O ser humano vem em uma sobrevivência que ele chama de “vida”. Aqui nós enfatizamos a Beleza da vida e de como é estreito e limitado viver dentro desse padrão de mera sobrevivência na ilusão, no engano, na não verdade sobre quem somos. Nossa vida nessa existência é uma sobrevivência, há sempre essa luta, todo esse desespero, toda essa confusão. A palavra aqui é desordem psicológica, estamos vivendo numa desordem psicológica, essa é a condição da vida humana quando não há essa Verdade, essa Realidade, essa compreensão sobre quem verdadeiramente nós somos.
Nós estamos vivendo dentro de uma crença sobre quem nós acreditamos ser. Nós temos uma ideia sobre nós, uma visão particularizada sobre nós, visão essa, por sinal, que é uma mera cópia do contexto de cultura, de sociedade e de mundo. É isso que aqui eu tenho chamado de condicionamento psicológico. O que é um condicionamento? Você pega um pequeno animal e lhe ensina algumas coisas, ele irá aprender e irá responder aqueles comandos tendo por princípio um condicionamento, então ele é educado dentro de um princípio de condicionamento. O que nós não percebemos é que as nossas vidas transcorrem desde o berço ao túmulo dentro do mesmo formato. Nós respondemos ao que aprendemos porque fomos condicionados a dar essas respostas. Toda a condição de vida psicológica em nós é uma coisa programada. Tudo o que nós aprendemos na vida aprendemos pela repetição, por medo e prazer, exatamente como ocorre com os animais.
Nós carregamos um condicionamento psicológico e esse condicionamento é o resultado de uma cultura que nos educou dessa forma, que nos deu esse condicionamento, que nos deu essa programação. Assim, não há uma Verdade em nós: a Verdade do Autoconhecimento, a Verdade da Realidade sobre quem nós somos, e é isso que nós estamos aqui com você estudando, investigando, aprofundando. Temos que adentrar a essa compreensão direta da Verdade sobre quem somos e para isso temos que investigar essa ilusória identidade que apresentamos ser, que mostramos ser, que parecemos ser e que somos dentro desse contexto de cultura e de mundo. Estamos juntos?
Esse é o nosso trabalho aqui nesse canal. Temos encontros online e encontros presenciais onde investigamos isso tudo, onde aprofundamos isso, onde descobrimos essa arte de olhar para nós mesmos para nos desvencilharmos dessa repetição, dessa continuidade, dessa programação, desse condicionamento. A Realização d’Isso é algo possível nesta vida ou a vida seguirá como uma mera sobrevivência. A condição psicológica, a condição emocional, sentimental, intelectual de nossas vidas, assim como toda essa programação nesse mecanismo, nesse organismo e, também, os aspectos físicos, tudo isso foi aprendido ao longo dos anos. Esse padrão de informação que adquirimos ao longo de todo esse tempo formou essa memória, essa psicológica memória que hoje manifestamos em nossas vidas numa relação com o outro, numa relação com objetos, com pessoas, com animais, em lugares. Onde quer que nós estejamos, lá estará esse aprendizado sendo expresso, sendo esse aprendizado um mero condicionamento.
Nós aqui estamos explorando com você o que isso representa, o que isso significa, porque, psicologicamente, nesse formato de condicionamento psicológico, esse condicionamento mental nos deu uma condição de consciência egoica e isso nos colocou nessa existência em uma vida de sobrevivência. Não há verdade sobre você enquanto não ocorrer aí o despertar da Inteligência. Quando há essa Inteligência, não há mais esse padrão, não há mais esse formato, não há mais esse condicionamento interno da mente, temos, então, um cérebro novo, uma mente nova, uma vida nova, um novo modo de sentir, de pensar e, portanto, um novo modo de agir. Estamos juntos?
Esse é o nosso encontro aqui, estudar a nós mesmos, olhar para tudo isso que adquirimos ao longo de todos esses anos. Se você tem cinquenta, setenta, oitenta anos, o que carrega é um padrão de cultura e de condicionamento psicológico que, na verdade, está com você nesses poucos anos, nesses poucos decênios, mas isso tudo já é o resultado de um condicionamento milenar dentro da humanidade. A nossa programação nos faz reagir à vida a partir desse fundo interno. Nós estamos vivendo numa prisão psicológica, numa condição de identidade separada, egoica, condicionada, programada para sempre agirmos a partir de uma reação de fundo, de programação, de condicionamento, de repetição, isso é a condição de uma prisão interna. É isso que explica claramente a interna infelicidade na maioria de nós.
A maior parte dos seres humanos vive completamente insciente do silêncio da mente, da quietude do coração, da visão da Não Separação – essa separação entre “eu e o outro”, “eu e Deus”. A maior parte da humanidade, nesse contexto de humanidade, não tem a menor ciência de que a única Realidade é a indescritível, inominável Verdade Divina. Se Ela está presente, não há qualquer forma de miséria, de angústia, de dor e de sofrimento psicológico. É disso que estamos tratando aqui nesse canal. Alguns chamam Isso o “Despertar da Consciência”, é a Verdade do seu Ser fora desse esquema de mundo. Isso é a Consciência da Verdade de Deus, a única Realidade presente quando o ego, esse “mim” que, na verdade, é esse conjunto que nós adquirimos dessa cultura, esse conjunto de ideias, crenças, opiniões, propostas recebidas e assumidas nesta vida tão comum a todos, onde estamos com cérebros condicionados, já programados para reagir dentro de princípios que não só produzem sofrimento para nós próprios, mas, também, para o outro.
Estamos vivendo na inveja, no medo, no ciúme, na ambição, diversas formas de desejos em conflitos, num estado interno de contradição. Desejamos o que sabemos que não nos convém, porque irá criar sofrimento para o outro e para nós mesmos, mas não conseguimos, por exemplo, nos desvencilhar desse desejo, então há uma contradição entre aquilo que “eu” desejo e aquilo que, na verdade, “eu” posso ter, conseguir ou obter porque há esse conflito, há essa contradição. Eu desejo algo e o pensamento me mostra que isso irá produzir sofrimento, mas mesmo assim esse impulso está presente. Esse é só um exemplo de condicionamento psicológico nesse “mim”, nesse “eu”, nesse ego. Essa é a nossa condição, estamos carregados de ambição, de contradições, essa ânsia por mais na ilusão de que a felicidade será encontrada quando esse ou aquele prazer, essa ou aquela forma de realização chegar. Tudo isso faz parte deste programa.
O trabalho em nós mesmos nos faz ver, dentro dessa Verdade do Autoconhecimento, que a nossa condição psicológica não é a Verdade sobre quem somos, mas é a suposta verdade que assumimos ser em razão de um programa que nos foi dado, que nos foi ensinado, incutido em nós. Às vezes, as pessoas perguntam: “O que é Iluminação Espiritual?” Iluminação Espiritual é o fim do “eu”, é o fim do ego, é o fim dessa ideia “eu e o outro”, “eu e o mundo”, “eu e Deus”, é o fim do sentido de separação. Isso não é possível enquanto esse padrão de condicionamento persiste, enquanto esse modo de pensar e sentir não for profundamente investigado; isso irá se sustentar, isso irá se manter. Você tem toda a energia disponível para Realizar a Verdade sobre quem você é, para descobrir um modo novo de sentir e pensar, para viver uma vida Real, não uma sobrevivência de vida onde você carrega essa, assim chamada, “existência” por quarenta, cinquenta, setenta anos, e quando o corpo para de respirar e o coração para de bater, quando essa, assim chamada, “morte” desse corpo, desse organismo acontece, tudo isso é deixado para trás; uma vida pesada que foi vivida dentro de princípios de inveja, medo, desejos, ambições, contradições, conflitos, uma vida infeliz. A condição psicológica da mente é de infelicidade, isso é algo natural nessa mente egoica, que é a mente do “eu”, que vive para ela própria, focada, sempre centrada nela mesma, dentro de um egocentrismo ímpar, e quando essa, assim chamada, “morte” ocorre, você passa pela, também assim chamada, “vida” sem, na verdade, ter vivido, mas apenas sobrevivido nessa condição psicológica de infelicidade dentro da mente egoica. Aqui nós estamos investigando com você, explorando profundamente isso.
Todos os vídeos aqui no canal apontam para esta possibilidade, para um trabalho direto, eficaz em direção ao fim do “eu”, do ego, dessa sobrevivência de vida, o fim para esse sofrimento psicológico. O nosso encontro, o nosso trabalho é nessa direção. Precisamos saber o que é essa ação livre do “eu”, o que é esse pensamento funcionando dentro de cada um de nós de uma forma objetiva, direta, funcional – eu me refiro ao pensamento livre desse sentido de identidade do “eu”, um pensamento livre da inveja, do ciúme, da posse, da ilusão do controle, um pensamento objetivo. O que é esse pensar sem esse “eu” que é o pensador, que é o ego? O que é essa ação livre da ilusão de um agente, de “alguém” sendo o autor das ações, sendo esse fazedor? O que é essa ação livre do fazedor, livre do agente? O que é esse pensamento livre do pensador, desse contraditório e aflitivo “eu” que vive inquieto numa projeção de futuro e sempre rememorando e buscando as antigas e velhas impressões de memórias do passado, produzindo em você estados como angústia, culpa, sentimento de rejeição, de ódio – que são estados internos de infelicidade? O que é o pensar livre do pensador? O que é o sentir livre dessa particularidade de um “eu” nesse sentir, preso, se identificando com esse sentimento e confirmando a ilusão de uma identidade? Então, o que é o pensar? O que é o sentir? O que é o agir livre do ego, livre do “eu”? O que é uma vida livre do ego, uma existência onde aquilo que está presente é a Verdade de Deus?
Aqui eu uso a expressão Deus de uma forma muito clara, não é algo que possa ser imaginado, não é algo que você aprendeu nas lições de catecismo. Eu não me refiro a esse conceito de Deus, a esse condicionamento, a essa particular visão condicionada, programada pela religião organizada a respeito de Deus. Aqui, para a expressão Deus, em geral, eu uso uma outras expressões, eu chamo o Desconhecido, o Inominável. Aqui eu me refiro Àquilo que é indescritível, que está fora da mente e, portanto, fora da imaginação e de todo o ensinamento que lhe foi dado pela religião organizada. Não se trata de uma crença, mas de uma vivência. Há uma diferença entre acreditar em Deus e viver Deus. O sentido de Ser, Consciência, Presença, sem o ego, sem esse “mim” é a simples expressão da Realidade de Deus. É quando esse viver é a Real Vida. Não se trata mais de uma sobrevivência do “eu”, do ego, desse “mim” por quarenta, cinquenta, setenta anos – uma vida que é, na verdade, uma existência ilusória dentro de um sonho de mundo onde a ignorância é tudo o que o ego conhece, que essa “pessoa”, esse “mim” tem. Aqui, a Verdade para a qual você nasceu se revela como sendo a Realidade do seu próprio Ser, que é a Realidade de Deus.
Assim, esses encontros têm o propósito de, com você prescindindo de todas as crenças, de toda a forma de ensinamento que você já aprendeu até hoje, de toda a forma de estudos que você já fez até hoje, olhar para dentro de nós mesmos e descobrirmos o que é esse “mim”, esse “eu”. Aprender a olhar para isso significa se desfazer da ilusão desse pensador, desse “eu”, desse “mim”, dessa identidade que se vê separada do outro, do mundo, de Deus. A vida fora do “eu” é o que estamos trabalhando aqui com você, investigando, explorando, aprofundando e tendo isso como uma Realidade possível agora e aqui. Aqui eu não estou compartilhando com você de uma teoria, de um conceito, de uma ideia, estou compartilhando com você de uma vivência direta. O nosso trabalho juntos é a partir deste experimentar, então você verifica por si mesmo a verdade, a veracidade, a realidade dessas palavras.
Esse é o nosso assunto aqui com você. Eu sempre pergunto no finalzinho do vídeo se isso faz sentido para você. Se isso é algo que faz sentido para você, deixe aí o seu like e já se inscreva no canal. Quero lembrar a você: nós temos um link aqui na descrição do vídeo do nosso grupo no WhatsApp, isso porque nós temos encontros online e, também, encontros presenciais e fica o convite para você se aproximar e descobrir isso de uma forma direta neste trabalho. Ok?
Se isso faz sentido, se isso é real, se isso lhe toca de uma certa forma, fica aí o convite e a gente se vê, ok?
Valeu pelo encontro. Até a próxima!