O ego nos coloca no centro do universo. Depois que o ego se instala, você fica escravizado pelo tempo, porque você passa a residir em uma história. Gostariam de ouvir sobre isso? Essa é a minha especialidade: mostrar-lhe o que o ego tem feito, o que ele vem fazendo na história humana, na sua história. Aliás, só há história no ego.
Essa centralização de uma entidade é um trabalho da ilusão. A falsa identidade se centraliza em um universo que ela mesma fabrica. O ego se instala no centro desse universo imaginário, separado de tudo e escravizado pelo tempo – ele cria o tempo e constrói uma história. Esse é o seu condicionamento: mágoas, ressentimentos, rancores, frustrações, desesperança... O lado positivo também: entusiasmo, animação, esperança... Essa personalidade vive em seus sonhos, medos, desejos e pressões de todos os tipos.
O ego cria uma torrente constante, um volume enorme, extraordinário, de estruturas mentais. No centro dessa estrutura, ele se senta como um rei e se denomina “eu sou”. O primeiro nome é “eu”, o segundo “sou”. Aí, depois desse “eu sou”, o ego assume vários pseudônimos: “eu posso”, “eu tenho”, “eu quero”, “eu faço”, "eu controlo”, “eu realizo”... São pseudônimos desse “eu sou”.
Esse condicionamento vem desde a infância. O resultado é você aqui, assentado, tendo uma grande dificuldade de acompanhar uma fala como esta, resistindo, interpretando, julgando, avaliando, vendo se está certo ou errado, se isso se ajusta ao seu programa, ao seu fundo de condicionamento, se dá para aceitar ou rejeitar isso…
A verdade é que esse “eu sou”, esse rei, assume essa posição desde a infância, e nós ficamos tão envolvidos nisso! Assumimos isso como real de forma tão estreita e medíocre! Assim, “ele é quem somos”. Essa é uma suposição insidiosa, e ficamos apaixonados por isso! Ele pega o lugar de honra, se orgulha, fala em nosso nome, sente em nosso nome, pretende em nosso nome... Aliás, não sabemos qual é o nosso nome, mas essa falsa identidade já assumiu o “eu sou” e se passa por nós.
Desde a infância já estamos envolvidos, apaixonados e crescendo com esse arsenal bélico para nos defender dos ataques do inimigo. Um arsenal de autodefesa para nos defender dos inimigos imaginários. O ego, sem questionar, assume que ele é quem somos. Então, ele pega o lugar de honra, pensando, sentindo, falando, agindo, escolhendo, resolvendo, crescendo, depois namorando, casando, procriando... Ele adora procriar, adora dar continuidade à sua prole. Ele adota uma voz, um jeito, uma aparência e começa a tomar decisões e a se proteger. Ele tem um arsenal para se defender contra-atacando os inimigos imaginários que a vida apresenta. Para ele, a vida é hostil, a existência é muito hostil. O ego se sente hostilizado, mas ele tem um arsenal de autodefesa enorme! Ele vai desenvolvendo, a cada dia, novos planos e novas formas de autodefesa e contra-ataque, para se proteger da hostilidade em que vive.
Você descobre na existência, no viver, como essa estrutura se move, como se molda e como se constrói. Descobre, também, como se livra dela. A gente não aprende isso com outros, a gente aprende isso observando a nós mesmos, nos investigando momento a momento. Até porque, você é o resultado de milênios de “evolução da consciência humana”.
Não escutem essa fala de forma passiva. Vão ouvindo e observando essa paixão de infância que vocês carregam.
O ego adota mesmo essa voz e se coloca no ponto mais alto, de onde começa a tomar decisões. Aliás, ele descobriu: “eu posso pensar”, “eu posso fazer”, “eu posso realizar”. O seu ego não se importa com o que ele mesmo produz em forma de pensamento. Ele diz que vai fazer uma coisa apenas de forma verbal; é apenas um pensamento sendo expresso. Mas o controle dele é tão soberano que ele não respeita nenhum pensamento que ele mesmo produziu, e logo você se pega na força do hábito. “Vou parar de sofrer” - isso é só um pensamento. A força do hábito de sofrer não respeita o pensamento “vou parar de sofrer”.
Esse pretenso rei sentado no trono está controlando esse universo. Controle total! Ele não tem o poder real que se atribui, mas ele assume, tem força para assumir. O pensamento diz “não sentirei mais culpa”, “não sentirei mais saudade”. É como dizer “eu vou emagrecer” ou “eu não vou mais beber”. Isso é só um pensamento. Esse falso rei, com um selo falso, governa, e está forte contra os seus inimigos, tem um arsenal de autodefesa extraordinário.
Olhe para você, olhe para o que o pensamento cria dentro de você, olhe a riqueza de imagens que o pensamento constrói, produzindo todo tipo de conflito e sofrimento, dos quais você não se livra por uma simples decisão de pensamento. Sabe por quê? Porque esse falso rei vem dominando, vem controlando, vem reinando sobre esse universo que ele mesmo construiu. Desde a infância tem sido assim.
Você tem milhares de pensamentos todos os dias. Sua mão não se importa com o que sua mente pensa. Sua boca não se importa com o que seu pensamento diz sobre o efeito da macarronada ou do excesso de carboidrato. Esse rei não leva o selo real, nem tem o poder que se atribui, mas assume um poder extraordinário que você não pode jamais subestimar.
Que sutileza é essa? Que habilidade é essa? Que poder é esse? Por que o ego assume tanto controle? Porque esse lugar está ocupado! Um lugar que não é facilmente visível. Ele está no controle!
Os seus pensamentos, as suas emoções, as suas experiências sensoriais estão acontecendo e sendo determinadas ou controladas por essa forte e imperiosa vontade – a vontade do “eu”. E por que esse lugar não é visto? Porque ele fica invisível. O ego, o “eu”, reside no lugar invisível, no nosso lugar. O que se pode ver nesse lugar é um rei tirano, ditador, usurpador de trono, construindo e sustentando uma história.
O lugar da Realidade, da Consciência, é invisível, ou melhor, não é facilmente visível, porque essa vontade, aí, está sendo governada, desde a infância, por esse usurpador de trono, esse falso rei. O ego reside nesse lugar invisível. Você não sabe quem Você é porque não enxerga o seu lugar. Então, não há uma Verdade imperando; há somente uma vontade tirana de um rei usurpador de trono no poder.
O pensamento diz “eu vou” e se disfarça como sendo a fonte da Inteligência, da Sabedoria, da Consciência. Ele assume esse lugar dizendo “eu vou”, “eu quero”, “eu não quero”, “eu gosto”, “eu não gosto”. Uma aberração! O ego é uma aberração dentro de uma referência totalmente equivocada.
Nosso Verdadeiro Eu, nosso Verdadeiro Ser, nossa Verdadeira Consciência, não age pela vontade. Há uma Inteligência tão excelente e de uma qualidade tão misteriosa, que tudo acontece sem qualquer esforço, sem qualquer volição, sem qualquer intenção, sem qualquer desejo ou medo. Seu Ser carrega essa Beleza, mas essa aberração, não! Essa aberração só cria confusão, desordem, bagunça tudo, falsifica tudo, falsifica os mais belos sentimentos, as mais belas expressões do pensamento dentro dessa Inteligência.
Essa aberração falsifica tudo, nos torna seres medíocres, infelizes, complexados, traumatizados, sintomáticos, miseráveis, fazendo uso desse arsenal de autodefesa, atacando o tempo todo e se defendendo de um ou vários inimigos imaginários, em uma vida hostil, em uma existência que é só sofrimento. Tudo isso está nessa postura ou nessa atitude da “pessoa”. Essa Inteligência, essa Beleza, é usurpada pelo ego, então o que há é uma aberração de inteligência, uma aberração de beleza, uma aberração de consciência. O ego é uma autorreferência falsa trabalhando com pretensões, sempre se escondendo, se defendendo, resistindo.
Essa centralização de uma entidade é um trabalho da ilusão. A falsa identidade se centraliza em um universo que ela mesma fabrica. O ego se instala no centro desse universo imaginário, separado de tudo e escravizado pelo tempo – ele cria o tempo e constrói uma história. Esse é o seu condicionamento: mágoas, ressentimentos, rancores, frustrações, desesperança... O lado positivo também: entusiasmo, animação, esperança... Essa personalidade vive em seus sonhos, medos, desejos e pressões de todos os tipos.
O ego cria uma torrente constante, um volume enorme, extraordinário, de estruturas mentais. No centro dessa estrutura, ele se senta como um rei e se denomina “eu sou”. O primeiro nome é “eu”, o segundo “sou”. Aí, depois desse “eu sou”, o ego assume vários pseudônimos: “eu posso”, “eu tenho”, “eu quero”, “eu faço”, "eu controlo”, “eu realizo”... São pseudônimos desse “eu sou”.
Esse condicionamento vem desde a infância. O resultado é você aqui, assentado, tendo uma grande dificuldade de acompanhar uma fala como esta, resistindo, interpretando, julgando, avaliando, vendo se está certo ou errado, se isso se ajusta ao seu programa, ao seu fundo de condicionamento, se dá para aceitar ou rejeitar isso…
A verdade é que esse “eu sou”, esse rei, assume essa posição desde a infância, e nós ficamos tão envolvidos nisso! Assumimos isso como real de forma tão estreita e medíocre! Assim, “ele é quem somos”. Essa é uma suposição insidiosa, e ficamos apaixonados por isso! Ele pega o lugar de honra, se orgulha, fala em nosso nome, sente em nosso nome, pretende em nosso nome... Aliás, não sabemos qual é o nosso nome, mas essa falsa identidade já assumiu o “eu sou” e se passa por nós.
Desde a infância já estamos envolvidos, apaixonados e crescendo com esse arsenal bélico para nos defender dos ataques do inimigo. Um arsenal de autodefesa para nos defender dos inimigos imaginários. O ego, sem questionar, assume que ele é quem somos. Então, ele pega o lugar de honra, pensando, sentindo, falando, agindo, escolhendo, resolvendo, crescendo, depois namorando, casando, procriando... Ele adora procriar, adora dar continuidade à sua prole. Ele adota uma voz, um jeito, uma aparência e começa a tomar decisões e a se proteger. Ele tem um arsenal para se defender contra-atacando os inimigos imaginários que a vida apresenta. Para ele, a vida é hostil, a existência é muito hostil. O ego se sente hostilizado, mas ele tem um arsenal de autodefesa enorme! Ele vai desenvolvendo, a cada dia, novos planos e novas formas de autodefesa e contra-ataque, para se proteger da hostilidade em que vive.
Você descobre na existência, no viver, como essa estrutura se move, como se molda e como se constrói. Descobre, também, como se livra dela. A gente não aprende isso com outros, a gente aprende isso observando a nós mesmos, nos investigando momento a momento. Até porque, você é o resultado de milênios de “evolução da consciência humana”.
Não escutem essa fala de forma passiva. Vão ouvindo e observando essa paixão de infância que vocês carregam.
O ego adota mesmo essa voz e se coloca no ponto mais alto, de onde começa a tomar decisões. Aliás, ele descobriu: “eu posso pensar”, “eu posso fazer”, “eu posso realizar”. O seu ego não se importa com o que ele mesmo produz em forma de pensamento. Ele diz que vai fazer uma coisa apenas de forma verbal; é apenas um pensamento sendo expresso. Mas o controle dele é tão soberano que ele não respeita nenhum pensamento que ele mesmo produziu, e logo você se pega na força do hábito. “Vou parar de sofrer” - isso é só um pensamento. A força do hábito de sofrer não respeita o pensamento “vou parar de sofrer”.
Esse pretenso rei sentado no trono está controlando esse universo. Controle total! Ele não tem o poder real que se atribui, mas ele assume, tem força para assumir. O pensamento diz “não sentirei mais culpa”, “não sentirei mais saudade”. É como dizer “eu vou emagrecer” ou “eu não vou mais beber”. Isso é só um pensamento. Esse falso rei, com um selo falso, governa, e está forte contra os seus inimigos, tem um arsenal de autodefesa extraordinário.
Olhe para você, olhe para o que o pensamento cria dentro de você, olhe a riqueza de imagens que o pensamento constrói, produzindo todo tipo de conflito e sofrimento, dos quais você não se livra por uma simples decisão de pensamento. Sabe por quê? Porque esse falso rei vem dominando, vem controlando, vem reinando sobre esse universo que ele mesmo construiu. Desde a infância tem sido assim.
Você tem milhares de pensamentos todos os dias. Sua mão não se importa com o que sua mente pensa. Sua boca não se importa com o que seu pensamento diz sobre o efeito da macarronada ou do excesso de carboidrato. Esse rei não leva o selo real, nem tem o poder que se atribui, mas assume um poder extraordinário que você não pode jamais subestimar.
Que sutileza é essa? Que habilidade é essa? Que poder é esse? Por que o ego assume tanto controle? Porque esse lugar está ocupado! Um lugar que não é facilmente visível. Ele está no controle!
Os seus pensamentos, as suas emoções, as suas experiências sensoriais estão acontecendo e sendo determinadas ou controladas por essa forte e imperiosa vontade – a vontade do “eu”. E por que esse lugar não é visto? Porque ele fica invisível. O ego, o “eu”, reside no lugar invisível, no nosso lugar. O que se pode ver nesse lugar é um rei tirano, ditador, usurpador de trono, construindo e sustentando uma história.
O lugar da Realidade, da Consciência, é invisível, ou melhor, não é facilmente visível, porque essa vontade, aí, está sendo governada, desde a infância, por esse usurpador de trono, esse falso rei. O ego reside nesse lugar invisível. Você não sabe quem Você é porque não enxerga o seu lugar. Então, não há uma Verdade imperando; há somente uma vontade tirana de um rei usurpador de trono no poder.
O pensamento diz “eu vou” e se disfarça como sendo a fonte da Inteligência, da Sabedoria, da Consciência. Ele assume esse lugar dizendo “eu vou”, “eu quero”, “eu não quero”, “eu gosto”, “eu não gosto”. Uma aberração! O ego é uma aberração dentro de uma referência totalmente equivocada.
Nosso Verdadeiro Eu, nosso Verdadeiro Ser, nossa Verdadeira Consciência, não age pela vontade. Há uma Inteligência tão excelente e de uma qualidade tão misteriosa, que tudo acontece sem qualquer esforço, sem qualquer volição, sem qualquer intenção, sem qualquer desejo ou medo. Seu Ser carrega essa Beleza, mas essa aberração, não! Essa aberração só cria confusão, desordem, bagunça tudo, falsifica tudo, falsifica os mais belos sentimentos, as mais belas expressões do pensamento dentro dessa Inteligência.
Essa aberração falsifica tudo, nos torna seres medíocres, infelizes, complexados, traumatizados, sintomáticos, miseráveis, fazendo uso desse arsenal de autodefesa, atacando o tempo todo e se defendendo de um ou vários inimigos imaginários, em uma vida hostil, em uma existência que é só sofrimento. Tudo isso está nessa postura ou nessa atitude da “pessoa”. Essa Inteligência, essa Beleza, é usurpada pelo ego, então o que há é uma aberração de inteligência, uma aberração de beleza, uma aberração de consciência. O ego é uma autorreferência falsa trabalhando com pretensões, sempre se escondendo, se defendendo, resistindo.
* Transcrito a partir de uma fala em um encontro online, na noite do dia 27 de Setembro de 2020 – Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.
Extraordinário, Jaya Guru! ❤🌹🌻🌷
ResponderExcluirMestre ♥️🙇🙏🏻💐🙏🏻♥️
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