Ser Feliz é descobrir quem Você é. Não existe mais nada a ser alcançado e, portanto, mais nada a ser procurado. Por que viajamos tanto e queremos estar em lugares bonitos? Por que tiramos tantas fotos desses lugares e as conservarmos conosco para vê-las novamente? A beleza, onde quer que ela seja encontrada, consegue despertar em nós a Verdade de Deus que trazemos e somos.
Nós já somos completos, por isso basta fazermos uma única viagem – a viagem para dentro de nós mesmos. Esse é o “Lugar” mais belo de todos, na verdade. Quando encontramos esse “Lugar”, não precisamos mais viajar à procura de lugares bonitos, para que eles nos façam felizes, ainda que por um breve instante, pois agora podemos ver a Beleza em qualquer parte.
Deus é visto em toda parte quando temos os olhos Dele para enxergá-Lo. Esses são os olhos que brilham em nós quando sabemos quem realmente somos. Durante muitos anos de nossas vidas, carregamos a insatisfação de não sabermos quem somos, vivendo na superfície, sem conhecermos a riqueza que trazemos dentro de nós mesmos, em nossa profundidade. Ali é o lugar do infinito, é o centro sem circunferência e a circunferência sem centro. Eu sei que essas são palavras que não fazem sentido, mas assim é a experiência direta de Deus: algo além das palavras.
Entrar ali é se encontrar, ou se perder no Oceano sem praias da Felicidade Suprema! Esse é o objetivo da vida humana: viver além dos limites da vida humana, que está cheia de conflitos, dilemas, problemas e todos os sofrimentos de uma existência separada. Tal separação é criada pela mente, que está sempre dividindo, comparando, julgando, distorcendo, construindo um mundo falso. São sete bilhões de seres humanos vivendo neste planeta, ou seja, são sete bilhões de “mundos”. Todos estão carregando a certeza do que são e vivendo o “seu próprio mundo”. Mas, existe um mundo? Onde está ele? Aquele que realiza Deus descobre quem realmente Ele é, ou o que realmente Ele é.
Felicidade é a arte simples de sermos quem realmente somos. Não haverá Felicidade enquanto for mantida essa falsa identificação com sentimentos, pensamentos, emoções, e essa terrível e amedrontadora identificação com o corpo.
Confundir a Consciência Pura, que não conhece limites, com a chamada mente, limitada por seus condicionamentos de emoções, pensamentos e sentimentos, produz uma ilusão de identificação com um falso “eu”. Assim, nessa identificação, essa Consciência sem limites parece dormir, o que significa que, mergulhado nisso tudo, você está inconsciente de quem Você é.
Dessa maneira, você vive sem a verdadeira percepção da Realidade, ou seja, vendo como realidade aquilo que lhe acontece e não Aquilo que Você é, o seu Ser, que é sempre livre e intocável, pois está além do sofrimento, do medo e do desespero. Para Ele, só existe o que é, não o que deveria ou poderia ser.
Nós já somos completos, por isso basta fazermos uma única viagem – a viagem para dentro de nós mesmos. Esse é o “Lugar” mais belo de todos, na verdade. Quando encontramos esse “Lugar”, não precisamos mais viajar à procura de lugares bonitos, para que eles nos façam felizes, ainda que por um breve instante, pois agora podemos ver a Beleza em qualquer parte.
*Este texto, escrito pelo Mestre Marcos Gualberto, compartilhando a visão do Sábio sobre a vida, foi veiculado pela primeira vez em 2 de outubro de 2010. Trata-se da publicação inaugural deste blog, fazendo parte do acervo relativo aos primeiros anos deste trabalho, cujos textos, após terem sido mantidos offline nos últimos anos, serão republicados em série, de forma comemorativa, neste que foi o primeiro canal da internet através do qual este trabalho se tornou público. Para maiores informações, acesse o nosso site, clicando aqui.
Mestre querido, é uma bênção sem tamanho ter sido encontrado pelo Senhor. Obrigado por ter permitido que eu enxergasse no Senhor essa Sabedoria sem limites...
ResponderExcluirGratidão por compartilhar tanta sabedoria!!!
ResponderExcluirGratidão mesmo ! HÁ se não fosse o surgimento de um Mestre vivo, de quando em quando. A humanidade estaria condenada ao sofrimento eterno. Mas Deus em sua infinita bondade...
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