Satsang é algo único, porque aqui você não se encontra diante de uma teoria. Teoria você encontra nos livros, quando vai ouvir um palestrante, quando você se depara com um estudioso, com aquele que sabe, com aquele que conhece... Não é assim que acontece aqui.
Então, o que torna Satsang algo único é que você não vem aprender algo com alguém, não há o que aprender aqui. De uma certa forma isso assusta, porque se a gente está ouvindo uma fala e não é para aprender alguma coisa, qual é o sentido de estar aqui? Quando alguém lhe dá um endereço, ele está apenas lhe dando uma informação sobre como chegar a um determinado lugar. Ele não está lhe ensinando alguma coisa, ele está lhe mostrando como chegar a um determinado ponto. Você pode até ter dificuldades depois disso, mas isso já é uma outra coisa! O que você vai fazer para chegar nesse lugar já é uma outra coisa!
Satsang lhe dá a informação, mas não lhe dá o conhecimento. Em outras palavras: Satsang informa você, mas não lhe dá a teoria do conhecimento daquilo que lhe está sendo informado.
Parece que nós nos deparamos aqui com uma linha muito tênue: você não pode confundir a teoria com a informação, com a indicação. Você percebe a diferença disso? Aqui, o objetivo não é a teoria, mas a visão da Realidade. A Verdade não depende da teoria, do conceito, da crença. Na realidade, quando há teoria, conceito e crença, você não tem a Verdade, tem apenas teoria, conceito e crença mesmo.
Aqui tratamos com você do Despertar da Realidade. Como não se trata de conhecimento, Isso não se aprende. Você não está aqui para aprender, pois um trabalho como este não lhe dá conhecimento. O Estado Natural de Ser não é fruto do conhecimento; é fruto do Despertar! Há um “Despertar para Isso”.
Você realiza Isso por uma ação da Graça, como resultado do florescimento do seu Estado Natural. Seu Estado Natural é algo inato, então, mais uma vez, não há nada a se aprender sobre Isso. É apenas o Despertar mesmo.
Uma bananeira não aprende a dar bananas: isso é inato, é só o que ela pode fazer, é só o que está nela para ser feito! Uma mangueira não vai aprender a dar mangas: isso é algo inato! Está lá!
Iluminação, Despertar, Realização de Deus, não sei como você quer chamar Isso, é só o florescimento do seu Natural Estado. Você não é uma pessoa, embora esteja se vendo assim, porque foi conduzido a acreditar nisso, condicionado a sentir e pensar dessa forma. Essa entidade psicofísica, o corpo-mente, não é você. Isso aí é uma simples expressão do fenômeno do pensamento. Você é a Consciência, é a Realidade Suprema! Você não tem corpo, não tem mente, não é um fenômeno psicofísico. Você não é o corpo nem a mente. Você é o que Você é! Isso não se aprende, Isso é assim!
Participante: E quanto a tudo isso que eu vivo, que nós estamos vivendo?
Marcos Gualberto: Quando você usa esses pronomes, o que você quer dizer com isso? Você está dando a esse corpo, a essa mente, a esse mecanismo psicofísico, a essa expressão do pensamento, uma qualidade de ser, de ser uma entidade real e separada de toda a manifestação, de todos os outros fenômenos, o que não é Real. Pensamento é um fenômeno como qualquer outro, assim como o corpo.
Você aplica esse pronome “eu”, dá um nome a ele, como Carlos, João, José, Maria, e assim por diante, mas isso é só um pensamento, um pensamento nomeando a si mesmo, falando de si próprio, usando expressões de uma língua para criar, de forma fictícia, imaginária, uma entidade presente. Não há ninguém nisso! Não há uma entidade presente nisso! Não há nada no pensamento, a não ser pensamento.
Um pouco estranho isso tudo né? O que eu estou dizendo é que você não é tão real quanto acredita ser.
Participante: E quanto ao que eu sinto?
Marcos Gualberto: O seu sentir está atrelado a essa ideia de um “eu”, mas o sentir, em si, é só parte do fenômeno do corpo. É o corpo que sente, assim como é a mente que pensa.
Sua confusão, seu sofrimento, qualquer perturbação que você esteja vivendo neste momento está se sustentando nessa conclusão de ser alguém pensando, sentindo, fazendo, desfazendo-se de alguma coisa, perdendo amigos, perdendo dinheiro, perdendo família, perdendo entes queridos para o coronavírus, todo esse tipo de coisa.
Isso está nessa fixação do pensamento, é o pensamento contando histórias, dele para ele mesmo, e você confia nisso, se confunde, se perturba, se desorienta e sofre.
Uma vez que você consiga, ao menos, começar a questionar o que pensa e o que sente, e as diretas relações atreladas a esse pensar e sentir, há um tremendo alívio. Você começar a sentir, a princípio, uma tremenda liberdade, por não estar mais ligado a coisas, lugares, pessoas, ou seja, a pensamentos... O mundo é apenas pensamento!
Todos vocês que estão aqui na sala têm certeza que são descendentes dos seus avós? Dos seus bisavós? Você conheceu o seu tataravô? Alguém aqui na sala conheceu o tataravô? Seu tataravô é um pensamento. Eu falei dele e aí ele veio. Você não tem tataravô, não tem bisavô, não tem avô, não tem mãe, não tem pai, não tem o corpo, aquilo que você tem é o pensamento, o pensamento sobre essas coisas. Você não tem um pé direito aí nessa perna, você precisa do pensamento para se lembrar dele.
Assim é o seu mundo – ele está todo no pensamento! Quando o pensamento surge, o mundo surge. Fora do pensamento, Você permanece como Consciência pura, sem tataravô, avô, bisavô, pai, mãe e corpo.
Imagina o que aconteceria com você, de repente, se você se encontrasse sem pensamento. Para que direção ficaria sua casa? Hein? Se você se encontrasse sem pensamento, quem seria o seu marido ou a sua esposa? Sem pensamento, qual seria o seu nome? Você teria um nome? Como o mundo pareceria para você, então? Como você veria o mundo sem o pensamento? Como você chamaria esse objeto no qual você está sentado agora, sem pensamento? Percebe? O seu mundo é todo baseado em pensamento.
E quanto às emoções? Que emoção é essa que você sente? Que nome você daria a essa emoção sem o pensamento? Escute isso com calma... As emoções precisam do pensamento. Essa sensação neurofisiológica, sem pensamento, é só uma sensação neurofisiológica. Então, o que você chama de emoção também é pensamento.
O que eu estou tentando lhe mostrar é que você tem certezas, e todas elas estão baseadas no pensamento. Tudo isso é falso! O que você sente sobre alguém e o que alguém representa para esse “você” é falso, porque “você” não é real. Seu mundo é mental, é só pensamento. Se você fica livre disso, você descobre seu Estado Divino, livre da ilusão desse senso de separação.
O problema com o pensamento é que ele paralisa você, em todos os sentidos. Ele o coloca em uma condição de limitação, provocando uma “realidade” para você, um “faz de contas”, então você encontra isso e fica dentro dessa limitação.
Então, não há Verdade, porque não há Liberdade. Se não há Verdade, se não há Liberdade, não pode haver Felicidade, e o Amor passa muito longe disso. Isso é a ilusão da ignorância – porque não há ignorância, apenas a ilusão.
Seu Estado Natural é de pura Inteligência, de pura Consciência, de Liberdade, Felicidade e Amor; é o seu Ser! Mas essa ignorância, que é uma ilusão, é assumida no lugar da Realidade, e o que está produzindo isso é o pensamento.
O seu mundo é criado pelo pensamento, e é importante que ele tenha problemas, porque assim o pensamento pode se movimentar nesse “faz de conta” para resolvê-los. Isso faz com que uma “pessoa” exista, uma “entidade” esteja presente. Essa é a vida do ego, desse senso de separação, desse senso do “eu”. Você tem que ser alguém!
Na verdade, o pensamento em si não é o problema, mas a não ciência da presença do pensamento apenas como um fenômeno. Isso se torna um problema porque, quando você não dá a atenção devida ao pensamento, termina colocando a ilusão de uma identidade presente nisso, aí surge toda a confusão do sentido do “eu”, do sentido de separação.
Se você não descobre que o pensamento é inofensivo – porque ele é inofensivo – ele se torna muito ofensivo, ele se torna o criador do seu mundo particular. Então, o problema não é a historinha de um bisavô, de um tataravô, de uma avó, de uma mãe, de um pai, de um marido ou namorado, o problema é não ver o fenômeno como um fenômeno, o pensamento como pensamento, é levar muito a sério o pensamento. Resultado disso: desejo, medos, apegos.
No entanto, quando o pensamento já não tem mais essa importância para você, você pode brincar com isso. Você não vai extrair mais do pensamento a ilusão de uma identidade presente. Quando você está livre do pensamento, ele não é mais o problema, a palavra em si não é mais o problema.
Você pode até usar o pronome “eu” e não ter nenhuma identidade presente. Você pode dizer “meu” namorado, “minha” esposa, “meu” filho, “meu” marido, “minha” casa, “meu” carro e não haver nenhum conteúdo de identificação presente por detrás de expressões como essas, porque não há mais a ilusão do possuidor, não há mais a ilusão de uma identidade presente possuindo isso, ou sendo possuído por isso.
Então, o que torna Satsang algo único é que você não vem aprender algo com alguém, não há o que aprender aqui. De uma certa forma isso assusta, porque se a gente está ouvindo uma fala e não é para aprender alguma coisa, qual é o sentido de estar aqui? Quando alguém lhe dá um endereço, ele está apenas lhe dando uma informação sobre como chegar a um determinado lugar. Ele não está lhe ensinando alguma coisa, ele está lhe mostrando como chegar a um determinado ponto. Você pode até ter dificuldades depois disso, mas isso já é uma outra coisa! O que você vai fazer para chegar nesse lugar já é uma outra coisa!
Satsang lhe dá a informação, mas não lhe dá o conhecimento. Em outras palavras: Satsang informa você, mas não lhe dá a teoria do conhecimento daquilo que lhe está sendo informado.
Parece que nós nos deparamos aqui com uma linha muito tênue: você não pode confundir a teoria com a informação, com a indicação. Você percebe a diferença disso? Aqui, o objetivo não é a teoria, mas a visão da Realidade. A Verdade não depende da teoria, do conceito, da crença. Na realidade, quando há teoria, conceito e crença, você não tem a Verdade, tem apenas teoria, conceito e crença mesmo.
Aqui tratamos com você do Despertar da Realidade. Como não se trata de conhecimento, Isso não se aprende. Você não está aqui para aprender, pois um trabalho como este não lhe dá conhecimento. O Estado Natural de Ser não é fruto do conhecimento; é fruto do Despertar! Há um “Despertar para Isso”.
Você realiza Isso por uma ação da Graça, como resultado do florescimento do seu Estado Natural. Seu Estado Natural é algo inato, então, mais uma vez, não há nada a se aprender sobre Isso. É apenas o Despertar mesmo.
Uma bananeira não aprende a dar bananas: isso é inato, é só o que ela pode fazer, é só o que está nela para ser feito! Uma mangueira não vai aprender a dar mangas: isso é algo inato! Está lá!
Iluminação, Despertar, Realização de Deus, não sei como você quer chamar Isso, é só o florescimento do seu Natural Estado. Você não é uma pessoa, embora esteja se vendo assim, porque foi conduzido a acreditar nisso, condicionado a sentir e pensar dessa forma. Essa entidade psicofísica, o corpo-mente, não é você. Isso aí é uma simples expressão do fenômeno do pensamento. Você é a Consciência, é a Realidade Suprema! Você não tem corpo, não tem mente, não é um fenômeno psicofísico. Você não é o corpo nem a mente. Você é o que Você é! Isso não se aprende, Isso é assim!
Participante: E quanto a tudo isso que eu vivo, que nós estamos vivendo?
Marcos Gualberto: Quando você usa esses pronomes, o que você quer dizer com isso? Você está dando a esse corpo, a essa mente, a esse mecanismo psicofísico, a essa expressão do pensamento, uma qualidade de ser, de ser uma entidade real e separada de toda a manifestação, de todos os outros fenômenos, o que não é Real. Pensamento é um fenômeno como qualquer outro, assim como o corpo.
Você aplica esse pronome “eu”, dá um nome a ele, como Carlos, João, José, Maria, e assim por diante, mas isso é só um pensamento, um pensamento nomeando a si mesmo, falando de si próprio, usando expressões de uma língua para criar, de forma fictícia, imaginária, uma entidade presente. Não há ninguém nisso! Não há uma entidade presente nisso! Não há nada no pensamento, a não ser pensamento.
Um pouco estranho isso tudo né? O que eu estou dizendo é que você não é tão real quanto acredita ser.
Participante: E quanto ao que eu sinto?
Marcos Gualberto: O seu sentir está atrelado a essa ideia de um “eu”, mas o sentir, em si, é só parte do fenômeno do corpo. É o corpo que sente, assim como é a mente que pensa.
Sua confusão, seu sofrimento, qualquer perturbação que você esteja vivendo neste momento está se sustentando nessa conclusão de ser alguém pensando, sentindo, fazendo, desfazendo-se de alguma coisa, perdendo amigos, perdendo dinheiro, perdendo família, perdendo entes queridos para o coronavírus, todo esse tipo de coisa.
Isso está nessa fixação do pensamento, é o pensamento contando histórias, dele para ele mesmo, e você confia nisso, se confunde, se perturba, se desorienta e sofre.
Uma vez que você consiga, ao menos, começar a questionar o que pensa e o que sente, e as diretas relações atreladas a esse pensar e sentir, há um tremendo alívio. Você começar a sentir, a princípio, uma tremenda liberdade, por não estar mais ligado a coisas, lugares, pessoas, ou seja, a pensamentos... O mundo é apenas pensamento!
Todos vocês que estão aqui na sala têm certeza que são descendentes dos seus avós? Dos seus bisavós? Você conheceu o seu tataravô? Alguém aqui na sala conheceu o tataravô? Seu tataravô é um pensamento. Eu falei dele e aí ele veio. Você não tem tataravô, não tem bisavô, não tem avô, não tem mãe, não tem pai, não tem o corpo, aquilo que você tem é o pensamento, o pensamento sobre essas coisas. Você não tem um pé direito aí nessa perna, você precisa do pensamento para se lembrar dele.
Assim é o seu mundo – ele está todo no pensamento! Quando o pensamento surge, o mundo surge. Fora do pensamento, Você permanece como Consciência pura, sem tataravô, avô, bisavô, pai, mãe e corpo.
Imagina o que aconteceria com você, de repente, se você se encontrasse sem pensamento. Para que direção ficaria sua casa? Hein? Se você se encontrasse sem pensamento, quem seria o seu marido ou a sua esposa? Sem pensamento, qual seria o seu nome? Você teria um nome? Como o mundo pareceria para você, então? Como você veria o mundo sem o pensamento? Como você chamaria esse objeto no qual você está sentado agora, sem pensamento? Percebe? O seu mundo é todo baseado em pensamento.
E quanto às emoções? Que emoção é essa que você sente? Que nome você daria a essa emoção sem o pensamento? Escute isso com calma... As emoções precisam do pensamento. Essa sensação neurofisiológica, sem pensamento, é só uma sensação neurofisiológica. Então, o que você chama de emoção também é pensamento.
O que eu estou tentando lhe mostrar é que você tem certezas, e todas elas estão baseadas no pensamento. Tudo isso é falso! O que você sente sobre alguém e o que alguém representa para esse “você” é falso, porque “você” não é real. Seu mundo é mental, é só pensamento. Se você fica livre disso, você descobre seu Estado Divino, livre da ilusão desse senso de separação.
O problema com o pensamento é que ele paralisa você, em todos os sentidos. Ele o coloca em uma condição de limitação, provocando uma “realidade” para você, um “faz de contas”, então você encontra isso e fica dentro dessa limitação.
Então, não há Verdade, porque não há Liberdade. Se não há Verdade, se não há Liberdade, não pode haver Felicidade, e o Amor passa muito longe disso. Isso é a ilusão da ignorância – porque não há ignorância, apenas a ilusão.
Seu Estado Natural é de pura Inteligência, de pura Consciência, de Liberdade, Felicidade e Amor; é o seu Ser! Mas essa ignorância, que é uma ilusão, é assumida no lugar da Realidade, e o que está produzindo isso é o pensamento.
O seu mundo é criado pelo pensamento, e é importante que ele tenha problemas, porque assim o pensamento pode se movimentar nesse “faz de conta” para resolvê-los. Isso faz com que uma “pessoa” exista, uma “entidade” esteja presente. Essa é a vida do ego, desse senso de separação, desse senso do “eu”. Você tem que ser alguém!
Na verdade, o pensamento em si não é o problema, mas a não ciência da presença do pensamento apenas como um fenômeno. Isso se torna um problema porque, quando você não dá a atenção devida ao pensamento, termina colocando a ilusão de uma identidade presente nisso, aí surge toda a confusão do sentido do “eu”, do sentido de separação.
Se você não descobre que o pensamento é inofensivo – porque ele é inofensivo – ele se torna muito ofensivo, ele se torna o criador do seu mundo particular. Então, o problema não é a historinha de um bisavô, de um tataravô, de uma avó, de uma mãe, de um pai, de um marido ou namorado, o problema é não ver o fenômeno como um fenômeno, o pensamento como pensamento, é levar muito a sério o pensamento. Resultado disso: desejo, medos, apegos.
No entanto, quando o pensamento já não tem mais essa importância para você, você pode brincar com isso. Você não vai extrair mais do pensamento a ilusão de uma identidade presente. Quando você está livre do pensamento, ele não é mais o problema, a palavra em si não é mais o problema.
Você pode até usar o pronome “eu” e não ter nenhuma identidade presente. Você pode dizer “meu” namorado, “minha” esposa, “meu” filho, “meu” marido, “minha” casa, “meu” carro e não haver nenhum conteúdo de identificação presente por detrás de expressões como essas, porque não há mais a ilusão do possuidor, não há mais a ilusão de uma identidade presente possuindo isso, ou sendo possuído por isso.
*Transcrito de uma fala ocorrida em 08 de fevereiro de 2021, num encontro aberto online. Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.
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