse contato, também, com o meu mestre Ramana Maharshi, com sua Graça, com sua Presença.

O trabalho do Despertar da Kundalini, que é o trabalho do Despertar, da Iluminação Espiritual, é algo que acontece quando você se torna disponível para esse trabalho.

Então, a Meditação é aquilo que facilita Isso, e há basicamente duas formas de Meditação: uma eu chamo de Real Meditação, ou Meditação Prática, ou Meditação Contemplativa – são três nomes para a mesma coisa, para essa arte, a arte da Meditação –, e a outra Meditação eu tenho chamado de Real Meditação Guiada, o encontro com a Presença do seu próprio Ser em uma outra forma, seja no contato com a natureza, seja no contato com um outro Ser Realizado, um ser humano que já está dentro dessa Nova Consciência, dessa Realidade do seu próprio Ser. Na Índia, eles chamam de Darshan o contato com um Ser Realizado. Darshan significa “ver”, “ver e ser visto”.

Nesse momento, nesse contato, é possível fluir, acontecer, de uma forma muito natural, aquilo que eu considero Real Meditação Guiada. Você não precisa de uma música, você não precisa de uma voz, de uma outra pessoa… tudo o que você precisa é ver e ser visto. Há algo presente – na Índia, eles chamam de Shakti…

Há algo presente nesse contato com um Ser Realizado que alguma coisa nova acontece – essa coisa nova é a mente encontrando um espaço de quietude, um espaço de silêncio, se voltando para dentro… Isso de uma forma espontânea, de uma forma natural, sem qualquer esforço. Apenas nesse contato com um Ser Realizado acontece o Darshan e, nesse Darshan, o fluir dessa Real Meditação Guiada.

Então, a Meditação, seja a Real Meditação Prática ou a Real Meditação Guiada… nós temos aqui, tanto em uma quanto na outra, a possibilidade de vivenciarmos de uma forma direta esse Acontecimento, que é o Aparecimento desta Presença, é o Surgimento, é o Florescimento, é o Despertar desta Presença dentro de você.

Na ciência da Yoga, se diz que ela está na base da coluna e ela ascende. Aqui, por exemplo, nesse momento, estamos num momento em que é possível, se você apenas fica quieto, se você apenas acompanha tanto a fala quanto o silêncio, a pausa, o intervalo entre uma palavra e outra… Existe algo aqui maior do que essa fala, existe algo aqui maior do que essa pausa – é esta Presença, esta mesma Shakti, esse mesmo Poder, esta mesma Kundalini, que está dentro, segundo Ramana Maharshi, e também está fora.

Por isso é que há uma facilitação aqui nesse encontro, nesses encontros. Você entra em contato com a Realidade do seu Ser quando há Meditação.

Meditação é, basicamente, ficar quieto, ficar quieto e observar. Você observa o movimento do pensamento. O pensamento surge e você não rejeita, você não luta contra ele, você também não se identifica com ele, você não se embola com ele, você apenas observa, testemunha.

A base real para a Meditação – eu falo da Verdadeira Meditação – é esse contato com o seu próprio Ser, independente de onde você esteja. Você pode estar num lugar silencioso, pode estar num lugar barulhento, você pode estar dirigindo o seu carro, você pode estar caminhando, ou num parque, ou vendo TV… ao mesmo tempo, você está olhando para dentro, olhando para si mesmo… esse olhar direto para si mesmo, no qual você relaxa, no qual você se aquieta, no qual você apenas observa sem se embolar, repito, sem se confundir com o pensamento, sentimento, emoção, ou mesmo uma sensação. Isso pode surgir e você apenas testemunha, sem se confundir com isso, sem colocar uma identidade nessa experiência. Essa é a verdadeira arte da Real Meditação, e você pode fazer isso em qualquer lugar!

A Vida flui, Ela acontece aqui e agora, nesse momento, sem uma identidade presente, e a Meditação lhe revela Isso, a Real Meditação lhe revela Isso, a Meditação Guiada lhe revela Isso.

Aqui, curiosamente, nós temos, simultaneamente, sempre, nesses encontros, essa dupla oportunidade, que é uma única oportunidade: a oportunidade de ter um encontro com Aquilo que somos. Eu disse “dupla” porque a primeira é: aqui você está tendo a oportunidade de estar nesta Real Meditação. Ao mesmo tempo, também, você tem a oportunidade de aqui estar nesta Real Meditação Guiada, porque só há Um presente aqui – esse Um é essa Presença, é essa Consciência.

Estou colocando para você aqui, de uma forma direta, como é possível estar quieto para que esta Kundalini, para que esse Poder Divino que você traz dentro de você, possa começar a se movimentar, começar a trabalhar aí nesse corpo, nessa mente, nesse organismo, nesse mecanismo.

O pensamento pode ser observado, o sentimento pode ser observado, a emoção, a sensação, seja qual for a percepção acontecendo, isso pode ser observado a partir desse Espaço impessoal que é o seu Ser, que é a Consciência.

O que tem acontecido, até esse momento, é que você tem se confundido, você tem se identificado com esses fenômenos, com os pensamentos que chegam, com as emoções, com os sentimentos, e você tem sustentado essa ilusão, a ilusão de que há uma identidade presente, esse "mim", esse "eu", esse ego.

A pura e direta observação disso é o que aqui eu tenho chamado de Real Autoconhecimento. Você tem uma Real Constatação da Verdade sobre o seu Ser – isso é Real Autoconhecimento. Não é o conhecimento sobre a "pessoa" que você acredita ser; é o reconhecimento de que não há nenhuma “pessoa” aí. Tudo o que nós temos aqui e agora é essa Unicidade, essa não separação. Isso é Meditação Real, Prática, e é isso que favorece esse Despertar.

Então, essa Energia encontra um espaço para se movimentar. Antes, todo esse espaço estava ocupado com o tempo psicológico, que é o tempo criado pelo pensamento. Em geral, o ser humano vive ou no passado, ou no futuro. Ele, psicologicamente, idealisticamente, se movendo no pensamento… o corpo dele está aqui e ele está no passado; o corpo dele está aqui e ele está no futuro. Ele parece estar no presente, mas é só o corpo, porque a sua mente está sempre sendo jogada para essa condição de tempo psicológico: passado, presente, futuro.

E quando nós nos aproximamos aqui desse encontro, eu quero lhe mostrar que é possível você Realizar o seu Ser, a sua Natureza Divina, a Verdade sobre quem Você é, quando há esse Despertar da Consciência. E Kundalini é o mecanismo no corpo, fazendo um trabalho no corpo e na mente, para o Despertar dessa Consciência, e o Despertar dessa Consciência é a Iluminação Espiritual!

A beleza disso é que a Realização desse Despertar Espiritual… e eu quero enfatizar um pouco mais isso: essa arte da Real Meditação e da Real Meditação Guiada.

Aqui, nós temos uma playlist sobre Meditação, e eu coloco muito claramente para você como se faz isso, assim como estamos fazendo agora aqui. Você pode e precisa aprofundar Isso, porque Isso é algo determinante para o fim da infelicidade – sim, para o fim da infelicidade humana –, a Realização da Verdade de Deus, a Realização da Verdade do seu próprio Ser.

Então, esse trabalho aqui tem Isso como proposta.

Outra playlist que nós temos aqui em nosso canal é sobre o Despertar da Kundalini.

Então, o nosso trabalho juntos é nos tornarmos cônscios da Verdade sobre quem nós somos, e aqui em nosso canal nós temos essas duas playlists: a playlist sobre Meditação e a playlist sobre Despertar da Kundalini, e temos diversas outras playlists. Nós, aqui, investigamos esse assunto amplamente com você, de como se torna possível Realizar Isso aqui, nessa vida: a Verdade do seu próprio Ser, a Realidade Divina que Você é.

Isso é o fim da ilusão do tempo psicológico, isso é o fim da ilusão de uma identidade separada, carregada de desejos, carregada de medos, presa a essa noção de tempo criado pelo pensamento, que é esse tempo psicológico, onde ou você está no passado, ou você está no futuro. Essa é uma condição de prisão psicológica na qual esse "mim", esse "eu", esse ego, está posicionado.

O nosso trabalho é nos tornarmos cientes da Verdade sobre quem nós somos e assumirmos isso. Então, essa Energia, quando ela ascende, ela toma posse desse corpo-mente, e toda essa noção psicológica de tempo desaparece. É quando sua vida está aqui e agora, assentada nesse momento presente, então não há mais, dentro de você, essa desordem psicológica, toda essa confusão criada pelo pensamento, produzindo estados internos como ansiedade, depressão, diversas formas de medos, preocupações, insônia, todo tipo de quadros lincados a essa desordem psicológica, emocional, que o ser humano vive, que o ser humano tem.

Então, todos esses estados internos de infelicidade desaparecem quando você Realiza Aquilo que você nasceu para Realizar, quando você Realiza o seu próprio Ser, quando você está vivendo dentro de sua Identidade Real, de sua Natureza Divina.

Essa é a nossa proposta aqui para você, dentro desse canal. Se isso é interessante, se inscreve aí no canal, deixa o seu “like”... Lembrando que nós temos encontros, também, on-line e, também, presenciais. OK?

Valeu pelo encontro e a gente se vê no próximo!

Agosto de 2022
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terça-feira, 13 de dezembro de 2022

A Real Meditação Prática | Meditação Prática no seu viver

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui em nosso canal, ainda falando sobre a Meditação Prática, além de todas as práticas de meditação. A Meditação Prática é aquela Meditação Real, não aquela meditação onde você reserva um momento específico para meditar. Talvez você diga "não, eu trabalho o dia inteiro, então eu não tenho tempo para meditar. Então, eu reservo um momento pela manhã e um momento à noite para me dedicar a esse momento de meditação".

Primeiro, eu quero que você compreenda qual é o propósito da meditação. Eu quero lhe perguntar primeiro por que você medita. O que é meditação para você? Qual é o propósito da meditação? Por que razão você medita? Talvez a sua resposta seja "bem, eu medito para me acalmar, eu medito para dormir melhor, eu medito para poder ter um certo autocentramento, eu medito porque eu me sinto bem desestressado no dia seguinte, eu medito porque, quando acabo a meditação, eu consigo conciliar o sono com facilidade… Então, é algo maravilhoso a meditação para mim". Talvez seja essa a sua resposta.

Ok. Se essa é a sua resposta, perfeito. Mas eu quero lhe mostrar alguma coisa diferente, eu quero lhe apresentar uma abordagem inteiramente nova. Meditação não é isso, Meditação não tem como princípio isso. Então, aquilo que você pratica com o nome de "meditação", sim, é uma forma de meditação, que lhe foi ensinada, que você aprendeu, e se está fazendo bem, e se você se sente bem, ótimo, maravilhoso, mas eu quero questionar isso a que você dá o nome de "meditação". Eu quero lhe falar sobre a Meditação dentro de um contexto diferente desse, eu quero lhe propor a Meditação para a Iluminação Espiritual, para o Florescimento do seu Ser, para o Reconhecimento de sua Identidade Divina, de sua Natureza de Deus.

Isso é algo mais do que viver desestressado, é algo mais do que viver se desestressando, é algo mais do que viver tranquilo ou encontrando tranquilidade, isso é mais do que viver em paz ou encontrando a paz, isso é mais do que viver algumas vezes dormindo com facilidade, outras vezes encontrando facilidade para dormir em razão de uma certa prática, de um certo exercício, de um certo momento específico para meditar.

Quando falamos em contato com a sua Natureza Divina, estamos falando em contato com a Suprema Realidade, com o fim dessa dualidade entre amor e ódio, paz e guerra, estresse e não estresse, alegria e tristeza, facilidade de dormir e dificuldade de dormir, um mecanismo para lhe ajudar a dormir, como acontece nessa determinada prática…

Quando falamos desse contato com a sua Realidade Divina, estamos falando do contato com sua Natureza Essencial, com Aquilo que Você é. O que seria para você viver livre por completo de todo sofrimento? O que seria para você poder viver completamente livre de toda forma de medo, de ansiedade, de preocupações, dos conflitos criados, provocados pelos desejos. Você já observou que os desejos são conflituosos?

A mente egoica, a mente em você, cria desejos, e você sabe que você terá problemas se você se envolver com aquilo, se você buscar aquilo. Nesse próprio movimento de busca, já está o conflito, já está a contradição, já está o sofrimento instalado. Então, o que seria viver livre dos conflitos, por exemplo, do desejo?

Então, a proposta da verdade sobre a Meditação é que a Meditação lhe coloca num contato com o seu Ser, o que representa o fim para esse ego, para esse "mim", para essa "pessoa" que você acredita ser, para toda essa estrutura de identidade dentro dessa história que você acredita ter, na qual você é "alguém", "alguém" que viveu ontem, está vivendo hoje e irá viver amanhã, e que poderá morrer em algum momento; "alguém" que nasceu e que poderá morrer; "alguém" que viveu o passado, está vivendo o presente e poderá ou não viver o futuro.

Esse senso desse "mim", desse "eu", desse ego, dessa falsa identidade, com todos os medos, desejos contraditórios, com todas as contradições ligadas a satisfação, preenchimento, prazer e, ao mesmo tempo, o medo, diversas formas de sentimento como mágoa, ressentimento, culpa… Tudo isso faz parte dessa estrutura da "pessoa", do ego, desse "eu", e a Meditação tem como princípio lhe mostrar a Beleza da Realidade Divina que Você é, além dessa condição.

Eu falo de uma Vida na qual a Vida e você já não se separam, na qual (nessa Vida) não há você e Ela, uma Vida em Completude, uma Vida em Paz… Eu não falo da paz que foge porque o trânsito está pesado, eu não falo da paz que desaparece quando você está estressado; eu falo da Paz que não tem um contrário, não tem um oposto, chamado conflito, uma Paz que ultrapassa tudo aquilo que o pensamento pode imaginar sobre paz, ou pode desejar como paz. Eu me refiro aqui à Paz de Deus, à Paz da Consciência, à Paz não dual do seu Ser, de sua Natureza Divina.

Então, a Meditação é isso, é esse encontro com essa Verdade, com a Verdade que Você é. Então, temos aqui uma diferença clara, muito clara, entre as práticas da meditação, as diversas práticas, e a Meditação Natural, a Natural Meditação. Essa é a Real Meditação, essa é a Meditação Prática, no seu viver, no seu dia a dia – esse contato consigo mesmo.

Veja, eu quero lhe desafiar a trabalhar isso aqui e agora, a perceber a Verdade que Você é, que Você traz em seu Ser, a Realizar Isso através desta auto-observação do movimento da mente, nesse contato direto com algo aí além desse "eu" que você acredita ser. Esse "algo" é essa Consciência, é esta Presença, é essa Inteligência. Ela é a Verdade do seu Ser, em plena Unicidade com a Vida com Ela é. Não há conflito Naquilo que Você é. Todo o seu conflito está, todo ele, baseado nessa egoidentidade, nessa "pessoa" que você acredita ser.

Você pode até temporariamente se afastar dessa "pessoa", que é o que acontece nas diversas práticas de meditação. Então, você se senta num determinado local, respira de uma certa forma, há uma certa luta interna para se afastar dos pensamentos, e, com um certo tempo, você obtém um certo resultado. Eu digo "um certo resultado", porque depois que você sai daquele momento de prática que levou trinta, quarenta minutos – e, de repente, você já está numa prática dessa há quinze, vinte, trinta, quarenta anos –, todas as vezes que você sai, você percebe que a mente volta, e todo esse movimento egoico surge novamente, lá está presente novamente, então a contradição está presente, o conflito está presente, a separação entre você e a Vida, entre você e Deus, entre você e o mundo, entre você e o outro, isso continua presente, as imagens que você tem de si mesmo ainda estão presentes.

É claro que você já é uma pessoa menos estressada, mas o estresse ainda existe; é claro que você já é uma pessoa mais pacífica, mas o conflito da violência ainda está presente, ainda há momentos em que você se vê violento, e pior: há momentos em que você nem se vê violento, só as pessoas à sua volta percebem o quanto de agressividade, de violência, ainda existe presente nessa "pessoa" que você acredita ser. No entanto, naquele mesmo momento, naquele dado momento, você nem tem a condição de perceber isso. E por quê? Porque você não conhece a Verdade sobre a Meditação.

A Meditação Prática, a Meditação Real – e é isso que nós estamos propondo aqui para você, um trabalho nessa direção –, ela lhe mostra Aquilo que, na verdade, Você é aqui e agora. Então, de uma certa forma, essa Verdade silenciosa, amorosa, transcendente, atemporal, desconhecida que Você traz, Isso lhe é apresentado pela Meditação, mas também lhe é apresentado tudo aquilo que a mente, aí dentro, não quer ver em si mesma, ela não quer enxergar em si mesma, e ela oculta de si própria.

Então, você se torna capaz de ver todo esse movimento da mente, e é somente quando você se torna capaz de ver o movimento da mente que você pode, de verdade, se desidentificar desse movimento, descartar esse movimento, soltar esse movimento, se desapegar desse movimento. Podemos usar muitos termos para isso. Você consegue renunciar a esse movimento, o movimento desse "eu", desse ego, e isso só é possível porque há Atenção, Consciência, Presença, agora, aqui!

Então, você está diante da Meditação Prática, da Meditação Real, do Reconhecimento de sua Identidade Verdadeira, além desse condicionamento, todo ele, por sinal, social, cultural, educacional, mundano, pessoal, egoico.

Olhe para o mundo à sua volta, as pessoas estão desapercebidas de tudo isso. É só você olhar para o mundo, você vai ver o quanto as pessoas estão inscientes da Verdade que trazem em si mesmas e o quanto elas estão se confundindo com o ego, criando desordem para si mesmas e para os outros à sua volta; para elas próprias e para o mundo à sua volta.

Então, o ser humano é agressivo, ele é violento, ele é cheio de desejos, de caprichos, de preocupações, de medos. Ele vive, apesar de alguns momentos também de paz, de alegria e de satisfação, sobretudo quando consegue uma realização pessoal ou quando se sente preenchido, temporariamente, no ego por alguma coisa... fora esses momentos, o ser humano vive em sofrimento, porque ele é basicamente violento, ele é basicamente invejoso, ciumento, avarento, preocupado com a continuidade desse ego, carrega em si o medo da morte. Então, a condição do ser humano precisa mudar. Então, você está aqui para se ver como Você é, reconhecer Aquilo que você nasceu para Ser.

Junho de 2022
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Satsang | Como lidar com os pensamentos? | Atenção Plena (Mindfulness) | Despertar da Kundalini

Parece que isso é algo muito frequente, essa dúvida sobre como lidar com os pensamentos… como lidar com os pensamentos. É importante, primeiro, você perceber toda essa confusão que o pensamento causa, toda essa bagunça, toda essa desordem interna que o pensamento causa.

Você sabe o que o estado, por exemplo, de ansiedade significa, ou de medo, ou de tédio, solidão, depressão... Você sabe o que o estado significa, mas não percebe que a matriz disso é o próprio pensamento, a mãe de tudo isso é o pensamento. Esses estados internos, psicológicos, que o ser humano vive estão, todos eles, baseados no movimento caótico, desordenado, conflituoso do pensamento.

Então, a dúvida é: como lidar com isso? E vem alguém e diz “ah, eu tenho trilhões de pensamentos! São pensamentos repetitivos, são pensamentos obsessivos, são pensamentos descontrolados, e é verdade o que você diz: que são esses pensamentos que sustentam e retroalimentam esses estados, esses estados internos de sofrimento, de desordem. Mas o que fazer com esses trilhões de pensamentos?”. É isso que as pessoas dizem. Só que eu tenho uma coisa para lhe dizer sobre isso: não é assim, não é assim… Você não tem trilhões de pensamentos, você só tem um pensamento; é sempre um pensamento.

O pensamento respeita a fila, ele não fura fila. Basta você observar o que eu estou dizendo. Você entra num banco e as pessoas ali podem desrespeitar a fila, o pensamento não faz isso. O pensamento tem uma forma de apresentação bem ordenada, na sua desordem. Isso mesmo! O pensamento tem uma forma ordenada, na sua desordem, de se mostrar. Então, não fura fila. É um pensamento, sempre um pensamento depois do outro.

O pensamento tem uma sequência de apresentação. O pensamento se mostra sempre um de cada vez. Uma coisa para a qual você ainda não atentou, de uma forma clara, e por isso você está nesse equívoco dessa questão de trilhões de pensamentos e vivendo esses estados, é que há um espaço entre um pensamento e outro. Não só há um espaço entre um sentimento e outro, uma emoção e outra, mas também entre um pensamento e outro. Você precisa descobrir esse espaço.

Toda a nossa ênfase nesse processo do Despertar Espiritual, do Despertar da Consciência, está em tomar ciência desse espaço; é sempre do espaço entre esse primeiro pensamento e o seguinte. Eu vou repetir: ele tem uma forma ordenada, sequencial, de se mostrar; desordenada de se apresentar. Essa desordem psicológica em você é em razão dessa forma desorganizada de representações de pensamento, mas bem organizada, no sentido de que é um pensamento atrás do outro. Então, a boa notícia é que é possível se tornar ciente do movimento do pensamento, sabendo que ele é sequencial. Você tem um pensamento e depois tem um outro pensamento, depois tem outro pensamento.

A velocidade desse pensamento é que é determinada pela profundidade dessa inconsciência presente. Quanto mais profunda é a inconsciência do movimento, mais célere o pensamento acontece, mais veloz o pensamento acontece. Mas, sim, ele é sequencial. Vocês compreendem?

Há um espaço entre o primeiro e o segundo pensamento. Por que você não descobre o que é esse espaço?! É uma pergunta e é uma exclamação ao mesmo tempo. Você não descobre porque você não tem interesse; você não descobre porque você não sabe da existência do espaço, porque você não se apercebe da presença dele. E por que não se apercebe? Por uma questão de hábito, por uma questão de prática viciada de pensar.

É isso que você não encontra nos Seres Realizados. Aquele que Realiza, aquela que Realiza o seu próprio Ser está ciente dessa Consciência. Essa Consciência finalizou, terminou com a inconsciência, com essa profunda inconsciência sobre o movimento do pensamento.

O Ser Realizado tem pensamentos, mas eu tenho comparado isso a tirar da gaveta o que você precisa e depois fechar a gaveta, quando não tiver necessidade de nada que tem lá dentro da gaveta. Você sabe que você tem um cofre. Você abre o cofre e tira o que você precisa, mas você não deixa o cofre aberto; você fecha o cofre quando não precisa mais dele. O pensamento é algo parecido com isso.

O movimento natural do pensamento – e aqui eu falo do movimento natural de Ser o que Você é – é que o pensamento é algo funcional. Você abre o cofre e tira o que precisa; você abre a gaveta e tira o que precisa. Não precisa de mais? Você fecha. Não quer mais alguma coisa do cofre? Você fecha. O pensamento, em nós, deveria ter esse natural movimento. E é como acontece, é como ocorre, quando há Consciência. Quando não há Consciência, o movimento é esse anterior: caótico, perturbado, perturbador, desordenado, inquieto, de uma tagarelice absurda, sustentando – não só motivando, criando, mas também sustentando – estados internos conflituosos, de sofrimento.

Então, todo o sofrimento em você, psicológico, tem por base essa desatenção. Quando há Consciência sobre esse movimento, ele cessa, ele para. Ego, esse sentido de identidade separada, é basicamente pensamento não observado. Se o pensamento não é observado, ele tem o movimento mecânico, inconsciente, repetitivo, bagunceiro, perturbado e perturbador próprio que ele tem.

A não ser que você coloque Consciência sobre o movimento da mente, você continuará preso dentro desse ciclo, que é o ciclo do pensamento viciado, do pensamento repetitivo, do pensamento caótico, do pensamento perturbado.

A Meditação é a arte de permanecer cônscio de si, aqui e agora. Esse momento presente é a grande sacada, é a grande chave. Esse momento presente carrega esse segredo… esse momento presente. É aqui e agora, nesse momento presente, que você observa aquilo que você é. E você é o que você é! Se há esse estado caótico de pensamento, é isso que, nesse momento, você está sendo. Você não luta, não briga, não rejeita, você não faz qualquer coisa, você apenas olha, observa, acolhe isso nesse olhar, então é possível algo fora disso surgir. Você não sobrepõe, a esse pensamento que surge, um novo pensamento, uma crítica, um julgamento, uma comparação, uma rejeição… Você fica com o que se mostra. É só isso!

Vocês subestimam o que eu estou dizendo aqui pra vocês. Há um grande poder em fazer isso! Quando falamos do Despertar da Consciência, estamos falando do Despertar desse Poder de Atenção Plena, de Plena Consciência, de Plena Atenção sobre si mesmo. Então, nós temos linguagens ou temos expressões que podem parecer diferentes em cada religião, ou em cada tradição filosófica, ou religiosa, ou espiritual, como você queira chamar. As linguagens são diferentes, mas estamos falando de uma única “Coisa”: Presença de Si, Consciência de si mesmo, Atenção sobre si, Plena Atenção, Mindfulness. Estamos tratando do seu Natural Estado de Percepção da Realidade Daquilo que é aqui e agora.

Não subestimem isso. Quando isso é feito de uma forma simples, natural, direta, um Poder surge de dentro de você. É como uma pequena… é como um pequeno botão de rosa. Ele está lá no meio do arranjo. Você olha, ele não tem expressão. Você vê um arranjo de flores de rosas, por exemplo. Você lá tem um pequeno botão, bem pequeno, no meio daquelas rosas belíssimas que desabrocharam e estão abertas. Você olha aquele jarro e diz “como é lindo isso! Olha como está bonito!”, mas tem um botão oculto lá no meio. Vocês sabem do que eu estou falando, né? Tem sempre dois, três, quatro, cinco, seis, oito botões bem pequenos. Sabe o que vai acontecer? Você não está vendo nada, mas daqui a dois dias aqueles botões não são mais botões, eles floresceram, e aquelas rosas antigas estão já diminuindo o seu frescor, a sua vivacidade, mas aqueles novos estão florescendo.

Quando você começa a dar atenção a si mesmo – e você faz isso agora, aqui, momento a momento, pela auto-observação… Veja, estou sempre usando palavras novas, ou não, palavras conhecidas, dizendo uma coisa única sempre! A coisa única é sempre nova, as palavras são antigas. Eu agora usei outra… Nesta auto-observação, que é essa Atenção Plena, que é Mindfulness, que é Consciência sobre si…

Nesta auto-observação, essa Energia, que é esse Poder, que é essa Consciência que está aí adormecida, porque Ela está com um cobertor de imagens, de crenças, de pensamentos, de memórias, de lembranças, de sonhos, de imaginações, que são os pensamentos… Quando esse cobertor é retirado – e ele é retirado quando há esta Real Meditação, esse Real Espaço para a Meditação –, aí essa Energia aflora. Diz a Yoga que ela ascende, ela sobe. Não importa, o fato é que ela vai fazer um trabalho aí.

Eles chamam isso de “o Despertar da Kundalini”. É o Despertar desse mecanismo que faz aquelas rosas se mostrarem como são: rosas! Entende? Rosas são rosas! Rosas não são orquídeas, não são margaridas, não são bromélias… Rosas são rosas! Não são botões, são rosas! Quando ela aflora, você tem as rosas! Então, quando Kundalini desperta, quando essa Energia aflora, essa Consciência assume esse Espaço que é Dela, e esse sentido egoico desaparece.

Vamos esclarecer isso aqui pra vocês. Eu posso imaginar uma Kundalini despertando, eu posso ter algumas experiências psíquicas ou assim chamadas espirituais, dessa assim chamada Kundalini que eu imagino, mas não é disso que eu estou falando. Estou falando do Despertar da Consciência. Eu também posso usar essa expressão para imaginar o contato de terceiro grau – vocês sabem o que isso significa – ou de quinto grau, mas eu estou falando do Despertar da Consciência, o que representa o fim dessa inconsciência, que é esse movimento, que é o movimento do pensamento que falamos agora há pouco.

E como é que isso acontece? Pela Atenção! Dentro desse espaço entre um pensamento e outro, você coloca Atenção. Surge um pensamento – não são trilhões de pensamentos, é um pensamento que surge, é sempre um de cada vez, é sempre um sentimento de cada vez –, você dá Atenção a isso. Se é raiva, é raiva, ok. Você não vai brigar com a raiva. Raiva é algo que é também sentimento, sensação e pensamento; é um pacote: é uma coisa no corpo, é uma coisa na emoção, é uma coisa na mente, é uma história… Tudo isso faz parte dessa raiva, e eu dou atenção a isso, eu olho para isso, e é só a raiva. Ela tem um pensamento específico e eu olho para esse pensamento específico; eu não coloco uma ideia sobre o que devo fazer, como devo fazer para lidar com a raiva.

O pensamento diz “respire de uma certa forma”. Não se preocupem com isso. Isso pode ajudar, mas não vai resolver. Você vai ter outras raivas. Você vai aprender a lidar com uma raiva através de uma técnica de respiração… Por isso, eu nunca recomendo práticas de meditação, porque nas práticas de meditação você aprende a lidar com o pensamento. Eu aqui lhe indico como ir além do pensamento observando o movimento dele, e não tentando ajustá-lo, silenciá-lo, moldá-lo através de uma música; conduzi-lo, guiá-lo para o silêncio através da respiração; conduzi-lo, guiá-lo para o silêncio… Isso vale também para uma emoção, como a raiva. Isso não vai resolver! Você não precisa disso!

Aqui e agora, nesse momento, no momento presente, você tem a oportunidade de se tornar cônscio do movimento da mente, e basta isso para haver uma quebra desta programação, desse condicionamento, desse modelo, dessa desordem toda que o pensamento provoca, e os sentimentos, e as emoções. Esse é o fim para a insanidade psicológica, o fim para essa desordem interna, psicológica, é o fim para a desordem psicológica, é o fim para a insanidade psicológica.

O que eu quero lhe dizer é que há um movimento disfuncional presente no ego, e que isso pode ser e precisa ser quebrado por essa Atenção Plena. Então, não é uma técnica… Mindfulness, Atenção Plena, não é uma técnica. É, aqui e agora, Atenção sobre si; Consciência sobre si agora, aqui, nesse momento, e é essa Atenção dada a esse espaço entre um pensamento e outro, entre um sentimento e outro, uma emoção e outra emoção, uma percepção e outra percepção, agora, aqui.

Quando o pensamento diz para você “olha, não tem jeito, porque são trilhões de pensamentos”, ele já ganhou, ele já está lhe convencendo, pela imaginação, de que ele é superior a você, porque você é um e ele representa trilhões, é uma legião de pensamentos. Então, ele já te vence logo, de imediato. “Eu não sei o que fazer com estes trilhões de pensamentos”. Não tem nada o que fazer com eles, absolutamente! Porque não são trilhões, é só um pensamento; observe o próximo.

O problema é que não aprendemos a ficar na fila. A gente sempre dá um jeito de acelerar as coisas. Isso é típico do movimento egoico! Você não sabe respeitar uma fila no banco, você não sabe respeitar a chegada do elevador, você não sabe esperar o resultado de um trabalho… Você tem a urgência e a pressa de que as coisas precisam acontecer quando você quer que elas aconteçam, no tempo seu, do jeito seu e da maneira específica que você quer. Isso tudo é parte do movimento de insanidade psicológica, coordenado, ordenado, motivado e produzido também, ainda, pelo pensamento. Esse modelo precisa ser desfeito. Compreendem isso?

Aqui, a minha ênfase está na Verdadeira, na Real Meditação. A minha ênfase aqui está em esperar o elevador chegar, ou você pode sair desesperado, correr e descer a escada, ou você pode, naquele momento, entrar num nível de ansiedade... Você sabe, um elevador demora o quê? Trinta segundos, um minuto, dois minutos para chegar? Não sei. Mas, se o elevador quebra, talvez você espere o elevador por três horas. Se você estiver dentro do elevador, a coisa complicou ainda mais, porque aí, talvez, se faltar luz ou se ele quebrar e ninguém perceber, e parar tudo, e você não conseguir ajuda, você vai ficar lá algumas horas. E agora? A ansiedade assume! Você não sabe esperar!

É como essa questão do Despertar Espiritual, ou do Despertar da Consciência, ou Despertar da Kundalini. As pessoas aceleram, dizem “já despertou!”. Não, não despertou, é só uma impressão, é só uma imaginação. As pessoas dizem “minha Kundalini despertou”. Elas escrevem para mim “o que devo fazer?”. Gente, quando há o fim do sentido de separação, você não vai perguntar para alguém o que deve fazer. Quando a Kundalini desperta, existe a Realização de Deus, a Inteligência assumiu o corpo, não é uma experiência psíquica, não é uma visão, não é uma...

Então, é muito importante termos uma aproximação real disso, é muito importante nós olharmos para aquilo que somos, aqui e agora, e observarmos isso que aqui se mostra, aqui, nesse instante. É a fila, é aguardar, é esperar, ok. É olhar, ok. É ver, ok. Deixa o elevador chegar. O elevador quebrou e você está dentro dele? Aguarde. Enquanto isso, se volte para esse Espaço que é Silêncio, que é a Consciência, e não haverá ansiedade.

Você tem ali a mais maravilhosa oportunidade da Real Meditação Prática. O elevador quebrou? Não há para onde ir, não há o que fazer, a não ser aguardar. Então, agora é observar a mente.

As pessoas dizem assim “eu não consigo dormir, porque deito para dormir… O que faço? Porque os trilhões de pensamentos vêm…”. Eu vou corrigir isso de novo: é um pensamento de cada vez. Continue com o corpinho deitado e observando o movimento da mente. Surge um pensamento, você olha; surge um outro, você olha; surge um terceiro, você olha. Mas não! As pessoas se levantam e ligam a televisão, vai ver as últimas no WhatsApp ou… Não existe a tal da insônia, apenas essa inquietude. Você acolhe essa inquietude na auto-observação. Não resista, não lute, não se mova! É uma oportunidade para a Real Meditação Prática.

Isso vale para uma fila no banco, vale para a fila na hora… no restaurante, para uma mesa ser liberada; isso vale para a espera no elevador; isso vale para quando você estiver lá no consultório do seu médico esperando sua vez… Eu não sei se vocês já notaram que tem fila para tudo! Como é que o pensamento não iria obedecer também esse mesmo critério e saber que tem fila também? Não dá para ele chegar aos trilhões, ele vai chegando um de cada vez. Eu já estou te dando aqui um segredo, um grande segredo!

Descubra isso, observe que é um pensamento de cada vez. Então, qual é o seu trabalho agora, aqui? Observar a mente.

É como se você perguntasse “qual é o próximo pensamento?” Experimente isso agora aqui. Pergunte “qual é o próximo pensamento?”. Repare, quando você faz essa pergunta, não tem pensamento, o pensamento não diz qual vai ser, então há um espaço do não saber. Esse é o segredo da Meditação, da Real Meditação.

Isso você faz dirigindo um carro, você faz caminhando, você faz almoçando… Você não precisa estar num lugar especial! Isso é parte da Meditação!

Compreendem o que eu estou dizendo? Enquanto escuta o barulho do vento ou de uma britadeira, enfim, enquanto você está aqui e agora, nesse momento, e aprende a não rejeitar, a não lutar, a não resistir ao momento presente como ele é, como ele se mostra, você descobre que não tem nada acontecendo fora. O conflito está todo dentro, a resistência está dentro e, se há resistência, não há Real Meditação. Mas, se não há resistência, você já está aberto para a Meditação.

O que vale para o que está fora, vale para o que está dentro também. Não são os pensamentos, esses trilhões de pensamentos, que lhe impedem de estar no Silêncio; é a sua resistência a eles, é a não Atenção ao espaço que surge entre eles. E, quando eu uso a expressão “Atenção”, é relaxada, é contemplativa, é amigável… Isso não pode ser mais um pensamento: “Tenho que estar atento, tenho que dar atenção. Esquece a furadeira!” – isso é um outro pensamento! Não! Acolha a furadeira, acolha tudo! Observe, dê atenção.

Essa é a arte da Real Meditação. Aprofundar isso é algo poderoso, porque é isso que cria essa facilitação do Despertar dessa Energia chamada Kundalini. Então, esse corpo-mente irá passar por um processo de mudança, de transformação, e aí, é claro, esse cérebro não irá mais funcionar desse jeito, e esse organismo não irá mais estar nessa disfunção psicológica, haverá Ordem, haverá Paz, haverá Silêncio, haverá Consciência, haverá Presença. Esse é o ponto, esse é o assunto… e é só isso.

Julho de 2022
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terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Como alcançar o Despertar Espiritual | Prática Zazen | O Poder da Kundalini. A Não Dualidade. Ramana.

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui em nosso canal.

A pergunta é: como alcançar o Despertar Espiritual? As pessoas às vezes comentam, elas perguntam por que é tão difícil, é tão complicado isso, ou por que já estão numa prática já há um bom tempo e isso ainda não aconteceu.

Há uma história muito interessante, dentro do zen, do monge Baso e o seu mestre Nagaju. Você deve conhecer essa história.

Baso estava dentro desse processo para o Despertar Espiritual, dentro desse processo da prática, e um dia o seu mestre o encontra assentado na prática do zazen (nós vamos falar um pouco sobre essa prática do zazen).

Ele está em sua prática do zazen e o mestre se aproxima e diz: “É bem interessante sua prática, mas qual é o propósito?”

Ele olha para o mestre e diz: “Naturalmente, o Despertar Espiritual ou a Iluminação Espiritual”. Essa é sua resposta.

Naquele momento, o Mestre pega uma telha e começa a esfregar essa telha numa rocha. Quando Baso presencia aquela cena, pergunta ao seu mestre Nagaju: “Mestre, o que você está fazendo?”

E o mestre responde: “Eu preciso de um espelho. Estou transformando essa telha em um espelho. Vou polir até eu ter um espelho”.

Baso ao ouvir isso começa a rir e diz: “Mestre, isso será impossível! Não é possível o senhor transformar uma telha num espelho polindo, fazendo esse trabalho.

A isso, o mestre responde para Baso: “Assim é a sua prática do zazen para alcançar o Despertar Espiritual ou a Iluminação Espiritual”.

É interessante essa história.

A prática da meditação, ou a prática do zazen, não é para se obter a Realização ou a Iluminação. Não há um propósito a ser realizado por uma prática, no que diz respeito ao Despertar Espiritual, a Iluminação Espiritual.

A Iluminação Espiritual, o Despertar Espiritual, é algo que já está aqui, nesse instante presente. O seu trabalho de prática não é para o Despertar Espiritual. Ele deve prosseguir, mas o seu trabalho de prática, a prática de se assentar em zazen é a própria Iluminação, é o próprio Despertar. Não há qualquer separação entre se sentar sem a mente – e é isso que significa a palavra zazen, é apenas se assentar sem a mente – e a Iluminação Espiritual ou Despertar Espiritual.

Então, a Meditação, como eu tenho colocado aqui em nossos encontros, eu chamo de Real Meditação Prática, não se separa da Iluminação Espiritual. Essa Iluminação Espiritual é a prática da Meditação. Eu prefiro chamar de Meditação Prática.

Em geral, as pessoas ficam frustradas quando elas praticam a meditação, porque quando elas saem da meditação, elas percebem que o sentido egoico, o sentido da mente, está presente ali mais uma vez. Elas querem realizar a meditação com esse propósito da Iluminação. A prática da Real Meditação, como eu tenho colocado aqui dentro desse canal, é permanecer livre da identificação com a mente. Isso não é um processo para se fazer em momentos específicos do dia, num lugar preparado para isso, silencioso, quieto, em que você consiga parar a mente, parar com esse processo de identificação com a mente, através de uma prática.

Eu preconizo aqui a Meditação Real, a Real Meditação. Ela é algo presente agora, aqui. Nesse Estado de Presença, nesse Estado de Consciência, está presente a Meditação Prática. Essa Meditação Prática é o zazen – se assentar sem a mente, se assentar sem o movimento do pensamento, sem se confundir com o pensamento.

Então, a verdade sobre a Real Meditação é a verdade sobre alcançar a Iluminação ou alcançar o Despertar Espiritual.

E a verdade é que não existe como alcançar aquilo que já está aqui e agora. Alcançar pressupõe futuro, pressupõe um movimento no tempo, pressupõe um objetivo, um propósito a ser realizado, enquanto Realização é a Constatação do seu Ser agora, aqui.

Isso fica muito paradoxal no sentido prático, porque Você é Isso e, no entanto, percebe que ainda está se identificando com todo esse movimento da mente egoica. Então, de uma forma real, Isso está presente, mas não de uma forma existencial. E é aqui que não se deve parar a prática, mesmo que a prática não vá lhe dar esse resultado. Eu diria que a prática lhe predispõe a se tornar cônscio Daquilo que já está aqui; é basicamente isso.

Esse trabalho de Autorreconhecimento é tudo que se faz necessário. Não se trata de alcançar o Despertar Espiritual, mas de Constatar a Verdade do seu próprio Ser, aqui e agora.

Então, o zazen não é uma prática ritual, uma prática cerimonial. Zazen é simplesmente estar presente agora, aqui… se assentar sem a mente. Isso pode significar literalmente se assentar em um lugar e ali permanecer livre dessa identificação com esse movimento do pensamento.

Nesta auto-observação é possível haver uma quebra dessa identificação com esse movimento egoico. Mas também zazen, como é permanecer em seu Ser, assentado em seu Ser, como eu tenho dito dentro dessas falas aqui, em nossos encontros, tanto aqui em nosso canal como dentro de encontros presenciais e on-line, caminhando você pratica o zazen, dirigindo o seu carro você pratica o zazen, assistindo à TV você pratica o zazen.

É por isso que no zen é imperdoável se separar a prática da Meditação da própria Iluminação. Não se pode separar Iluminação da Meditação. Para o zen, Iluminação é Meditação, não há separação, não há distância.

Então, nossos encontros, nosso trabalho juntos, é lhe mostrar que é possível o Despertar Espiritual, mas o Despertar Espiritual é a Constatação do seu Ser agora, aqui. Isso é Iluminação! Portanto, se trata de uma Constatação e não de uma conquista, se trata de uma Percepção direta desse Natural Estado de Ser, livre da mente egoica. Essa mente vive nessa dualidade. A ilusão consiste nesse sentido de dualidade internalizado no corpo e na mente pelo pensamento.

Outro ponto importante aqui que eu tenho enfatizado e, em geral, eu não tenho percebido isso mesmo por aqueles que compartilham essa possibilidade do Despertar, é que não há possibilidade alguma desse Despertar Espiritual sem um trabalho nesse mecanismo, nesse organismo, nesse corpo-mente.

E esse é o trabalho da Consciência, trazendo o Despertar, trazendo a Percepção da Realidade Daquilo que Você é, e o que Você é transcende o corpo e a mente. Então, se não houver um trabalho de desidentificação da mente e do corpo, não haverá o Despertar Espiritual, a Iluminação Espiritual.

Você poderá acreditar Nisso, estudar muito, ler muito sobre Isso, aprender muito sobre Isso e, de uma forma existencial, não acontecerá o Despertar Espiritual, porque, sem uma mudança nesse mecanismo, Isso não acontece. Eu me refiro a essa Constatação – Ela não se mostra. Ela se apresenta quando há essa quebra de identificação com o corpo e com a mente, e esse é um trabalho do Despertar desta Energia, que está em estado potencial no corpo, pronta para Florescer, pronta para Despertar, em prontidão para se Manifestar nesse mecanismo, nesse corpo. Eu me refiro a esse Poder da Kundalini, que é o Poder da própria Consciência nesse corpo.

Portanto, a Constatação da Verdade do seu Ser pressupõe a atualização desse Potencial Divino, que é o Potencial da Kundalini. Eu nunca dissocio o Despertar da Kundalini com o processo do Despertar Espiritual ou da Iluminação Espiritual; é algo que anda de mãos dadas, é algo que acontece simultaneamente, e é nesse organismo, é nesse mecanismo, que acontece essa Constatação.

Então, todo esse processo da prática deve prosseguir – e aqui eu me refiro à Real Prática. A Real Prática está na Meditação. É necessário descobrir a arte da Meditação. Você pode também continuar dentro de uma assim chamada “prática meditativa” ou “prática de meditação” por 10.000 anos, e o que eu estou dizendo para você tem perfeita base dentro do princípio do Despertar, segundo a Yoga.

A Meditação requer Consciência, Presença. Não se trata daquilo que é assim conhecido por meditação aí fora – uma meditação para acalmar, uma meditação para desestressar, uma meditação para um propósito terapêutico. Isso é algo maravilhoso, mas isso não pode lhe trazer essa Constatação da Verdade do seu Ser. Isso requer a desidentificação com a mente egoica, requer a quebra desse sentido de dualidade internalizada nessa suposta mente egoica, nesse suposto “eu”.

Enquanto houver esse sentido de mente egoica, que é esse sentido de uma identidade, que é o “eu”, haverá o mundo lá fora. Então, essa internalização da dualidade precisa ser quebrada, essa ilusão entre observador e a coisa observada, entre pensamento e pensador, entre experiência e experimentador. A Realidade é Aquilo que está agora, aqui. Não há esse “eu” pensando. O pensamento aparece, mas não tem “alguém”. Essa dualidade precisa ser desfeita, essa ilusão precisa ser quebrada. No sentir, há o sentir, mas não “alguém” sentindo; na emoção, existe a emoção, mas não “alguém” na emoção; no pensamento, há o pensamento surgindo, mas não “alguém” pensando.

Portanto, é importante uma base real, e a base real está na Real Meditação Prática. Aqui em nosso canal, eu tenho uma playlist sobre isso. Nessa Real Meditação Prática, é possível haver uma quebra dessa identificação com essa ilusão, que é a ilusão da mente egoica, que é a ilusão desse falso centro, desse falso “eu”. Eu chamo de mente egoica esse estado de consciência mental para essa suposta identidade presente agora, aqui. Isso não é real.

Assim, os nossos encontros são para a investigação da Verdade desse falso “eu”, desse falso centro; os nossos encontros são para a quebra dessa ilusão da dualidade, para a Percepção direta da Não Dualidade. A Não Dualidade é o seu Ser, é esta Consciência Real. Constatar Isso ocorre em razão desse trabalho da Real Meditação. Isso é possível quando há Autoconhecimento. Então, a mera prática da meditação, sem Autoconhecimento, não irá representar uma transformação, uma mudança, não irá representar o Despertar desse Poder Divino. Então, não há como esse movimento interno que é o Despertar da Kundalini, que é o Florescer da Consciência, assumir esse corpo e essa mente.

Então, acontece essa Constatação, a Constatação de que Aquilo que Você é já é aqui e agora. No entanto, um processo se faz necessário nesse corpo, nessa mente, e é por isso que a Prática Real se faz necessária – e aqui se refere à Prática Real. É necessário descobrir o que é o Real Zazen ou a Real Meditação.

Então, esse é o assunto aqui para vocês. No seu viver, no seu dia a dia, você coloca isso em evidência pela auto-observação. A observação do movimento da mente quebra essa identificação com esse movimento da mente egoica. Então, aqui, a arte da Meditação é a arte da auto-observação, que Ramana Maharshi chamava “Atma Vichara”, a auto-observação. A auto-observação é a Atma Vichara, e essa é a Verdadeira Meditação Prática.

Então, esta Realização é a Realização do Zazen, que é Iluminação, que é o Despertar Espiritual, que é o Despertar na Consciência, que é o seu Ser constatado, livre da ilusão de todo o sofrimento psicológico, de toda essa confusão que a mente egoica representa. Isso é Amor, Isso é Paz, Isso é Liberdade, Isso é Felicidade.

Se isso é algo que lhe toca e você ainda não se inscreveu no canal, aproveita agora, se inscreve no canal, deixa o seu “like”... Lembrando que nós temos encontros presenciais, temos encontros também on-line. Se isso é algo que lhe toca, vamos trabalhar isso juntos! Ok?

Valeu pelo encontro.

Agosto de 2022
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Autoconhecimento | Kundalini e Realização de Deus | Despertar Espiritual | Dualidade psicológica

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui em nosso canal. Ainda enfatizando com você a importância do Despertar da Kundalini… Afinal, o que é Kundalini? O que é o Despertar da Kundalini?

Você acredita ser quem, na verdade, Você não é. Aquilo que, na verdade, Você é, você desconhece. O resultado disso são os problemas que você carrega em sua vida – a consequência da ignorância.

Com base na ignorância, sua vida é uma vida onde há essa incompletude. Notem que há uma constante busca por algo dentro de cada um de nós. O ser humano está à procura de alguma coisa… de alguma coisa que possa, de verdade, completá-lo, preenchê-lo. Então, ele busca a felicidade, por exemplo, em realizações materiais, ou em ideias, ou em preenchimentos psicológicos, em aquisições psicológicas, ou em relacionamentos – relacionamento com pessoas, relacionamento com objetos ou relacionamento com ideias.

Há esse sentido de incompletude, de insatisfação, de inadequação, dentro de cada um de nós. Como resultado, uns mais e outros menos, todos sofrem, carregam ansiedade, preocupações, dilemas internos, conflitos diversos, desejos… e muitos desejos!

Há sempre esse sentido de inadequação, de insatisfação, então há essa procura de segurança em coisas fora e em realizações dentro. Há essa procura de segurança material e também psicológica. Essa insatisfação, essa busca, busca preenchimento, busca realização em crenças espiritualistas, religiosas, filosóficas, psicológicas; busca realização em obter realizações materiais, em conquistar mais coisas, em ter mais, em obter mais.

Tudo isso ocorre em razão da falta da Compreensão da Verdade sobre quem Você é, a não Compreensão da Realidade do seu Ser. Quando há essa Compreensão da Realidade sobre quem é Você… Aqui, o Autoconhecimento se constitui a plataforma disso, onde tudo isso ocorre, onde tudo isso acontece. Nesse Autoconhecimento, você tem a percepção desse sentido de dualidade, desse sentido de separação. Você percebe o quanto é inadequado, você percebe o quanto é insatisfatório esse sentido do “eu” presente nessa experiência chamada vida.

Então, é possível um processo novo nesse organismo, nesse corpo, surgir. Essa Energia perdida nesse mundo psicológico, nesse mundo da dualidade psicológica, da contradição psicológica… essa Energia, assim, se torna disponível para o Despertar da Kundalini, para o Despertar desse Poder Divino que você traz dentro de si mesmo.

E quando, através da Real Meditação, dessa consciência do que é Meditação, essa Energia começa a florescer, uma mudança ocorre dentro desse corpo, dentro dessa mente. Esse é o seu contato com a Realidade, é o seu contato com a Verdade do seu Ser e, portanto, com o fim do sofrimento psicológico, o fim de toda essa confusão criada pelo pensamento, sustentada dentro de você pela ilusão da separação.

O sofrimento pode terminar, porque o sofrimento tem, como sua base, a ilusão do sentido de separação. A dor é algo que pode estar presente no corpo. Esse mecanismo, esse corpo-mente, pode vivenciar a dor. O corpo tem essa autodefesa, tem esse mecanismo de autoproteção – a dor é um mecanismo assim no corpo. Quando algo dói em seu corpo, uma parte do seu corpo sente alguma dor, está pedindo atenção, pedindo cuidados. Então, esse é um movimento de inteligência nesse mecanismo, nesse organismo, mostrando que algo não está normal, algo não está natural ali.

Se um dente seu dói, isso é algo dentro do corpo, como uma autoproteção nesse mecanismo. O mecanismo, de uma forma inteligente, está pedindo uma atenção para a boca, para a raiz daquele dente ser tratada, ser cuidada, para que a ordem, a naturalidade, se restabeleça.

Mas nós carregamos, também, essa dor psicológica. Essa dor psicológica não tem fundamento na Realidade. O fundamento dessa dor está nesse condicionamento psicológico. Quando há Amor – vamos dar um exemplo –, não há posse, não há inveja, não há comparação, não há controle, não há domínio, não há ciúme. O que a pessoa sente por outra não é Amor; o que ela sente por outra é qualquer coisa menos Amor.

Quando há Amor, não existe esse “mim”... não existe esse “mim”, não existe esse “eu”, não existe ele, não existe o outro. O Amor é Real quando não há essa dualidade. Aquilo que conhecemos por amor carrega o ódio, carrega a diferença, carrega a posse, carrega o controle, carrega o ciúme – isso não é Amor.

Sua Natureza Essencial é Amor – eu me refiro ao Amor sem o oposto. Mas aquilo que conhecemos, como pessoa, é o amor que carrega o oposto.

“Espere, espere… Então, você está dizendo que eu não amo a minha esposa, que eu não amo os meus filhos?” Notem o que estamos dizendo… Estamos dizendo que o sentido de “pessoa” é um condicionamento psicológico. Ele tem apreciação, ele tem afeição, ele tem afeto, ele tem carinho, mas ele carrega também, com ele, medo, posse, controle, domínio, violência, e isso não é Amor.

A Realidade do seu Ser é Amor, é o seu Natural Estado de Consciência. Então, a dor psicológica não tem nenhum fundamento, a não ser a ilusão do sentido egoico, a ilusão do sentido de separação, desse sentido entre você – essa ideia de uma “pessoa” presente – e a vida, essa ideia de uma “pessoa” presente e o marido, a esposa, os filhos.

Em seu Ser, Você é Amor. Esse Amor abarca e inclui tudo à sua volta, mas esse Amor não é pessoal. Ele não carrega dualidade, portanto ele não carrega conflito, ele não carrega sofrimento.

O Despertar de sua Natureza Essencial, de sua Natureza Divina, a Iluminação Espiritual, é o contato com sua Identidade Verdadeira – uma Identidade Real ou uma “não identidade”, porque só há Consciência, só há essa Vida sem qualquer separação. Então, não há espaço em seu Ser – quando ocorre o Despertar desta Energia, que é o Despertar da Kundalini – não há espaço para o sentido de “eu”, para o sentido do ego.

O Despertar da Kundalini é o único Poder, é o Poder da Presença, é o Poder do Amor, da Paz, da Liberdade, da Felicidade. O Despertar da Kundalini é a Realização. Esse Despertar da Kundalini é a Realização de Deus. Aqui, você está – nesta vida, nesta existência – para o Reconhecimento de sua Natureza Divina. Você está aqui, nesta vida, para Realizar o Despertar da Kundalini. Então, essa Energia impessoal assume esse corpo e essa mente. É Você, mas não é esse “você” que você conhece. É o seu Ser, é a Natureza de Deus, que é Kundalini. Então, não há mais sofrimento.

Para você, em seu Natural Estado de Presença; para você, em seu Natural Estado de Ser, Aquilo que está presente é Inteligência, é a Verdade, é a Paz, é o Amor.

As pessoas querem algo permanente – notem como isso é delicado. Elas querem o amor permanente, o amor que não se transforma em ódio, em ciúme, em raiva, em ambição; a paz que não se transforma em conflito, em medo, em sofrimento. Elas querem algo permanente. No tempo psicológico, não existe nada que seja permanente. É necessário você ir além do tempo psicológico, além desse sentido do “eu”, do ego, dessa mente condicionada, dessa consciência mental, que é a consciência da humanidade. Além disso, está a Realidade atemporal.

Isso é Paz, Isso é Amor, Isso é Verdade, mas Isso está fora do tempo – Isso é o seu Ser. A Realização da Iluminação Espiritual, o Despertar Espiritual, o Despertar da Kundalini, é a Realização do Natural Estado de Ser atemporal. Isso é Amor atemporal, incondicional; Isso é Paz incondicional, não temporal; Isso é a Verdade, a Inteligência Suprema, Você em seu Natural Estado de Ser.

É isso que estamos trabalhando com você aqui, dentro desse canal, lhe mostrando que é possível, pelo Autoconhecimento, assumir Isso através da Real Meditação, e Isso é possível através de um trabalho direto de Reconhecimento da Verdade sobre quem Você é.

Outubro de 2022
Gravatá-PE
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