Nesses encontros, nós sinalizamos como é importante aprender a observar aquilo que está acontecendo. Em geral, o ser humano não parece dar qualquer atenção a isso, à vida como ela acontece. A ideia central é a autopreocupação. A vida é algo que está acontecendo e inclui esse personagem, essa suposta identidade presente. Basicamente, não há nenhum problema na vida como ela é, e, parte do que está acontecendo particularmente para você, existe apenas como um aspecto da experiência, algo apenas para ser testemunhado. Não percebemos a importância disso.
O que está acontecendo não é algo que “alguém” está fazendo acontecer, não é o “meu” fazer — esse é apenas um aspecto da experiência particular desse personagem. O problema surge quando a ideia de alguém presente aparece. Então, Satsang aponta para essa Realidade, que é a vida como ela acontece, sem se preocupar com esse personagem que você acredita ser. Não existe alguém no “fazer”. O problema surge quando aparece a ideia de que a vida está acontecendo porque “alguém” está fazendo tudo isso acontecer — esse “alguém” é o “eu”, esse personagem, e isso não representa a Verdade.
Todos os seus problemas pessoais não são problemas com a vida; são problemas de interpretação com relação àquilo que a vida é, àquilo que a vida representa. Então, Satsang é um espaço essencial para aquele que está disposto a descobrir a Verdade sobre si mesmo. Esse sentido do “eu” nos diz que existimos como uma entidade presente na experiência da vida; que a vida está acontecendo para “mim”, para este “eu”. A mente tem a habilidade de transformar para si mesma tudo aquilo que acontece, como se algo especial estivesse acontecendo para ela. Assim, surge o sentido: “Eu sou Carlos”, “Eu sou José”, “Eu sou Maria”, ou qualquer outro nome. Então, esse “Carlos”, esse “José” e essa “Maria” existem, estão vivendo no mundo, o que representa apenas uma autoimagem que a mente construiu.
A mente pega a experiência à sua volta e a transforma em algo particular, criando o sentido da “pessoa”. Tudo o que está acontecendo para “mim”, através de “mim”, representa apenas uma autoimagem, uma imaginação criada pelo pensamento. Isso não tem nada a ver com o que a vida representa, porque a vida é o que é, e não se importa com essa imaginação. Essa imaginação, essa autoimagem, entra em choque com a realidade da vida como ela é.
Aqui vai o segredo da Autorrealização, da Realização da Verdade sobre si mesmo: descubra a importância de testemunhar a vida como ela é e não se meter com ela, não levar nada para o pessoal. Isso é algo muito fácil de ser colocado em palavras, mas requer um trabalho verdadeiro, porque, na prática, você está muito viciado em manter essa autoimagem, em ser pessoal. Quando faz isso, você continua sustentando a autoimportância, a importância desse falso “eu”. O segredo é observar, estar atento ao movimento dessa autoimagem em seus desejos, escolhas, anseios, medos e assim por diante.
Quando a vida é testemunhada, quando aquilo que acontece é só o que acontece e nenhuma crença tendenciosa e pessoal é mais importante do que a Realidade do que É, a mente egoica “cai”, perde a sua evidência, o seu poder. Então, algo inteiramente novo começa a acontecer.
O ser humano tem agido muito mecanicamente, do ponto de vista psicológico; ele vive repetindo, de forma mecânica, seus pensamentos, desejos e medos habituais. Ele faz isso porque se considera muito importante, mais importante do que a própria vida. O que acontece para ele não é interessante, mas o que ele deseja, sim. Para ele, é mais importante aquilo que ele deseja do que a vida como está acontecendo, neste instante, neste momento. Esse é um aspecto muito interessante dentro do processo da mente egoica. Ela é repetitiva, automática, mecânica e tudo isso vem sendo sustentado pela imaginação, por essa autoimagem em sua autoimportância.
Essa ilusória sensação de estar no controle, de querer controlar, de querer determinar o que acontece, controlar as circunstâncias, os eventos, os acontecimentos, ter resposta para tudo, e essa própria curiosidade do ser humano por desvendar os mistérios da vida, são anseios de autopreenchimento egoico.
O ser humano investe milhões na investigação do mundo externo, daquilo que está do lado de fora, na busca de encontrar algo que possa preenchê-lo e dar-lhe felicidade. Um satélite é enviado ao espaço com a intenção de termos, aqui, uma melhor internet. Assim, as pessoas podem se comunicar de uma forma mais rápida, o conhecimento pode se tornar mais rápido (conhecimento este que, na verdade, é só ignorância e não contribui em nada para a Real Felicidade humana). Apenas ficamos sabendo mais rápido de toda a confusão que a mente humana está criando do outro lado do planeta, de todos os problemas que a mente humana, sem paz, está produzindo em outro continente.
Tudo isso é parte dessa coisa mecânica, inconsciente e automática do movimento da imaginação, desse falso “eu” na busca do que, de fato, não tem nenhuma importância para a Real Felicidade humana. A Felicidade não está do lado de fora; o “fora” representa apenas o sonho que o pensamento tem criado, imaginado e sustentado. A Realidade está além do pensamento e, assim, a Felicidade, a Paz, a Inteligência, o Amor, a Bondade e a Verdade estão além da mente.
O que estou dizendo é que as circunstâncias de um mundo mais confortável não representam Real Felicidade, porque a “fome” interna por Felicidade verdadeira continuará pedindo “comida”, pedindo saciedade. A menos que você conheça quem Você É, não importa se pode desfrutar do melhor conforto material que a tecnologia e a ciência podem lhe oferecer, pois você continuará infeliz. Nós investimos muito em nada. Tudo o que você precisa é a Felicidade, mas a Felicidade não é circunstancial; a Felicidade é a Realização de sua Natureza Divina, de sua Natureza Real. Assim sendo, nenhum conforto circunstancial externo pode lhe dar Isso.
O ser humano tem buscado a Felicidade há muito tempo e de uma forma equivocada. É o que faz com que ele viaje para fora, que vá, literalmente, para o espaço sideral em busca disso. Mas, não adianta, porque tudo continua da mesma forma. Sua “viagem real” é para fora desse falso “eu”, além dessa autoimagem, da ilusão dessa egoidentidade. Isso só é possível indo para dentro e não para fora. Não é explorando o externo, mas investigando o que está próximo, o interno. Não é o distante e externo, mas sim o próximo e interno.
Então, temos nos tornado proativos, produtivos e bastante evoluídos cientificamente, tecnologicamente, e, mesmo assim, continuamos infelizes, inquietos, perturbados, estúpidos, medíocres, carentes, vivendo em solidão, com desejos e medos. Você pode aumentar a lista, acrescentando a depressão, a ansiedade e as diversas formas de representação de loucura que todos, sem exceção, experimentam — incluindo os nossos mais renomados homens da ciência e da tecnologia. Sim, eles também sofrem!
Essa fala não é um ataque, estamos apenas observando que toda essa formação e educação baseadas no desejo de obter mais controle através do conhecimento não tem funcionado. Isso em nada representa o movimento real em direção à Felicidade, à Paz no mundo. A Paz no mundo começa com a Paz dentro de você. Você é a Paz do mundo quando já não mais o perturba.
A Felicidade humana é a Felicidade da não mente, do coração silencioso, do Amor presente, enquanto que a "vida humana" é essa constante busca por prazer, mesclada com dor, mesmo em meio a todo tipo de parafernália altamente sofisticada.
O que estou dizendo é que a vida não é algo que você possa controlar. Você não tem que se importar com o que está do lado de fora; você tem que descobrir quem é você, ou o que você não é. Você não é o corpo, não é a mente, não é essa autoimagem, não é uma pessoa viva, que tem que viver 150 anos à base de medicamentos. Basta Realizar a sua Real Natureza e deixar esse sonho. Isso pode ser com trinta, quarenta, cinquenta ou setenta anos, não importa... Esse é o único propósito.
Olhe para as pessoas! Elas acreditam que estão vivas e querem continuar nessa, assim chamada, “vida”, mesmo à base de medicamentos, de drogas, importunando todos à sua volta e dando trabalho para todo mundo. Isso é apego a essa ilusão da egoidentidade, a essa falsa imagem.
O que está acontecendo não é algo que “alguém” está fazendo acontecer, não é o “meu” fazer — esse é apenas um aspecto da experiência particular desse personagem. O problema surge quando a ideia de alguém presente aparece. Então, Satsang aponta para essa Realidade, que é a vida como ela acontece, sem se preocupar com esse personagem que você acredita ser. Não existe alguém no “fazer”. O problema surge quando aparece a ideia de que a vida está acontecendo porque “alguém” está fazendo tudo isso acontecer — esse “alguém” é o “eu”, esse personagem, e isso não representa a Verdade.
Todos os seus problemas pessoais não são problemas com a vida; são problemas de interpretação com relação àquilo que a vida é, àquilo que a vida representa. Então, Satsang é um espaço essencial para aquele que está disposto a descobrir a Verdade sobre si mesmo. Esse sentido do “eu” nos diz que existimos como uma entidade presente na experiência da vida; que a vida está acontecendo para “mim”, para este “eu”. A mente tem a habilidade de transformar para si mesma tudo aquilo que acontece, como se algo especial estivesse acontecendo para ela. Assim, surge o sentido: “Eu sou Carlos”, “Eu sou José”, “Eu sou Maria”, ou qualquer outro nome. Então, esse “Carlos”, esse “José” e essa “Maria” existem, estão vivendo no mundo, o que representa apenas uma autoimagem que a mente construiu.
A mente pega a experiência à sua volta e a transforma em algo particular, criando o sentido da “pessoa”. Tudo o que está acontecendo para “mim”, através de “mim”, representa apenas uma autoimagem, uma imaginação criada pelo pensamento. Isso não tem nada a ver com o que a vida representa, porque a vida é o que é, e não se importa com essa imaginação. Essa imaginação, essa autoimagem, entra em choque com a realidade da vida como ela é.
Aqui vai o segredo da Autorrealização, da Realização da Verdade sobre si mesmo: descubra a importância de testemunhar a vida como ela é e não se meter com ela, não levar nada para o pessoal. Isso é algo muito fácil de ser colocado em palavras, mas requer um trabalho verdadeiro, porque, na prática, você está muito viciado em manter essa autoimagem, em ser pessoal. Quando faz isso, você continua sustentando a autoimportância, a importância desse falso “eu”. O segredo é observar, estar atento ao movimento dessa autoimagem em seus desejos, escolhas, anseios, medos e assim por diante.
Quando a vida é testemunhada, quando aquilo que acontece é só o que acontece e nenhuma crença tendenciosa e pessoal é mais importante do que a Realidade do que É, a mente egoica “cai”, perde a sua evidência, o seu poder. Então, algo inteiramente novo começa a acontecer.
O ser humano tem agido muito mecanicamente, do ponto de vista psicológico; ele vive repetindo, de forma mecânica, seus pensamentos, desejos e medos habituais. Ele faz isso porque se considera muito importante, mais importante do que a própria vida. O que acontece para ele não é interessante, mas o que ele deseja, sim. Para ele, é mais importante aquilo que ele deseja do que a vida como está acontecendo, neste instante, neste momento. Esse é um aspecto muito interessante dentro do processo da mente egoica. Ela é repetitiva, automática, mecânica e tudo isso vem sendo sustentado pela imaginação, por essa autoimagem em sua autoimportância.
Essa ilusória sensação de estar no controle, de querer controlar, de querer determinar o que acontece, controlar as circunstâncias, os eventos, os acontecimentos, ter resposta para tudo, e essa própria curiosidade do ser humano por desvendar os mistérios da vida, são anseios de autopreenchimento egoico.
O ser humano investe milhões na investigação do mundo externo, daquilo que está do lado de fora, na busca de encontrar algo que possa preenchê-lo e dar-lhe felicidade. Um satélite é enviado ao espaço com a intenção de termos, aqui, uma melhor internet. Assim, as pessoas podem se comunicar de uma forma mais rápida, o conhecimento pode se tornar mais rápido (conhecimento este que, na verdade, é só ignorância e não contribui em nada para a Real Felicidade humana). Apenas ficamos sabendo mais rápido de toda a confusão que a mente humana está criando do outro lado do planeta, de todos os problemas que a mente humana, sem paz, está produzindo em outro continente.
Tudo isso é parte dessa coisa mecânica, inconsciente e automática do movimento da imaginação, desse falso “eu” na busca do que, de fato, não tem nenhuma importância para a Real Felicidade humana. A Felicidade não está do lado de fora; o “fora” representa apenas o sonho que o pensamento tem criado, imaginado e sustentado. A Realidade está além do pensamento e, assim, a Felicidade, a Paz, a Inteligência, o Amor, a Bondade e a Verdade estão além da mente.
O que estou dizendo é que as circunstâncias de um mundo mais confortável não representam Real Felicidade, porque a “fome” interna por Felicidade verdadeira continuará pedindo “comida”, pedindo saciedade. A menos que você conheça quem Você É, não importa se pode desfrutar do melhor conforto material que a tecnologia e a ciência podem lhe oferecer, pois você continuará infeliz. Nós investimos muito em nada. Tudo o que você precisa é a Felicidade, mas a Felicidade não é circunstancial; a Felicidade é a Realização de sua Natureza Divina, de sua Natureza Real. Assim sendo, nenhum conforto circunstancial externo pode lhe dar Isso.
O ser humano tem buscado a Felicidade há muito tempo e de uma forma equivocada. É o que faz com que ele viaje para fora, que vá, literalmente, para o espaço sideral em busca disso. Mas, não adianta, porque tudo continua da mesma forma. Sua “viagem real” é para fora desse falso “eu”, além dessa autoimagem, da ilusão dessa egoidentidade. Isso só é possível indo para dentro e não para fora. Não é explorando o externo, mas investigando o que está próximo, o interno. Não é o distante e externo, mas sim o próximo e interno.
Então, temos nos tornado proativos, produtivos e bastante evoluídos cientificamente, tecnologicamente, e, mesmo assim, continuamos infelizes, inquietos, perturbados, estúpidos, medíocres, carentes, vivendo em solidão, com desejos e medos. Você pode aumentar a lista, acrescentando a depressão, a ansiedade e as diversas formas de representação de loucura que todos, sem exceção, experimentam — incluindo os nossos mais renomados homens da ciência e da tecnologia. Sim, eles também sofrem!
Essa fala não é um ataque, estamos apenas observando que toda essa formação e educação baseadas no desejo de obter mais controle através do conhecimento não tem funcionado. Isso em nada representa o movimento real em direção à Felicidade, à Paz no mundo. A Paz no mundo começa com a Paz dentro de você. Você é a Paz do mundo quando já não mais o perturba.
A Felicidade humana é a Felicidade da não mente, do coração silencioso, do Amor presente, enquanto que a "vida humana" é essa constante busca por prazer, mesclada com dor, mesmo em meio a todo tipo de parafernália altamente sofisticada.
O que estou dizendo é que a vida não é algo que você possa controlar. Você não tem que se importar com o que está do lado de fora; você tem que descobrir quem é você, ou o que você não é. Você não é o corpo, não é a mente, não é essa autoimagem, não é uma pessoa viva, que tem que viver 150 anos à base de medicamentos. Basta Realizar a sua Real Natureza e deixar esse sonho. Isso pode ser com trinta, quarenta, cinquenta ou setenta anos, não importa... Esse é o único propósito.
Olhe para as pessoas! Elas acreditam que estão vivas e querem continuar nessa, assim chamada, “vida”, mesmo à base de medicamentos, de drogas, importunando todos à sua volta e dando trabalho para todo mundo. Isso é apego a essa ilusão da egoidentidade, a essa falsa imagem.
*Transcrito a partir de uma fala em um encontro online na noite de 16 de Maio de 2018 – Encontros online todas as segundas, quartas e sextas às 22h (exceto em períodos de retiros) – Para informações sobre o app Paltalk e instruções de como participar, clique aqui.
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