terça-feira, 22 de julho de 2025

Como vencer o medo? O que é o medo? Mente condicionada. Como lidar com o pensamento? Mente livre.

É bem interessante aqui algumas colocações que fazemos. Elas se tornam interessantes porque podem parecer contraditórias algumas vezes, mas a verdade é que nós estamos aqui fazendo uso da fala e, naturalmente, de palavras, e palavras carregam uma limitação, uma vez que toda fala e, portanto, toda palavra falada é apenas a expressão de uma imagem, algo que o pensamento representa.

Assim a fala nasce, a linguagem nasce, as imagens nascem de pensamentos. Mas há algo sendo comunicado aqui além da fala, da palavra e do pensamento. Quando você pergunta: "Afinal, o que é essa mente condicionada?" - nós temos uma playlist aqui no canal sobre esse assunto. A mente condicionada é essa mente que tem uma forma de ocorrer, uma maneira de se expressar. Quando nós fazemos uso da fala, estamos, por exemplo, fazendo uso de algo aprendido, de algo que é parte de um conhecimento que trazemos, de uma experiência que nós temos. Assim, toda fala, toda linguagem falada, está dentro de um projeto, de um plano, de um programa de acontecer, isso é parte do condicionamento.

Nossos gestos. Você pode escrever porque você tem uma memória motora, você fala porque tem uma memória motora, tudo isso faz parte de algo lincado a esse corpo, a essa mecânica cerebral de condicionamento. Aqui, com você, nós estamos investigando a questão do fim para a mente condicionada - e, aqui, a expressão "mente condicionada" estamos nos referindo a esta psicológica condição em que nós nos encontramos. Isso tem sido a base, o fundamento de uma identidade presente, completamente falsa, que é o sentido da "pessoa", que é o sentido do "eu".

Esse sentido de ser alguém dentro da vida, no viver, na experiência, isso é algo que o pensamento tem construído, e isso está em expressão em razão desse fundo de condicionamento psicológico. É nesse sentido que nós usamos aqui a expressão "mente condicionada". A verdade da ciência do seu Ser é o fim para essa mente condicionada, para essa consciência condicionada, para essa consciência egoica; é nela que está presente, por exemplo, essa questão, a questão do medo.

Quando queremos romper com o medo, precisamos descobrir quem é esse elemento presente no medo. Isso porque a pergunta que, em geral, as pessoas fazem é: "Como vencer o medo?" Há um equívoco aqui nessa pergunta, porque ela parte de um princípio errôneo, equivocado, de que existe um elemento presente, que é o "eu", a "pessoa", esse "mim", que pode se livrar do medo. Não existe qualquer separação real entre esse medo que a pessoa tem e ela. Notem que tudo isso requer de cada um de nós uma investigação, um aprofundamento, uma clareza. As pessoas querem vencer o medo da morte, mas o elemento presente na ideia do medo da morte, esse elemento, que é o "eu", não está separado do medo que tem, que sente, porque ele é o medo.

Então, nós aqui estamos com você nos aproximando dessas questões, aprofundando isso. "Como vencer o medo da morte?" Esse é um medo presente nessa condição, que é a condição do "eu". O próprio "eu", esse "mim", esse ego, uma vez que ele é esse padrão de condicionamento mental, algo que se repete há milênios dentro desse contexto de humanidade, e ele se sustenta nessa busca de autopreservação de sua continuidade a partir do pensamento, ele é o medo. Repare que tudo isso precisa ser investigado, compreendido, esclarecido. E tudo isso está dentro dessa mente condicionada; essa mente condicionada é a mente egoica.

Aqui nós temos também falado dessa mente livre. Repare, usamos os termos "mente condicionada" e "mente livre". Como é possível uma mente condicionada e uma mente livre? Qual será a verdade dessas expressões? Aqui, com você, nós estamos investigando a possibilidade da Vida acontecendo; quando ela acontece, e ela é a Realidade presente, e não temos mais esse fundo psicológico de condicionamento, nós temos a presença da Realidade. Essa Realidade em expressão é o que temos chamado de mente livre. Não há tal coisa como mente condicionada, não há tal coisa como mente livre. Essa mente condicionada é um modelo de condicionamento psicológico dentro dessa estrutura, desse cérebro, que está sempre repetindo seus antigos e velhos padrões. É isso que nós chamamos de mente condicionada.

Podemos romper com esses padrões? Podemos ir além dessa psicológica condição de ilusória percepção de realidade, de percepção de existência, de percepção da vida? Então há um rompimento com a "pessoa", com o "mim", com o ego, e isso requer a presença de um olhar novo para tudo isso que se passa conosco nesse instante. Assim, o trabalho juntos aqui que fazemos é um trabalho nessa direção, de uma aproximação da investigação da verdade sobre a mente. Qual é a verdade sobre a mente? Qual é a verdade sobre o "eu"? O que é essa "mente"? O que é esse "eu"? Assim como, o que é o medo?

Aqui, na vida, nós precisamos tomar ciência dessa Realidade presente além da mente, dessa mente condicionada, é a ciência disso que nós temos chamado de mente livre. Mas volto a dizer: estamos tratando de algo que está além de tudo aquilo que o pensamento conhece, que o pensamento reconhece. Portanto, a linguagem, a fala aqui, toda ela empregada aqui no canal, está dentro de uma limitação, porque essa linguagem, essa fala, são expressões de palavras, de imagens, de ideias. Nós precisamos, na vida, a ciência dela, a ciência da Verdade sobre ela.

Assim, qual é a resposta para essa questão sobre como vencer o medo? A resposta para isso consiste na visão de que o modelo do pensamento, como nós conhecemos, como ele está estruturado em nós, nesse cérebro, que está condicionado, esse padrão de pensamento, esse modelo de pensamento, está criando a ilusão de alguém aqui, nesse momento, que tem problemas para resolver, para lidar com eles.

Quando você passou por experiências ruins no passado, o cérebro guardou essas experiências, e isso se tornou uma memória, uma lembrança, um pensamento em você, nessa estrutura, nesse corpo-mente. Essa lembrança, quando aparece, aparece carregada com uma sensação ilusória, que é a sensação de uma identidade por detrás dessa lembrança, que é o "eu". Veja, essa é a estrutura do ego, é assim que ele se comporta em cada um de nós. E quando essa memória surge, o pensamento se projeta para o futuro. Você passou por uma experiência ruim e agora não quer que essa experiência volte novamente a acontecer. Então, o que temos presente é uma memória sendo projetada para o futuro, a partir desse "alguém", desse "você". Qual será a verdade sobre isso?

Quando aprendemos a olhar essa reação, há uma quebra dessa continuidade de padrão de pensamento, que está sempre se repetindo em cada um de nós, criando estados internos de sofrimento psíquico, de sofrimento psicológico. Esse é o medo, e isso está presente porque há essa ilusão desse centro, que é o "eu", o "mim", a pessoa, aqui, nesse instante.

O nosso enfoque aqui consiste em aprendermos a olhar para aquilo que se passa conosco. O fim para o medo é o fim para essa ilusão de alguém, desse "mim". Enquanto estivermos mantendo a crença da possibilidade de vencer o medo, nós estaremos constantemente procurando um método, uma fórmula, um jeito, um caminho de lidar com o medo, e tudo isso representa fugas. Como seres humanos, nós somos especialistas em fugir de estados de sofrimento psíquico, inclusive do medo. Mas, apesar de todas essas fugas, nós continuamos, como seres humanos, nesse sentido do "eu", do ego, presos a esse padrão de pessoa, de entidade separada, carregadas de ansiedade, de angústia, de depressão, de preocupação, e tudo isso é medo.

Então você se aproxima e pergunta: "Como vencer o medo?" Tome ciência da natureza do "eu" e descubra a verdade daquilo que está presente aqui quando esse "eu" não está. E como isso se processa, como isso se realiza? Pelo Autoconhecimento. Qual será a verdade sobre o Autoconhecimento? A verdade sobre isso é a verdade de como você funciona. E há um elemento principal em tudo isso, um elemento que sustenta ou norteia tudo isso que ocorre em nossas vidas: é a presença do pensamento.

Então, qual será a verdade sobre o pensamento? Como lidar com o pensamento? Essa é a pergunta. Como lidar com o pensamento? Observe o pensamento em você; é ele que traz do passado a lembrança de algo que lhe aconteceu, que você não quer que volte a acontecer. Mas esse pensamento está sempre acompanhado de um sentimento, de uma emoção, de uma sensação, ainda carregando essa dor para esse "eu", para esse "mim", para essa pessoa como você se vê.

Assim, não sabemos lidar com o pensamento. O que temos aqui, nesse momento, não é aquilo que está agora acontecendo, como aconteceu no passado. O que temos aqui, nesse momento, é a memória, a lembrança. Mas repare, isso ainda carrega um peso emocional de dor, e quando isso surge, nós rejeitamos, nós nos separamos para rejeitar essa experiência voltando - é algo que está voltando, surgindo de novo, vindo do passado. Nesse momento, nós nos separamos, e nos separamos a partir do pensamento, e projetamos isso no futuro. Então, há uma separação entre esse estado que surge e um pensamento que se separa. Esse pensamento é a ilusória sensação desse "eu", que não quer isso mais; ele está projetando no futuro algo que possa acontecer, ele está projetando no futuro algo que aconteceu no passado, e ele não quer que isso volte.

Notem, nessa separação entre esse "eu", que é o pensamento, e essa sensação, ou sentimento, ou emoção, há uma divisão. Nessa divisão, nós temos presente essa dualidade, esse "eu", que é o pensamento, e esse "não eu", que é o sentimento, que é a emoção. Repare, nós estamos fazendo isso o tempo todo, quando rejeitamos alguma coisa que o pensamento traz. Nós estamos constantemente lutando contra o que é desagradável quando surge, mas como uma entidade que se separa para rejeitar. Essa rejeição é algo presente dentro desse princípio de separação, de dualidade. Ao fazermos isso, nós estamos constantemente mantendo a continuidade da presença do medo para esse "eu" com medo.

Qual será a verdade sobre o medo? O medo é uma experiência que surge nesse momento, que vem do passado, mas não há separação entre o medo e esse "eu". É uma memória, uma lembrança, uma experiência que não terminou, que não acabou, que não se concluiu. De outra forma, ela não estaria voltando, ela está voltando agora; ela está voltando para ser vista, compreendida e, naturalmente, terminada, mas não sabemos lidar com isso, porque não sabemos lidar com o pensamento. Não sabemos lidar com esse "mim", com esse "eu". Esse "mim", esse "eu", esse pensamento não é algo que está separado dessa experiência.

O que nós temos feito ao longo de toda a vida é se separar do que acontece para controlar. Se é algo prazeroso, nós queremos o controle projetando esse prazer no futuro, pelo desejo. Se é algo doloroso, nós queremos controlar temendo essa situação dolorosa no futuro, esse é o medo. Nós estamos constantemente nos separando da vida como ela acontece, da experiência quando ela surge, então ela não se conclui, ela não termina. É assim que estamos mantendo a continuidade do "eu", a continuidade da pessoa, desse "mim", desse ego.

Aqui, qual é a verdade sobre o Despertar da Consciência, do Florescer de sua Natureza Essencial? É o fim do "eu", é o fim desse pensamento, é o fim, naturalmente, dessa experiência. Por que será que essas experiências estão sempre voltando? Por que será que esses pensamentos estão sempre se repetindo dentro de nós? Porque eles não terminam; eles não terminam porque há um elemento presente que está sustentando a continuidade dessas experiências, desses pensamentos. Esse elemento é esse sentido de alguém que se vê separado da vida como ela acontece.

Todos esses assuntos aqui, nós temos abordado com você no canal, todas essas questões que não se resolvem em nossas vidas, porque, psicologicamente, o sentido do "eu", do ego, que é essa mente condicionada, está sustentando. Então, a forma como nós sustentamos a continuidade do "eu", essa forma ocorre em razão dessa maneira programada de mantermos esse formato de ser alguém o tempo todo, na vida como ela acontece, nas relações com ele ou ela, na relação com acontecimentos, com situações, na relação com o próprio pensamento que surge dentro de você, ou um sentimento, ou uma emoção, ou uma memória, ou uma lembrança, ou uma experiência. Estamos juntos?

Eu sei que isso pode soar muito estranho, em razão disso nós temos diversos vídeos aqui no canal, aprofundando cada um desses assuntos. Podemos, nesta vida, assumir a Realidade da vida sem a presença dessa mente condicionada, nessa qualidade de Ser livre do "eu", livre do ego? Quando o cérebro se aquieta, a mente silencia, estamos diante de uma mente livre. Isso é possível quando nós nos aproximamos e eliminamos esta separação, que é a separação entre essa experiência e esse experimentador, entre a experiência presente e o pensamento sobre o que fazer com a experiência. Assim, eliminamos o medo; há uma eliminação para o medo.

Veja, não se trata de alguém vencendo o medo, trata-se da ciência do fim do medo, naturalmente quando esse alguém não está. É exatamente isso que você acabou de ouvir: é o sentido de alguém presente, que é o "eu", o "mim", esse pensamento que está sustentando o medo. O fim para esse pensamento é o fim para essa qualidade de experiência, que vem do passado, isso é o fim do "eu", isso é o fim do ego. Então nós temos o fim do medo, o fim para essa mente condicionada, então Algo novo está presente. Esse Algo novo é a ciência do seu próprio Ser, é a Realidade da Vida nesse instante, onde não há mais sofrimento, confusão, desordem, problemas, as diversas formas de medo, de temores que nós conhecemos.

Notem que o medo é do passado voltar a acontecer, mas também ele é do futuro, de que algo possa acontecer. Então notem, o futuro é o tempo, mas esse tempo é o pensamento. O passado é o tempo, mas esse tempo é o pensamento. Olhe para si mesmo neste instante, você não pode ter o futuro aqui e agora sem o pensamento, você não pode ter o passado aqui e agora sem o pensamento. Assim sendo, é impossível a presença do sofrimento quando o pensamento não está.

O contato com a experiência da vida como ela acontece nesse momento, sem o elemento, que é o pensamento, a vida como ela acontece é a Vida, mas quando o pensamento entra, ele avalia, julga, compara, gosta, não gosta, aceita, rejeita a vida como ela acontece, e quando isso ocorre, o sofrimento está presente. Esse sofrimento é a presença desse elemento, que é o "eu". Esse "eu" é a presença desse pensador, desse experimentador, desse elemento em nós que tem registrado, e esse é o padrão, é o modelo de mente condicionada presente em cada um de nós. Essa é a continuidade do "eu". O fim para essa psicológica condição é a presença de uma nova mente, de um novo coração, é a presença dessa ciência de Ser, livre da mente, livre do "eu", livre do ego - como foi colocado: me refiro a essa mente como nós conhecemos.

Então, o que estamos juntos aprofundando aqui com você? A ciência da Realização de Deus, a ciência da Realização de nós mesmos, a ciência da Realização da Verdade d'Aquilo que somos em nossa Natureza Essencial, em nossa Natureza Divina. A forma Real dessa aproximação para essa visão Real da Vida consiste em descobrir o que é olhar, se dar conta, tomar ciência daquilo que se passa conosco aqui e agora. Então, todo esse condicionamento mental, toda essa, assim chamada, experiência desse centro, que é o "eu", o ego, que é esse pensamento, que é esse pensador, o término de tudo isso requer a aproximação desse olhar. Tudo isso fica muito claro, e nessa clareza temos a presença do fim para tudo isso, quando nos aproximamos do Autoconhecimento. Daí a importância e o valor desse aprender sobre nós mesmos.

É parte dessa visão do Autoconhecimento, uma aproximação da Realidade Divina pela Meditação. Qual é a verdade dessa aproximação da Real Meditação, da beleza desse encontro com a Verdade Divina? Pelo Autoconhecimento, nesse olhar direto para esta ciência que revela o seu Ser, que é a Meditação. Como podemos nos aproximar disso? É isso que estamos propondo aqui para você. Temos que, nesta vida, assumir essa Verdade d'Aquilo que somos, para o fim dessa psicológica condição de ilusória identidade, para que a Vida, neste instante, apenas se revele como aquilo que ela é, sem o sentido ilusório de uma identidade, que permanece sempre mantendo sua continuidade, surgindo a cada momento, vindo do passado, dentro desse padrão de mente, dentro desse padrão de condicionamento mental.

Esses encontros online que estamos fazendo aqui é para aprofundarmos isso. São dois dias juntos. Sábado e domingo, nós estamos juntos aprofundando esse assunto aqui com você. Você tem aqui na descrição do vídeo o nosso link do WhatsApp para participar desses encontros online nos finais de semana. Fora esses encontros, temos encontros presenciais e, também, retiros. Se isso é algo que faz algum sentido para você, fica aqui um convite. Já deixe aqui o seu like, se inscreva no canal e coloque aqui nos comentários: "Sim, isso faz sentido". Ok? E a gente se vê. Valeu pelo encontro e até a próxima!

Março de 2025
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