Você, como o "alguém" que acredita ser, gosta muito de sofrer. Como o "alguém" que acredita ser, você busca sofrimento, porque isso confirma que você é alguém. A alegria não é interessante. Reparem que o que mais vende, o que mais é popular, o que mais atrai, é o conflito, é o drama, é a dor, é o sofrimento.
Isso é fácil de ser observado. Isso dá importância a uma nação! Como os políticos governam? Dando importância aos seus governados, e para dar importância aos seus governados oprimem. Então, a nação se sente importante quando está sob opressão; ela se sente viva.
Tudo que o oprime lhe dá um sentido de vida muito especial. Você não consegue ficar numa relação com o outro sem conflito – seja uma relação amorosa ou familiar. Você não consegue ficar bem sem conflitar. O "não-conflitar" vai incomodá-lo tanto, que você vai ter que criar alguma coisa para conflitar dentro dessa relação, para se sentir vivo, para que o outro continue considerando-o como o amor da vida dele, ou dela, nessa relação. E ele, ou ela, também gosta disso. Há uma troca. Isso é facilmente observado nas relações amorosas: você ama quem mais o maltrata, você ama quem o possui, quem tem ciúme de você, quem o domina, quem lhe faz muitas cobranças. Você ama isso! No ego, nesse sentido de ser alguém, é assim que funciona.
O sofrimento lhe dá autoimportância, o faz visível, o faz vivo. O silêncio, não; o não-conflito, não; a paz, não. Você vai apagando... Você para de brilhar para o outro quando não conflita, quando não exige, quando não cobra, quando não domina. Você vai apagando... Sabe qual é a reação do outro lado? "Você não me ama mais!" "Você deixou de me amar!" "Você está diferente!" "Você está frio!" Porque ego se alimenta de ego, e nada alimenta mais o ego, nada é mais "proteico", é mais "vitaminado" do que uma "sopa de legumes de conflito", de cobranças, de exigências, de domínio! Ego adora isso! Isso lhe dá vida!
Vai ficando cada vez mais difícil continuar cheios de amigos, cercado de relacionamentos, porque essas pessoas estão com você por lhes dar o que eles querem. Você tem opinião para dar – que é o que produz conflito na relação – você tem exigências, ideias, discordâncias... E quando é em um nível mais íntimo, como uma relação conjugal, isso vai chegando a um ponto inacreditável, como o de agressões físicas! Tem coisa que o ego goste mais do que ser agredido fisicamente? São padrões de ego, padrões de fortalecimento de autoidentidade... Tem ego que adora apanhar, fisicamente mesmo! Homem que gosta de apanhar da mulher e vice-versa. Esse subjugar, esse ferir, isso se vê em tudo. Nas relações sexuais, por exemplo: uso de chicotes, amarras etc... Isso dá vida ao ego, dá autoimportância. Sem ego, você fica invisível para o outro, e aí não é mais interessante. O ego precisa de pancada, cobrança, exigências, para se sentir vivo.
Participante: Mestre, nessa ausência de conflito, o outro o vê desaparecendo, e você também se vê desaparecendo. E isso é mais insuportável.
Mestre: Pois é, fica insuportável estarem em silêncio, estarem sem conflito. Vocês precisam perder esse vício. Vocês estão viciados no conflito, viciados em ser alguém.
Isso é fácil de ser observado. Isso dá importância a uma nação! Como os políticos governam? Dando importância aos seus governados, e para dar importância aos seus governados oprimem. Então, a nação se sente importante quando está sob opressão; ela se sente viva.
Tudo que o oprime lhe dá um sentido de vida muito especial. Você não consegue ficar numa relação com o outro sem conflito – seja uma relação amorosa ou familiar. Você não consegue ficar bem sem conflitar. O "não-conflitar" vai incomodá-lo tanto, que você vai ter que criar alguma coisa para conflitar dentro dessa relação, para se sentir vivo, para que o outro continue considerando-o como o amor da vida dele, ou dela, nessa relação. E ele, ou ela, também gosta disso. Há uma troca. Isso é facilmente observado nas relações amorosas: você ama quem mais o maltrata, você ama quem o possui, quem tem ciúme de você, quem o domina, quem lhe faz muitas cobranças. Você ama isso! No ego, nesse sentido de ser alguém, é assim que funciona.
O sofrimento lhe dá autoimportância, o faz visível, o faz vivo. O silêncio, não; o não-conflito, não; a paz, não. Você vai apagando... Você para de brilhar para o outro quando não conflita, quando não exige, quando não cobra, quando não domina. Você vai apagando... Sabe qual é a reação do outro lado? "Você não me ama mais!" "Você deixou de me amar!" "Você está diferente!" "Você está frio!" Porque ego se alimenta de ego, e nada alimenta mais o ego, nada é mais "proteico", é mais "vitaminado" do que uma "sopa de legumes de conflito", de cobranças, de exigências, de domínio! Ego adora isso! Isso lhe dá vida!
Vai ficando cada vez mais difícil continuar cheios de amigos, cercado de relacionamentos, porque essas pessoas estão com você por lhes dar o que eles querem. Você tem opinião para dar – que é o que produz conflito na relação – você tem exigências, ideias, discordâncias... E quando é em um nível mais íntimo, como uma relação conjugal, isso vai chegando a um ponto inacreditável, como o de agressões físicas! Tem coisa que o ego goste mais do que ser agredido fisicamente? São padrões de ego, padrões de fortalecimento de autoidentidade... Tem ego que adora apanhar, fisicamente mesmo! Homem que gosta de apanhar da mulher e vice-versa. Esse subjugar, esse ferir, isso se vê em tudo. Nas relações sexuais, por exemplo: uso de chicotes, amarras etc... Isso dá vida ao ego, dá autoimportância. Sem ego, você fica invisível para o outro, e aí não é mais interessante. O ego precisa de pancada, cobrança, exigências, para se sentir vivo.
Participante: Mestre, nessa ausência de conflito, o outro o vê desaparecendo, e você também se vê desaparecendo. E isso é mais insuportável.
Mestre: Pois é, fica insuportável estarem em silêncio, estarem sem conflito. Vocês precisam perder esse vício. Vocês estão viciados no conflito, viciados em ser alguém.
*Transcrito de uma fala ocorrida em julho de 2015, num encontro presencial, na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui o seu comentário