terça-feira, 16 de maio de 2023

O que é Iluminação Espiritual? | Como alcançar a Iluminação Espiritual? | Advaita Vedanta

O que é Iluminação Espiritual? Queremos ver com você o que é Isso, o que, de verdade, Isso representa.

A complexidade da mente egoica, a complexidade da mente pode terminar. Essa complexidade lhe coloca numa posição de contradição, de sofrimento, de conflito. E, se essa consciência egoica, essa nossa consciência comum, se isso desaparece, Aquilo que está presente é a Natureza do Ser, é a Natureza da Verdade sobre Você, sobre quem verdadeiramente Você é!

Assim, a Iluminação Espiritual, o Despertar Espiritual, é a Verdade sobre quem é Você, quando essa consciência desaparece.

Basicamente, a nossa consciência é a consciência do “eu”, que pode desaparecer. Não se trata, portanto, da Natureza do seu Ser, que é Consciência, mas desta consciência egoica, desta consciência do “eu”.

Constatar a Verdade da não separação entre você e a Vida, entre você e Deus – Isso é Iluminação Espiritual.

Esse é o assunto nosso aqui, nesse canal. Nós temos uma playlist tratando disso aqui com você, aprofundando esse assunto aqui com você, assim como temos outras playlists aqui nesse canal. Estamos investigando como Isso se processa, como Isso se realiza, como Isso se torna possível.

A Verdade que Você é não é “você e o mundo”, não é “você e a vida”, não é “você e o outro”, não é “você e Deus”. Só há Consciência; não há separação, não há dualidade.

Todo esse sentimento e pensamento de separação… Por exemplo, você diz de si mesmo “eu sou uma pessoa assim, assim, assim, assim…” Essa fala sobre você, feita por você, acreditada por você, professada por você, isso é um conceito, isso é uma imagem, isso é uma ideia.

Nós temos que olhar para aquilo que nós somos, temos que nos aproximar de nós próprios, de nós mesmos, precisamos estudar isso, precisamos compreender a Verdade sobre nós.

Assim, para essa pergunta “como alcançar a Iluminação Espiritual?” ou “o que é a Iluminação Espiritual?”, a resposta real para isso está no Autoconhecimento, e o Autoconhecimento é aquilo que lhe mostra que a ideia que você tem sobre quem você é, assim como qualquer ideia que algum outro tenha sobre quem você é, é somente uma ideia. Uma ideia é um pensamento, um conjunto de imagens – isso é uma ideia, isso é uma crença, isso é um conceito.

É importante a compreensão disso, porque isso não se refere só à ideia, ao pensamento, isso se refere também ao sentimento, diz respeito também a esse sentimento que você tem sobre você.

Não é real o pensamento e não é real o sentimento. Não estou dizendo que o sentimento não tenha uma relativa base de verdade quando aparece. O sentimento aparece no corpo e ele tem essa relativa verdade, a verdade do sentir. Mas, quanto ao sentimento, não há “alguém” presente nesse sentir, como nós acreditamos.

Então, não há uma identidade sentindo; há o sentir sem uma identidade presente. Essa dualidade entre o sentir e alguém presente sentindo, isso não é real. Nós estamos condicionados a essa crença, padronizados nesse modelo.

Desde a infância você vem sentindo, esse “eu” vem sentindo, esse “eu” vem pensando, esse “eu” vem escolhendo, fazendo, realizando. Esse “eu” é uma crença de uma identidade presente no corpo quando o pensamento surge ou quando o sentimento surge ou quando o fazer acontece. Quando a ação acontece, o fazer acontece, o pensamento acontece, o sentimento acontece, a ideia central é “eu” – “eu” fazendo, “eu” na ação, “eu” no sentimento, “eu” no pensamento.

Essa dualidade “eu e essa experiência do fazer, do pensar, do sentir, do agir”, como se houvesse esse “eu” e o agir, “eu” e o pensar, “eu” e o fazer, “eu” e o sentir, como se isso fosse real, isso é um condicionamento psicológico.

Nós acreditamos em uma individualidade presente aqui, nessa experiência, na vida, na relação com o outro, com a outra pessoa… a relação com o outro, sendo o outro uma experiência, um pensamento, uma sensação, uma percepção, um objeto – isso é uma crença, é um condicionamento psicológico, um padrão de comportamento, onde há o pensar e “alguém” no pensar, onde há o sentir e “alguém” nos sentir, o fazer e “alguém” no fazer, a ação ocorrendo e “alguém” realizando isso.

A aproximação do Autoconhecimento vai lhe mostrar que não há isso, não há nada disso! Isso não é a Realidade, isso não é um fato, isso é uma ficção, isso é uma imaginação.

A ação ocorre sem o “eu”, o pensamento ocorre sem um pensador, o sentimento ocorre sem “alguém” nesse sentir, a emoção ocorre sem “alguém” nessa emoção. Não há uma identidade presente, não existe uma individualidade que seja real nessa experiência. A individualidade é ilusória. Então, há essa ilusão da individualidade – esse é o nosso condicionamento psicológico.

Aqui, nós estamos investigando isso, nessa playlist, com você; estamos nos aproximando disso. Nosso objetivo é descobrir como alcançar a Iluminação Espiritual.

Agora, compreendam: a expressão, aqui, “como alcançar”... Temos que nos aproximar disso com um certo cuidado. Você pode aprender um método para uma determinada prática e aquele método, naquela prática, se tornar algo para você mecânico. Se aquilo se torna mecânico, mais uma vez você está preso a essa condição do tempo psicológico, da prática mecânica da mente egoica.

Então, quando falamos do Despertar Espiritual, da Iluminação Espiritual, esse “como”, aqui, não implica método, mas sim aprender. Não é uma prática, não é um método, não é algo mecânico; é, na realidade, um “como olhar”, um “como aprender sobre si mesmo” – é disso que nós precisamos para a Iluminação Espiritual.

Precisamos aprender sobre nós mesmos, estudar sobre nós mesmos, ver como nós nos posicionamos nessa relação com a vida, com o mundo, com o outro, com nós mesmos, nessa ilusão de que existe esse “eu” e nós, esse “eu” e o outro, esse “eu” e o mundo.

Notem como isso é importante e bastante delicado. Em geral, os pensamentos surgem e você se vê como sendo o pensador desses pensamentos, querendo fazer algo com eles ou contra eles. Então, você aceita a presença deles, acredita ser você o pensador que os pensou, que está pensando, que está produzindo, que está trazendo-os à existência… Não, você não os pensou, não é você o pensador desses pensamentos, mas existe essa crença. Então, você quer fazer algo contra eles, você rejeita esses pensamentos. Quando são pensamentos negativos, pensamentos pesados, quando são pensamentos que provocam dentro de você algum nível de estresse, de ansiedade, de tristeza, algum nível de depressão, de angústia, você quer se livrar desses pensamentos, porque você acredita que você é o pensador que os está pensando.

Então, esses pensamentos estão sendo pensados por você – essa é a crença –, você está pensando esses pensamentos. E, se é você que está pensando, você pode dispensar esses pensamentos, pode se livrar deles.

Esse é o condicionamento em que nós fomos educados, ensinados. As pessoas dizem para nós desde pequenos: “Não pense maus pensamentos, pense apenas bons pensamentos”. Você vai a uma palestra de autoajuda e ali o orador está lhe mostrando a importância de cultivar bons pensamentos, pensamentos realizadores, pensamentos que possam te desenvolver como pessoa. Então, se fala muito desse desenvolvimento pessoal, e tudo isso se baseia no pensamento.

Então, a ideia é que você está produzindo pensamentos, então você pode melhorar, você pode mudar a qualidade de seus pensamentos, e isso parece muito, muito razoável. A ideia do pensador e o pensamento, daquele que sente com esse sentimento… Então, queremos fazer algo contra os sentimentos negativos, contra os pensamentos negativos.

Então, esse “eu”... Há essa ideia desse “eu” presente nessa experiência. Olhar para aquilo que somos agora aqui e perceber a ilusão da dualidade – isso é direto da Vedanta.

A Vedanta… a última parte dos Vedas é a Advaita Vedanta. E, na Vedanta, fica muito claro que não existe essa ilusão. Não é importante o aspecto teórico, verbal, por mais que seja claro isso na teoria, no conceito. Aqui, por exemplo, falando… talvez isso fique um pouco nebuloso ou, talvez, até muito claro, mas isso não importa! O que importa é você efetivar isso em si mesmo – olhar, observar, sem o observador, observar o pensamento sem o pensador.

Então, o pensamento é uma memória, uma lembrança, é uma imagem vindo do passado, não tem uma identidade. No entanto, você está viciado em colocar uma identidade nisso. Mas agora eu lhe convido a apenas olhar o pensamento que surge sem condená-lo, sem criticá-lo, sem julgá-lo, sem compará-lo com outro pensamento, sem gostar dele, sem desgostar dele, apenas olhar para ele.

Isso vale para um sentimento presente surgindo agora aqui, nesse instante. Esse sentimento vem acompanhado com um pensamento, então ele tem uma história para contar sobre ele. O que ocorre, em geral, é que você acredita no que o pensamento diz em razão do sentimento que sente. Identificado com o corpo você diz “eu” e não observa.

Então, você se confunde, se identifica. E, quando você faz isso, está sempre, de novo e de novo, nesse modelo de egoidentidade, de falsa identidade, de ilusória individualidade.

OK? Estamos juntos?

Nós estamos explorando Isso aqui com você, investigando Isso aqui com você – a Realização de sua Natureza Essencial, de sua Natureza Divina, que é Consciência. Essa Consciência é não dual. Só há Um, sem o segundo – Isso é Advaita. A expressão é “Advaita”, a não dualidade. Só há Um, sem o segundo – Isso é Iluminação Espiritual.

Esse Estado se assenta nesse corpo-mente, o sentido de egoidentidade é descartado, a ilusão da separação se dissolve – isso ocorre com o Despertar desta Consciência, que os Sábios, na Índia, chamam também de Kundalini; A Energia da Consciência presente nesse corpo realiza uma mudança nesse organismo, nesse mecanismo, então ocorre a Iluminação Espiritual.

Então, aqui nós temos a resposta para o que é Iluminação Espiritual: é o fim do “eu”, é o fim do ego. O trabalho consiste no Autoconhecimento. Nós temos uma playlist também, bem extensa, sobre esse assunto. Estamos trabalhando isso com vocês aqui: o que é o Autoconhecimento? Como aprender sobre si mesmo?

Esse aprender sobre si mesmo é estar cônscio de si mesmo aqui e agora, momento a momento. Então, isso não faz parte desse movimento de condicionamento psicológico, não é algo que o “mim”, o “eu”, o ego, esse movimento de memória, esse movimento dessa consciência mental, vai adquirir, vai absorver nele mesmo, não é um método, não é uma prática, é Consciência agora aqui, Atenção sobre si mesmo neste instante, momento a momento.

Nessa Atenção, há uma quebra dessa separação, dessa dualidade ilusória, artificial, sustentada por essa inconsciência.

Então, o trabalho em direção à Iluminação Espiritual é observar a si mesma, a si mesmo, momento a momento, olhar para aquilo que surge, olhar para isso que está agora aqui e não colocar uma identidade nisso, não colocar um experimentador nisso, um pensador nisso, um observador nisso.

Experimente olhar sem o nome para uma experiência presente. Experimente isso! Quando surge o sentimento, não dê nome. Fique com a sensação, mas não nomeie. Há uma tendência psicológica, dentro de você, desse pensador surgir dizendo “não quero! Não gosto! Não quero isso para mim!”. Quando ele verbaliza isso, quando ele nomeia isso ou quando ele internaliza isso, ele já surgiu se separando da experiência. E, quando isso acontece, o processo da dualidade está presente.

Experimente não nomear, experimente não colocar uma identidade quando surgir um pensamento, quando surgir um sentimento, uma emoção, uma sensação. Quando você olha para uma nuvem no céu, você não gosta nem desgosta, você não a aceita nem rejeita, você apenas olha, você apenas acompanha, quando quer acompanhar, ou você deixa… você não é contra nem a favor, você apenas olha.

É difícil lidar com aquilo que surge aqui nesse mecanismo, nesse organismo, porque a inclinação do ego, a inclinação nessa programação, nesse condicionamento, é sempre de agarrar isso e colocar uma identidade nisso, gostando, não gostando, rejeitando, julgando, comparando…

É por isso que esse trabalho é um trabalho que requer paciência. Temos que nos aproximar disso com paciência, mas é possível ser realizado, e esse é o propósito. Então, a aproximação do Despertar Espiritual, da Iluminação Espiritual, é pelo Autoconhecimento.

Portanto, se isso é algo que faz sentido para você, se isso é algo que lhe toca, nós temos encontros on-line, para investigar isso, e encontros presenciais, inclusive retiros. Se isso faz sentido para você, se inscreve no canal… Nós temos aí, na descrição do vídeo, o link do WhatsApp e podemos trabalhar isso juntos!

OK?

Valeu pelo encontro e até a próxima!

Outubro de 2022
Gravatá-PE
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