terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Aprender sobre Autoconhecimento. As questões fundamentais da vida. Despertar da inteligência.

Aqui, com você, nós estamos explorando essa questão da autodescoberta, desse florescer da Verdade sobre quem nós somos. Isso, naturalmente, requer um aprender. Se você dirige, você aprendeu a dirigir; se você escreve, você aprendeu a escrever; falar é algo que você aprendeu. Um bebê, ele aprende ainda quando bebê; na vida de bebê, ele aprende a escutar, ele aprende a olhar. Notem que, na vida, tudo nós aprendemos.

Aqui, quanto à visão da Verdade sobre quem nós somos, também isso requer um aprender. Aqui, a diferença é que esse aprender requer o despertar de algo novo! Então, não se trata de conhecer esse sentido do “eu”, com os detalhes que ele tem. Mas aqui se trata da compreensão de que esse sentido do “eu” é algo que o pensamento em nós tem estabelecido como sendo a verdade sobre quem somos. Mas isso é completamente ilusório!

Assim, a verdade do autoconhecimento, não aquilo que a psicologia, a filosofia, ou alguns aí fora chamam de autoconhecimento. Aqui usamos essa expressão de uma forma bem específica, no sentido de conhecer esse “eu”, é a compreensão da ilusão desse “eu”. Quando você se aproxima e investiga a natureza do “eu”, quando de verdade se aproxima para investigar – aqui eu não me refiro à introspecção, à autoanálise, ou à busca ou tentativa de ajustar sua disposição de sentimento, de emoção, ou pensamento, a uma dada forma de ação, a um específico modo de comportamento como, em geral, as pessoas encaram essa questão desse assim chamado “autoconhecimento” aí fora.

Aqui estamos falando do fim da ilusão deste “eu”. Um olhar direto para si mesmo, nesse investigar a natureza do “eu”, não fica o “eu”, não fica esse “mim”, esse sentimento de “ser alguém”, esse sentido de “pessoa” se dissolve, porque isso é algo centrado no modelo de memória psicológica, de pensamento psicológico, de respostas que surgem agora em razão do passado, de experiências não terminadas, não acabadas.

Então, o sentido do “eu”, do “ego”, desse “mim”, dessa “pessoa”, não é outra coisa a não ser memória, lembrança, experiência, pensamentos situando a “ilusão de um pensador”, percepção situando a “ilusão de um percebedor”. Isso é o “eu”, é o “mim”, é a “pessoa”.

Investigar a natureza e estrutura do “eu” é se dar conta de que não existe tal coisa como um elemento presente aqui e agora. Temos somente a vida! A vida como ela acontece! Porque, de imediato, esta ciência de Ser é o fim dessa ilusão desse “eu”, nesse “vir a ser”, nesse “deixar de ser”, nesse “continuar a ser”. Isso está dentro da estrutura do pensamento.

Aqui, com você, nós estamos investigando diversas questões. A palavra questão é problema, esse é o significado. Uma questão é um problema, um problema é algo, alguma coisa ou situação ou questão não resolvida, não solucionada. Esse sentido do “eu”, do “ego”, é exatamente isso! Se eu pergunto: “quem é você”? Toda e qualquer descrição que você tenha sobre você, não é outra coisa essa descrição, a não ser um modelo de pensamento que se estabelece em crenças, em avaliações, autoconclusões, memórias, lembranças. Então, esse sentido do “eu” é um problema não resolvido. Você não consegue exatamente me dizer quem é você quando me diz o seu nome, quando me conta a sua história, a sua história não é você, o seu nome não é você. Quando você aponta para o corpo e diz “eu”, do que é que exatamente você está falando? Então, estamos diante de uma questão, de um problema. Portanto, o “eu”, o “ego”, é um problema. Mas, ele não é um simples problema, ele é um complexo problema, que dá base e origem a diversos outros problemas.

Assim, as diversas questões que nós chamamos de questões fundamentais da vida... Veja, a vida não tem nenhuma questão, não há nenhum problema especificamente na vida como ela é. É no pensamento humano, é na “ideia” do ser humano, é no modelo do “eu”, do “ego”, é nesse modelo que nós encontramos essas questões fundamentais da vida! Na realidade são questões fundamentais no “eu”, no “ego”. Mas uma vez que o próprio “eu”, o próprio “ego”, é a maior de todas as questões ou problemas, tudo gira em torno desse “centro”.

Então, o que estamos vendo aqui com você, explorando aqui com você? Estamos tomando ciência da realidade da vida e percebendo com clareza que “essa vida”, onde “essas questões” estão, é a “vida do ego”.

Nós temos colocado isso aqui de diversas formas, sempre com palavras diferentes, mas apontando para a mesma direção. Não há problema na vida! Todo problema consiste na “minha vida”. A vida como acontece, ela é um acontecimento misterioso. Algo que me parece desafiador em razão desse “mim”. É a presença desse “eu” que faz com que a vida como ela acontece nos pareça problemática. Mas o problema está nesse “mim”, nesse “eu”! Então, nós precisamos ter uma visão clara da vida. Isso requer a presença do Despertar da Inteligência, e essa inteligência floresce em razão dessa direta aproximação, desse aprender sobre o autoconhecimento.

Uma vez que a verdade sobre o autoconhecimento está presente, há o descarte da ideia de uma identidade na experiência com uma vida particular carregando problemas.

Veja como é fascinante uma aproximação real de tudo isso! Nós passamos uma vida inteira... quarenta, cinquenta, sessenta, noventa anos de idade, sem a menor ciência da Realidade da Vida Real, porque estamos vivendo na particular vida do “eu”. Esta condição é a condição de ignorância!

A condição de ignorância lhe situa em uma posição onde você está cercado de problemas, e se acercando de mais e mais problemas, porque todo o seu movimento de atuação, de ação, de modo, de comportamento, na relação com a vida, suscita mais e mais problemas; uma vez que essas ações nascem do passado. E elas não podem atender ao mistério, à beleza, à verdade do momento, da vida como ela acontece aqui e agora. Estamos sempre trazendo do passado os motivos, as razões, os valores, as interpretações de “como a vida deveria ser, poderia ser, teria que ser”.

Aqui com você, nós estamos nos aproximando do despertar dessa Inteligência Divina, do despertar dessa Inteligência Espiritual, e nela fica claro que a vida é a Beleza, é a Graça, é o Mistério, é o Indescritível, é o Inominável, é a Verdade de Deus! Como seres humanos, nesse modelo psicológico de existência, nesse egocentramento, nesse condicionamento, e por que a expressão condicionamento? Nós temos diversos vídeos aqui no canal colocando isso para você. Porque é a forma habitual de manter a continuidade da memória. É assim que o pensamento se processa dentro de nós.

A verdade sobre o pensamento é que o pensamento é uma memória presente. E, você sabe que a memória, ela se sustenta dentro de uma continuidade quando ela se repete, quanto maior a repetição, mais se firma esta memória. O pensamento em você funciona exatamente assim. Por que será que você tem facilidade de pronunciar o seu nome? Isso não leva nem mesmo um segundo, menos de um segundo. Eu pergunto: qual é o seu nome? E essa resposta vem de imediato, mas se eu pergunto o nome da sua bisavó, e se de fato você sabe o nome dela, isso leva algum tempo, um tempo maior, para que essa lembrança surja. Então, nós temos uma lembrança que chega rápida e temos uma lembrança que demora um pouco mais. Observe que a lembrança requer a presença do tempo. Portanto, a lembrança, que é memória, é tempo. E, por que você tem facilidade com o seu nome e não com o nome da sua avó ou bisavó? Porque, você com certeza, usa mais o seu nome sendo repetido para outras pessoas do que o nome da sua avó ou bisavó. É simples! Memória requer repetição! Quanto mais a memória se repete, mais ela se fortalece. Então, ela com mais facilidade e rapidez se apresenta. Veja, todo tipo de conhecimento que temos se assenta na prática da memória. Quanto mais você pratica, mais essa memória está presente, e funcional, e eficiente. Veja, é muito simples! O nosso “eu”, o nosso “ego”, em razão da repetição, ele mantém sua continuidade de memória. Esta é a presença desse modelo de tempo psicológico, uma vez que essa memória vem do passado. É assim que o pensamento funciona em cada um de nós. Veja, tudo isso faz parte de um mecanismo, que é o mecanismo da memória, se mostrando dentro desse contexto de tempo, que é repetição, que é prática; esse é o modelo psicológico de condicionamento em que nós nos encontramos!

Esse modelo de pensamento é aquilo que eu tenho chamado de pensamento psicológico. É aquele que sustenta a ilusão, a crença de uma identidade presente na experiência. Então, qual é a experiência? A experiência é dizer o nome, mas a experiência pode ser pensar nesse “eu”, nesse “alguém”. Veja, estamos diante de um movimento de pensamento. Qual será a verdade da Clareza, da Lucidez, da Inteligência, do seu Estado Natural?

A verdade desse Estado Real é a verdade d’Aquilo que está presente, mas que dispensa esse modelo de memória que tem um nome, tem uma história, e uma continuidade de repetição em razão desta afirmação de tempo. Quando, por exemplo, você diz: “eu fui”, ou “eu irei”, mais uma vez você está trazendo a memória para essa ilusória ideia de uma identidade presente no tempo, nesse passado, quando diz: “eu fui”, ou, nesse futuro, quando você diz: “eu irei”.

Vamos compreender com calma isso aqui. O que é o despertar desta Real Inteligência?

É a visão da vida sem o “eu”. Então, nós temos uma resposta para esse momento, mas não mais com base no passado. Então, qual é a verdade desse aprender? Aqui, esse aprender é não fazer uso mais desse modelo, desse antigo aprender, que antes se assentava na memória, no conhecimento, na experiência, na afirmação do tempo: “eu fui”, “eu sou”, e “eu serei”. Aqui, a verdade daquilo que é você em sua Natureza Divina é o Desconhecido, é o Mistério, é a Realidade da Vida aqui e agora, sem o “eu”, sem o passado, a ideia de presente ou de futuro. Estamos juntos?

Um contato com esse momento é um contato livre do “eu”, é quando se torna possível uma resposta para esse momento sem o passado. Percebam a beleza disso! Ao se deparar com a esposa, com o marido, ou com alguém conhecido, você tem a lembrança, sim, a lembrança, o registro do rosto, do timbre da voz, você tem a lembrança simples, natural, daquele ou daquela diante do qual você está. Mas, você não tem mais esse psicológico registro de memória egocêntrica, que é “esse elemento em você” que faz com que você goste de umas pessoas e não goste de outras. Nós carregamos um elemento presente em nós de memórias, de registro, de passado, que sustenta esta “ego-identidade”. Tudo aquilo pelo qual “passei com você”, você me feriu, magoou, aborreceu, me deixou chateado. Então, internamente, ao me deparar com você, sempre me deparo com um inimigo. Então, há esta separação, uma separação sustentada por esta ego-identidade, por esse movimento, que é o movimento desse “mim”, desse “eu”, algo que vem do passado. Esse sentido de modelo de pensamento está presente aqui, mas também está presente “nele” ou “nela”. Então, nossas relações, são relações estabelecidas na memória psicológica, na afirmação de uma identidade, que é a identidade do “eu”, do “ego”. Assim são as nossas relações! Então, estamos sempre sustentando dentro desse contexto de relação um padrão de relacionamento, onde está presente alguma forma de conflito, de desordem, de sofrimento; ou de desejo, de apego, de posse, controle, que o pensamento também chama de amor, uma condição psicológica de carência, dependência. Qual será a verdade sobre o amor?

Desconhecemos isso, porque o que temos dentro desse contexto de relação são relacionamentos entre imagens, entre estados psicológicos de desordem, como são todos esses estados do “ego”. Podemos compreender a verdade sobre tudo isso? E romper com isso? Para que, de fato, nesse contato com “ele” ou “ela”, nós tenhamos apenas a lembrança como foi colocado, do timbre da voz, do rosto, da “pessoa” que ali está diante de cada um de nós? Mas sem esta imagem que eu tenho “dele” ou “dela”, sem essa psicológica imagem que esta “autoimagem” que é o “ego”, aqui, faz “dele” ou “dela”? Então, estamos diante da beleza de um encontro com a Verdade! Se a Verdade está presente, algo novo surge nesse contato. Temos a Presença Divina, que é a Presença do Amor! Notem a beleza dessa aproximação, dessa forma nova de se aproximar do outro, tendo, por princípio, uma clara visão da verdade sobre você.

Assim, quando temos o despertar dessa inteligência, quando há esta constatação da Verdade, aqui e agora, esse sentido do “eu”, do “ego”, esse movimento que vem do passado, que mantém essa continuidade com base no pensamento, isso se desfaz. Podemos viver uma vida livre do “ego”, portanto livre do passado, respondendo a esse momento, sem esse fundo, sem esta memória psicológica, sem esta autoimagem? É isso que estamos propondo aqui para você! Uma Vida Real é uma vida sem problemas, sem essas questões, é uma vida livre desse padrão de tempo, que o pensamento sustenta. É esse tipo de tempo que aqui nós temos chamado de tempo psicológico.

A Vida é esta realidade que está presente agora. E nesta Vida, sem o sentido do “eu”, do “ego”, uma vez que com esta compreensão da verdade, de todo esse movimento do passado, ele foi desfeito. Aquilo que está agora aqui é a própria Vida! Não há separação entre a Realidade de Deus e a Vida! E, a Verdade da Vida e você em sua Natureza Verdadeira, se isso está presente, o outro é a vida! O outro é Deus! O outro é você! Portanto, não existe tal coisa como o outro! Você, em seu Estado Divino, em seu Estado Natural, está vivendo sem “esse sentido de separação”! Então, há Beleza, Verdade, Presença, Graça, Inteligência.

Você nasceu para realizar isto nesta vida, para assumir a realidade daquilo que é você! Evidente que isso requer o fim para o passado, o fim para esta psicológica condição de estrutura. Eu me refiro a essa psicológica estrutura social, cultural, humana, que se assenta no medo, na violência, na confusão, na desordem. Então, estamos diante da Vida, da Real Vida, da Real Liberdade, do Real Amor!

Esses encontros que nós temos aqui aos finais de semana, sábado e domingo, são encontros online, onde estamos com você aprofundando isso, onde estamos com você tomando ciência de como se aproximar desta visão direta do autoconhecimento, da meditação. Você tem aqui na descrição do vídeo o nosso link do WhatsApp para participar desses encontros online aos finais de semana. Fora esses encontros, nós temos encontros presenciais e também retiros. Se isso que você acaba de ouvir é algo que faz sentido para você, fica aqui um convite. Aproveita e já deixa aqui o seu like, se inscreve no canal. Coloca: “sim, isso faz sentido!”. Ok? E a gente se vê! Valeu pelo encontro e até a próxima.

Novembro de 2024
Gravatá-PE
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