Sejam todos bem-vindos a mais este encontro, aqui pelo Paltalk.
Aqui, temos investigado isso: até que ponto algo precisa ser feito, e como isso precisa ser feito? É isso que nós investigamos em Satsang. Parece que, enquanto existir essa identificação com esse indivíduo aparente, com essa pessoa aparente, não haverá qualquer escolha. Então qual é o significado da busca? O que significa essa busca?
A Verdade é muito paradoxal. A busca não é real e, no entanto, se não há o propósito de entrega, de trabalho, essa realização também não acontece. Você não pode fabricar isso, mas ao mesmo tempo não pode ficar de braços cruzados esperando isso acontecer acidentalmente como um raio caindo em cima de sua cabeça e trazendo essa iluminação, esse despertar. É aqui que muitos se perdem, escolhendo um lado e desprezando o outro. Como resolver isso?
O que tenho percebido é essa simplificação absurda. Alguém escolhe um destes lados e discorre sobre ele, fala sobre ele, trata sobre ele, mas não percebe que caiu numa armadilha. Dizer que não se faz necessário nenhum trabalho é uma armadilha. Dizer que o próprio esforço e força de vontade vão determinar essa realização também é uma armadilha. Essa é a dificuldade.
Que véu é esse que oculta essa Felicidade, essa Liberdade, essa Iluminação, essa Realização? Que véu é esse? A meu ver, a própria busca, o próprio esforço, a própria vontade pessoal, usando os próprios métodos que a pessoa conhece, e que empregaria em qualquer outro empreendimento, para realizar esse, é o próprio véu que oculta isso. Isso não vem pelo esforço pessoal, pela vontade pessoal, pelo trabalho pessoal... Essa Realização, essa Iluminação, o Despertar, a Felicidade desponta, floresce, surge, aparece, toma o lugar Dela a partir de uma ação da Graça. Estamos falando que isso acontece a você, que você não produz isso.
Você, agora há pouco, disse que, enquanto eu falava sobre essa imutabilidade, algo acontecia aí. Você conseguiu tomar consciência disso claramente. Então, repare que não é um esforço pessoal, não é um trabalho pessoal; você não fez qualquer esforço, qualquer trabalho; você apenas está aqui, agora, neste momento, e essa Presença foi capaz de tornar isso possível. Essa Presença é a Consciência, é a Graça. Isso é algo dado a você, no entanto, foi necessário você estar aqui, ter entrado na sala, estar se colocando nesta disposição de ouvir, de sentir, de perceber.
Há algo presente nesta sala, maior do que a fala, que é o próprio poder da Graça. Isso que faz o trabalho ser possível, para além dos seus esforços, de sua força de vontade, de sua determinação. Nesse contato com um Mestre vivo, isso se torna possível. Nesse contato com o poder dessa Presença, isso se torna possível. Mas isso é muito sutil, é uma linha muito tênue: até onde você entra tornando isso possível, e até que ponto você é o próprio impedimento...
Tenho falado muito sobre a importância da entrega – ela facilita muito isso. Entrega é o caminho direto, é devoção, é rendição, é desistência, é a desistência de alguém para realizar isso, de alguém para fazer isso. Isso significa também, ao mesmo tempo, uma abertura, uma sensibilidade, uma vulnerabilidade total e completa. Aí, então, isso desce sobre você, ou melhor, isso vem de dentro, sobe a partir do interior, varrendo por completo a mente egoica, o sentido de separação, o sentido do eu.
Então até que ponto há algo para se fazer? Até que ponto não há nada que possa ser feito? Essa é a pergunta! Se você faz alguma coisa, atrapalha. Se você não faz, atrapalha mais ainda. Se você aplica sua vontade e determinação, você atrapalha. Se você não aplica total vontade e determinação, você atrapalha mais ainda.
Estou dizendo é que se você não se dispõe, não se abre, não se entrega, não se permite (em razão da resistência da mente inteiramente voltada para os interesses egoicos), se você se mantém assim, essa realização não é possível. Pelo menos, não agora. Você precisa estar queimando por isso, colocando sua vida inteiramente nisso, aplicando seu coração inteiramente nisso.
Você precisa acordar com isso pela manhã, passar o dia com isso, dormir com isso à noite, e, no dia seguinte, acordar de novo pela manhã com isso, passar o dia com isso e dormir com isso. No terceiro dia, você faz diferente: você acorda com isso, passa o dia com isso e dorme com isso de novo. No quarto dia, você repete o primeiro; no quinto dia, você repete o segundo; no sexto dia, você repete o terceiro ou quarto... (risos)
Nesse sentido, é fundamental estar em Satsang presencial, dentro de uma sangha, recebendo uma upadesa, uma direção, um ensino. Não são informações sobre isso, são alertas diretos de como não se confundir, de como não se perder, de como não se identificar mais uma vez nesse mundo egoico, nesse mundo mental. Essa é a necessidade da Graça, é a necessidade do Guru, é a necessidade daquele que está além da dualidade. Ele não se perde mais, já passou por todo este processo, conhece isso de forma direta, não intelectualmente, mas diretamente; não teoricamente, mas diretamente.
Participante: Como permanecer em minha real natureza, permanentemente, se a mente se agita?
Mestre Gualberto: A mente se agita em razão dessas vasanas – palavra usada na Yoga, na Índia – dessas tendências latentes da mente, de seus padrões de desejos, escolhas, motivos, intenções ocultas. Isso precisa terminar! Se isso não termina, a mente continua sempre se agitando, voltando aos mesmos e antigos padrões.
Por isso, que a prática da meditação não funciona. Nenhuma técnica para aquietar ou silenciar a mente vai funcionar. Realização não é a quietude da mente, não é a mente silenciada. Realização é o fim da dualidade, é o fim do sentido de separação, é o fim do sentido de um “eu” dentro da experiência, inclusive da experiência do pensamento. O pensamento é só uma experiência, assim como a emoção, ou a sensação, ou o sentimento. Quando não há dualidade, quando não há um sentido de um “eu” dentro da experiência, não há conflito e o que se apresenta é a sua Real Natureza.
Consciência não está separada da experiência do pensar, do sentir, da emoção, da sensação, ou do sentimento. Mas a Consciência nessa experiência, fora da dualidade, não se perde, não se confunde, não se identifica mais com isso. Isso é algo que muitos de vocês têm entendido de uma forma completamente equivocada. Tenho percebido isso: muitos falam desse silêncio da mente como se fosse a própria Realização. Realização não é o silêncio da mente; Realização é o fim do sentido de uma identidade nessa experiência do pensamento. Isso é uma outra coisa completamente diferente.
Participante: Como eliminar, então, esse sentido de um eu?
Mestre Gualberto: Essa resposta está diretamente relacionada a um trabalho. Não há uma resposta definitiva para isso, uma resposta verbal, de uma frase ou duas, ou dez. Em Satsang, sim, há uma resposta para isso! Em Satsang presencial, diante de um Mestre vivo lhe sinalizando, lhe mostrando, fazendo-o perceber esses padrões, essas tendências da mente, esses hábitos arraigados da mente... Essa sinalização Dele, esse modo de fazê-lo perceber diretamente tudo isso é parte do trabalho dentro de encontros presenciais. Aí, então, você tem uma resposta que significa a eliminação desse sentido de um “eu”. Mas isso não é possível de olhos fechados, cantando mantra, ou silenciando a mente por alguns instantes. Você pode meditar assim durante mil anos. De olhos fechados, a mente silencia; depois que a meditação termina, você está de volta!
Eu nunca pratiquei meditação, toda a minha prática foi devocional, mas de meditação nenhuma. A prática da devoção é a prática da entrega aos pés dessa Presença viva, que é essa Consciência, que é essa Graça. Minha experiência é essa: o olhar do Guru! Olhar em seus olhos era o suficiente, ouvir seu Silêncio em meu coração era o suficiente, isso já continha todo o ensino, toda a upadesa, toda a direção. Essa atenção real no presente é essa Consciência sempre presente nessa entrega. Essa Presença, que é essa Consciência aí, realiza todo o trabalho. Você precisa ter o coração voltado para isso intensamente, todo o seu coração nisso. Você precisa estar disposto a morrer, a entregar tudo por isso. Precisa estar queimando por isso.
Participante: Há alguma previsão para Satsangs em Minas Gerais, pois em Campos do Jordão faz muito frio nesta época?”
Mestre Gualberto: Se você estiver queimando por isso, você não vai sentir frio nenhum em Campos do Jordão. Se não estiver queimando por isso, nada vai funcionar. Esses encontros não têm que ir a você; você é que tem que ir a esses encontros. Não é o Guru que tem que ir a você; você é que tem que vir ao Guru. Não é ele que tem que ir para Minas Gerais; é você que tem que vir a Campos do Jordão. Ele pode estar no alto da montanha do Himalaia, lá no pico nevado, mas você tem que ir encontrá-Lo lá. Se você estiver queimando por isso, não vai congelar, e sim, realizar Deus, realizar a Verdade sobre si mesmo. Agora, se não estiver queimando por isso, qualquer coisa será uma grande desculpa – o calor, o frio, a falta de dinheiro, a falta de tempo...
Participante dois: Mestre, faz um ano que perdi meu emprego, não consigo arranjar outro, estou em depressão. Faz duas semanas que conheci o Senhor, assisto aos seus vídeos, mas está difícil entender e silenciar a mente, minha mente grita 24 horas.
Mestre Gualberto: Esqueça isso de silenciar a mente, menina! Como agora aqui, apenas escute minha fala, coloque seu coração nela. Quando estiver assistindo aos meus vídeos, olhe para mim, já não olhe para as minhas falas, olhe para o meu Silêncio, olhe para Mim e você vai perceber que eu vou estar olhando para Você. Na realidade, minha fala carrega esse Silêncio capaz de fazer um extraordinário trabalho aí. Trabalho, esse, que você não pode fazer! Não é algo ordinário e, por isso, eu disse extraordinário! Não está nesta fala, está neste Silêncio; não está nos meus gestos diante do vídeo, está neste olhar.
Você não pode se aproximar deste trabalho para se livrar de uma depressão ou de um trauma ou de um problema emocional. Há muitos terapeutas para ajudá-lo! Eu não tenho interesse nenhum nisso. Meu interesse é lhe mostrar Aquilo que Você é! Você não é o corpo, Você não é a mente! Então nem o calor, nem o frio, nem a depressão, nem o medo, nem a ansiedade ou qualquer outra resposta mental negativa pode impedi-lo de realizar Aquilo que Você é, sua Real Natureza.
Eu estou aqui para aqueles que estão dispostos a realizar isso, e não para aqueles que sentem calor demais ou frio demais. Sem estar disposto a ir além desse sentido de um “eu” separado, dessa ilusão de ser alguém, não adianta perguntar como eliminar esse sentido de um “eu”. Tem que estar disposto a entregar esse sentido de um “eu” que tem medo do frio ou que tem medo do calor, ou esse “eu” que se sente ansioso ou deprimido ou qualquer um destes estados que o “eu” conhece.
Todos vocês, aqui, precisam atentar-se para isso: esse namoro à distância não faz o filho nascer, não engravida ninguém! Essa criança precisa nascer, e por aqui não dá. Está claro isso?
Ok! Então, vamos ficar por aqui! Namastê!
Aqui, temos investigado isso: até que ponto algo precisa ser feito, e como isso precisa ser feito? É isso que nós investigamos em Satsang. Parece que, enquanto existir essa identificação com esse indivíduo aparente, com essa pessoa aparente, não haverá qualquer escolha. Então qual é o significado da busca? O que significa essa busca?
A Verdade é muito paradoxal. A busca não é real e, no entanto, se não há o propósito de entrega, de trabalho, essa realização também não acontece. Você não pode fabricar isso, mas ao mesmo tempo não pode ficar de braços cruzados esperando isso acontecer acidentalmente como um raio caindo em cima de sua cabeça e trazendo essa iluminação, esse despertar. É aqui que muitos se perdem, escolhendo um lado e desprezando o outro. Como resolver isso?
O que tenho percebido é essa simplificação absurda. Alguém escolhe um destes lados e discorre sobre ele, fala sobre ele, trata sobre ele, mas não percebe que caiu numa armadilha. Dizer que não se faz necessário nenhum trabalho é uma armadilha. Dizer que o próprio esforço e força de vontade vão determinar essa realização também é uma armadilha. Essa é a dificuldade.
Que véu é esse que oculta essa Felicidade, essa Liberdade, essa Iluminação, essa Realização? Que véu é esse? A meu ver, a própria busca, o próprio esforço, a própria vontade pessoal, usando os próprios métodos que a pessoa conhece, e que empregaria em qualquer outro empreendimento, para realizar esse, é o próprio véu que oculta isso. Isso não vem pelo esforço pessoal, pela vontade pessoal, pelo trabalho pessoal... Essa Realização, essa Iluminação, o Despertar, a Felicidade desponta, floresce, surge, aparece, toma o lugar Dela a partir de uma ação da Graça. Estamos falando que isso acontece a você, que você não produz isso.
Você, agora há pouco, disse que, enquanto eu falava sobre essa imutabilidade, algo acontecia aí. Você conseguiu tomar consciência disso claramente. Então, repare que não é um esforço pessoal, não é um trabalho pessoal; você não fez qualquer esforço, qualquer trabalho; você apenas está aqui, agora, neste momento, e essa Presença foi capaz de tornar isso possível. Essa Presença é a Consciência, é a Graça. Isso é algo dado a você, no entanto, foi necessário você estar aqui, ter entrado na sala, estar se colocando nesta disposição de ouvir, de sentir, de perceber.
Há algo presente nesta sala, maior do que a fala, que é o próprio poder da Graça. Isso que faz o trabalho ser possível, para além dos seus esforços, de sua força de vontade, de sua determinação. Nesse contato com um Mestre vivo, isso se torna possível. Nesse contato com o poder dessa Presença, isso se torna possível. Mas isso é muito sutil, é uma linha muito tênue: até onde você entra tornando isso possível, e até que ponto você é o próprio impedimento...
Tenho falado muito sobre a importância da entrega – ela facilita muito isso. Entrega é o caminho direto, é devoção, é rendição, é desistência, é a desistência de alguém para realizar isso, de alguém para fazer isso. Isso significa também, ao mesmo tempo, uma abertura, uma sensibilidade, uma vulnerabilidade total e completa. Aí, então, isso desce sobre você, ou melhor, isso vem de dentro, sobe a partir do interior, varrendo por completo a mente egoica, o sentido de separação, o sentido do eu.
Então até que ponto há algo para se fazer? Até que ponto não há nada que possa ser feito? Essa é a pergunta! Se você faz alguma coisa, atrapalha. Se você não faz, atrapalha mais ainda. Se você aplica sua vontade e determinação, você atrapalha. Se você não aplica total vontade e determinação, você atrapalha mais ainda.
Estou dizendo é que se você não se dispõe, não se abre, não se entrega, não se permite (em razão da resistência da mente inteiramente voltada para os interesses egoicos), se você se mantém assim, essa realização não é possível. Pelo menos, não agora. Você precisa estar queimando por isso, colocando sua vida inteiramente nisso, aplicando seu coração inteiramente nisso.
Você precisa acordar com isso pela manhã, passar o dia com isso, dormir com isso à noite, e, no dia seguinte, acordar de novo pela manhã com isso, passar o dia com isso e dormir com isso. No terceiro dia, você faz diferente: você acorda com isso, passa o dia com isso e dorme com isso de novo. No quarto dia, você repete o primeiro; no quinto dia, você repete o segundo; no sexto dia, você repete o terceiro ou quarto... (risos)
Nesse sentido, é fundamental estar em Satsang presencial, dentro de uma sangha, recebendo uma upadesa, uma direção, um ensino. Não são informações sobre isso, são alertas diretos de como não se confundir, de como não se perder, de como não se identificar mais uma vez nesse mundo egoico, nesse mundo mental. Essa é a necessidade da Graça, é a necessidade do Guru, é a necessidade daquele que está além da dualidade. Ele não se perde mais, já passou por todo este processo, conhece isso de forma direta, não intelectualmente, mas diretamente; não teoricamente, mas diretamente.
Participante: Como permanecer em minha real natureza, permanentemente, se a mente se agita?
Mestre Gualberto: A mente se agita em razão dessas vasanas – palavra usada na Yoga, na Índia – dessas tendências latentes da mente, de seus padrões de desejos, escolhas, motivos, intenções ocultas. Isso precisa terminar! Se isso não termina, a mente continua sempre se agitando, voltando aos mesmos e antigos padrões.
Por isso, que a prática da meditação não funciona. Nenhuma técnica para aquietar ou silenciar a mente vai funcionar. Realização não é a quietude da mente, não é a mente silenciada. Realização é o fim da dualidade, é o fim do sentido de separação, é o fim do sentido de um “eu” dentro da experiência, inclusive da experiência do pensamento. O pensamento é só uma experiência, assim como a emoção, ou a sensação, ou o sentimento. Quando não há dualidade, quando não há um sentido de um “eu” dentro da experiência, não há conflito e o que se apresenta é a sua Real Natureza.
Consciência não está separada da experiência do pensar, do sentir, da emoção, da sensação, ou do sentimento. Mas a Consciência nessa experiência, fora da dualidade, não se perde, não se confunde, não se identifica mais com isso. Isso é algo que muitos de vocês têm entendido de uma forma completamente equivocada. Tenho percebido isso: muitos falam desse silêncio da mente como se fosse a própria Realização. Realização não é o silêncio da mente; Realização é o fim do sentido de uma identidade nessa experiência do pensamento. Isso é uma outra coisa completamente diferente.
Participante: Como eliminar, então, esse sentido de um eu?
Mestre Gualberto: Essa resposta está diretamente relacionada a um trabalho. Não há uma resposta definitiva para isso, uma resposta verbal, de uma frase ou duas, ou dez. Em Satsang, sim, há uma resposta para isso! Em Satsang presencial, diante de um Mestre vivo lhe sinalizando, lhe mostrando, fazendo-o perceber esses padrões, essas tendências da mente, esses hábitos arraigados da mente... Essa sinalização Dele, esse modo de fazê-lo perceber diretamente tudo isso é parte do trabalho dentro de encontros presenciais. Aí, então, você tem uma resposta que significa a eliminação desse sentido de um “eu”. Mas isso não é possível de olhos fechados, cantando mantra, ou silenciando a mente por alguns instantes. Você pode meditar assim durante mil anos. De olhos fechados, a mente silencia; depois que a meditação termina, você está de volta!
Eu nunca pratiquei meditação, toda a minha prática foi devocional, mas de meditação nenhuma. A prática da devoção é a prática da entrega aos pés dessa Presença viva, que é essa Consciência, que é essa Graça. Minha experiência é essa: o olhar do Guru! Olhar em seus olhos era o suficiente, ouvir seu Silêncio em meu coração era o suficiente, isso já continha todo o ensino, toda a upadesa, toda a direção. Essa atenção real no presente é essa Consciência sempre presente nessa entrega. Essa Presença, que é essa Consciência aí, realiza todo o trabalho. Você precisa ter o coração voltado para isso intensamente, todo o seu coração nisso. Você precisa estar disposto a morrer, a entregar tudo por isso. Precisa estar queimando por isso.
Participante: Há alguma previsão para Satsangs em Minas Gerais, pois em Campos do Jordão faz muito frio nesta época?”
Mestre Gualberto: Se você estiver queimando por isso, você não vai sentir frio nenhum em Campos do Jordão. Se não estiver queimando por isso, nada vai funcionar. Esses encontros não têm que ir a você; você é que tem que ir a esses encontros. Não é o Guru que tem que ir a você; você é que tem que vir ao Guru. Não é ele que tem que ir para Minas Gerais; é você que tem que vir a Campos do Jordão. Ele pode estar no alto da montanha do Himalaia, lá no pico nevado, mas você tem que ir encontrá-Lo lá. Se você estiver queimando por isso, não vai congelar, e sim, realizar Deus, realizar a Verdade sobre si mesmo. Agora, se não estiver queimando por isso, qualquer coisa será uma grande desculpa – o calor, o frio, a falta de dinheiro, a falta de tempo...
Participante dois: Mestre, faz um ano que perdi meu emprego, não consigo arranjar outro, estou em depressão. Faz duas semanas que conheci o Senhor, assisto aos seus vídeos, mas está difícil entender e silenciar a mente, minha mente grita 24 horas.
Mestre Gualberto: Esqueça isso de silenciar a mente, menina! Como agora aqui, apenas escute minha fala, coloque seu coração nela. Quando estiver assistindo aos meus vídeos, olhe para mim, já não olhe para as minhas falas, olhe para o meu Silêncio, olhe para Mim e você vai perceber que eu vou estar olhando para Você. Na realidade, minha fala carrega esse Silêncio capaz de fazer um extraordinário trabalho aí. Trabalho, esse, que você não pode fazer! Não é algo ordinário e, por isso, eu disse extraordinário! Não está nesta fala, está neste Silêncio; não está nos meus gestos diante do vídeo, está neste olhar.
Você não pode se aproximar deste trabalho para se livrar de uma depressão ou de um trauma ou de um problema emocional. Há muitos terapeutas para ajudá-lo! Eu não tenho interesse nenhum nisso. Meu interesse é lhe mostrar Aquilo que Você é! Você não é o corpo, Você não é a mente! Então nem o calor, nem o frio, nem a depressão, nem o medo, nem a ansiedade ou qualquer outra resposta mental negativa pode impedi-lo de realizar Aquilo que Você é, sua Real Natureza.
Eu estou aqui para aqueles que estão dispostos a realizar isso, e não para aqueles que sentem calor demais ou frio demais. Sem estar disposto a ir além desse sentido de um “eu” separado, dessa ilusão de ser alguém, não adianta perguntar como eliminar esse sentido de um “eu”. Tem que estar disposto a entregar esse sentido de um “eu” que tem medo do frio ou que tem medo do calor, ou esse “eu” que se sente ansioso ou deprimido ou qualquer um destes estados que o “eu” conhece.
Todos vocês, aqui, precisam atentar-se para isso: esse namoro à distância não faz o filho nascer, não engravida ninguém! Essa criança precisa nascer, e por aqui não dá. Está claro isso?
Ok! Então, vamos ficar por aqui! Namastê!
*Transcrito de uma fala ocorrida em 13 de junho de 2016, num encontro aberto online. Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.
Temos uma identidade construida no tempo e pelo tempo.
ResponderExcluirRecordar, recordar,recordar...
Quem sou? Nem antes, nem depois.
Satsang é libertador
Gratidão!!
ResponderExcluir