O seu desejo básico é que o mundo não seja pesado e hostil com você. Você quer um mundo que o entenda, viver cercado de pessoas que o compreendam, e parece que o trabalho delas é serem legais com você, deixá-lo feliz. Você se comporta como um motorista no volante, tendo que guiar um carro; você aplica isso na vida e não dá certo. O motorista tem que guiar o carro, senão ele não chega ao seu destino. Você se sente assim na existência − assentado diante do “volante”, tendo que usar o seu conhecimento para “dirigir o carro”. Será dessa forma?
Então, você vem a Satsang, e eu digo: “Saia do banco do motorista! Ocupe qualquer banco do carro, mas saia do banco do motorista!”. Para você, o carro não vai sair do lugar dessa forma, ou, se sair, vai sofrer um acidente, porque, afinal de contas, não será você quem estará dirigindo. Contudo, quando você vem a mim, a primeira coisa que tento lhe mostrar é a importância de não confiar em si mesmo, e isso é o oposto de tudo que você aprendeu e aprende aí fora, pois todos o estimulam, lhe dão autoestima. Eu não dou autoestima a você, minha fala não tem esse propósito, não lhe dá confiança, certeza, segurança, nem diz que você está no controle. Então, o que você está fazendo aí diante do “volante”?
Aqui, se você sai do banco do motorista, sai da frente do volante, você deixa de ser o “guia” de suas experiências, de sua existência, aquele que dirige e sabe para onde está indo. Fora do “banco do motorista”, você descobre o que tenho chamado de Meditação. Meditação é não mais guiar, conduzir, não mais dar direção ao seu “veículo”, às suas experiências, aos seus cômodos e incômodos, projetos, sonhos e, também, não mais tentar se afastar do infortúnio, das vicissitudes, adversidades. Enquanto você acreditar que está conduzindo esse “veículo”, essa vida, essa existência, tudo que você experimentará será decepção, porque as coisas não acontecerão, jamais, como você espera, deseja, projeta, anseia.
Você não vai chegar ao destino, porque ele é uma projeção ideológica, ou seja, há uma ciência de ideias por detrás desse “seu destino”. Somente quando sai desse “banco do motorista”, você descobre que a Vida não precisa de você. É um absurdo, eu sei... Você vem a Satsang e descobre em minhas falas a oportunidade do destemor, que significa se confrontar, sem medo, com o que surge, mesmo vendo toda essa insegurança à sua volta. Vem uma voz e diz: “Saia do ‘banco do motorista’, você não pode guiar esse ‘seu carro’”.
Sei que isso parece loucura, porque é contrário a tudo que você ouviu até hoje, mas quando você sai do “banco do motorista”, descobre que a Vida pode dirigir a Si mesma. Na Realidade, a Vida sempre esteve na direção, Ela nunca deixou a direção em suas mãos. Suas mãos nunca estiveram, de fato, no volante. Você nunca esteve assentado nesse lugar que acredita estar, guiando, conduzindo e controlando.
Bem-vindos a Satsang! Isso aqui é o encontro com o Amor! Sim, é o encontro com o Amor, e o Amor não tem agenda, não sabe se é setembro, outubro, novembro... O Amor não tem outra coisa a fazer a não ser “queimar” tudo! Você sabe que o fogo queima tudo, mas ele não queima a si mesmo – é o Amor. Você tem medo de assumir esse Estado Natural de Sabedoria que representa não estar no controle, não estar procurando conduzir as experiências. Você se assusta só de ouvir a possibilidade de não controlar absolutamente mais nada. Contudo, esse medo é apenas falta de investigação, porque, no fundo, você nunca controlou absolutamente nada! Então, essa coisa de estar “trocando marchas, fazendo curvas, olhando para o retrovisor e para frente” nunca existiu de fato. Você nunca esteve aí! Assim, você não deveria se assustar com o acolhimento da Verdade, da Sabedoria; não deveria se assustar quando alguém lhe diz: “Afaste-se desse volante imaginário”.
Para mim, o que tem real importância não é você ouvir sobre Isso, mas viver Isso! A Vida é esse acontecimento que se dá sozinho, ninguém está na direção Disso. A Vida é compreendida nesse Amor que queima tudo, mas que não queima a Si próprio, como o fogo. Quando você está disponível ao Amor, disposto a não mais se confundir com esse absurdo que é acreditar no controle, na sua capacidade de guiar e conduzir, então a Vida se torna Mágica.
Mas essa não é como a mágica que faz o elefante sumir do palco ou a carta escondida ser revelada no final da apresentação do mágico. Eu falo de uma Mágica que não é nascida de uma estratégia de ilusão, não é um truque de ilusionismo. A Vida se torna Mágica nesse Amor Extraordinário, que é esse Fogo da Consciência Divina. A Vida se torna Mágica de uma maneira que a mente jamais seria capaz de sonhar e o maior dos mágicos ilusionistas seria capaz de produzir. A Vida não é um truque, é um Mistério, onde há uma Mágica presente. A Vida está fluindo e você não sabe, jamais saberá, para onde Ela o levará, porque é Ela que conduz a Si Própria.
Você é a Vida, não um motorista de uniforme, conduzindo a si mesmo ou a outros para algum lugar. O fato é que nós colocamos tanta atenção nessas crenças mundanas, como essa, tão comum a todos, de poder guiar, conduzir, controlar, que, no lugar de encontrarmos a Beleza desse Mistério, a Beleza desse Fogo que queima tudo menos a Si Próprio, a Magia da Vida, estamos sobrecarregados de medo e de muitos cuidados. Assim, não há Sabedoria, porque não há Verdade, e não há Verdade porque você não solta essa crença de poder controlar.
Não estar nessa direção, nesse controle, nessa condição de ilusão de condução, é o que tenho chamado de Real Meditação. Meditação é não estar controlando, guiando, conduzindo suas experiências. Essa falsa interpretação que se dá pode parecer um mal-entendido, até inocente, mas tem uma gravíssima consequência aí. Todo seu peso de existência, toda essa falta de leveza, está nessa tentativa impossível de guiar, conduzir e controlar. A medida segura para isso é o final da tentativa fútil, inútil e desnecessária de que as coisas precisam dar certo. Isso é a causa do medo, é a não confiança, a não entrega, é a não Meditação. A medida certa para isso é viver sem pensar, viver sem passado e futuro – que é o que o pensamento produz – e sem essas figuras que você tem à sua volta, as quais sempre tenta agradar.
Então, você vem a Satsang, e eu digo: “Saia do banco do motorista! Ocupe qualquer banco do carro, mas saia do banco do motorista!”. Para você, o carro não vai sair do lugar dessa forma, ou, se sair, vai sofrer um acidente, porque, afinal de contas, não será você quem estará dirigindo. Contudo, quando você vem a mim, a primeira coisa que tento lhe mostrar é a importância de não confiar em si mesmo, e isso é o oposto de tudo que você aprendeu e aprende aí fora, pois todos o estimulam, lhe dão autoestima. Eu não dou autoestima a você, minha fala não tem esse propósito, não lhe dá confiança, certeza, segurança, nem diz que você está no controle. Então, o que você está fazendo aí diante do “volante”?
Aqui, se você sai do banco do motorista, sai da frente do volante, você deixa de ser o “guia” de suas experiências, de sua existência, aquele que dirige e sabe para onde está indo. Fora do “banco do motorista”, você descobre o que tenho chamado de Meditação. Meditação é não mais guiar, conduzir, não mais dar direção ao seu “veículo”, às suas experiências, aos seus cômodos e incômodos, projetos, sonhos e, também, não mais tentar se afastar do infortúnio, das vicissitudes, adversidades. Enquanto você acreditar que está conduzindo esse “veículo”, essa vida, essa existência, tudo que você experimentará será decepção, porque as coisas não acontecerão, jamais, como você espera, deseja, projeta, anseia.
Você não vai chegar ao destino, porque ele é uma projeção ideológica, ou seja, há uma ciência de ideias por detrás desse “seu destino”. Somente quando sai desse “banco do motorista”, você descobre que a Vida não precisa de você. É um absurdo, eu sei... Você vem a Satsang e descobre em minhas falas a oportunidade do destemor, que significa se confrontar, sem medo, com o que surge, mesmo vendo toda essa insegurança à sua volta. Vem uma voz e diz: “Saia do ‘banco do motorista’, você não pode guiar esse ‘seu carro’”.
Sei que isso parece loucura, porque é contrário a tudo que você ouviu até hoje, mas quando você sai do “banco do motorista”, descobre que a Vida pode dirigir a Si mesma. Na Realidade, a Vida sempre esteve na direção, Ela nunca deixou a direção em suas mãos. Suas mãos nunca estiveram, de fato, no volante. Você nunca esteve assentado nesse lugar que acredita estar, guiando, conduzindo e controlando.
Bem-vindos a Satsang! Isso aqui é o encontro com o Amor! Sim, é o encontro com o Amor, e o Amor não tem agenda, não sabe se é setembro, outubro, novembro... O Amor não tem outra coisa a fazer a não ser “queimar” tudo! Você sabe que o fogo queima tudo, mas ele não queima a si mesmo – é o Amor. Você tem medo de assumir esse Estado Natural de Sabedoria que representa não estar no controle, não estar procurando conduzir as experiências. Você se assusta só de ouvir a possibilidade de não controlar absolutamente mais nada. Contudo, esse medo é apenas falta de investigação, porque, no fundo, você nunca controlou absolutamente nada! Então, essa coisa de estar “trocando marchas, fazendo curvas, olhando para o retrovisor e para frente” nunca existiu de fato. Você nunca esteve aí! Assim, você não deveria se assustar com o acolhimento da Verdade, da Sabedoria; não deveria se assustar quando alguém lhe diz: “Afaste-se desse volante imaginário”.
Para mim, o que tem real importância não é você ouvir sobre Isso, mas viver Isso! A Vida é esse acontecimento que se dá sozinho, ninguém está na direção Disso. A Vida é compreendida nesse Amor que queima tudo, mas que não queima a Si próprio, como o fogo. Quando você está disponível ao Amor, disposto a não mais se confundir com esse absurdo que é acreditar no controle, na sua capacidade de guiar e conduzir, então a Vida se torna Mágica.
Mas essa não é como a mágica que faz o elefante sumir do palco ou a carta escondida ser revelada no final da apresentação do mágico. Eu falo de uma Mágica que não é nascida de uma estratégia de ilusão, não é um truque de ilusionismo. A Vida se torna Mágica nesse Amor Extraordinário, que é esse Fogo da Consciência Divina. A Vida se torna Mágica de uma maneira que a mente jamais seria capaz de sonhar e o maior dos mágicos ilusionistas seria capaz de produzir. A Vida não é um truque, é um Mistério, onde há uma Mágica presente. A Vida está fluindo e você não sabe, jamais saberá, para onde Ela o levará, porque é Ela que conduz a Si Própria.
Você é a Vida, não um motorista de uniforme, conduzindo a si mesmo ou a outros para algum lugar. O fato é que nós colocamos tanta atenção nessas crenças mundanas, como essa, tão comum a todos, de poder guiar, conduzir, controlar, que, no lugar de encontrarmos a Beleza desse Mistério, a Beleza desse Fogo que queima tudo menos a Si Próprio, a Magia da Vida, estamos sobrecarregados de medo e de muitos cuidados. Assim, não há Sabedoria, porque não há Verdade, e não há Verdade porque você não solta essa crença de poder controlar.
Não estar nessa direção, nesse controle, nessa condição de ilusão de condução, é o que tenho chamado de Real Meditação. Meditação é não estar controlando, guiando, conduzindo suas experiências. Essa falsa interpretação que se dá pode parecer um mal-entendido, até inocente, mas tem uma gravíssima consequência aí. Todo seu peso de existência, toda essa falta de leveza, está nessa tentativa impossível de guiar, conduzir e controlar. A medida segura para isso é o final da tentativa fútil, inútil e desnecessária de que as coisas precisam dar certo. Isso é a causa do medo, é a não confiança, a não entrega, é a não Meditação. A medida certa para isso é viver sem pensar, viver sem passado e futuro – que é o que o pensamento produz – e sem essas figuras que você tem à sua volta, as quais sempre tenta agradar.
* Transcrito a partir de uma fala em um encontro online, na noite do dia 19 de Outubro de 2020 – Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.
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