quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Satsang | Atenção Plena (Mindfulness) | Despertar da Kundalini

Muito bem! Vamos lá, então…

Aqui, o ponto é que você jamais percebe com clareza isso: o fato de que esse pensamento, em você, te coloca dentro dessa condição de ausência, de não Presença, de não Percepção da Realidade. Aqui, o nosso empenho, o nosso trabalho juntos, é ficar com a Vida, com a Vida como Ela é, e você fica com a Vida como Ela é quando há Presença.

Presença é Consciência.... Presença é Consciência. Pensamento é inconsciência. É a presença desse movimento do pensamento que representa inconsciência, que é a não Presença do seu Ser, da sua Natureza Verdadeira, da sua Natureza Divina.

Assim, essa condição termina sendo a condição da contradição, porque há uma contradição entre o que a Vida é e aquilo que o pensamento diz que você é; entre o que a Vida apresenta e aquilo que o pensamento diz sobre o que a vida tem, sobre o que está presente. Aqui, toda a questão reside nisso: em Compreender a Verdade que está presente quando o pensamento não está.

O que eu posso te dizer sobre Isso é que é algo constatável por você; você constata Isso. Você, de uma forma direta, vivencia Isso quando esse contato com seu Ser se mostra evidente, e ele se mostra evidente aqui e agora, nesse momento presente, quando o sentido do pensador produzindo pensamentos não está mais. A Vida se revela como Ela é, e, como Ela é, não tem “você”.

O que eu tenho dito nesses encontros é que toda essa noção de “minha vida”... o resultado disso é a contradição, é o desejo, é o medo, é o sofrimento, é a alienação de si mesma, de si mesmo.

A base real da Revelação da Verdade de quem Você é reside em descobrir a real beleza de permanecer livre do pensamento. A inconsciência é uma só, mas ou ela é mais profunda, ou menos. Quanto maior a profundidade, quanto maior a intensidade dessa inconsciência, menos percepção você tem da presença do pensamento.

Então, o pensamento se apresenta sempre em 3 níveis. O primeiro deles é nessa absoluta, profunda e intensa inconsciência. Você não tem qualquer noção de que está sendo movido ou se movendo nesse pensar, por esse modelo de pensamento. É o pensamento que está presente e jamais diz “eu estou aqui”.

O segundo nível é aquele em que você percebe que tem algo errado com você. Então, o pensamento está aí e você começa a questionar a presença desse movimento: “Deve ter algo errado comigo. Por que estou pensando isso? Por que não posso fazer nada com relação a isso que estou pensando?”. Então, esse é o segundo nível. Todo ser humano, na razão dessa qualidade ou intensidade de inconsciência, vivencia o que estou dizendo aqui para vocês.

O terceiro nível é aquele onde o pensamento já não faz tanta questão de estar oculto. Quando eu digo “não faz tanta questão”, é que a sua inconsciência não é tão densa, tão profunda, então você consegue perceber que esse pensamento está aí. Nesse momento, você se depara com uma fala, com um livro, com alguém que lhe chama atenção para esse ponto e lhe diz: “Olha, você não é esse pensamento”.

Então, quando você já está nesse ponto, você está apto para começar a se autoinvestigar, porque, nesse momento, você começou a desacreditar no pensamento.

Primeiro, porque agora você consegue ver. Antes, você não conseguia ver que esse movimento de pensamentos dentro de você não era real. Quando eu digo “real”, é no sentido de “natural”. Ele não era natural! Agora, você consegue perceber que isso não é, realmente, natural. Até então, você tinha isso como seu “estado natural”.

Então, esses encontros que nós temos são para lhe mostrar isso: que a mente tem esse movimento dentro de você. Agora, esse movimento precisa ser visto. Visto e descartado! O movimento da “pessoa” é, basicamente, o movimento do pensamento.

Então, esse movimento de pensamento… ou ele está totalmente invisível, dentro de você, acontecendo, e você é uma pessoa dentro de uma qualidade específica de inconsciência, tão densa, tão profunda, que você jamais percebe, ou esse movimento do pensamento já aparece e você consegue ver algo, e começa a desconfiar que isso não é algo normal, para não dizer natural, em você.

Então, já há uma pequena luz nesse túnel escuro de inconsciência. E, lá na frente, você já se depara com uma luz um pouco maior e, junto com essa luz, surge a pergunta: “Mas de onde está vindo isso? De onde vem, realmente, esse pensamento, porque…”. Aí, chega alguém, chega um livro, chega uma informação para você e diz: “Esse pensamento não é Você! Isso não é Você… não é Você. Não é Você que está fazendo, não é Você que está fabricando… isso é só um vício, um vício de pensar”.

Aqui, quando você vem a Satsang, eu lhe digo “esse vício de pensar é o modelo comum de insanidade e de inconsciência coletiva”. Todos vivem dentro desse modelo de profunda inconsciência, e, quando você chega aqui, eu digo: “Você não precisa viver assim, dentro dessa condição de inconsciência”. O ego, basicamente, é inconsciência.

É interessante dizer aqui também, para você, que isso determina como as pessoas são diferentes. No que uma pessoa é diferente de outra pessoa? Qual é a diferença entre uma pessoa e outra? É essa densidade de inconsciência, essa profundidade de inconsciência.

Algumas pessoas vivem de uma forma muito mais inconscientes do que outras. Mas, basicamente, todo sentido de “pessoa” presente na experiência aqui, nesse instante, nesse momento, representa inconsciência. Não há Consciência na “pessoa”.

A “pessoa” vive dentro de um movimento psicológico de tempo, criado pelo pensamento. Esse sentido de “pessoa” é alguém que se situa sempre no tempo. Ele parece estar presente; ele não está presente. Esse estado não está presente, é um estado que está variando entre presente, passado e futuro. Esse é o estado de inconsciência da mente egoica.

Aqui, a minha ênfase com você é nesta Atenção, nessa Plena Atenção. Uma vez que você não coloque Atenção aí, em si mesma, em si mesmo, você não tem a menor possibilidade de ir além dessa condição de mente egoica, de ir além dessa condição de inconsciência. A inconsciência formou a “pessoa”. A presença dessa Atenção, dessa Plena Atenção, é uma quebra dessa antiga condição de inconsciência, que representa o fim dessa ilusão, a ilusão de uma “pessoa” presente aqui e agora.

Tudo bem?

Essa Atenção sobre si, essa Plena Atenção sobre si mesma, sobre si mesmo, é o encontro com a Verdade do seu Ser, é a tomada de ciência sobre quem Você é, O que, basicamente, é Consciência. Você é Consciência! Talvez, você pergunte “e de onde vem essa inconsciência?”. Essa inconsciência é uma desatenção. Apenas isso: uma desatenção.

Essa desatenção sobre si mesmo estabeleceu essa condição de inconsciência, que é o padrão, basicamente, da mente, da mente egoica.

Eu quero lhe convidar a se Compreender, a ir além dessa condição, à Compreensão da Verdade sobre quem Você é; eu quero lhe convidar ao Despertar Espiritual. O Despertar Espiritual! Alguns chamam Isso também de “o Despertar da Consciência”. Também é uma boa expressão, porque não há como acontecer o Despertar Espiritual sem o Despertar da Consciência. Já que a Consciência está presente, mas a condição é de inconsciência, isso é sinal de que essa Consciência está como que adormecida.

Então, é necessário o Despertar Espiritual, e esse Despertar Espiritual é o Despertar da Consciência! O Despertar da Consciência é o fim para essa densa, profunda e expressiva inconsciência, que é o estado da mente egoica, com tudo o que isso representa, com tudo o que isso significa.

Então, reparem no que estamos tratando com vocês dentro de um encontro como esse chamado Satsang! Satsang significa encontro com a Verdade, encontro com a Realidade, o encontro com Aquilo que Você é. A coisa mais expressiva aqui para lhe dizer, dentro desse contexto, é que O que é, é Você, e Isso é a Vida, Isso é a Consciência, Isso é Amor, Isso é Paz, Isso é Felicidade.

Então, é preciso ir além dessa inconsciência, e você não vai além dessa inconsciência sem essa Atenção, sem esse olhar diretamente para si mesma, para si mesmo. Isso é algo que só é possível acontecer quando ocorre agora, aqui, nesse momento! Esse é o momento que você dá a si mesma, a si mesmo, para ir além dessa inconsciência, o que representa ir além dessa condição de pensamento. E é isso que eu quero colocar um pouquinho mais aqui pra você.

Não é natural essa condição desse movimento do pensamento, não é natural essa condição de inconsciência, não é natural essa condição de insanidade. Eu tenho chamado isso também de desordem psicológica. Essa condição de desordem psicológica, essa condição de insanidade humana, de insanidade coletiva, isso não é natural. Natural é Você em seu Ser, aqui e agora. Natural é esta Presença, este Estado de Presença, é Aquilo que aqui está, nesse instante, momento a momento.

A Visão da Vida como Ela é, como Ela se mostra, só se revela nesse Estado de Atenção Plena, quando não há qualquer separação entre você e a Vida como Ela é, entre você e a Vida como Ela se apresenta. Eu quero lhe mostrar o Poder da Real Meditação! A Real Meditação é essa aproximação da Verdade sobre quem Você é, aqui e agora, nesta Atenção Plena. Eu tenho enfatizado sempre isso.

Aqui, o que importa não são aulas sendo dadas. Você sabe que quando você vai ter uma aula, você entra dentro de um programa. Então, a estrutura de ensino é toda idealizada dentro de um projeto. Você aprende o passo A, depois o passo B, depois o passo C e, assim, você segue um roteiro e, assim, você tem o aprendizado. Aqui, a nossa ênfase não está em aprender alguma coisa, mas sempre em rever aquilo que é básico, porque é no básico que reside o Despertar da Sabedoria. Aqui, não se trata de aprender algo, mas se trata de acordar para algo que está aqui e agora, já, presente.

Então, quando falo com vocês sobre Real Meditação, quando falo com vocês sobre essa importância desta Atenção Plena – que é Mindfulness –, quando falo com vocês aqui da importância do Despertar desta Presença Divina – que é o Despertar da Consciência – ou quando falo com vocês sobre o Despertar Espiritual – e a relevância aqui sempre está nessa mudança para essa estrutura do corpo e da mente –, a nossa ênfase está Nisso, na Realização Daquilo que Você é, na Realização da Felicidade, na Realização do seu Ser.

Talvez, a sua dúvida seja “como Isso se torna possível? Por que alguns já estão vivendo Isso e outros não? Qual é o grande segredo para a transição dessa inconsciência para essa Plena Consciência, o que representa Amor, Paz, Liberdade, Felicidade e Cura ou Liberação completa de toda essa desordem psicológica, com todos os quadros que isso representa, com todos as patologias que isso representa? O que é o fim de toda essa insanidade? Onde está o segredo disso?”

Pois é… O segredo está no Despertar desse Poder que você traz dentro de você, que nasceu com você. E ninguém te revela isso – não dessa forma como eu estou te dizendo! Não há como você Realizar a Verdade sobre quem Você é se não houver uma mudança em toda essa estrutura física e psicológica.

Eu falo de uma mudança na própria estrutura cerebral. Krishnamurti dá a entender isso, fala um pouco sobre isso, sim. Outros também falaram. Então, na verdade, não é um grande segredo. É que eu estou colocando de uma forma mais ampla para você isso.

O Despertar da Realidade que você traz dentro de você, uma Realidade que você traz em Si mesmo… Você tem toda uma composição biológica, fisiológica, passível de uma mudança. Você nasce com esse potencial, mas isso não significa, necessariamente, uma atualização.

Então, você pode passar 30, 40, 70 anos da sua vida vivendo uma vida completamente identificada com a mente egoica, inconsciente da Verdade sobre quem Você é, e você pode se meter em diversas práticas místicas, esotéricas, espiritualistas, e nada disso, de verdade, representar uma mudança radical em tudo isso; e isso não significar, realmente, uma mudança, não ter um significado real, verdadeiro, representativo, para o fim dessa egoidentidade, com todo esse sofrimento que o ego representa, se não ocorrer uma mudança radical nessa estrutura corpo-mente, através do Despertar daquilo que a ciência da Yoga chama de Kundalini. É o Despertar de uma Energia presente em você que tem o Poder de criar uma alteração nesse corpo-mente.

É por isso que a palavra Kundalini, segundo a ciência da Yoga… Para Ramana, Kundalini é a própria Consciência. Sim, é a própria Consciência, mas eles usam a palavra Kundalini como um mecanismo para esse Despertar da Consciência.

Então, quando falamos de Kundalini aqui com vocês, estamos falando do Despertar da Kundalini. Eu passei muitos anos compartilhando desse Despertar Espiritual com pessoas à minha volta, mas elas nunca foram tão claramente informadas sobre isso, porque eu nunca fui tão claro quanto estou sendo agora; como eu vejo também muitos falando sobre Autorrealização e não tocam nisso.

Eu estou enfatizando isso porque eu vejo que isso é fundamental! É fundamental que você compreenda por que você pode passar muitos anos envolvido em diversas práticas espirituais, assim chamadas espirituais, e não haver qualquer mudança radical, fundamental, essencial nessa estrutura, nesse corpo-mente, e, portanto, o ego continua lá intacto, sem qualquer trabalho real, pelo menos nesse nível, o que definiria o fim para esse sentido de separação, para essa egoidentidade.

Então, a minha ênfase aqui com vocês é lhe mostrando a importância do Despertar da Kundalini. Nós temos um canal no YouTube e eu tenho falado sobre isso nesse canal.

Então, o nosso assunto aqui é a Realização da Verdade sobre quem Você é, e Isso é algo que ocorre em razão de uma mudança nesse organismo, nesse mecanismo. O seu cérebro tem que sofrer uma mudança, seu corpo tem que sofrer uma mudança, as próprias células do corpo têm que sofrer uma mudança, você tem que ser como que um “receptáculo” para o assentamento ou para o assentar desse Estado de Pura Consciência, desse Estado de Presença.

Isso traz esta mudança completa nesse organismo, nesse mecanismo, nesse corpo-mente, e isso representa o fim do pensamento! Sim… o fim do pensamento obsessivo, repetitivo, continuado, viciado, descontrolado, caótico, desordenado, perturbado, perturbador, que o ser humano tem. Isso é o fim da loucura coletiva, da maluquice coletiva, da insanidade coletiva, da desordem psicológica! Como vocês quiserem chamar isso.

O fato é que o Despertar da Kundalini, o Despertar desta Presença, desta Consciência, é o Despertar Espiritual, e Isso é o fim da ilusão, Isso é o fim do sofrimento, e esse é o grande segredo Daqueles que Realizaram Deus nesta vida e que, também, estão Realizando Deus agora, aqui, como vocês.

OK? É somente isso.

Julho de 2022
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terça-feira, 25 de outubro de 2022

Por que mudar de vida | Crenças e pensamentos

A pergunta é "como mudar de vida?". Por que essa busca, ou essa procura, pela mudança? Por que essa necessidade de mudança? E o que significa essa mudança real de vida?

Se a sua intenção verdadeira é se deparar com a Felicidade, com a Liberdade, com a Paz, e, se você está em busca disso pela mudança de vida, compreenda que a questão toda, a questão básica, não é que a vida do lado de fora, ou a vida externamente, esteja precisando de uma mudança.

Aqui se trata de tomar um reconhecimento sobre quem Você é. Uma vez que você compreenda a Verdade sobre Si mesmo, haverá uma completa "mudança de vida", porque haverá uma mudança interna de perspectiva; haverá um novo modo de se deparar com a vida, como ela, de fato, é.

O seu problema não é a falta de uma mudança de vida, o seu problema é o não reconhecimento dessa condição de identificação com essas flutuações psicológicas, com essas flutuações mentais que você tem.

Esse modo distorcido de se deparar com a vida, de se confrontar com ela, baseado em crenças, ideias, pensamentos e conflitos internos, psicológicos, é isso que faz com que a vida, aparentemente, se apresente de uma forma hostil, de uma forma difícil, de uma forma complicada.

Então, o trabalho real da mudança de vida está no fato da mudança interna. Essa quebra de identificação com a mente egoica, com essa condição psicológica tão comum no ser humano, o fim disso é o fim do conflito existencial. Isso eu chamaria de Real Vida, a Vida como Ela é.

Portanto, não se trata da mudança da vida, se trata da Compreensão da Verdade do que a Vida é, do que a Vida representa, do Mistério presente aqui e agora.

Então, tudo está baseado nesse conflito dessa egoidentidade, desse sentido de separação entre você e a vida, entre o que a mente diz sobre o que a vida é e essa rejeição, e essa luta.

Então, nosso trabalho juntos é um trabalho de Consciência da Verdade sobre quem é Você. Isso te coloca em direto contato com a Vida como Ela é. Então, não há essa necessidade de mudar de vida. A necessidade real aqui é a Compreensão, o Acolhimento, a Inteligência de lidar com a Vida como Ela é.

Então, isso seria "uma real mudança", mas não é uma mudança dessas que a mente egoica espera, de que algo fora mude, de que algo externamente se ajuste a um padrão, baseado no medo, baseado no desejo.

É basicamente isso. Seu Ser está completo e a Vida é completa como Ela é. Como Ela é, não há conflito. Não há problema na Vida como Ela é, todo problema está nessa condição psicológica, da mente egoica presente.

Se isso é investigado, isso pode ser completamente descartado, essa ilusão pode realmente desaparecer. Essa é a real "mudança" que se faz necessária.

Fevereiro de 2022
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quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Krishnamurti e a Não Dualidade | Advaita Vedanta | A prática de Mindfulness | Desordem psicológica

Olá, pessoal. Sejam bem-vindos!

Vamos a mais um encontro aqui com você. E hoje eu quero abordar um pouco sobre essa aproximação da Realidade a partir um pouco da linguagem usada por Krishnamurti. É interessante dizer aqui que cada Ser Realizado caminha por uma forma específica de linguagem, ele desenvolve uma linguagem específica. E é interessante a linguagem de Jiddu Krishnamurti. Krishnamurti fala sobre essa visão da não dualidade de uma forma bem caraterística. A exemplo disso, nós temos aquela famosa posição dele sobre o observador e a coisa observada.

Na realidade, não há nada de novo no que Krishnamurti diz. Krishnamurti simplesmente aborda aquilo que os Sábios indianos já vêm abordando há milênios, e isso a gente encontra diretamente nos Vedas – essa questão da não separação, da não dualidade. Nos Vedas… a última parte dos Vedas é a Advaita Vedanta. Especificamente nessa parte chamada Vedanta existe a parte essencial, que eu diria que é a parte mais importante dos Vedas, é essa abordagem da Realidade da não dualidade, que é a Advaita Vedanta.

Então, os ensinos de Krishnamurti abordam isso. E aqui no nosso canal, eu tenho colocado de uma forma muito ampla, citado alguns Seres Realizados e apresentado alguma coisa a respeito de suas falas, dentro dessa visão, que não é uma visão teórica aqui.

Então, todo um processo de Realização aconteceu aqui por mais de vinte anos, e hoje eu compartilho dessa visão, embora aqui em nosso canal nós estamos usando toda essa flexibilidade de linguagem.

E hoje eu quero falar um pouco sobre essa aproximação, dentro da visão de Krishnamurti sobre a não dualidade. E, aqui, tocando nesse aspecto da não separação, que ele chama de “a não existência do observador.”

Note que existe essa ilusão, a ilusão de “alguém” presente… sempre a ilusão de alguém presente aqui nessa experiência. O ponto é que não há “alguém” presente aqui nessa experiência. A Vida é um todo acontecendo sem qualquer divisão, sem qualquer separação. A única Realidade é essa Realidade que está agora, aqui, presente nesse momento.

Eu teria muitas formas de colocar isso. E a gente está trabalhando isso aqui dentro do canal com vocês – a forma da visão da Vida, o formato da Vida, a apreensão do que a Vida é. Nós estamos investigando a Beleza da Autorrealização ou Iluminação Espiritual ou Despertar Espiritual.

E aqui eu quero falar um pouco, agora, sobre essa não dualidade dentro de uma linguagem mais próxima àquela abordada por Krishnamurti.

Essa visão do observador… Não existe esse observador. O observador está presente quando há o sentido de separação. Esse observador se apresenta quando a coisa observada está presente. Então, percebam, é muito simples! A Vida está aqui acontecendo, então existe essa percepção de realidade.

Você tem aqui nesse instante a observação, como eu tenho chamado; você tem a perceção; você tem a audição; você tem a presença do tato, do olfato; os sentidos estão alertas, estão vivos, estão funcionando, e há esse contato com essa Manifestação, com a Vida como Ela é.

E a presença desses sentidos é a presença da Vida como Ela é. Não há alguém presente nisso. Então, existe essa visão, mas não aquele que vê; existe a audição, mas não aquele que escuta; existe o tato, mas não aquele que sente; existe o sabor, mas não aquele presente na experiência do sabor. O que temos presente é só a experiência sem o experimentador. Eu me refiro à experiência pura, direta. Essa experiência, em sua Essência, em sua Realidade, é algo que transcende a própria limitação de estar consciente. Quando você está consciente da experiência, o sentido de separação surge, a ideia de uma identidade presente surge nessa experiência, e isso não é real.

É importante que você olhe para essa experiência e observe que ela surge quando há esta Consciência, mas não o pensamento traduzindo, interpretando, avaliando, julgando o que está acontecendo. Quando isso acontece, surge o experimentador dentro dessa experiência. De uma forma mais simples, isso significa dizer para você que, quando há tristeza, ela não precisa ser sustentada, porque não existe uma identidade presente nessa experiência; quando há preocupação, aquilo que está presente não é alguém preocupado.

A preocupação é simplesmente o movimento de pensamentos preocupantes. Esse movimento de pensamentos é o pensamento antecipando uma situação no futuro, prejudicial para esse “mim”, para esse “eu”, no entanto esse “eu” não é real.

A experiência em si é a experiência do pensamento, então não há por que se confundir com “alguém” dentro dessa experiência, e isso representa o fim da preocupação. Então, o lado prático é que não existe esse “eu” presente para estar triste, para estar preocupado, para estar ansioso, para estar deprimido, para estar melancólico, para se sentir em solidão. O sofrimento psicológico é idealizado por essa estrutura de dualidade, de separação.

Então, a Vida é o que Ela é, aqui, acontecendo. E, no entanto, o pensamento aparece criando esse sentido de separação. Então, como surge a presença dessa entidade? Como ela surge em meio a tudo isso? Pelo pensamento. O pensamento é que dá estrutura para essa identidade egoica, para essa identidade interna, para esse centro particular, para esse observador. Então, o sentido de “alguém” presente para observar, para ouvir, para falar, para sentir, é algo produzido pela ilusão desse sentido de separação, é sustentado por esse sentido de separação criado pelo pensamento.

A não observação do movimento do pensamento, a não observação clara desse movimento sustenta esse experimentador, esse observador, esse pensador. Nada disso é real! A presença do observador é a ilusão de “alguém” na observação. Essa observação é a Realidade, não há esse observador. A presença do pensador é a ilusão de “alguém” presente no processo do pensamento acontecendo.

A observação do movimento da mente, a pura e direta observação… e isso é algo possível quando você não se confunde com o que aparece, com o que surge. Então, estamos diante daquilo que eu tenho chamado de Meditação.

A Real Meditação é não se confundir com a experiência. Se surge um pensamento, é apenas um pensamento presente, não há um pensador. Mas, quando esse pensamento surge e não há essa observação desidentificada do pensamento, quando existe essa separação entre o pensamento e o pensador, aí surge a ideia de fazer algo com aquilo.

É quando, por exemplo, você se deita para dormir e uma lembrança de uma dívida, de uma conta para pagar, está presente, e você simplesmente está deitado para dormir. Você não está ali, na boca do caixa, para pagar a conta. Aquele momento é um momento para dormir.

Mas essa condição psicológica, essa desordem psicológica, essa configuração da mente egoica apresenta esse pensamento, e quando esse pensamento se apresenta, naquele momento surge a ilusão da ideia de alguém responsável por aquele movimento, alguém dentro desse pensamento.

Então, o pensamento sustenta a ilusão de um pensador, e o pensamento continua incidindo, continua aparecendo, continua surgindo, pedindo uma resposta, pedindo uma solução, pedindo que aquilo se resolva, pedindo a um suposto “alguém” para resolver aquilo – esse suposto pensador.

E, no entanto, tudo o que nós temos naquele momento, ali, é o corpo deitado na cama para dormir e o movimento aparecendo de uma forma repetitiva, continuada, compulsiva, e sendo retroalimentado pela ilusão de um pensador. Então, nessa dualidade está o conflito, e naquele instante o que prevalece é a contradição, é o medo, é a ansiedade naquele formato de insônia, é o sofrimento!

A situação irá se resolver na segunda-feira e já no sábado começa essa situação – sábado à noite na hora de dormir, domingo à noite na hora de dormir, e a situação irá se resolver no momento em que a conta for paga. A ideia de alguém presente, psicologicamente, naquela experiência, deitado na cama, não tem realidade.

Então, essa tem sido a nossa condição psicológica de ser, de viver, de existir.

O Despertar Espiritual, a Realização Espiritual, acontece em razão de um trabalho interno de tomada de ciência sobre quem Você é, sobre a Verdade, a Verdade do seu Ser, que é não dual. Então, é necessário que haja, que aconteça, um fim para essa condição caótica-psicológica, para essa condição de dualidade, de separação, de conflito produzido pelo pensamento, criando o pensador, criando o observador, criando o experimentador, criando aquele que sente.

Então, esse sentido de dualidade se dissolve quando há um trabalho de Real Meditação, e a Real Meditação é essa Atenção Plena, essa Plena Atenção. Uma vez que você coloque Atenção Plena sobre esse movimento do pensamento, não existe nada para se adquirir aí. Agora você está constatando a não separação, a não dualidade, está apenas constatando que o pensamento é um movimento desordenado, descontrolado, caótico.

Você não julga isso, não compara isso, não avalia isso, não analisa isso, você apenas constata, observa, e quando isso é feito, há uma quebra de identificação com esse pensamento, com esse modelo de pensamento, com esse padrão de pensamento.

Essa Atenção Plena sobre o movimento do pensamento, essa Visão do pensamento, alguns chamam de Mindfulness. Mindfulness é simplesmente um termo em inglês para a mente atenta, para Atenção Plena, tirada do budismo zen, do zen-budismo. Então, notem: a linguagem, tanto empregada por Krishnamurti como no zen, ou em qualquer outra escola, como por exemplo no Yoga, ou em qualquer outra escola de Autorrealização, de Realização do Despertar Espiritual... a linguagem é diferente, mas aquele que Realizou o seu Ser, que está assentado em seu Natural Estado de Consciência, tem essa Liberdade de fazer uso de qualquer uma dessas linguagens. Mas todos apontam para a mesma direção, para a mesma Realidade.

Assim, cada Ser Realizado tem uma forma de expressar isso. Eu quero lhe convidar a compreender isso de uma forma vivencial, compreender a prática de Mindfulness, aqui e agora. Essa atenção sobre esse movimento da mente é a Liberdade de assumir a Verdade sobre quem Você é aqui e agora.

Essa Visão da Realidade é o Despertar de sua Natureza Essencial, da Verdade sobre o seu próprio Ser, a Verdade sobre a sua Natureza Divina. Isso é estar além desse falso centro, desse falso “eu”, dessa falsa identidade, desse “mim”, desse ego, da ilusão desse experimentador, da ilusão desse observador, da ilusão desse pensador.

Então, é na desatenção que surge o observador. Uma vez que você dê atenção a si mesmo, há uma quebra para essa ilusão – a ilusão do observador se separando da coisa observada. Uma vez que você dê atenção a si mesmo, há uma quebra de identificação dentro dessa egoidentidade, para esse falso “eu”. Isso é o fim para o conflito, é o fim para o sofrimento, é o fim para a ilusão. OK?

Esse é o assunto nosso aqui dentro desse canal. Se isso é algo que faz sentido para você, deixe aí o seu “like”, se inscreve no canal e vamos trabalhar isso juntos.

Agosto de 2022
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terça-feira, 18 de outubro de 2022

Real Meditação Guiada | Darshan | Despertar da Kundalini

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui no nosso canal! Eu quero tratar com você sobre a Meditação Guiada. Eu quero colocar para você o poder desta Meditação. Eu falo da Meditação Real, da Real Meditação Guiada. Aqui no canal, eu tenho alguns vídeos já falando sobre isso. A diferença entre a tradicional "meditação guiada", que é basicamente a meditação que você entra numa determinada prática, num método, dentro de um sistema, dentro de uma guiança através de uma música, de uma voz, ou de uma forma específica de respiração, ou você une os três, para encontrar ali um momento de relaxamento e de silenciamento da mente. E, naquele momento, você realmente se desestressa; naquele momento, realmente você se sente maravilhosamente bem.

Então, é algo que lhe traz alegria, lhe traz paz, mas, ao sair daquele instante, você de novo se depara com a vida, com a vida como ela é, e a vida não é tão pacífica, ou tão silenciosa, ou tão sem estresse, como a mente egoica deseja, como a pessoa deseja. E aí, quando você sai dessa prática de meditação guiada, você se depara de novo com a vida como ela é… Porque é basicamente isso: a vida é como ela é! Ela tem criança gritando; ela tem a esposa estressada; o marido nervoso, estressado, chegando do trabalho; ela tinha os carros no trânsito enquanto você vinha do trabalho para casa, e ali eles estavam buzinando, porque o trânsito estava pesado, engarrafado… Então, é a vida como ela é, como ela se mostra.

Eu quero lhe falar hoje… não só falar, quero adentrar com você na própria Meditação Guiada, no poder dessa Meditação. Seria interessante que você, nesse momento, pudesse acompanhar até o fim aqui. Eu vou trabalhar com você o que eu compreendo por Real Meditação Guiada. Real Meditação Guiada é o contato com aquilo que está aqui e agora, nesse instante. Então, aquilo que funciona temporariamente, em razão de uma prática, não se estabelece como algo realmente poderoso para uma real mudança nesse organismo, nesse corpo-mente, o que é, na verdade, a proposta da Real Meditação.

Então, as experiências que se tem dentro das diversas práticas de meditação, inclusive dessa assim chamada "meditação guiada", isso se mostra insuficiente para um trabalho direto para a Iluminação Espiritual, para o Despertar Espiritual.

Aqui, a Real Meditação Guiada é esse encontro com o agora, com esse momento, com esse instante, e existe um elemento facilitador para isso.

Eu sei que, no fundo, o propósito do termo "guiada", para a meditação, é criar uma facilitação para aquele que tem dificuldades porque tem uma mente muito inquieta, muito barulhenta, aquele que vive numa tempestade de pensamentos, sentimentos e emoções, com os quais ele sempre se identifica. Então, ele reserva um momento e tem uma facilitação pela música, pela voz, pela respiração… E aqui eu quero trazer também isso para você, só que de uma forma um pouco diferente.

Na Índia, eles chamam de Darshan o encontro Daquilo que representa essa Consciência, esta Presença, esta Verdade do seu próprio Ser.

A palavra "Darshan" significa ver, ver e ser visto. Então, ver e ser visto é Darshan. Uma vez que aqui não há qualquer separação entre eu e você, porque, na verdade, não há "eu" e "você", aqui nós temos essa Consciência, esta Vida, esse momento. Então, esse encontro aqui é um encontro de Meditação Guiada. Nós estamos num encontro… Repare, você não precisa fechar os olhos, você não precisa ouvir uma música… Há essa fala aqui, é algo que acontece também dentro desse Silêncio que já está aqui e agora, e você está nesse instante, nessa União, nessa Unicidade.

Apenas usamos palavras como "eu" e "você", mas não há "eu" e "você", há apenas Consciência, Presença. Nesse Silêncio, nesse Olhar, se revela a Meditação.

Observe que basta estar presente. Se surge um pensamento, você observa. O pensamento traz só uma história, uma história é só uma lembrança, só uma memória, é algo que não tem importância aqui e agora, nesse encontro. Então, eu quero dedicar esse momento aqui, por exemplo, àquilo que eu considero Meditação Guiada, Real Meditação Guiada. Ver e ser visto – isso é Darshan.

Na Índia, isso é muito claro para o indiano. Se você vai a um Ser Realizado, se você se depara com aquele ou aquela que vive fora dessa identificação egoica, com aquele que está Iluminado ou Realizado, ou Realizou Deus, com aquele que está assentado em seu próprio Ser, e você olha para ele, você está diante do Darshan. Você olha para ele e ele olha para você… Aqui, por exemplo, estamos tendo um momento de Darshan.

Você pode descobrir isso no seu dia a dia, no seu viver. Esse olhar para a vida, para aquilo que se mostra, sem a mente, sem o ego, sem interpretar, sem julgar, sem comparar, sem se identificar com os pensamentos aparecendo, com ideias, com crenças, com lembranças, com memórias, com histórias… Isso aparece e desaparece, e você permanece olhando para isso, olhando para si mesmo. Então, você vê e você é visto – só tem Você!

Então, eu estou lhe convidando a passar comigo alguns momentos aqui, alguns poucos minutos, naquilo que eu considero Meditação Guiada. E talvez você pergunte "mas o que diferencia esse encontro que estamos tendo aqui com a meditação da prática tradicional?". Aqui, eu estou lhe convidando a descobrir isso no seu viver, no seu dia a dia. Você não precisa reservar um momento para isso.

Quando você abre um dos nossos vídeos, você tem esse momento. Quando aqui eu falo dessa possibilidade da Iluminação, da Realização, desse assentar em seu Natural Estado de Ser, eu estou compartilhando com você o Natural Estado de Meditação, que é Consciência, que é Ser, e aqui isso não é um conceito, não é uma crença, não é uma teoria.

A Iluminação Espiritual é Você em seu Estado Natural, que é Meditação. Isso não é o que vem e vai, como acontece com as diversas práticas de meditação, inclusive a prática da meditação guiada. Então, estamos diante desse Darshan. Coloque isso em seu viver, em seu dia a dia, comece a olhar para o mundo à sua volta com esse olhar. Você não está aqui para consertar o mundo, você não está aqui para mudar o mundo, não está aqui para mudar as coisas do lugar, para mudar as pessoas, não está aqui para mudar a si mesmo; está aqui para descobrir que não está aqui! Isso é Consciência, isso é Meditação! Não há esse "mim", então não há nenhum "eu" aí, nenhum "você" para mudar, para sofrer mudança.

Quando nós nos abrimos a esse instante, como está acontecendo agora aqui, algo inteiramente novo começa a acontecer aí nesse organismo, nesse corpo, nessa mente, uma mudança que acontece naturalmente pelo Despertar desta Presença, dessa Energia, dessa Shakti Divina, que é Kundalini. Isso começa a processar um trabalho no corpo, o corpo começa a passar por uma mudança. Eu tenho falado isso aqui nesse canal. Nós temos playlists aqui sobre isso.

Note que, enquanto falamos aqui com você, o Estado de Silêncio, que é Consciência, Isso não é interrompido. Isso é Meditação Natural. Não há uma música, não há uma respiração especial, não há uma postura especial, não há mudras, não há mantras, não há asanas. O que nós temos de verdade agora e aqui é esse contato com o Silêncio que somos, já, aqui e agora.

O que eu quero lhe dizer é que Meditação Real não impede as atividades do corpo, como falar, como ouvir, como cantar, caminhar, comer, trabalhar, se aplicar a uma atividade intelectual como escrever uma carta ou examinar um projeto de arquitetura ou um projeto de uma ordem técnica… Isso não tem nada a ver com a presença também do pensamento. O pensamento pode aparecer, mas não há uma identidade nesse pensamento.

Seu Estado Natural prevalece como Consciência, como Amor, como Paz, como Silêncio; é um encontro com o Divino, com a Consciência, com a Presença. Aqui, toda noção de tempo e espaço desaparece, toda a história desaparece, o passado se foi, e, quando o passado desaparece, o futuro também desaparece, porque quando não há pensamento, não há presente, passado e futuro.

Quando o pensamento é apenas uma aparição, uma simples aparição, sem uma identidade, ele apenas acontece e não está presente. É paradoxal: ele acontece, mas não está presente. A única Realidade presente é esse Poder, o Poder da Consciência. Então, estamos tendo aqui um momento de Meditação, de Meditação Real, de Real Meditação Guiada. Nós temos, então, a base para o Despertar da Kundalini, a base para o Despertar da Consciência, a base para o Despertar de sua Natureza Divina, de sua Natureza Essencial, a base para a Iluminação.

Julho de 2022
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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Como ir além do sofrimento? | O Despertar da Kundalini | Dualidade psicológica e o Autoconhecimento

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui em nosso canal.

Vamos falar com você sobre essa ordem interna, essa ordem psicológica, a importância e o valor desta Percepção da Realidade, o que é algo que ocorre apenas quando há ordem, ordem psicológica, ordem interna.

É necessário irmos além da dualidade psicológica, irmos além do sofrimento psicológico. E esse é um assunto no qual precisamos nos aprofundar. Temos que ter uma compreensão real sobre isso, e precisamos, portanto, aprender sobre isso. E, aqui, quando eu me refiro a aprender sobre isso, não é aprender no sentido intelectual, no sentido verbal, no sentido teórico, mas no sentido vivencial. Quando me refiro a aprender, é aprender sobre nós mesmos, aprender sobre nós próprios, aprender sobre quem nós somos.

Afinal, como você funciona? Essa é a pergunta. Notem que todo esse estado psicológico de contradição, de conflito, de desordem, de medo, de sofrimento, dentro de nós, isso está presente desde a infância. E, na verdade, nunca nos aplicamos a esta Compreensão, nunca despertamos para esse Despertar da Verdade do nosso próprio Ser.

Estivemos sempre nos confundindo com o que o pensamento diz. Nós não percebemos. Isso vem acontecendo já de muito tempo. Nunca nos apercebemos disso, de que esse movimento de pensamento, dentro de toda essa confusão que causa dentro de nós, ocorre de uma forma descontrolada, automática, mecânica… Nós sentimos os efeitos disso, mas nunca investigamos isso. Aqui com você, eu quero lhe propor isso: um trabalho sobre si mesma, sobre si mesmo, para o fim desta confusão.

Esse Autodescobrimento passa, necessariamente, por esse Autoconhecimento. É necessário se Autoconhecer. Por mais bem sucedido que você, nesse momento, esteja sendo no mundo, ou, por maior sucesso que você já tenha adquirido ou pretenda ainda adquirir na sua vida, esteja até trabalhando por isso, isso não tem qualquer relevância, no que diz respeito a essa Completude, a esta Felicidade, a este Amor, a esta Paz de Ser. A fama, o sucesso, a realização profissional, a realização afetiva, emocional, nada disso representa a Verdade sobre quem Você é, e, portanto, nada disso representa a Verdadeira Felicidade. E tudo que você, na verdade, busca na vida é essa Felicidade.

Portanto, o Autoconhecimento lhe dá esse Despertar da Consciência – alguns chamam isso de Iluminação Espiritual ou Despertar Espiritual. O Reconhecimento do seu próprio Ser requer uma nova mente, não essa antiga e velha mente, desordenada, conflituosa, dentro de padrões de inveja, ambição, desejos, medos… Tudo isso é desordem, e, mesmo que em diversos aspectos da sua vida algumas realizações já estejam presentes, enquanto esta Realização Interna não estiver presente, nenhuma dessas realizações externas irá representar Felicidade para você; é isso que estamos dizendo.

É necessário que haja uma nova mente e um novo coração. Esse contato é o contato com a Vida, é o contato com a Realidade Divina, é o contato com a Realidade do seu Ser. É aqui que reside o Amor, a Felicidade, a Paz, a Liberdade; é aqui que reside essa Completude de ser quem você nasceu para ser.

Então, esse é o assunto nosso aqui dentro desse nosso canal. Estamos tratando com você sobre o Despertar Espiritual, o Florescer de sua Natureza Divina, o Contato com a Realidade que Você é. Uma mudança no corpo e na mente se faz necessária, e aqui no canal temos falado sobre isso. Nesses encontros presenciais e on-line também temos falado sobre isso.

Não há realização humana real sem essa Realização Divina. Essa Realização Divina é a Verdadeira Realização possível ao ser humano. Então, essa mudança no corpo e na mente, uma nova mente e uma nova estrutura biológica para que esse Poder Divino, para que essa Graça Divina, para que esta Presença ou Inteligência Divina realmente possa estar aí ocupando o lugar dela. E esse sentido de vida egoica, de vida dualista, de vida em separação, onde existe você e a vida, você e Deus, isso desaparece. Isso é o fim do sofrimento, isso é o fim do medo.

Então, esse trabalho de aprender sobre si mesma, sobre si mesmo, é o que torna possível o Despertar desse Poder Divino, desta Realização Divina, que alguns chamam de Iluminação Espiritual, como eu disse agora há pouco. Eu tenho chamado de Estado Natural – você simplesmente ser o que nasceu para ser.

Ramana Maharshi compartilhou isso durante sua vida, durante os seus anos naquela forma física, ali em Arunachala, no sul da Índia… o famoso Sábio de Arunachala. E, aqui, estamos compartilhando com você desta mesma Realidade, a Realidade do seu Ser. Ramana vivia naquela montanha e as pessoas o procuravam para ouvir dele a Verdade, a Verdade que estavam procurando, que estavam buscando.

Essa fala chega a você agora apenas como esta proposta também, se você é aquele ou aquela que está à procura dessa Verdade, a Verdade do seu Ser. Chega um momento na sua vida que você percebe que não está do lado de fora. Você já realizou tudo que desejava realizar, e, para alguns, já está claro que não precisam realizar nada. A sua condição de desejo é muito, muito pequena, porque eles já perceberam que é dentro de um trabalho em si mesmos que está a Revelação da Verdade, que é o Amor Real, a Felicidade Real, a Paz Real.

Então, esse encontro aqui nosso, esse encontro com você, é para lhe dizer isso. É possível o fim para essa confusão, é possível o fim para esse medo, é possível o fim para o sofrimento, é possível o fim para essa ilusão desse sentido do “eu”, vivendo uma vida separada e, portanto, dentro dessa condição. É possível uma mente inteiramente nova, um coração inteiramente novo; é possível um viver em Compaixão, em Amor, em Liberdade; é possível ter ciência de Deus aqui e agora.

Ciência de Deus implica Unicidade, completa Unicidade com a Vida. É evidente que, nessa Unicidade com a Vida, como não há esse sentido de dualidade psicológica, que é esse “eu” e essa experiência, esse “eu” e o mundo, esse “eu” e o outro, esse “eu” se protegendo de ser difamado, caluniado, rejeitado, não amado, não aceito, esse “eu” e essa experiência… como não há esse “eu”, não existe a ilusão de uma experiência desse tipo tocando esse “mim”. Esse é o fim do sentido egoico, esse é o fim do sentido de separação. Isso é possível quando há Presença, quando há Consciência, quando há Meditação, quando o seu Ser se revela.

A arte da Meditação é essa aproximação de si mesmo, sem mais se confundir com o que o pensamento diz, com o que o sentimento diz, com o que a emoção diz, mesmo com o que a sensação no corpo diz; sem se confundir com o próprio corpo e sua experiência. Isso é o fim da dualidade entre “eu” e o corpo, “eu” e a mente, “eu” o mundo, “eu” e Deus… Essa Unicidade, esse Natural Estado de Ser, de ausência de dualidade psicológica. Na Índia, eles chamam de Samadhi – Você em seu Estado Natural. Essa mudança no corpo e na mente – aqui, em nosso canal, eu tenho falado também sobre isso… É uma mudança no corpo e na mente que torna isso possível, é o Despertar da Kundalini, é o Despertar da Consciência.

Kundalini é essa Energia presente, é essa Consciência presente. É necessário um trabalho na mente e no corpo. A auto-observação, que é a base da Meditação, tira essa Energia, que antes estava sendo desperdiçada para esse antagonismo, para esse conflito, para essa dualidade psicológica; essa Energia, que estava antes ocupada com todo esse processo, agora fica disponível para que um processo inteiramente novo comece acontecer no corpo e na mente, que é o Despertar da Kundalini, que é o Despertar desta Consciência.

Você está nesta vida apenas para Realizar Isso, o Despertar do seu Ser nesse corpo e nessa mente. Isto é Iluminação, Despertar, Realização de Deus ou o Estado Natural. Aqui, no nosso canal, nós temos uma playlist sobre esse assunto: “O Despertar da Kundalini”. A outra playlist é sobre Meditação, sobre a Real Meditação. E nós temos outras playlists aqui, todas tratando desse assunto, aprofundando esse assunto com você, o assunto dessa mudança.

A mente precisa passar por essa mudança. É necessária uma nova mente, uma mente em que haja Espaço, em que haja Silêncio, em que haja Quietude. Não essa mente confusa, conturbada, tagarela, cheia de pensamentos, mas uma mente inteiramente nova. Então, algo inteiramente novo acontece, e esse algo é o Despertar da Verdade sobre quem Você é, e esse é o fim da desordem psicológica, esse é o fim da confusão, esse é o fim do sofrimento, e aqui está a Realização do seu Ser.

Agosto de 2022
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quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Real Meditação Prática | Ilusão do tempo psicológico | Advaita Vedanta | Despertar da Kundalini

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui em nosso canal.

Eu quero lhe convidar, dentro desta fala aqui para você, nesse encontro, a ir além dessa condição, que é a condição do pensamento. Aqui, eu tenho chamado isso de Real Meditação ou Real Meditação Prática. É algo que você pode fazer em qualquer parte, em qualquer lugar. Não requer um ambiente especial, não requer um lugar silencioso, um lugar onde não haja nenhum barulho.

Na verdade, você precisa descobrir o que é Meditação, e Real Meditação não requer um lugar específico para acontecer. Você precisa aprender a lidar com os próprios pensamentos, e, aqui, você precisa descobrir a arte da Meditação, desse contato com a Verdade do seu próprio Ser.

Então, eu quero lhe indicar aqui hoje, nesse encontro… Nós vamos falar sobre o Despertar Espiritual ou a Iluminação Espiritual, como temos feito aqui dentro do nosso canal. E eu quero lhe mostrar a forma como você pode efetivar isso, realizar isso, no seu dia a dia, no seu viver. Isso é feito pela auto-observação; é basicamente isso.

Em geral, quando um pensamento surge dentro de você, ou um sentimento, ou uma emoção, você nunca se coloca numa posição de observá-los – nem pensamento, nem sentimento e emoção. O que tem acontecido com o ser humano é que ele se confunde com a mente e com o corpo. Então, o que quer que esteja surgindo aqui, nesse instante, nesse presente momento, com isso você se confunde. Há um Espaço em você, há um Lugar em você, há uma Condição Interna em você que está completamente fora da condição do pensamento, do sentimento e da emoção.

Em geral, o ser humano não toma ciência Disso, porque nós vivemos num estado de consciência que eu tenho chamado de consciência mental. Você não tem assumido o seu Natural Estado de Ser, que é Pura Consciência, então você se confunde com a experiência do pensamento, ou do sentimento, da emoção. Nossa aproximação de um pensamento, em geral, nessa condição que eu tenho chamado de tempo psicológico – porque essa é a condição da mente egoica, da mente das pessoas –, a forma de nos aproximarmos é sempre estarmos nos confundindo com isso, é sempre de nos identificarmos com isso, de pessoalizarmos isso, de termos essa inclinação de particularizar aquele pensamento, aquela emoção, aquele sentimento.

Isso cria a ilusão de um centro, de uma identidade presente, desse “mim”, desse “eu”, desse ego. E essa forma de nos aproximarmos daquilo que surge como uma mera aparição, como um mero fenômeno – um fenômeno que, por sinal, aparece e desaparece – não é algo real, no sentido de ter eternidade; não, é algo que vem e vai. Mas você se confunde com isso e vivencia isso como sendo algo seu, como sendo você.

Eu quero lhe dizer que há uma forma aqui de irmos além desta condição psicológica de dor, de medo, de ansiedade, de depressão, de angústia, de mágoa, de ressentimento. É necessário que você comece a observar o movimento da mente, o que a mente representa, o que ela representa quando o pensamentos surgem, quando emoções surgem, quando sentimentos surgem… essa direta observação da mente, a simples e direta observação do movimento da mente, porque dessa forma você descarta essa noção de tempo. A única Realidade na vida é esse momento presente.

O pensamento, quando aparece, está lhe reportando uma história, contando uma história, dando uma sugestão, dizendo algo sobre o que aconteceu a você. Como você sempre se vê no corpo, tendo experiências e passando por experiências, e o pensamento guarda isso como memória, como lembrança, quando isso é contado para você pelo próprio pensamento, você simplesmente acredita.

Então, existe sempre essa inclinação dentro de você para viver dentro dessa ilusão. A mente carrega essa ilusão, a ilusão do tempo. O ser humano vive, psicologicamente, preso a essa condição, à condição do tempo psicológico. Nesse tempo psicológico, ou ele está no passado, ou ele está no futuro. E é sempre o pensamento sustentando essa noção de tempo para essa identidade que você acredita ser. Então, o pensamento está sempre lhe dizendo coisas, criando antecipações que sustentam diversas formas de medo dentro de você. O pensamento faz isso criando um futuro, baseado em ideias, em crenças, em imaginações negativas, ou lhe dando esperança, lhe colocando propostas de imaginações assim chamadas de “pensamentos positivos”.

Você sempre está no futuro ou você está no passado. A sua relação com a vida, aqui e agora, não é real. Você não tem o contato com a Realidade Daquilo que Você é aqui e agora. Sua relação está sempre se baseando em crenças, em pensamentos, em ideias, em julgamentos, em comparações, em imaginações, em razão da presença da ilusão do tempo psicológico, esse tempo formado, estruturado, abalizado, criado pelo pensamento.

Nesses encontros, aqui em nosso canal, eu tenho lhe dado dicas de como romper com essa condição, e o segredo para a mais profunda prática da Realização da Verdade sobre quem Você é, consiste nessa coisa simples chamada auto-observação. É importante que você descubra que auto-observação, essa auto-observação, aquilo que Ramana chamava de auto-inquirição ou Atma Vichara, isso é o início que sustenta a base para a Revelação do seu Ser pelo Autoconhecimento e pela Meditação.

Aqui em nosso canal, nós temos colocado muito sobre esse assunto para vocês, temos falado muito, muito sobre esse assunto aqui com vocês. Então, nós temos diversos vídeos nesse canal tratando dessa importante questão da Real Meditação. A Real Meditação é esse instrumento poderoso para finalizar com essa ilusão do tempo. E por que isso acontece dentro de você? Por que essa configuração é desfeita? Por que esse modelo de pensamento é desfeito? [Por que] esse modelo de consciência que eu tenho chamado de consciência mental é desfeito? Porque acontece simultaneamente, junto com esse trabalho de Meditação, o Despertar desse Poder, que é a Verdade de Deus em Você.

Desde pequeno, você tem escutado expressões como: “Deus está dentro de nós”, “Deus mora em nosso coração”, mas nunca compreendemos isso. E aqui eu estou lhe dizendo que é basicamente o seguinte: Consciência é o seu Ser – Isso é Deus! Na verdade, não é que Deus mora dentro de você, a verdade é que você tem o seu Ser em Deus. Essa é a sua Natureza Verdadeira, essa é a sua Natureza Divina, essa é a sua Natureza Essencial.

A Verdade de Deus é o que Você é aqui e agora. Então, essa noção de tempo psicológico de “alguém”, esse “mim”, esse “eu”, que está vindo do passado, está vivendo esse momento presente e caminhando para o futuro, isso é só uma crença, uma imaginação. O pensamento está falando isso, ele está dizendo que o tempo é real. Não há realidade em nada disso! A Vida acontece aqui e agora. Toda essa sucessão aparente de tempo que a gente presencia entre o pôr do sol e o nascer do sol… os acontecimentos parecem transcorrer no tempo. Isso está sempre dentro dessa perspectiva dos sentidos, e não da perspectiva da Realidade, da Consciência, que é o seu Ser.

A beleza do Despertar Espiritual, da Iluminação Espiritual é que, com o fim do tempo psicológico, que é esse tempo construído pela imaginação do pensamento, criando, sustentando toda forma de conflito, contradição, imaginação e sofrimento, é que, quando existe o fim para esse tempo psicológico, você assume a Realidade do seu Ser como Consciência aqui e agora, e tudo isso termina, a ilusão do sentido de separação termina. Então, você evidencia, em si mesmo, Aquilo que é conhecido há milênios no hinduísmo, e também conhecido no zen, e também é conhecido no cristianismo, com nomes diferentes. Eu falo da Advaita, segundo a Advaita Vedanta, segundo o princípio da Vedanta, dentro das escrituras indianas – a não dualidade, a não separação. Existe apenas Um, sem o segundo; existe apenas Um, uma Única Realidade presente – é a Realidade de Deus.

O que eu estou dizendo é que o fim para o sofrimento é possível quando você Realiza o seu Ser, quando você Realiza a Verdade sobre quem Você é. Aquilo que Você é, é Sanidade, é Beleza, é Graça, é Verdade. A ilusão dessa aparente insanidade humana tem como base a ilusão desse senso de “pessoa”, de identidade separada, vivendo no tempo e no espaço, que não é real.

O nosso trabalho aqui juntos é lhe mostrar Isso, é dizer a você que é possível Realizar Isso nesta vida – a Realidade do seu Ser. E é como eu coloquei agora no início, a grande dica para você está nesse trabalho de auto-observação da mente, observar a mente, ver suas reações... apenas observar, se tornar cônscio, sendo uma testemunha que não se envolve com aquilo que surge. Se aparece um pensamento, um sentimento, uma emoção, se há uma percepção neste observar, sem se confundir com isso, sem lutar contra isso, sem rejeitar isso, apenas se tornando cônscio daquilo que aparece… se é algo doloroso, essa dor está ao nível de emoção ou de sensação no corpo. O pensamento surge e traz uma história sobre isso.

O ponto é que, até agora, até esse momento, você se confundia com isso, você se embolava com isso, mas agora eu estou lhe convidando a apenas observar. Se isso aparece, ok. Você se torna cônscio desse aparecimento, mas não investe numa identidade nisso, não investe colocando uma identidade presente nessa experiência. Você fica apenas com a observação, você fica com o sentir, mas você não alimenta aquilo que o pensamento diz, e a forma de não alimentar é apenas se tornando cônscio de que é um pensamento que pode ser observado. O problema é que, por muito tempo, você vem se identificando com isso. Então, mais uma vez, mais uma aparição, mais um momento, e você tem se perdido nisso.

Aqui, o nosso trabalho é nos tornarmos cônscios sem nos confundirmos com isso, sem nos identificarmos com isso. Então, se abre esse Espaço, que é o Espaço da Consciência. Quando há essa atenção sem qualquer volição, sem qualquer vontade, sem qualquer escolha, sem qualquer identificação com isso, uma Energia aparece. Na realidade, antes essa mesma Energia estava perdida nessa condição de identificação com o sentimento, com a emoção, com a percepção, mas agora você está dando a si mesmo a arte da auto-observação.

Ramana dizia que isto é como perguntar a si mesmo “quem sou eu?”, “para quem isso ocorre?”, “para quem esse sentimento ocorre?”, “[para quem] essa emoção ocorre?”, “[para quem] essa sensação ocorre?”. Quando você faz isso, essa Energia, que antes estava perdida nessa antiga e velha condição – é a própria Energia da Consciência –, Ela começa a trabalhar nesse mecanismo, nesse corpo-mente para uma mudança, para uma transformação. O mecanismo de transformação, na Índia, pelos iogues é chamado de Kundalini. Então, você tem aqui o Despertar desse Poder Divino.

Eu tenho falado muito sobre Kundalini nesse canal. Praticamente em todas as falas, ou quase todas as falas, eu toco naquilo que eu considero fundamental ser compreendido por você. Leitura de livros, ouvir falas, realizar atividades assim chamadas espirituais, ou cerimoniais, rituais, nada disso pode realmente conferir essa Liberação, esse Despertar Espiritual, sem o Despertar da Kundalini, sem essa Energia, sem esse Poder, sem o movimento desta Presença, que é Consciência, dentro de você, mudando essa estrutura, que é a estrutura do corpo e da mente.

A gente poderia ser mais técnico aqui sobre isso, mas isso não é de nosso interesse. Você não precisa entender isso, como se processa tecnicamente isso. Existem livros que explicam, mas não é da nossa alçada aqui, não é do nosso interesse, porque aqui o que importa é o que o próprio Mestre Ramana Maharshi compartilhou durante os seus dias. Ele dizia que esse processo do Despertar da Kundalini é algo natural, é algo que acontece naturalmente, você não precisa entender nada sobre Isso; é o simples Despertar da Consciência, e a Consciência encontra nesse corpo, nesse mecanismo como Realizar Isso.

Não adianta tentar entender Isso intelectualmente. As pessoas comentam, elas leem muito, estudam muito sobre esse assunto, mas isso tem um aspecto meramente verbal, teórico. Aqui, o que importa é uma visão direta dessa Verdade sobre quem Você é – isso traz o Despertar da Kundalini. Não é mais uma teoria, não é mais uma crença, não é mais um conceito. Você evidencia em si mesmo uma mudança, uma transformação.

E aí chega o momento em que esse corpo-mente não responde mais de uma forma reativa àquelas antigas propostas do pensamento, do sentimento, da emoção, que segurava antes uma autoimagem, um conjunto de crenças, e tudo isso se desfaz pelo Despertar da Kundalini, pelo Despertar da Consciência.

Esse é um assunto também aqui em nosso canal, nós temos uma playlist sobre isso, sobre a Meditação, a Real Meditação, e sobre o Despertar da Kundalini, além de outras playlists aqui dentro do nosso canal. Então, esse é o nosso convite a você: olhar para isso, trabalhar isso em si mesmo.

Se isso é algo interessante, deixa aí o seu “like”, se inscreve no canal… Lembrando: nós temos encontros também online. Você tem aí na descrição do vídeo, você entra no WhatsApp… e temos encontros presenciais, inclusive retiros. OK?

Se é do seu interesse isso, se isso lhe toca profundamente, vamos trabalhar isso juntos. OK?

Até o próximo vídeo, até o próximo encontro… até a próxima!

Agosto de 2022
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