quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Joel Goldsmith | Vivendo entre dois mundos | A natureza do pensamento | Mestre Gualberto

GC: Olá, pessoal! Estamos aqui para mais um videocast. Mais uma vez o Mestre Gualberto se dispôs a estar aqui conosco. Gratidão, Mestre! Mestre, hoje, além de trazer algumas perguntas do pessoal que vem acompanhando os nossos videocasts, eu quero trazer também um trechinho do Joel Goldsmith, do livro chamado “Vivendo entre dois mundos”. Nesse trechinho, Mestre, o Joel fala o seguinte: “Em nossa ignorância, pensamos que há doentes e pecadores, mas não. Eles estão em nosso próprio pensamento. Esse é o único lugar. Eles não existem em outro lugar.” O Mestre pode falar um pouco mais sobre a natureza do pensamento, sobre isso? MG: Interessante a colocação do Joel, né? Ele diz “em nosso pensamento”, “em nossa visão particular”.

É sempre em nossa visão particular que esse mundo é visto nesse formato. É uma visão particular do “eu”, é uma visão particular desse pensamento. Aquilo que nós chamamos de “eu” aqui, esse “mim”, é um conjunto de ideias, de crenças, de memórias, de lembranças, de pensamentos. E é só no pensamento que estamos vendo doentes e pecadores, mas também estamos vendo pessoas saudáveis e esses assim chamados “santos”. Tudo isso são conceitos da própria mente. É na mente que nós estamos vendo tudo isso. Quando estamos além da mente, estamos além do tempo e além dessa noção de espaço, onde aparecem tanto os santos como os pecadores, tanto os saudáveis quanto os doentes. Qual é a Verdade sobre quem somos? É a Verdade de ser Consciência Pura. Então, o mundo é visto como uma aparição fenomênica, como um grande sonho, e não é mais um sonho pessoal. É exatamente nesse sonho pessoal que estamos vendo o mundo e interpretando o mundo através desse modelo de pensamento, que é o pensamento do “eu”, que é o pensamento egoico.

Sem esse modelo, o mundo, ou aquilo que vemos, que percebemos, é um grande sonho, e é só um sonho divino, um sonho de Deus, e, nele, tudo está absolutamente no lugar. É apenas o sentido de um “eu”, de uma identidade separada, que faz essas diferenciações, que se ocupa com essas interpretações. Nossa ênfase aqui, Gilson, é descobrirmos a Verdade do nosso Ser, de nossa Natureza Real, porque é Isso que lhe dá a visão desta vida segundo os olhos da Graça, segundo os olhos de Deus. Nesse olhar, não há separação, não há divisão. Então, toda essa ideia de pecadores e santos, saudáveis e doentes, e toda essa visão particular do mundo, baseada no pensamento, isso se desfaz, isso desaparece. Essa é a beleza do Despertar da Consciência, da Verdadeira Iluminação Espiritual: é que, nesse instante, o sentido ilusório de ser alguém desaparece da experiência. Então, aquilo que fica é o experimentar da Vida, dessa Vida nessa Beleza, nessa Totalidade. Sem o sentido de uma identidade, que é essa identidade do “eu”, tudo está no lugar. É o sentido de um “eu”, de uma identidade separada, que está criando situações e realizando coisas. E, nessa desordem – algo criado pelo próprio pensamento –, esse sentido de um “eu” está sofrendo, esse sentido de uma identidade ilusória está confuso, desorientado, perplexo.

São muito paradoxais estas falas nossas, porque, ao mesmo tempo em que estamos dizendo aqui para você que tudo está no lugar, quando você olha para o mundo, você vê uma tremenda balbúrdia, uma tremenda confusão. Há sofrimento, sim, em toda parte, porque essa é a condição do “eu”, essa é a condição do ego. Então, nesse sonho particular de uma identidade separada, o mundo continua sendo o que o ego tem projetado para ele ser, e, nesse mundo do ego, esse sonho de vida no “eu” – confusa, desorientada, perturbada, sofrida… Aqui, o paradoxal é isso: é descobrir a beleza de ser Pura Consciência e conseguir ver, em meio a todo esse caos, a essa confusão, desordem e sofrimento, a partir deste olhar. Nós não temos um olhar do Sábio, um olhar de um Ser Realizado, para perceber que tudo isso faz parte de um grande jogo divino, onde (nesse jogo) nós temos esses aspectos também de aparente confusão, de aparente sofrimento, de aparente abandono. O ser humano olha e diz: “O mundo está abandonado, Deus não está cuidando disso, porque olha como o mundo está”, e, na verdade, essa é uma condição do próprio “eu”, é uma visão particular do próprio ego. Tentar fazer uma conciliação é impossível. Aqui, o convite é: realize Aquilo que Você é e, a partir desse lugar, olhe para o mundo. Soa muito estranho isso, e não há como, Gilson, intelectualmente, conseguirmos fazer uma conciliação do que está sendo dito aqui, porque, intelectualmente, isso é totalmente contraditório na aparência. Por isso, precisamos ir além desse intelecto condicionado, ir além desse sentido de um “eu” separado, para uma visão fora da dualidade, fora dessa ilusão que o pensamento condicionado tem dado a cada um de nós. Então, isso se desfaz nesta Realização, e a Verdade de Deus é vista como Ela é.

GC: Como eu já comentei em vários videocasts nossos, essas falas do Mestre são revolucionárias, porque não tem como, no intelecto dual desse “pensamento e pensador”, pegar as palavras do Mestre e querer entender, querer encaixar, porque é totalmente fora de uma crença, é totalmente fora de uma visão de um “eu” presente; porque, como bem o Mestre falou, nesse “eu” presente, nessa ilusão de ser alguém, o mundo é uma balbúrdia, é uma chafurda. Agora, como é lindo e sem palavras quando – eu vou falar desse experimentar junto com o Mestre –, em Satsang, nesse com partilhar de Consciência que daqui a pouco, por essa Graça, esse olhar do Mestre se faz presente e a gente vê que, de fato, não existe pecador, não existe santo. E é algo que é sem palavras! Era muito forte aqui, Mestre, a ideia de alguém querendo ajudar o mundo, querendo melhorar isso, contribuir... É um conceito muito forte dentro de uma espiritualidade, mas que é uma completa ilusão de alguém vendo pessoas a serem ajudadas e querendo fazer alguma diferença.

MG: A nossa condição psicológica, nesse sentido de ser alguém, é ver o mundo a partir desse alguém que sentimos que somos. Veja como é bem interessante isso, Gilson. Nós não podemos negar esse sentido de ser alguém quando ele está aqui. Ele não pode ser intelectualmente negado, ele tem que ser, de uma forma direta, constatado. Constatar esse sentido de um “eu”, de uma identidade presente, desse “mim”, desse alguém, constatar isso diretamente, sem colocar identidade nessa experiência... apenas nesse constatar, essa ilusão desse “mim”, desse “alguém”, se desfaz. Mas é esse constatar que torna isso possível.

Não podemos, intelectualmente, falar daquilo que se mostra aqui como sendo esse “eu”, como se, de fato, ele não existisse. Ele existe e a sua finalidade é confusão, é desordem, é sofrimento, porque, no ego, a finalidade de ser alguém é se manter separado da vida, separado da existência, separado de Deus, e isso representa, naturalmente, confusão. Então, no ego, sim, nós somos inveja, medo, ciúme, confusão... todo tipo de luta está presente, todos esses estados internos de infelicidade estão presentes. No entanto, tudo isso está presente na ilusão desse senso de identidade egoica.

Então, é aqui que está o pecador, é aqui que está o doente, é aqui que está a ilusão da separação entre santos e profanos, entre saudáveis e doentes, é aqui que existe a ilusão de ser ajudado e de ajudar. Então, o ego vive dentro dessa condição. Nessa condição ilusória de separação, estamos vivendo as nossas práticas esotéricas, espiritualistas, seguindo religiões organizadas, estamos presos a estudos, a leitura de livros sagrados, a todo tipo de coisa, nessa confusão de ser alguém nesse mundo do “eu”. Essa é a condição da pessoa na procura de algo além disso, além desse peso, além desse sofrimento.

Então, a nossa colocação aqui é que, sim, é possível ir além disso, desde que você descubra a Verdade de sua Natureza Real, de sua Natureza Verdadeira – é quando esse sentido de dualidade desaparece. Quando ele desaparece, desaparece também essas assim chamadas práticas, essas assim chamadas crenças espiritualistas, políticas, religiosas, porque o seu Natural Estado de Ser-Consciência é Completude, é Amor, é Felicidade, está além dessa dualidade, está além desse mundo, desse corpo e dessa mente, está além, Gilson, dessa noção de tempo e espaço.

Percebam o que estamos colocando: estamos sinalizando aqui algo para você além da mente egoica e, naturalmente, além do próprio intelecto. Então, não dá para alcançarmos isso ao nível intelectual. Isso explica, Gilson, por que por mais que leiamos sobre isso, estudemos isso, por mais que estejamos ouvindo palestras e ensinamentos, tudo continua do mesmo jeito: porque o trabalho real não consiste em ouvir palestras, em ler livros, em fazer estudos, e sim em constatar, em nós mesmos, aqui e agora, diretamente, através desse Autoconhecimento, dessa percepção desse movimento do “eu”, tendo uma visão daquilo que eu tenho colocado aqui como Real Meditação, na prática, o fim para tudo isso.

Então, esta Realização é a Ciência do seu Ser se revelando agora aqui. Gilson, não é nem mesmo um resultado a ser alcançado, é uma Realização a ser constatada agora aqui. Eu sei que isso soa louco, soa estranho para esse modelo de intelecto condicionado que nós temos, condicionado religiosamente, filosoficamente, espiritualmente, politicamente e de todas as formas, mas é assim. Tem que haver um esvaziamento de tudo isso, tem que haver um fim para essa continuidade do “eu” e, portanto, dessa condição de identidade egoica, para que essa realidade fora desse tempo e, portanto, fora desse mundo, desse sonho do “eu”, se mostre.

GC: Mestre, dentro desse tema, eu queria que o Mestre falasse um pouco sobre o que se fala muito dentro dos meios espirituais, sobre missão de vida, sobre propósito de vida. E isso está atrelado exatamente ao que o Mestre acabou de falar: a um resultado.

MG: Na nossa ideia, em razão do condicionamento que recebemos já desde a infância, nós temos sempre a ideia do “vir a ser” – escute isso –, do “se tornar”, do “alcançar”, nessa coisa de se ampliar, de melhorar, de realizar propósitos. Todo esse movimento é um movimento no tempo. Na realidade, esse tempo só existe no pensamento. Não existe tal tempo! Do ponto de vista biológico, do ponto de vista histórico, nós temos o tempo: o tempo do calendário e o tempo do crescimento de uma planta até a idade adulta, o tempo de crescimento de uma criança até se tornar um adulto. Esse é o tempo, é o tempo do relógio, é o tempo cronológico, é o tempo do calendário. Esse tempo é razoável. Nós conhecemos esse tempo, e, nesse tempo, você realiza coisas. Você pega um terreno, faz um projeto, chama um engenheiro, idealiza uma casa e, depois de dois anos ou três, a casa está pronta, ou um pouco antes. Então, nesse sentido, o tempo é real, o tempo é fundamental, o tempo tem base.

Então, com base nesse princípio de tempo, nós estamos tentando aplicar aqui, no sentido dessa constatação da Realidade Divina, o mesmo princípio: “Hoje, Deus não está aqui, mas vou encontrá-Lo. Só que, hoje, Ele não está por aqui, eu vou encontrá-Lo amanhã”. Então, para nós, Deus é uma entidade que vive no tempo. Ele não está hoje, mas estará amanhã. “Eu não estou vivendo isso hoje, eu não vivo isso hoje, mas viverei isso amanhã”. Então, estamos tentando aplicar a mesma regra para algo fora do tempo. Deus não é uma realidade a ser alcançada no tempo.

Então, veja que interessante: nós acreditamos que o Amor será encontrado, a Felicidade será encontrada, a Paz será encontrada, e o pior: nós iremos realizar Isso. “Nós” quem? A ideia de um “eu” presente que está em conflito? Ele, em conflito, pode caminhar em direção à Paz? Ele, em sofrimento, pode caminhar em direção à Felicidade? Ele, em desordem emocional, pode caminhar em direção à Liberdade?

O que temos agora, aqui, é esse estado, que é o estado de ser o que somos nesse momento. Se o que somos nesse momento é tristeza, a gente não pode transformar a tristeza em alegria. Tristeza nunca se transforma em alegria, ódio nunca se transforma em amor. Ódio é ódio, amor é amor, tristeza é tristeza. Conflito não é paz, e paz não é conflito. Nós estamos tentando sair de um ponto para outro psicologicamente, emocionalmente, sentimentalmente, no entanto isso não é possível, porque isso pede tempo, e esse tempo não é real.

Não existe esse tempo psicológico, não existe esse tempo emocional, não existe esse tempo sentimental. Só existe o tempo do relógio, o tempo no calendário e o tempo da evolução de uma planta até a idade adulta, de um ser biológico evoluindo nesse tempo, que é o tempo cronológico. Mas, psicologicamente, Gilson, inveja é inveja, isso não muda; ciúme é ciúme, e isso não muda; raiva é raiva, e isso não muda. Carregados desse sentido de um “eu”, nós queremos ser diferentes de quem somos. Esse “eu” se projeta nesse “vir a ser”, nesse “se tornar”, no entanto isso nunca acontece. O “eu” sempre será um “eu”, esse ego sempre será um ego, essa tristeza sempre será tristeza.

A Realidade do seu Ser não está no tempo, mas aquilo que se mostra como sendo você aqui, nessa ideia de ser alguém, é a condição psicológica de um tempo que o pensamento tem criado. Esse tempo que o pensamento tem criado está sustentando você nessa condição de medo, inveja, ciúme, e qualquer movimento que você faça, nesse estado, é só a continuidade desse estado.

Não há qualquer movimento real ocorrendo; é a ilusão desse tempo psicológico. É nele que estamos depositando nossa confiança, acreditando que um dia seremos diferentes: “Hoje não sou feliz, mas amanhã serei feliz. Hoje não tenho paz, mas amanhã terei paz.” E, assim, nós projetamos um ideal de paz com base em conquistas, em realizações, em projetos materiais, emocionais, em projetos físicos, em projetos sentimentais sendo realizados. Isso tudo é um movimento, que é um movimento do próprio “eu”, do próprio “ego”, para se tornar, para conseguir, para realizar algo.

A Verdade sobre Você é que Aquilo que é Você não está no tempo e Aquilo que é Você está completo. É o sentido de um “eu” presente nessa ilusão de um tempo, que ele mesmo está criando – formalizando essa ideia de passado, presente e futuro –, que está nessa ansiedade, nessa busca, nessa procura e em toda essa confusão! A Verdade d'Aquilo que Somos não está no tempo, nesse psicológico tempo que o pensamento tem criado, que ele chama de “futuro”, onde um dia alcançará, um dia realizará, um dia chegará.

Não sei se faz sentido isso para você, mas examine isso de perto, observe em si mesmo e você irá perceber o que estamos colocando. Não existe esse tempo! Esse é um ilusório tempo que o “eu” tem criado, que o “eu” tem sustentado; essa é a ilusão da egoidentidade, que acredita que veio do passado, está aqui agora, no presente, e caminha para o futuro. Tudo isso está nesse tempo psicológico, que é a pura imaginação do “eu”, do ego, nessa ilusória transformação que ele procura. Isso tem que desaparecer! Apenas quando isso termina, a Verdade que está fora desse tempo, que é Amor, que é Paz, que é Completude, que é Deus, se mostra.

GC: Mestre, eu acho extraordinário esse apontar do Mestre, porque o Mestre destrói com toda ideia, com toda crença, com todo conceito. Dentro de uma busca espiritual, dessa ilusão de ser alguém, na religião... daqui a pouco a gente está numa vida material, com conceitos materiais, daqui a pouco vai para uma ideia religiosa ou dentro de uma espiritualidade mais aberta, digamos assim, mas sempre muda de uma crença para outra crença, para outra crença... E sempre, bem como o Mestre falou, sempre no “vir a ser”. Dentro de um conceito espiritual, a gente quer ser melhor, a gente quer ser mais espiritual, ajudar o mundo, e o Mestre simplesmente acaba com todo esse tipo de ideia, com todo esse tipo de crença. E é algo que é aterrador para o ego, porque está exatamente fundamentado nisso, né, Mestre?

O sentido de ser alguém, Gilson, está numa base falsa. Você se vê como alguém porque você acredita no que o pensamento diz sobre quem você é. Todas as ideias que você faz sobre você estão assentadas em memórias, em lembranças, para uma suposta identidade que o pensamento diz que está aqui, que não é feliz hoje, mas será feliz amanhã, que cometeu erros no passado, que está tentando melhorar agora para não cometer novos erros, para amanhã ser uma pessoa melhor, uma pessoa virtuosa.

O que eu estou dizendo, Gilson, é que, por mais que realmente você melhore como pessoa e realize projetos, sonhos, por mais que você caminhe para esse assim chamado “futuro” idealizado pelo pensamento, você continuará sendo a mesma pessoa. Talvez, com um pouco mais de conforto, um pouco menos estressada, mas, internamente, o sentido de separação entre você e a vida, entre você e Deus, continuará presente, e, se isso continua presente, a ilusão continua presente. E nós só terminamos com isso, Gilson, quando o sentido desse tempo psicológico, que é onde esse “eu” vive, desaparece juntamente com ele.

Então, na verdade, precisamos ser verdadeiramente radicais no que diz respeito à Verdade. Não há meio-termo aqui: ou há Verdade, ou há ilusão. E o sentido de um “eu” presente, por mais espiritual, por mais justo, por mais bondoso, por mais feliz que ele pareça ser, ele ainda é, internamente, o que ele é: a ilusão do sentido de uma identidade presente na experiência, e, portanto, isso é sofrimento, isso é a ausência da Realidade do Ser. Isso é um fato! E, se isso não desaparece, a ilusão continua.

Então, não há meio-termo aqui: ou temos a Realidade, que está fora do “eu”, que está fora do tempo, que está fora do mundo, que está fora dessa noção de “vir a ser”, de “se tornar”, e que é, simplesmente é, ou estamos dentro dessa coisa toda. Ou ficamos livres da ilusão, desse senso de uma entidade separada no tempo, vivendo no espaço, e nessa ânsia e nessa procura sempre por alguma coisa... porque essa insatisfação presente está presente em todos. Não importa a condição social, não importa o que alguém já realizou na vida, se ele não realiza o seu Ser, não há Felicidade, não há Completude, não há Paz Real. Nós temos esses momentos de paz que conhecemos, esses momentos de satisfação, de prazer, esse assim chamado “amor”, mas qual é o resultado disso a curto, médio e longo prazo? Isso logo se mostra como mais um engodo, mais uma ilusão, porque o que está presente é o sentido egoico.

O trabalho sobre si mesmo é o fim disso. O reconhecimento dessa ilusão é o fim dessa ilusão. Então, temos presente Aquilo que já é, aqui e agora. Nesse sentido, não há o que evoluir, não há o que crescer, não há onde chegar, não há para onde ir. A Verdade – essa é uma maravilhosa notícia – já está agora e aqui. Deus não chegará amanhã, a Felicidade não é para amanhã, a Paz não é para amanhã, o Despertar não é para amanhã. Esse amanhã só existe psicologicamente, no pensamento. Nós só temos o amanhã do calendário, mas o amanhã do calendário não altera nada em nossas vidas. Daqui a vinte anos, se esse sentido egoico estiver presente, o sofrimento estará presente, a ignorância estará presente, a ausência da Verdade de Deus estará presente. Não importa daqui a vinte anos, daqui a quarenta anos. Compreendem isso?

O seu trabalho é constatar a Realidade agora e se tornar ciente disso. Você nasceu para descobrir que nunca nasceu, que esse sonho é um sonho de Deus. Esse sentido de um “eu” presente aí, que é o ego, interferindo, só está criando confusão. Ouviu, Gilson? (risos) É simplesmente assim. Vamos largar isso.

GC: Gratidão, gratidão, Mestre. Já deu o nosso tempo. Mais uma vez, muito obrigado por mais este videocast. E, pessoal que está acompanhando o vídeo: deixe o seu “like”, faça um comentário... isso ajuda o YouTube a reconhecer que o conteúdo é relevante e distribuir para mais pessoas, e também fica o convite para assistir à playlist com todos os videocasts. E para quem sentir o que está além das palavras, ao olhar nos olhos do Mestre, fica o convite para estar em Satsang, que são os encontros intensivos de final de semana, tanto encontros on-line, quanto encontros presenciais, inclusive retiros.

Gratidão, Mestre, por mais um videocast.

MG: Ok, até a próxima. A gente se vê.

Agosto de 2023
Gravatá-PE
Mais informações

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário

Compartilhe com outros corações