quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

O que é a vida? O que é o pensamento? Vida no ego: confusão, desordem, sofrimento. Tempo psicológico

O assunto com você aqui é: o que é o pensamento? Há uma outra pergunta: o que é a vida? Vamos nos aproximar disso mais uma vez aqui dentro do canal, vamos investigar isso com você. Estamos diante de algo que é realmente fascinante ser investigado e, no entanto, é algo que se mostra bastante simples, termos uma aproximação disso. É bem paradoxal, há uma forma de nos aproximarmos disso e termos uma visão muito simples, muito básica dessa coisa chamada “vida”, dessa coisa chamada “pensamento”. E, no entanto, nos deparamos com algo paradoxal, porque não estamos diante de algo tão simples, essa questão do que é a vida e do que é o pensamento.

Então, é simples e não é simples; então é algo paradoxal. Paradoxal no sentido de que você precisa tomar ciência disso de uma forma direta. Colocar isso em palavras não é algo complicado. A coisa que se complica – e por isso é paradoxal – é a tomada de ciência direta disso. Isso requer um trabalho em si mesmo porque, teoricamente, conceitualmente, verbalmente, nenhuma resposta para essas duas perguntas se mostra suficiente. Nós precisamos tomar ciência de uma forma direta, disso, vivencialmente, compreendendo como nós funcionamos.

Então, vamos começar pelo pensamento: o que é o pensamento? Colocado de uma forma muito simples, esse momento agora, aqui, por exemplo, é um momento. Essas palavras estão sendo colocadas diante dessa experiência, desse momento de ouvir essa fala, você registra uma parte dessas palavras. Quando passamos por experiências, nós registramos essas experiências, sobretudo se elas nos interessam, nós as registramos. Então, o que é o pensamento? O pensamento é um registro, um registro que você tem dentro de você, um registro de lembranças, de memórias, de imagens. Então, você registra imagens e registra ideias. Pensamentos são registrados, palavras são registradas, imagens são registradas – isso é o pensamento.

Então, o que é o pensamento? É o registro de imagens e de ideias, de palavras e percepções de movimento de objetos. Então, esse registro de memória, na memória, esse acervo guardado é o pensamento. Então, o que é o pensamento? O pensamento é aquilo que está em você, registrado. Esse pensamento se manifesta; uma vez que se mostre a oportunidade ou ele se vê desafiado, ele se apresenta. Então se, por exemplo, eu pergunto qual é o seu nome. Essa é uma memória muito nova, muito recente. Você tem muita habilidade, muita prática em responder o seu nome, porque muitas das vezes isso ocorre durante o mês: você assina papéis, alguém lhe pergunta o seu nome, você está sempre em contato com pessoas lhe chamando pelo nome, e tudo isso é um reforço de lembranças, de memória. É assim que essa memória recente funciona. Quando isso ocorre, o pensamento é desafiado e o pensamento como é um registro, já guardado aí, se mostra.

Então, é assim que reagimos psicologicamente, através do pensamento, através da memória, com esse modelo. O pensamento é a expressão do registo da memória. Quando esse registro reage, nós temos o pensamento sendo expresso. Então, nós funcionamos na vida com base no pensamento, nosso movimento de existência está baseado no pensamento. Então, isso é o pensamento.

Agora, nós temos aqui um problema com a questão do pensamento. Fora esse pensamento objetivo, prático, que acabamos de colocar aqui, que não apresenta nenhum problema nele, não há nenhum problema com ele para cada um de nós, nós temos um modelo de pensamento que sustenta esse “mim”, esse “eu”, esse ego, essa identidade que acredito ser. Quando você me magoa, me aborrece, me ofende, isso é registrado nesse “mim”, é esse “eu” que está registrando essa mágoa, essa ofensa, essa dor, essa tristeza. Esse “mim”, esse “eu”, está sempre, também, reagindo quando desafiado. Então, nós agora aqui nos deparamos com um problema. O pensamento não é só registrado de uma forma objetiva, prática e direta e quando ele atua, ele pode atuar de uma forma prática, direta e objetiva para propósitos bem simples na vida, mas ele também pode atuar a serviço desta proteção do “eu”, do ego, dessa entidade que acreditamos ser. Então, aqui já nos deparamos com um problema, e muito sério o problema, na verdade com o maior de todos os problemas, que é a existência desse “mim”, desse “eu”, que tem sua existência baseada no pensamento. Um pensamento de autoproteção pessoal, particular, centrada em um centro ilusório que chamamos de ego. Esta é a identidade da pessoa. Você acredita ser alguém, esse alguém é o ego, é esse “mim”, é esse “eu”.

Então, notem que coisa estranha, ao mesmo tempo que coisa interessante ocorre conosco: o pensamento nos fala – como sendo uma memória – ele nos relata, ele nos dá a certeza de uma identidade que é esse “mim”. Na verdade é só o próprio pensamento criando essa identidade e protegendo essa identidade, que é esse pensador. No entanto, esse pensador é uma projeção do pensamento e com isso estamos nos identificando. Então, existe essa ideia de alguém presente que é o pensador, que é o “eu”, que é esse experimentador, que é esse que tem um nome, que tem uma história. No entanto, estamos diante de um equívoco porque esse “eu” é a ilusão de uma identidade presente no viver, na experiência, que sustenta a sua identidade através do pensamento, nessa ideia de ser o pensador, de ser o experimentador, de ser alguém presente. Isso é confusão, isso é desordem, isso é sofrimento.

Aquele em você que se angustia, que se deprime, que carrega desejos, medos, que se estressa, que carrega todo tipo de desordem psicológica, é o “eu”, o “mim”, o ego, esse centro. Então, fora os pensamentos práticos que temos em nós, que são lembranças muito objetivas – o endereço de sua casa, seu nome, a habilidade profissional – tudo isso é parte do pensamento, de um conhecimento, de uma memória guardada nesse mecanismo, nesse corpo-mente. Mas existe também essa ilusória identidade, que é o “eu”, que tem uma enorme quantidade, uma extraordinária quantidade de memórias e lembranças de um centro completamente ilusório, que é o centro chamado “mim”, o pensador, o experimentador, que está sempre procurando manter sua continuidade através do pensamento, se projetando em um tempo idealizado pelo próprio pensamento. Então, a expressão “eu fui”, “eu sou” e “eu serei”, está dentro desse centro que é o “eu”, o ego.

A nossa vida no ego é confusão, é sofrimento, é desordem, é miséria, é angústia, é medo. Então, investigar a natureza do pensamento, abandonar a ilusão de uma identidade presente nesse modelo de pensar, sentir e agir, de se emocionar, de se mover, abandonar isso é ir além do “eu”, do ego. É descobrir algo fora do movimento equivocado deste ser psicológico que acreditamos ser. Quando perguntamos “o que é a vida?” só há uma resposta real para essa pergunta quando descobrimos que a vida está presente, a Verdade da vida está presente quando o sentido desse “eu”, deste centro ilusório, deste personagem que é o ego não está mais.

Então, não existe uma resposta para o que é a vida enquanto esse sentido do “eu”, do ego está presente. Sim, nós temos uma resposta para o que é a vida nesse sentido do “eu” e do ego: é a vida do equívoco desse personagem, é a vida da ilusão desse personagem, é a vida desta falsa identidade, é a vida desse personagem. Então, o que é a vida como no ego nós conhecemos? Propriedades, bens, o nome, o título, a inveja, o ciúme, o desejo, a posse, a dor da solidão, a depressão, a angústia… o desejo, o medo, a confusão, a miséria, a desordem, a violência… isso é a vida do “eu”, do “mim”, do ego, dessa falsa identidade. É isso que conhecemos por vida.

É bem curioso, porque nós tememos perder esta vida. Essa vida é a vida do conhecido. Evidente que nesta vida também temos prazer, satisfação, realização… temos alguns momentos de muito preenchimento, mas tudo isso ocorre a nível do “eu”, do ego, que vive sempre depois disso numa sede por mais, numa busca por mais, nesse desejo de ter mais e nesse medo de perder tudo isso. Então, nós temos também uma outra coisa nesse aspecto desta vida como nós conhecemos, que é a vida do conhecido no ego, no “eu”, que é o medo. O medo de não ter mais, o medo de não alcançar, o medo de ser enganado, de ser traído, o medo de perder, o medo de morrer, o medo disso não estar aqui depois.

Então, existe esse elemento no ego, no “eu”. O medo é algo que se sustenta dentro deste apego, desta posse e dessa sujeição a essa busca por mais ou essa preocupação por não ter mais. Tudo isso sustenta o medo para esse “mim”, para esse ego. E isso ocorre porque o ego não é outra coisa, a não ser esse nome, essa posse, isso que ele tem, controla, domina, teme ou deseja. Isso é parte integrante desse elemento que é o “eu”, o ego. Então, o medo está presente. Na verdade, o medo e o desejo são uma única coisa para esse “mim”, para esse ego. Eu não sei se isso está claro aqui para você ou se está muito confuso. Tudo o que nós chamamos de vida no “eu”, no ego, é esse movimento dentro do conhecido.

Aqui estamos sinalizando a Real Vida se revelando quando o “eu”, o ego, nesse movimento, não está mais presente. Então, há uma vida, sim, possível, assim como há, sim, uma possibilidade desta Libertação desse movimento que é o movimento do pensamento, que sustenta esse tempo psicológico. É quando o pensamento está apenas no lugar dele, então esse sentido de um “eu” psicológico, que é o ego, não está mais presente. Então temos um contato Real com a Verdade, daquilo que eu tenho chamado de “o Real Pensar”. O Real Pensar está presente quando o modelo do pensamento do “eu” não está, então temos o Real Pensar. Nós desconhecemos isso, na realidade isso está fora do conhecido. Esse Real Pensar é a presença da Verdade da Inteligência, a Verdade do Amor, a Verdade da Paz, a Verdade da Vida, a Verdade de Deus. É Aquilo que está presente quando o sentido do “eu”, do ego, não está.

Então, investigar a Verdade sobre quem nós somos é compreender como a mente humana funciona. Isso é o fim para esse pensador, para esse experimentador, para esse que observa o mundo a partir de conclusões, crenças, ideias, pensamentos. Isso é o fim para o observador. Então temos a possibilidade do Despertar da Verdadeira Consciência deste Ser Real que somos, nesta Vida Real que o “eu”, o ego, não conhece.

Esse é o propósito aqui dentro deste canal: estamos apontando para você a possibilidade do Despertar da Sabedoria, do Despertar de Deus, do Despertar da Vida, de sua Natureza Real, da Verdade do seu Ser. Esse é o nosso trabalho aqui dentro deste canal. Nós temos esses encontros aqui nos finais de semana, você tem aqui na descrição do vídeo o nosso link do WhatsApp, para aprofundar isso. Nos finais de semana estamos nos encontrando para trabalhar isso. Você tem aqui o link do WhatsApp para participar desses encontros. Além disso, temos encontros presenciais e também retiros. Se isso é algo que faz sentido para você, aproveita agora, aqui, deixa o seu like, já se inscreve no canal, Ok? E a gente se vê. Valeu pelo encontro e até a próxima.

Dezembro de 2023
Gravatá-PE
Mais informações

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário

Compartilhe com outros corações