Estamos tratando aqui Daquilo que não está limitado por um conjunto de crenças, ideias. Eu sei que deve ser um pouco complicado se deparar com essa visão. Pode parecer bastante complexo aceitar que qualquer limitação é apenas um conceito dentro dessa Ilimitada Consciência, Ilimitada Presença.
Há um Espaço presente, aqui e agora, que podemos chamar de Presença ou Consciência. Tudo está ocorrendo nesse Espaço! É algo que não tem textura, cor, forma, aparência... O reconhecimento desse Espaço, a habilidade de olhar para Isso sem a limitação do pensamento, pode não parecer algo simples, porque a mente torna isso muito complexo.
O trabalho de investigação que fazemos juntos é para que você constate a Realidade desse Espaço e vá além da limitação da mente. Tudo que você está vivenciando neste momento está dentro desse Espaço – o som da voz chegando até você, toda e qualquer percepção sensorial... Ou seja, tudo que está acontecendo está dentro Disso, porém, nada do que acontece é Você!
Quando está dirigindo o seu carro, por exemplo, você vê também outros carros na estrada, passando por você. Você olha pelo retrovisor e vê alguns atrás, outros que já passaram, outros na frente e a própria estrada. Nesse momento, você tem muito claro que está dentro do carro, que você não é esse carro nem os que estão à sua volta, e que, também, não é a estrada. Então, você se depara com a consciência dessa experiência, mas você sabe que não é o próprio carro nem essa experiência de outros carros passando na estrada.
Da mesma forma, você precisa descobrir a sua Natureza Verdadeira aqui e agora. Você não é esse corpo, essa mente e toda essa experiência externa e interna – pensamentos, sentimentos, sensações no corpo, emoções – que está vivenciando. Tudo isso está acontecendo, mas nada disso é Você.
Então, esse é o seu trabalho aqui comigo: tomar ciência desse Espaço, aqui e agora, ou seja, desidentificar-se da experiência e ter a visão da Verdade Daquilo onde ela acontece. É o que ocorre quando você dirige seu carro: você está ciente de que está apenas manipulando um mecanismo e que ele não é você.
Do mesmo modo, você está agora descobrindo como manejar ou dirigir esse mecanismo chamado “corpo-mente”, sem se confundir com a experiência, com a ilusória ideia de que tem “alguém” envolvido nisso. Nessa ilusão de que você é esse corpo, você é o que sente, os pensamentos são seus, as emoções são suas, as sensações também. Contudo, tudo isso é quebrado por essa investigação da Verdade sobre Si mesmo.
Então, esse trabalho é a constatação da Realidade desse Espaço, não importando o que esteja acontecendo Nele. Você se mantém cônscio da experiência, mas, por não se importar, não dá realidade a ela.
Vejam, por exemplo, todo o problema atual com relação a essa pandemia assolando o planeta. Se você carrega o sentido de “pessoa” nessa experiência, o medo, o sofrimento e o conflito estão presentes. Aqui, estamos falando sobre permanecer livre dessa identificação com toda essa experiência externa. O corpo tem suas sensações, seus sentimentos, e a mente tem seus pensamentos, suas imagens, porém, tudo isso são aparições, como numa estrada, em que há carros passando, mas você não se importa com o destino deles.
O hábito, nessa egoidentidade, é estar sempre se ocupando e se preocupando com a experiência de sensações, sentimentos, pensamentos, emoções e todo tipo de crença. Agora, tem o coronavírus aí, assustando todo mundo. Há muita imaginação, muita crença, muito medo, muita história, muito drama, muita fantasia. O ego adora viver nisso, pois essa é a vida dele!
A solidão é outra imagem que essa identidade tem, a imagem de estar só, cheia de pensamentos, cheia de passado... O ego está sempre acompanhado de imagens, como essa da falta de algo, da falta de alguém, o que é chamado de “dor de solidão”.
Então, todos os pensamentos, sentimentos e percepções estão apenas flutuando nesse Espaço, mas não há nenhuma identidade nisso. Uma vez que esse Espaço seja reconhecido como sendo a única Realidade, o que surge dentro Dele não tem importância mais. Esse é o real convite à Meditação: permanecer desidentificado daquilo que o pensamento constrói e o sentimento produz. De outra forma, a mente estará sempre na expectativa de alguma coisa, de que algo acontecerá para ela. Essa expectativa é, na verdade, um escape, uma forma de se isolar no “seu mundo particular” de identidade, de história do personagem.
Essa expectativa de que algo precisa acontecer, ou de que não pode acontecer, é sempre uma forma desse “eu” sobreviver, de ele se manter no seu medo, nos seus conflitos e dilemas de ordem imaginária. Isso é um escape da Realidade, do que está presente aqui e agora, dessa situação corrente, do que se apresenta.
Participante: Essa expectativa é a preocupação com o futuro?
Mestre Gualberto: Sim. A preocupação com o futuro ou a espera de algum bom resultado é sempre uma fuga dessa Realidade presente.
A mente sempre carrega essa sensação de falta. Ainda que seja uma desgraça, uma contaminação pelo vírus, alguma coisa sempre está faltando! Isso é algo muito, muito comum. Portanto, todas as vezes que você sentir que as coisas não são como deveriam ser, pode ter certeza que aí está a imaginação, na forma de uma “identidade” sentindo falta de algo.
O detalhe complexo é que essa “falta” não ocorre só no âmbito do pensamento, mas também do sentimento e da sensação no corpo. É isso que torna muito mais complexa a liberação dessa falsa identidade. O fato é que não existe nada fora do lugar, nem nada faltando. A Vida está se manifestando da sua forma misteriosa e belíssima, como Ela é, embora não pareça nada tão encantador para a mente assustada, para a mente cheia de expectativas, imaginações e crenças.
Então, nosso trabalho aqui é de grande beleza! A pergunta é: onde você está, que não deveria estar? Esse receio, esse medo, essa expectativa negativa ou pessimista, nada disso irá matar você. Todo meu trabalho é para que você encontre um interesse verdadeiro em descobrir a ilusão que é esse sentido de separação, que faz você se sentir miserável. Assim, é muito importante descobrir isso.
Não há como fugir da Realidade do que Você é! Nem mesmo essa imaginação toda consegue ocultar por completo essa Presença Divina que está aqui e agora. Esse reconhecimento não é parte da mente. Essa Consciência, essa Presença, não depende da mente, em nada, para ser constatada. Quando você justifica uma dificuldade de perceber a Verdade sobre Si mesmo, dizendo que não consegue, eu lhe pergunto: quem é esse que não consegue? Em geral, a mente está dizendo “eu não posso, não consigo”, mas ela não é um fator para Isso. Essa Consciência, essa Presença, não depende da mente para se expressar, para se revelar!
Há um Espaço presente, aqui e agora, que podemos chamar de Presença ou Consciência. Tudo está ocorrendo nesse Espaço! É algo que não tem textura, cor, forma, aparência... O reconhecimento desse Espaço, a habilidade de olhar para Isso sem a limitação do pensamento, pode não parecer algo simples, porque a mente torna isso muito complexo.
O trabalho de investigação que fazemos juntos é para que você constate a Realidade desse Espaço e vá além da limitação da mente. Tudo que você está vivenciando neste momento está dentro desse Espaço – o som da voz chegando até você, toda e qualquer percepção sensorial... Ou seja, tudo que está acontecendo está dentro Disso, porém, nada do que acontece é Você!
Quando está dirigindo o seu carro, por exemplo, você vê também outros carros na estrada, passando por você. Você olha pelo retrovisor e vê alguns atrás, outros que já passaram, outros na frente e a própria estrada. Nesse momento, você tem muito claro que está dentro do carro, que você não é esse carro nem os que estão à sua volta, e que, também, não é a estrada. Então, você se depara com a consciência dessa experiência, mas você sabe que não é o próprio carro nem essa experiência de outros carros passando na estrada.
Da mesma forma, você precisa descobrir a sua Natureza Verdadeira aqui e agora. Você não é esse corpo, essa mente e toda essa experiência externa e interna – pensamentos, sentimentos, sensações no corpo, emoções – que está vivenciando. Tudo isso está acontecendo, mas nada disso é Você.
Então, esse é o seu trabalho aqui comigo: tomar ciência desse Espaço, aqui e agora, ou seja, desidentificar-se da experiência e ter a visão da Verdade Daquilo onde ela acontece. É o que ocorre quando você dirige seu carro: você está ciente de que está apenas manipulando um mecanismo e que ele não é você.
Do mesmo modo, você está agora descobrindo como manejar ou dirigir esse mecanismo chamado “corpo-mente”, sem se confundir com a experiência, com a ilusória ideia de que tem “alguém” envolvido nisso. Nessa ilusão de que você é esse corpo, você é o que sente, os pensamentos são seus, as emoções são suas, as sensações também. Contudo, tudo isso é quebrado por essa investigação da Verdade sobre Si mesmo.
Então, esse trabalho é a constatação da Realidade desse Espaço, não importando o que esteja acontecendo Nele. Você se mantém cônscio da experiência, mas, por não se importar, não dá realidade a ela.
Vejam, por exemplo, todo o problema atual com relação a essa pandemia assolando o planeta. Se você carrega o sentido de “pessoa” nessa experiência, o medo, o sofrimento e o conflito estão presentes. Aqui, estamos falando sobre permanecer livre dessa identificação com toda essa experiência externa. O corpo tem suas sensações, seus sentimentos, e a mente tem seus pensamentos, suas imagens, porém, tudo isso são aparições, como numa estrada, em que há carros passando, mas você não se importa com o destino deles.
O hábito, nessa egoidentidade, é estar sempre se ocupando e se preocupando com a experiência de sensações, sentimentos, pensamentos, emoções e todo tipo de crença. Agora, tem o coronavírus aí, assustando todo mundo. Há muita imaginação, muita crença, muito medo, muita história, muito drama, muita fantasia. O ego adora viver nisso, pois essa é a vida dele!
A solidão é outra imagem que essa identidade tem, a imagem de estar só, cheia de pensamentos, cheia de passado... O ego está sempre acompanhado de imagens, como essa da falta de algo, da falta de alguém, o que é chamado de “dor de solidão”.
Então, todos os pensamentos, sentimentos e percepções estão apenas flutuando nesse Espaço, mas não há nenhuma identidade nisso. Uma vez que esse Espaço seja reconhecido como sendo a única Realidade, o que surge dentro Dele não tem importância mais. Esse é o real convite à Meditação: permanecer desidentificado daquilo que o pensamento constrói e o sentimento produz. De outra forma, a mente estará sempre na expectativa de alguma coisa, de que algo acontecerá para ela. Essa expectativa é, na verdade, um escape, uma forma de se isolar no “seu mundo particular” de identidade, de história do personagem.
Essa expectativa de que algo precisa acontecer, ou de que não pode acontecer, é sempre uma forma desse “eu” sobreviver, de ele se manter no seu medo, nos seus conflitos e dilemas de ordem imaginária. Isso é um escape da Realidade, do que está presente aqui e agora, dessa situação corrente, do que se apresenta.
Participante: Essa expectativa é a preocupação com o futuro?
Mestre Gualberto: Sim. A preocupação com o futuro ou a espera de algum bom resultado é sempre uma fuga dessa Realidade presente.
A mente sempre carrega essa sensação de falta. Ainda que seja uma desgraça, uma contaminação pelo vírus, alguma coisa sempre está faltando! Isso é algo muito, muito comum. Portanto, todas as vezes que você sentir que as coisas não são como deveriam ser, pode ter certeza que aí está a imaginação, na forma de uma “identidade” sentindo falta de algo.
O detalhe complexo é que essa “falta” não ocorre só no âmbito do pensamento, mas também do sentimento e da sensação no corpo. É isso que torna muito mais complexa a liberação dessa falsa identidade. O fato é que não existe nada fora do lugar, nem nada faltando. A Vida está se manifestando da sua forma misteriosa e belíssima, como Ela é, embora não pareça nada tão encantador para a mente assustada, para a mente cheia de expectativas, imaginações e crenças.
Então, nosso trabalho aqui é de grande beleza! A pergunta é: onde você está, que não deveria estar? Esse receio, esse medo, essa expectativa negativa ou pessimista, nada disso irá matar você. Todo meu trabalho é para que você encontre um interesse verdadeiro em descobrir a ilusão que é esse sentido de separação, que faz você se sentir miserável. Assim, é muito importante descobrir isso.
Não há como fugir da Realidade do que Você é! Nem mesmo essa imaginação toda consegue ocultar por completo essa Presença Divina que está aqui e agora. Esse reconhecimento não é parte da mente. Essa Consciência, essa Presença, não depende da mente, em nada, para ser constatada. Quando você justifica uma dificuldade de perceber a Verdade sobre Si mesmo, dizendo que não consegue, eu lhe pergunto: quem é esse que não consegue? Em geral, a mente está dizendo “eu não posso, não consigo”, mas ela não é um fator para Isso. Essa Consciência, essa Presença, não depende da mente para se expressar, para se revelar!
* Transcrito a partir de uma fala em um encontro online, na noite do dia 20 de Abril de 2020 – Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.
Lindo tudo isso Mestre!
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