sexta-feira, 26 de junho de 2020

2º - A felicidade que buscamos

Não há nada comparado Àquilo que somos. Toda busca humana por felicidade e liberdade, nesses caminhos criados pelo pensamento, é simplesmente inútil e desnecessária, pois é uma fuga da Realidade.
Não olhar diretamente a Vida como Ela é, ou como se apresenta a cada um de nós, é algo sem propósito, que carrega um enorme peso de dor e sofrimento. Isso faz com que fiquemos girando dentro do habitual círculo do sofrimento, o qual nos mantém nessa interminável busca de felicidade, nessa procura de alguma coisa, de alguém ou de uma situação que nos ofereça aquilo que nos tornará felizes.
Assim, temos confundido a procura do prazer, da realização e da satisfação pessoal com a busca de um Encontro Real com a Felicidade. Isso porque acreditamos que a Felicidade é uma conquista, pela qual precisamos lutar.
Nessa busca por pessoas, coisas e situações, nós encontramos algum conforto e preenchimento, mas, mesmo assim, nos falta a mais simples compreensão de que não existe nada que possa nos fazer plena e eternamente felizes, porque não existe nada que possa ser encontrado e não ser perdido. Essa é a natureza efêmera do desejo e, portanto, de toda forma de busca ou procura.
Então, podemos desfrutar do prazer por algum tempo, mas tudo aquilo que surge no tempo não tem a marca Daquilo que é verdadeiramente Eterno e, portanto, também desaparecerá com o tempo. Estamos continuamente nesse vai e vem de insegurança e frustração. Aqui está o prazer da realização que, ilusoriamente, chamamos de “felicidade”, e logo temos a dor da perda disso.
Nessas postagens, nós falaremos da Real Felicidade, que não é alguma coisa para ser alcançada, conquistada, adquirida, mas algo que nasce muito naturalmente, sem esforço, luta, busca ou procura, através do pleno Reconhecimento de quem realmente somos. Essa Real Felicidade é algo tão eterno e imutável como a Natureza do nosso Ser.
*Este texto, escrito pelo Mestre Marcos Gualberto, compartilhando a visão do Sábio sobre a vida, foi veiculado pela primeira vez em 2 de outubro de 2010. Trata-se da segunda publicação deste blog, fazendo parte do acervo relativo aos primeiros anos deste trabalho, cujos textos, após terem sido mantidos offline nos últimos anos, serão republicados em série, de forma comemorativa, neste que foi o primeiro canal da internet através do qual este trabalho se tornou público. Para maiores informações, acesse o nosso site, clique aqui.

Um comentário:

  1. A imagem que temos de nós mesmos e dos outros, jamais deveria enclausurar nossos corações!

    ResponderExcluir

Deixe aqui o seu comentário

Compartilhe com outros corações