terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Como a mente funciona? | A Verdade do Autoconhecimento | Ação livre do ego | Livre do experimentador

Aqui, se as nossas ações nascem do pensamento – notem isso – que é como, em geral, acontece, então nós temos uma ideia, um pensamento. Um pensamento, uma ideia, é só uma lembrança, mas isso já é o suficiente para nos impulsionar a uma determinada ação. Esta ação que procede do pensamento, por detrás desse pensamento, há uma intenção, uma motivação, um desejo, uma preocupação, um medo… tudo isso surge por detrás do pensamento e nos impulsiona à ação. Então, nós temos três elementos dentro de nossas ações, acontecendo. Vejam como é importante investigarmos esta questão da ação, porque nossas vidas, toda ela, acontece dentro da ação. Nossa vida é um movimento de ação. Qual é a natureza dessa ação?

Nós, hoje, temos uma vida, e ela, hoje, apresenta nossas ações realizadas. Então, todo o resultado da vida que temos hoje está presente em razão de ações. Algumas ações aconteceram, algumas ações foram tomadas. A vida é esse movimento, o movimento de ação. Nós não compreendemos o que é a ação e a importância da ação em nossas vidas. O ponto é que esse tipo de ação, como até então têm sido nossas ações, são ações que nascem a partir de um centro, que é o “eu”. Esse “eu” é o experimentador, aquele que está envolvido nesse movimento de pensamento, que tem por detrás desse pensamento um sentimento, uma emoção, uma sensação, um plano, um projeto, um desejo, uma preocupação, uma forma de medo.

Nossas ações são ações egocêntricas. Em algum nível nem tudo foi completo, foi pleno, foi integral em nossas vidas, porque nossas ações que nascem do ego – essa é uma forma de atender ao desafio daquilo que se mostra neste instante, como o desafio para uma ação a ser tomada – essa ação não é a ação da Verdade. Reparem que coisa interessante é a questão da ação: a cada momento estamos sendo desafiados para a ação. Ou nós respondemos a essa ação a partir da Inteligência, da Compreensão, da Visão da Realidade, ou nós respondemos a partir deste centro, que é o “eu”, o ego. A partir deste ego, nossas ações baseadas no pensamento, essas ações estão baseadas no experimentador. O experimentador é o passado em nós, o passado é essa pessoa, o ego é o passado.

Então, notem que coisa interessante essa questão da ação: se as nossas ações elas nascem desse fundo que é o “eu”, o ego, o experimentador, são ações que nascem desse pensamento, sentimento, emoção, modo de perceber, medo, desejo. Essa qualidade de ação é a tentativa de ajustarmos este momento presente a uma ideia, a um modelo pré-determinado pelo experimentador, que é o ego, o “eu”. Assim, essa qualidade de ação é a que produz conflito, sofrimento, contradição, problema em nossas vidas. Precisamos descobrir uma ação livre do “eu”, do ego, portanto livre do experimentador, livre desse modelo de pensamento. Então, o que nós temos presente na ação incompleta, nesse atender a este instante, porque este instante é um instante onde a ação está sendo solicitada – sempre é assim, a vida é um desafio, ela pede uma ação nesse momento – mas esta ação quando nasce desse pensador que é o “eu”, o ego, é uma ação inadequada, uma ação que não é Real.

O que nós estamos vendo aqui, juntos, é a possibilidade de uma ação para este dado momento, para este instante, que seja uma ação completa e, portanto, uma ação livre deste fundo, deste “eu”, deste ego, uma vez que a ação deste instante requer um movimento Vivo, Real, capaz de atender a este momento a partir desta visão da Realidade agora, aqui, e não do passado. No entanto, nossas ações estão vindo do passado, porque elas estão vindo deste centro que é o “eu”, o experimentador, o ego. Assim, nossas ações estão sempre produzindo uma ou outra forma de complicação, de sofrimento, de problema. Problemas não só em nossas vidas, mas na vida das pessoas à nossa volta, porque são ações egocêntricas, são ações centradas no ego. O ego é esse modelo de separação, de dualidade, onde existe esse “eu” e o outro, “eu” e a vida; e esse “eu” tudo faz dentro de um autocentramento, de um auto-interesse, de uma busca de resultados pessoais, com base – repito – no desejo, no medo, em todas as diversas intenções desta identidade egocêntrica.

Então, nós estamos aqui, neste canal, investigando este assunto com você. O que é uma vida livre do ego? Isso requer a presença da Verdade do Autoconhecimento para uma vida livre do ego. A Verdade do Autoconhecimento e a ação livre do ego são algo fundamental para uma vida em Sabedoria, em Amor, onde há essa Inteligência. A presença dessa Inteligência é a presença da Paz, é a presença da Liberdade, da Felicidade. Nós temos uma playlist aqui no canal: essa questão da Verdade do Autoconhecimento e da ação livre do ego. Nessa playlist estamos aprofundando este assunto aqui, com você. Há uma outra playlist que eu quero indicar para você: a questão do Autoconhecimento, a Verdade do Autoconhecimento e da Real Meditação de uma forma prática – tomar ciência de como você funciona, de como essa mente funciona.

Observe, nossa mente é a mente humana. Essa mente é a base desta consciência, que é a consciência do “eu”. Então, tudo que nós conhecemos está dentro desta consciência do “eu”. Todo o nosso funcionamento está em cima desta mente egoica, desta mente condicionada, desta mente já programada para esse padrão, para esse modelo. Então, nossas ações são ações egocêntricas, meras atividades egoicas, produzindo problemas. Precisamos descobrir a Verdade de uma Ação completamente diferente desta ação. Atender a este instante, a este momento presente, a partir de uma visão livre do “eu”, do ego. Aqui temos uma Ação onde não há qualquer separação entre esta compreensão do que aqui está sendo solicitado e a própria ação.

A Verdade do Despertar da Consciência em nós traz essa Inteligência, um novo modo para esse cérebro funcionar, a presença de uma nova mente. Aqui a expressão “nova mente” ou “mente nova” se refere à Verdade de um estado interno onde não há qualquer separação entre a ação sendo solicitada e a resposta sendo dada. Então estamos diante de um único movimento, que é o movimento da própria vida, quando o ego não está presente. A Verdade desta ação é a presença do Amor, da Compaixão, da Inteligência. A Ação livre do ego, livre do “eu” é aquela que não traz mais conflito, problema, nenhuma desordem, nenhum tipo de sofrimento.

Aqui, esta aproximação que nós temos juntos, é a aproximação da compreensão de como nós funcionamos. Observe que cada pensamento em você é o resultado de uma experiência. Então, nós temos uma experiência, essa experiência nós registramos e ela se transforma num pensamento guardado em você, uma memória. Com base nessa memória nós atuamos realizando ações. Como parte desses pensamentos nós temos os sentimentos, também as emoções e o modo de sentir. Isso tudo faz parte da forma como o cérebro processa essa memória. Então, nós temos a base desse experimentador atuando, então o experimentador é o resultado da experiência. Ao registrarmos aquela dada experiência, isso está presente como memória, lembrança, recordações, sentimentos, emoções… esse é o experimentador! Diante de uma situação nova, esse experimentador que vem do passado procura atuar. É isso que não tem dado certo.

É isso que estamos tratando aqui com você. Será possível eliminarmos de nossas vidas esse experimentador? Esse experimentador é o ego, é o “eu”, é esse que vive registrando para agir a partir desta experiência passada. Notem como é interessante o assunto aqui: a vida está reclamando uma ação, mas uma ação integral, completa, nova. Isso não pode ser o resultado do passado. Tudo que o passado pode fazer é procurar ajustar este momento a algo que ele já compreende, que ele já tem, que ele já entende. É isso que temos feito em nossas vidas. No contato com o outro, nós não olhamos para ele ou para ela com olhos novos. Sempre olhamos através desse experimentador, que são as memórias, as lembranças, os momentos agradáveis ou desagradáveis que “eu tive” com ele ou ela. Isso é algo do passado. Na verdade, estamos sempre diante de algo novo.

Essa ideia de alguém é uma imagem que colocamos aqui e agora. Essa ideia de alguém é a representação de uma imagem que faço dele ou dela e que trago para este momento. Então, nesse contato, nesta relação, nossa ação baseada no passado é uma ação conflituosa. Percebam a verdade implícita aqui nesta colocação: o seu contato com a esposa, com o marido, com o vizinho, com o patrão, com o colega de trabalho, o seu contato com você mesmo, quando se baseia nesse experimentador que é o ego, é um contato onde há esta separação e, portanto, o conflito; onde o que temos presente é a tentativa de um ajustamento diante de algo novo, que é esse contato, nós estamos interpretando com base no passado. Esse é o movimento do ego, esse é o movimento do “eu” em suas relações. Assim, nossas relações são relações conflituosas, problemáticas, onde há medo, onde há desejo, onde há conflito.

Então, como podemos ter uma Ação livre do ego, se esta ação está se assentando no passado, no pensamento, nas imagens que “eu tenho” dele ou dela, que ela ou ele tem “de mim”? Então, o que é esse “eu”, esse “mim”? Tomar ciência desse movimento aqui é Autoconhecimento. Ao colocarmos atenção sobre todo esse movimento interno, sobre esse jogo que o pensamento faz, sobre esse jogo que o experimentador – que é o ego – faz, tomar ciência disso… apenas tomando ciência disso, trazendo ciência para este instante, consciência para este momento… a direta atenção para todo esse jogo que o pensamento sustenta, que o experimentador sustenta, que o ego sustenta para manter a continuidade dele nessas ações – que são meras reações que vêm do passado, que são meras atividades egocêntricas porque são ações centradas nesta ilusão do “eu”, nesta suposta realidade – tomar ciência disso é o fim para essa condição psicológica de ser alguém e de ver o outro como alguém, de ver a vida, as situações, as pessoas, o mundo à volta a partir desse “mim”, desse “eu”.

Então, nós temos a aproximação da Verdade. Assim, quando há Autoconhecimento há uma Ação livre do ego, porque ocorre a presença da Revelação da Meditação, o esvaziamento desse conteúdo, que é o conteúdo do “eu”, conteúdo do experimentador. Esse experimentador é aquele que está carregado com suas lembranças e imagens, esse experimentador é o próprio pensador, esse experimentador é aquele que está observando a partir deste centro e, portanto, se separando. Então, esse experimentador é o pensador, é o observador, é o autor das ações – que são meros ajustamentos para este instante de uma ideia que ele traz do passado.

Assim, este trabalho aqui consiste nesta investigação, nesta aproximação. Uma vez livres desse “eu”, deste ego, temos uma Ação completamente diferente. Esse é o nosso assunto aqui com você dentro deste canal. Nós estamos lhe convidando a investigar isso, a olharmos para isso juntos. Para esse propósito nós temos aqui encontros on-line nos finais de semana. Você encontra aqui, na descrição do vídeo, o nosso link do Whatsapp para participar desses encontros. Além disso, temos encontros presenciais e também retiros. Se isso é algo que faz sentido para você, aproveita, já deixa aqui o seu like, se inscreve no canal e vamos trabalhar isso juntos. Ok? Fica aqui o convite e a gente se vê. Valeu pelo encontro e até a próxima.

Novembro de 2023
Gravatá-PE
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