terça-feira, 2 de maio de 2023

Despertar da Consciência | Vedanta | Joel Goldsmith: o Infinito Invisível | A Realização da Verdade

Muito bem! Falando com você hoje sobre o Despertar da Consciência. Há uma grande confusão a respeito disso na cabeça das pessoas. Nós não podemos confundir “estar consciente” com Consciência. Vamos perceber isso dentro dessa fala. Esse é o propósito deste encontro aqui, em particular, com você nesses próximos minutos. Qual é a diferença entre Consciência e estar consciente?

Todo movimento de pensamento dentro de nós, assim como toda a percepção do mundo em nós, é a partir desse reconhecimento desse pensamento. Nós temos pensamentos… a partir desses pensamentos, reconhecemos o mundo. Se eu lhe mostro um objeto, como uma cadeira… você reconhece uma cadeira, porque você tem uma experiência prévia, passada, de lembrança, de memória, dentro de você. Esse pensamento lhe dá o reconhecimento daquele objeto. Esse reconhecimento é essa percepção dos sentidos ligada à imagem e ao nome daquele objeto, que, no caso, é uma cadeira. Nossa percepção do mundo, toda ela, ocorre dessa forma.

Nós temos um conhecimento e esse conhecimento são experiências prévias, passadas, nomeadas, guardadas em nós. E essa percepção, quando é reconhecida, nós chamamos de “consciência”. Então, essa coisa de “estar consciente” está presente em razão dessa, sim, “consciência”. Então, o que nós chamamos de “consciência” é, na realidade, “estar consciente”. Isso ocorre aqui, em nosso estado de vigília, e ocorre também no sonho. Quando você sonha, você tem uma percepção de mundo. Ao acordar, você descobre que estava, sim, consciente. Então, há, no sonho, como nesse estado de vigília, o “estar consciente”. É isso que nós chamamos de “consciência”.

Eu quero aprofundar com você aqui essa questão da Natureza da Real Consciência. No sonho, como no estado de vigília, a percepção de estar consciente, notem, é só uma percepção da mente. É a mente que está, na verdade, consciente de suas experiências, de suas memórias, de suas lembranças, daquilo que ela conhece. Então, estar consciente é a “consciência” nesse nível. Eu tenho chamado isso de “consciência mental” ou “consciência egoica”. E por que consciência egoica? Porque há um centro a partir do qual essa consciência está presente.

Então, você diz “estou consciente disso”... Então, há um centro, há um “eu”. “Estou consciente de sua fala”, “estou consciente dos seus gestos”, “estou consciente dessa cadeira”, “estou consciente desse pensamento”... Mas há um “eu” presente dizendo “estou”, “eu estou”, então essa é uma consciência mental, é uma consciência egoica.

Esse assunto é muito importante aqui dentro do canal. É necessário você diferenciar o que é “Ser Consciência” de “estar consciente”. Nesse sentido do “eu” presente, nessa experiência de mundo, no estado de vigília ou no estado de sonho, simplesmente você está consciente, mas essa consciência é a consciência a partir de um centro, de um observador, de um pensador, de um experimentador. Esse “estar consciente” significa estar num estado ainda de inconsciência.

Aqui, eu quero tratar com você – e tenho tratado dentro dessas falas – da possibilidade de assumir aí, de assumir nesse corpo-mente, o seu Natural Estado de Ser Consciência, e Ser Consciência é Ser-Consciência-Felicidade. Alguns chamam de Iluminação Espiritual ou Despertar Espiritual. O ser humano vive nessa primeira condição: ele apenas está consciente – está consciente do mundo, está consciente das pessoas, está consciente de si mesmo... nessa consciência de “sonho”, de “sono”, que é, na realidade, inconsciência, porque há o sentido de separação nesse estado de “estar consciente”; há o sentido de separação entre você e a vida, entre você e o outro, entre você e Deus, entre você e as percepções sensoriais, entre você e aquela casa, entre você e aquela cadeira, entre você e o mundo de objetos e, também, de pensamentos.

Então, há o “mim”, o “eu”, e essa experiência da visão, da audição, da sensação, da percepção. Há uma separação, porque há um centro, há uma identidade presente. Essa identidade é o “eu”, o ego.

Notem como isso é importante! Nós nascemos, crescemos, nos tornamos adultos, casamos, temos filhos, depois temos netos, envelhecemos, adoecemos e morremos; ou, antes disso, nós morremos. Mas o ser humano passa por todo esse processo de vida humana nesse estado de inconsciência, que é simplesmente “estar consciente”. Como esse “estar consciente” é um estado mental, basicamente todos nós estamos vivendo nesse estado de inconsciência, que é o estado semelhante ao que temos no estado de sonho.

A Iluminação Espiritual, o Despertar da Verdade do seu Ser, que é Consciência, é o fim dessa inconsciência de, simplesmente, estar consciente. Essa Iluminação Espiritual, esse Despertar Espiritual, é o Despertar da Consciência. Então, o Despertar da Consciência é porque vivemos nessa inconsciência. A palavra “buda” significa “aquele que despertou dessa inconsciência”, “aquele que acordou desse sono, desse sonho”. Isso é o significado da palavra “buda”.

Você, em seu Ser, é Consciência, e esse é o Estado Desperto; e, aqui, nesta fala, estamos chamando de “o Despertar da Consciência”. É Você, em seu Ser, que é Consciência e Felicidade – essa é uma expressão do Vedas. Sua Natureza Real é Consciência, nesse Estado Desperto; é Felicidade – aqui, eu me refiro à Real Felicidade, não àquilo que a mente egoica, o pensamento, construiu sobre felicidade; e é Ser – não aquilo que o pensamento pensa sobre ser, sobre vir a ser, sobre se livrar ou alcançar alguma coisa para ser, para se tornar. Não, é Ser-Consciência– Felicidade a Natureza Divina, a Natureza de Deus em você.

Neste canal, estamos lhe mostrando que é possível, nesta vida, “Despertar”, saindo dessa condição comum à grande maioria da humanidade. Toda dificuldade, toda adversidade, toda complexidade, toda confusão, toda desordem, toda forma de contradição, conflitos e sofrimentos em nossas vidas se estabelecem porque o que prevalece é o estado de sonho, nessa inconsciência.

Então, há essa ilusão de “alguém”, que é esse “eu”, esse centro, vivendo essa experiência de vida, de mundo e de relações com tudo à sua volta, nessa separação, nessa dualidade: “eu” e o “não eu”. O “não eu” é o pensamento, o “não eu” é o sentimento, o “não eu” é o mundo, o “não eu” é o outro, o “não eu” é a vida que esse “eu” está tentando manipular, resolver, dentro desse mundo, realizar coisas, para encontrar a solução para toda essa confusão, para toda essa contradição, para todo esse sofrimento, para toda essa complexidade, e, por mais que esse “eu” se esforce, ele é o elemento base ou básico para isso tudo. Portanto, a base ou elemento básico de tudo isso é esse “eu”, nessa separação, nessa dualidade.

Nós aqui estamos convidando-o a se ver, a se compreender, assumindo a Verdade sobre quem é Você. A boa notícia sobre isso é que esse contato com o Despertar da Consciência é o contato com a Realidade de Deus. Aqui, eu me refiro a algo que não tem nome e que nós chamamos de Deus; algo que não pode ser pensado, imaginado; algo que está além de toda a terminologia humana, de toda forma de imagem e de expressões. Nós chamamos de Deus, mas isso é inominável! Essa Realidade que nós chamamos de Deus não tem nome, está além de tudo aquilo que o pensamento pode construir, idealizar e imaginar.

Eu gosto muito de uma expressão de Joel Goldsmith. Ele tem uma expressão para Deus. Ele chama de “O Infinito Invisível”... “O infinito invisível”. E ele diz: “Foi a melhor expressão que encontrei para Deus, porque não se pode saber a Verdade sobre Deus enquanto os conceitos estiverem presentes. É necessário ir além de todos os conceitos” – Joel Goldsmith diz isso. “Então, quando percebi que era uma expressão, comecei a usar ‘O Infinito Invisível’ para Deus. O Infinito Invisível” – diz ele – “é uma expressão boa, porque você não pode enquadrá-la dentro de um conceito de imagem, você não pode representar”. Muito bonita essa afirmação dele. Você não pode representar Deus com uma imagem, porque é o Infinito… e invisível!

Assim, da mesma forma, estamos colocando para você aqui, com palavras diferentes, a mesma Realidade desse Infinito Invisível. Eu tenho chamado de “O Desconhecido”, “O Inominável”, Aquilo que está além do pensamento e do tempo. Na Vedanta, Isso é reconhecido como Ser-Consciência-Felicidade, que é a Natureza de cada um de nós, a Real Natureza da Consciência, quando há esse Despertar da Consciência.

Então, esse Despertar da Consciência é o Despertar desse Infinito Invisível, da Realidade d’Aquilo que é Você. Só há Isso presente em toda a Manifestação. Então, tudo aquilo que você vê, sente, percebe, pensa, imagina, idealiza, está dentro dessa consciência mental, dessa consciência egoica, porque tem você e essa percepção, tem você e esse pensamento, você e esse sentimento. Isso precisa desaparecer.

Eu quero convidá-lo a um Estado Livre do sentido do “eu”, do ego, desse “mim”. Eu quero convidá-lo a um Estado Livre desse estado de estar consciente. Então, você vai além desse estado de estar consciente no estado de vigília, no estado de sonho e de estar, aparentemente, inconsciente no sono profundo.

Há uma expressão para isso também no Yoga: eles chamam de Turiya, o quarto estado de consciência. Então, você tem o sono profundo, que é um estado de consciência, você tem o estado de vigília e o estado de sonho. Então: sono profundo, sonho, vigília… e, além desse estado de vigília, há um quarto estado possível para você nesta vida, que é o Despertar da Consciência, o Natural Estado de Infinito Invisível, na linguagem de Joel Goldsmith, o Estado de Deus.

É evidente que estamos nos referindo àquilo que está fora do pensamento e, portanto, fora de toda a limitação de tempo e espaço. É a Natureza do seu Ser. Enquanto o sentido de um “eu” está presente, nesse sentido de separação, haverá toda forma de problemas, contradições, dilemas e problemas. A ansiedade, a depressão, inveja, o medo, a avidez, a dor da solidão, a angústia, tudo isso está presente nesse estado de sonho, que é o estado de sono desse “eu”, dessa mente consciente, dessa consciência mental. Essa consciência mental, essa mente consciente, carrega todo esse peso. A Realização da Verdade é assumir um Estado inteiramente novo e desconhecido de visão desse sonho-mundo.

Esse é o assunto que aprofundamos aqui no canal, trabalhamos isso de forma presencial também, em nossos encontros presenciais, e também temos retiros, onde trabalhamos isso com aqueles que se aproximam. Além disso, nós temos encontros on-line, onde podemos trabalhar isso juntos com você. OK?

Se isso é algo que faz sentido para você, deixe aí o seu “like”, se inscreva no canal e vamos trabalhar isso juntos! OK?

Até a próxima!

Janeiro de 2023
Gravatá-PE
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