A mente está condicionada a funcionar desta forma: identificando-se com o corpo e com o que ele faz, vendo-se responsável, para receber apupos ou aplausos, elogios ou críticas. Isso tem a ver com o condicionamento da mente.
Simplesmente, veja que o pensamento “fala” a partir de uma autoimagem. Olhe para sua experiência com clareza, com simplicidade, com naturalidade, sem a intervenção do pensamento, e você não terá imaginação, não terá a ação dessa imagem. Seja simples quanto a isso. Veja o que o pensamento diz sobre você e observe que isso está baseado na imaginação, na ação de uma imagem, não na experiência.
A preocupação de fazer e agradar é uma preocupação com a autoimagem, assim como de fazer e desagradar. Todos vocês têm isso! Você pode trabalhar num escritório, diante de um computador, trocando meia dúzia de palavras com alguém ali, passar a maior parte do tempo lidando apenas com documentos ou acessando a internet, no entanto lá vai estar a sua autoimagem.
Não é o mundo que lhe causa dor, é o seu condicionamento mental, é a sua representação mental da experiência. Então, vou repetir: veja o que o pensamento fala sobre você e veja que isso não é verdade. É um quadro que, de uma forma imaginária, ele cria sobre a experiência. Não é a experiência o problema, e o outro faz parte da experiência.
A Liberação é algo muito lindo porque é a “Coisa” sem nome. Não é uma liberdade em que nada dá errado ou nada ruim acontece; também não é a liberdade de falhar, de errar. Não é isso! A Liberdade é a própria “coisa” da Liberdade! Essa é a Liberdade de não se importar com a experiência, de não ser ninguém! Ninguém fazendo ou sendo isso e aquilo.
Não faça as coisas para as pessoas! Aqui está a coisa toda! Se você faz as coisas para as pessoas, é a sua autoimagem envolvida nisso. Isso é condicionamento! A cultura, a sociedade, o mundo em que fomos criados, nos educou a fazer as coisas para as pessoas. Na realidade, eles estão nos ensinando que precisamos fazer as coisas para nos sentirmos bem com nós mesmos, mas nem sempre isso dá certo. Na maioria das vezes, essa exigência nos torna neuróticos e, então, erramos. Erramos só porque queremos acertar, e queremos acertar para agradar as pessoas.
É sempre a sua autoimagem tendo esse investimento. Isso vale tanto para uma apresentação pública quanto para sua relação com o seu marido, esposa, filhos e netos. Você está preso no mesmo jogo! Tudo o que você está fazendo é para agradá-los. Não faça as coisas para o outro, pois o ego está investindo em sua autoimagem quando isso acontece. Você vai dizer “então eu faço as coisas para mim?”. Também não! Na verdade, é isso que você já tem feito! Você tem feito para você, para a sua autoimagem. Você sempre se vê como alguém precisando de alguma coisa, então, se você fizer para você, você estará investindo na sua autoimagem, estará fazendo para ganhar alguma coisa.
O condicionamento egoico é de tal qualidade que você nunca faz nada por fazer; você faz sempre para ganhar ou para se livrar de alguma coisa. Você faz sempre as coisas por desejo ou por medo, porque esse é o condicionamento, e outros sempre estão envolvidos nisso, porque são eles que podem lhe dar a recompensa ou a punição. A recompensa são os aplausos; a punição são os apupos, a vaia. A recompensa é o elogio; a punição é a crítica.
Então, pare de fazer para o outro ou para si mesmo, o que dá no mesmo. Faça o que precisa ser feito, mas não coloque seu ego envolvido nisso, porque ele vai atrapalhá-lo. Você pode ser um marido sem ego, uma mãe sem ego, um cantor, uma dançarina, uma namorada sem ego. Você pode ser qualquer coisa sem ego! Isso porque, sem ego, você não é internamente aquilo. Com ego, você internamente entroniza essa atitude de pai, de marido, de pintor, de ator, de artista, de cantor, de músico… e, quando faz isso, você cultiva o condicionamento egoico.
Traga clareza para esse movimento do hábito, para essa força do hábito. Você tem que observar o quanto isso o preenche, o quanto essa imaginação o preenche, o quanto você se sente preenchido ao ver o outro o aplaudindo, o elogiando, o reconhecendo... As relações entre casais é esse inferno porque ambos estão no mesmo jogo. Eles são uma espécie de vampiro, precisando de sangue. Cada um está vendo o outro com base em sua autoimagem, então eles são uma espécie de vampiro carente de apreciação, de elogio, de reconhecimento, e vivem assustando um ao outro, tentando amedrontar um ao outro, tentando gerar punições e sofrendo punições também. É uma exploração mútua! São dois vampiros numa relação.
O que estou dizendo? Faça tudo o que você sempre fez, mas agora traga atenção para isso. Você não tem que deixar o relacionamento, mas precisa deixar a “pessoa” que está investindo nisso; você precisa se livrar dessa imagem que você tem. Mas, como para o ego é mais fácil se manter na rotina, no hábito – na verdade, a palavra não é hábito, é vício – de ser alguém, porque isso não requer nenhum trabalho interno, nenhuma Atenção, nenhuma Presença, nenhuma Consciência, então você se mantém assim.
O resultado não é seu quando não existe autoimagem, mas, quando existe essa autoimagem investida aí, o resultado é para você, aí tudo tem que dar certo, e isso produz o medo de que não dê certo, de que dê errado. Veja que você está sempre nisso: autointeresse.
O ego é o centro dessa ação. Como você terá verdade nisso se o ego é o centro dessa ação? Como é que uma relação entre duas pessoas, como amigos, ou namorados, ou marido e mulher, vai dar certo se o ego é o centro dessa operação?
A Vida não tem ego e o ego não tem vida. É impossível a infelicidade sem o ego. É impossível a Felicidade com o ego, porque ele é esse movimento de medo e desejo.
Então você às vezes vai se orgulhar do que faz, porque o seu ego está investindo nisso; é a sua autoimagem se achando importante nisso. Então, se você canta, se você dança, se você faz o melhor hambúrguer da cidade, você se sente o melhor. Ou então você se sente a melhor esposa, o melhor marido, o marido perfeito, tão perfeito que você cobra da esposa que ela não faça nada errado. Repare que contradição, que absurdo: você é tão perfeito que não aceita que ninguém faça nada errado à sua volta, que ninguém tenha algum erro, algum pecado, de tão santo que você é. Autoimagem!
Não faça nada para alguém – aqui, esse “alguém” é você – apenas faça. Não receba disso o preenchimento que o ego procura. Você pode até receber, mas, com a recompensa, você recebe também a punição, e essa recompensa não representa a Real Felicidade.
No ego, você está numa prisão que não tem porta. Curiosamente, você nunca entrou lá, mas não pode sair. Paradoxalmente, você não está lá, mas ela está aí – é uma prisão.
Seja simples quanto a isso e veja o que o pensamento fala sobre você e veja que isso não é verdade: está baseado na imaginação. Viva com as implicações disso, assumindo a verdade do que surgir. Deu certo? Ok, e daí? Deu errado? Ok, e daí? O público gostou? Ok, e daí? O público não gostou? Ok, e daí? Alguém está comprando o meu produto? Ok, e daí? A maioria não quer saber do meu produto? Ok, e daí? Tive apoio, ajuda e muita cooperação? Ok, e daí? Ninguém apoiou, deu tudo errado, não foi para frente? Ok, e daí?
Assuma as implicações do que estiver acontecendo, mas não se coloque como alguém nessa experiência, porque senão você vai ter que voltar para a primeira parte da fala, para a recompensa e a punição. Vai voltar para descobrir que não vale a pena viver no ego. Está vendo como eu pinto o quadro com as minhas palavras, mas quem precisa ver o quadro é você com a sua experiência? É sempre você com a sua própria experiência.
Simplesmente, veja que o pensamento “fala” a partir de uma autoimagem. Olhe para sua experiência com clareza, com simplicidade, com naturalidade, sem a intervenção do pensamento, e você não terá imaginação, não terá a ação dessa imagem. Seja simples quanto a isso. Veja o que o pensamento diz sobre você e observe que isso está baseado na imaginação, na ação de uma imagem, não na experiência.
A preocupação de fazer e agradar é uma preocupação com a autoimagem, assim como de fazer e desagradar. Todos vocês têm isso! Você pode trabalhar num escritório, diante de um computador, trocando meia dúzia de palavras com alguém ali, passar a maior parte do tempo lidando apenas com documentos ou acessando a internet, no entanto lá vai estar a sua autoimagem.
Não é o mundo que lhe causa dor, é o seu condicionamento mental, é a sua representação mental da experiência. Então, vou repetir: veja o que o pensamento fala sobre você e veja que isso não é verdade. É um quadro que, de uma forma imaginária, ele cria sobre a experiência. Não é a experiência o problema, e o outro faz parte da experiência.
A Liberação é algo muito lindo porque é a “Coisa” sem nome. Não é uma liberdade em que nada dá errado ou nada ruim acontece; também não é a liberdade de falhar, de errar. Não é isso! A Liberdade é a própria “coisa” da Liberdade! Essa é a Liberdade de não se importar com a experiência, de não ser ninguém! Ninguém fazendo ou sendo isso e aquilo.
Não faça as coisas para as pessoas! Aqui está a coisa toda! Se você faz as coisas para as pessoas, é a sua autoimagem envolvida nisso. Isso é condicionamento! A cultura, a sociedade, o mundo em que fomos criados, nos educou a fazer as coisas para as pessoas. Na realidade, eles estão nos ensinando que precisamos fazer as coisas para nos sentirmos bem com nós mesmos, mas nem sempre isso dá certo. Na maioria das vezes, essa exigência nos torna neuróticos e, então, erramos. Erramos só porque queremos acertar, e queremos acertar para agradar as pessoas.
É sempre a sua autoimagem tendo esse investimento. Isso vale tanto para uma apresentação pública quanto para sua relação com o seu marido, esposa, filhos e netos. Você está preso no mesmo jogo! Tudo o que você está fazendo é para agradá-los. Não faça as coisas para o outro, pois o ego está investindo em sua autoimagem quando isso acontece. Você vai dizer “então eu faço as coisas para mim?”. Também não! Na verdade, é isso que você já tem feito! Você tem feito para você, para a sua autoimagem. Você sempre se vê como alguém precisando de alguma coisa, então, se você fizer para você, você estará investindo na sua autoimagem, estará fazendo para ganhar alguma coisa.
O condicionamento egoico é de tal qualidade que você nunca faz nada por fazer; você faz sempre para ganhar ou para se livrar de alguma coisa. Você faz sempre as coisas por desejo ou por medo, porque esse é o condicionamento, e outros sempre estão envolvidos nisso, porque são eles que podem lhe dar a recompensa ou a punição. A recompensa são os aplausos; a punição são os apupos, a vaia. A recompensa é o elogio; a punição é a crítica.
Então, pare de fazer para o outro ou para si mesmo, o que dá no mesmo. Faça o que precisa ser feito, mas não coloque seu ego envolvido nisso, porque ele vai atrapalhá-lo. Você pode ser um marido sem ego, uma mãe sem ego, um cantor, uma dançarina, uma namorada sem ego. Você pode ser qualquer coisa sem ego! Isso porque, sem ego, você não é internamente aquilo. Com ego, você internamente entroniza essa atitude de pai, de marido, de pintor, de ator, de artista, de cantor, de músico… e, quando faz isso, você cultiva o condicionamento egoico.
Traga clareza para esse movimento do hábito, para essa força do hábito. Você tem que observar o quanto isso o preenche, o quanto essa imaginação o preenche, o quanto você se sente preenchido ao ver o outro o aplaudindo, o elogiando, o reconhecendo... As relações entre casais é esse inferno porque ambos estão no mesmo jogo. Eles são uma espécie de vampiro, precisando de sangue. Cada um está vendo o outro com base em sua autoimagem, então eles são uma espécie de vampiro carente de apreciação, de elogio, de reconhecimento, e vivem assustando um ao outro, tentando amedrontar um ao outro, tentando gerar punições e sofrendo punições também. É uma exploração mútua! São dois vampiros numa relação.
O que estou dizendo? Faça tudo o que você sempre fez, mas agora traga atenção para isso. Você não tem que deixar o relacionamento, mas precisa deixar a “pessoa” que está investindo nisso; você precisa se livrar dessa imagem que você tem. Mas, como para o ego é mais fácil se manter na rotina, no hábito – na verdade, a palavra não é hábito, é vício – de ser alguém, porque isso não requer nenhum trabalho interno, nenhuma Atenção, nenhuma Presença, nenhuma Consciência, então você se mantém assim.
O resultado não é seu quando não existe autoimagem, mas, quando existe essa autoimagem investida aí, o resultado é para você, aí tudo tem que dar certo, e isso produz o medo de que não dê certo, de que dê errado. Veja que você está sempre nisso: autointeresse.
O ego é o centro dessa ação. Como você terá verdade nisso se o ego é o centro dessa ação? Como é que uma relação entre duas pessoas, como amigos, ou namorados, ou marido e mulher, vai dar certo se o ego é o centro dessa operação?
A Vida não tem ego e o ego não tem vida. É impossível a infelicidade sem o ego. É impossível a Felicidade com o ego, porque ele é esse movimento de medo e desejo.
Então você às vezes vai se orgulhar do que faz, porque o seu ego está investindo nisso; é a sua autoimagem se achando importante nisso. Então, se você canta, se você dança, se você faz o melhor hambúrguer da cidade, você se sente o melhor. Ou então você se sente a melhor esposa, o melhor marido, o marido perfeito, tão perfeito que você cobra da esposa que ela não faça nada errado. Repare que contradição, que absurdo: você é tão perfeito que não aceita que ninguém faça nada errado à sua volta, que ninguém tenha algum erro, algum pecado, de tão santo que você é. Autoimagem!
Não faça nada para alguém – aqui, esse “alguém” é você – apenas faça. Não receba disso o preenchimento que o ego procura. Você pode até receber, mas, com a recompensa, você recebe também a punição, e essa recompensa não representa a Real Felicidade.
No ego, você está numa prisão que não tem porta. Curiosamente, você nunca entrou lá, mas não pode sair. Paradoxalmente, você não está lá, mas ela está aí – é uma prisão.
Seja simples quanto a isso e veja o que o pensamento fala sobre você e veja que isso não é verdade: está baseado na imaginação. Viva com as implicações disso, assumindo a verdade do que surgir. Deu certo? Ok, e daí? Deu errado? Ok, e daí? O público gostou? Ok, e daí? O público não gostou? Ok, e daí? Alguém está comprando o meu produto? Ok, e daí? A maioria não quer saber do meu produto? Ok, e daí? Tive apoio, ajuda e muita cooperação? Ok, e daí? Ninguém apoiou, deu tudo errado, não foi para frente? Ok, e daí?
Assuma as implicações do que estiver acontecendo, mas não se coloque como alguém nessa experiência, porque senão você vai ter que voltar para a primeira parte da fala, para a recompensa e a punição. Vai voltar para descobrir que não vale a pena viver no ego. Está vendo como eu pinto o quadro com as minhas palavras, mas quem precisa ver o quadro é você com a sua experiência? É sempre você com a sua própria experiência.
*Transcrito de uma fala ocorrida em 21 de novembro de 2020, num encontro online. Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.