Há um homem caminhando entre as flores do jardim do palácio, e você o confunde com o jardineiro. Mas ele é o rei, e não o jardineiro! Ele é o rei! Não é porque ele está no jardim que você deve confundi-lo com o jardineiro.
No mundo, você não é alguém; é a origem dele! Desse mundo, você não é um habitante, assim como aquele homem não é o jardineiro, mas o rei. O rei parece ser o jardineiro só porque está no jardim do palácio. Você parece ser uma pessoa só porque parece estar no mundo vivendo como alguém. Você parece que nasceu e está vivo no corpo. Caminhando entre as flores do jardim, você também acredita que está vendo o jardineiro, mas ali está o rei!
O que estou dando a vocês é o reconhecimento de quem vocês são! Eu não estou dando isso, de fato, a vocês; estou lhes informando! Informando a vocês que o mundo aparece quando os olhos têm luz para vê-lo, e a luz desse mundo, onde ele aparece, é Você!
Então, não é você no mundo, é o mundo em Você! Então, não é o jardineiro no jardim do palácio, mas é o rei no jardim do seu palácio, parecendo ser um jardineiro.
É o que eu posso lhe dar. Posso apenas lhe mostrar o que já está muito claro, mas você está olhando para outra direção. Eu estou apenas apontando a direção Real, que lhe possibilita ver a Verdade. Você não é o corpo e não é a mente, que são como a aparência do jardineiro, que oculta a presença do rei para olhos desatentos. Um pouco mais de atenção e você vai reconhecer quem está ali, quem está aí. Um pouco mais de atenção e você vai reconhecer que não é você que está no mundo, é o mundo que está em Você! Não é você que está no corpo, é o corpo que está em Você.
Será que isso é um ensino? Eu vou lhe dizer qual é o meu ensino: não há nenhum ensino, não há nada para aprender, não há nada para saber. Esse é o meu ensino! O meu ensino diz: não há nenhum ensino! E vocês ainda acham que vieram aqui aprender alguma coisa? É só a atenção de ver que quem caminha no jardim é o rei, e não o jardineiro. É só a atenção para perceber que você não está nesse mundo, mas esse mundo, esse corpo e todas as aparições surgem em Você.
No Cristianismo, chamam de Salvação; no Zen, chamam de Vazio; no Budismo, chamam de Nirvana. No Cristianismo, eles têm uma aproximação positiva e falam do Reino dos Céus; no Budismo, eles têm uma aproximação negativa e chamam de não-mente, não-eu, vazio.
Isso é um ensino? Não! É só um novo modo de olhar. É o que você está recebendo aqui: um novo modo de olhar. Eu não estou lhe dando olhos para ver, eu sou apenas um dedo que aponta a direção para a qual você se volta para olhar, com seus próprios olhos que já estão aí, para ver que não há jardineiro, que há só o rei caminhando no jardim do seu próprio palácio.
Se há um jardim grande, com um homem que esqueceu o que está fazendo ali, que esqueceu quem ele é, este pode ser facilmente convencido de que é o jardineiro e que possui qualquer nome que digam a ele. Então, ele se convence fácil e rapidamente do nome e de que ele é o jardineiro, porque seu ambiente é o jardim, um grande jardim. Ele começa a se comportar como jardineiro, a trabalhar no jardim e, depois de certo tempo, assume realmente aquilo, assume ser aquela pessoa, com aquele nome, ser um jardineiro. Mas o fato é que aquele jardineiro não é um jardineiro, e aquele nome não é o nome dele. Ele não é ele, mas não sabe disso, ele se esqueceu. O jardim é muito grande, e ele se considera o jardineiro no jardim do palácio do rei. Contudo, na verdade, ele é o rei, apenas caminhando em seu jardim. Ele se esqueceu de quem era, e agora está convencido de que é o jardineiro e que é uma pessoa comum. Ele jamais vai voltar ao trono enquanto estiver esquecido do fato de quem ele é.
Quando você vem a Satsang, não vem para ser livre, para se iluminar, para "realizar Deus", para "realizar a Verdade", mas para descobrir a Verdade que Você é, o Deus que Você é, a Liberdade que Você é. O único trabalho que eu tenho aqui é lhe informar quem Você É, é fazê-lo lembrar de quem Você É.
Você se comporta como um jardineiro no jardim do palácio do rei, enquanto você é o rei apenas passeando no jardim. Você acha que um homem que passeia pelo jardim, apesar de ter se esquecido de que é o rei, se torna, de fato, um jardineiro? Se você se esquece de quem é, deixa de ser quem é?
Você acha que vem a Satsang para encontrar Deus. Todos estão fazendo isso! Há muito tempo, em todos os caminhos da busca, você quer aquilo que, na verdade, a mente projeta como o ideal, como o objetivo, como o alvo da conquista, o alvo da realização, da iluminação, do amor, da paz, da felicidade, o que, na verdade, é um grande esquecimento.
Meu trabalho com você não é lhe dar o que Você é, mas lhe ajudar a lembrar do que Você é! Você se confunde com pensamentos, sensações e sentimentos; despreza o que Você É nesse autoesquecimento acerca de si mesmo. Você se comporta como jardineiro, acorda como jardineiro, dorme como jardineiro, fala como jardineiro...
Eu tenho algo para dizer a você: o vazio é sua Natureza Real; o vazio é o rei! Assuma seu trono! Um rei sem trono não domina, é só uma pessoa comum. Assuma o trono, domine-o! Um Buda fala como um rei, olha como um rei, caminha como um rei, se assenta como um rei, reina como um rei.
um homem simples: andava com uma bengala, uma espécie de tanga, como diríamos aqui no ocidente, e uma pequena vasilha para carregar água enquanto caminhava, dando suas voltas na montanha. Nesse pequeno quadro, dessa pequena parte do mundo, ali estava um rei, com os pés no chão, subindo a montanha. E é assim até hoje. Na Índia, todos sobem a montanha e ninguém usa tênis; todos de pés descalços.
Se você sabe quem Você É, não importa a pequena parte do mundo onde você se encontra, ou que tipo de roupa você está vestindo, ou que tipo de comida está comendo. Você come como um rei e se veste como um rei.
Meu trabalho no Satsang com você é fazê-lo reconhecer quem Você É. Estou aqui para lhe dar Consciência. Você está dormindo! A natureza da mente é tal, que ela está completamente esquecida da Realidade, da Consciência, nesse seu sonho. Eu não vou lhe dar Consciência, eu vou fazê-lo lembrar de sua Natureza Real!
O homem chamado Ramana Maharshi caminhando de pés descalços, dando voltas na montanha, recebendo outros que queriam estar com ele, era um rei que tinha como trabalho mostrar a eles quem eles eram. Meu trabalho é o mesmo! Há relatos de alguns que diziam que mesmo o sorriso da mais linda criança diante de Ramana ficava pálido, tal era a beleza daquele sorriso. O sorriso de um rei!
Nesse mundo de autoesquecimento, o valor todo está na exterioridade, nas aparências. Oculta sob as sombras, está presente a silenciosa luz autofulgente de pura Consciência, de pura Presença, de pura Realeza.
Como é estar aqui? Como é poder se deparar com essa alegria e esse reconhecimento?
Somente quando a ideia de ser alguém vai embora é possível esse reconhecimento. Só então o rei se reconhece como esse vazio, e volta ao trono. E quando ele está de volta ao trono de sua realeza, o autoesquecimento vai embora, o medo vai embora, a ilusão da separação vai embora. A natureza desse vazio – que é o rei de volta ao trono, ao reconhecimento de sua realeza – é alegria pura, felicidade pura!
Então, não se esqueça disso: a Verdade está sempre presente Naquilo que Você É, quando você reconhece isso. Quando você não reconhece, isso é mera teoria. Pare de me ouvir e viva o que estou dizendo!
Todos estão ouvindo alguma voz, alguém dizer algo em algum lugar, mas isso não tem valor algum! Não quero que você me escute, quero que você se assuma como o Vazio, que se assente no trono, o domine e reine!
A felicidade de estar diante de um Mestre vivo é a alegria invisível de poder se reconhecer como Deus, como Consciência, como Verdade, como Vazio! A felicidade que gera em si uma grande realização! Poder reconhecer a Verdade presente nos olhos de um Mestre vivo é chamado, na Índia, de Darshan. Darshan é ter uma visão de Deus! Na Índia, sinceros devotos ficam loucos por isso, apenas por ter uma visão de Deus. Quando o Mestre está muito doente, seu corpo muito debilitado e não pode receber visitas, passam apenas para dar uma olhada por poucos minutos ou segundos; fazem uma fila e passam só para ter o Darshan, para ter um olhar de Deus.
Sabe o que significa isso? Significa poder lembrar que o jardineiro não é um jardineiro, não é alguém que cuida do jardim. É a possibilidade do jardineiro reconhecer que o que disseram para ele não é real. Ele não é fulano de tal, o jardineiro é o rei naquele palácio, e aquele jardim também é dele.
Como é vir aqui? Olhar para mim, se permitir que eu olhe, ter o olhar para você? Você consegue ver o mar e as ondas quebrando nas pedras, debaixo dessa luz do sol? Você percebe que a visão do mar com suas ondas quebrando nas rochas, ou se desmanchando na praia, na areia, é também um momento de Darshan? Por quanto tempo você mantém a lembrança desse silêncio, dessa graça, dessa beleza diante do mar? Quando você está aqui, o que é que lhe falta? Eu sou o mar, olhe para os meus olhos e você vai ver as ondas quebrando contra as rochas. Eu sou sua praia! Nós nos encontramos! Eu deságuo em você e você em mim! O rio que se encontra com o mar e o mar que se encontra com ele mesmo.
Não vê que eu sou esse "Eu Sou" que Você é? Você não fez uma viagem da sua cidade para estar aqui no Rio de Janeiro para ver o mar, mas você fez essa viagem para me ver. Você veio se ver! Você acha que a beleza do mar está fora daquilo que Você é? Você acha que encontra essa beleza viajando para alguma cidade? Você acha que essa é uma alegria que está fora de Você, para ser encontrada no prazer de surfar, ou de navegar, velejar, viajar ou ir para algum lugar? Não! A beleza é a sua Natureza, a única Felicidade Real! E quando você me encontra, você se encontra!
No mundo, você não é alguém; é a origem dele! Desse mundo, você não é um habitante, assim como aquele homem não é o jardineiro, mas o rei. O rei parece ser o jardineiro só porque está no jardim do palácio. Você parece ser uma pessoa só porque parece estar no mundo vivendo como alguém. Você parece que nasceu e está vivo no corpo. Caminhando entre as flores do jardim, você também acredita que está vendo o jardineiro, mas ali está o rei!
O que estou dando a vocês é o reconhecimento de quem vocês são! Eu não estou dando isso, de fato, a vocês; estou lhes informando! Informando a vocês que o mundo aparece quando os olhos têm luz para vê-lo, e a luz desse mundo, onde ele aparece, é Você!
Então, não é você no mundo, é o mundo em Você! Então, não é o jardineiro no jardim do palácio, mas é o rei no jardim do seu palácio, parecendo ser um jardineiro.
É o que eu posso lhe dar. Posso apenas lhe mostrar o que já está muito claro, mas você está olhando para outra direção. Eu estou apenas apontando a direção Real, que lhe possibilita ver a Verdade. Você não é o corpo e não é a mente, que são como a aparência do jardineiro, que oculta a presença do rei para olhos desatentos. Um pouco mais de atenção e você vai reconhecer quem está ali, quem está aí. Um pouco mais de atenção e você vai reconhecer que não é você que está no mundo, é o mundo que está em Você! Não é você que está no corpo, é o corpo que está em Você.
Será que isso é um ensino? Eu vou lhe dizer qual é o meu ensino: não há nenhum ensino, não há nada para aprender, não há nada para saber. Esse é o meu ensino! O meu ensino diz: não há nenhum ensino! E vocês ainda acham que vieram aqui aprender alguma coisa? É só a atenção de ver que quem caminha no jardim é o rei, e não o jardineiro. É só a atenção para perceber que você não está nesse mundo, mas esse mundo, esse corpo e todas as aparições surgem em Você.
No Cristianismo, chamam de Salvação; no Zen, chamam de Vazio; no Budismo, chamam de Nirvana. No Cristianismo, eles têm uma aproximação positiva e falam do Reino dos Céus; no Budismo, eles têm uma aproximação negativa e chamam de não-mente, não-eu, vazio.
Isso é um ensino? Não! É só um novo modo de olhar. É o que você está recebendo aqui: um novo modo de olhar. Eu não estou lhe dando olhos para ver, eu sou apenas um dedo que aponta a direção para a qual você se volta para olhar, com seus próprios olhos que já estão aí, para ver que não há jardineiro, que há só o rei caminhando no jardim do seu próprio palácio.
Se há um jardim grande, com um homem que esqueceu o que está fazendo ali, que esqueceu quem ele é, este pode ser facilmente convencido de que é o jardineiro e que possui qualquer nome que digam a ele. Então, ele se convence fácil e rapidamente do nome e de que ele é o jardineiro, porque seu ambiente é o jardim, um grande jardim. Ele começa a se comportar como jardineiro, a trabalhar no jardim e, depois de certo tempo, assume realmente aquilo, assume ser aquela pessoa, com aquele nome, ser um jardineiro. Mas o fato é que aquele jardineiro não é um jardineiro, e aquele nome não é o nome dele. Ele não é ele, mas não sabe disso, ele se esqueceu. O jardim é muito grande, e ele se considera o jardineiro no jardim do palácio do rei. Contudo, na verdade, ele é o rei, apenas caminhando em seu jardim. Ele se esqueceu de quem era, e agora está convencido de que é o jardineiro e que é uma pessoa comum. Ele jamais vai voltar ao trono enquanto estiver esquecido do fato de quem ele é.
Quando você vem a Satsang, não vem para ser livre, para se iluminar, para "realizar Deus", para "realizar a Verdade", mas para descobrir a Verdade que Você é, o Deus que Você é, a Liberdade que Você é. O único trabalho que eu tenho aqui é lhe informar quem Você É, é fazê-lo lembrar de quem Você É.
Você se comporta como um jardineiro no jardim do palácio do rei, enquanto você é o rei apenas passeando no jardim. Você acha que um homem que passeia pelo jardim, apesar de ter se esquecido de que é o rei, se torna, de fato, um jardineiro? Se você se esquece de quem é, deixa de ser quem é?
Você acha que vem a Satsang para encontrar Deus. Todos estão fazendo isso! Há muito tempo, em todos os caminhos da busca, você quer aquilo que, na verdade, a mente projeta como o ideal, como o objetivo, como o alvo da conquista, o alvo da realização, da iluminação, do amor, da paz, da felicidade, o que, na verdade, é um grande esquecimento.
Meu trabalho com você não é lhe dar o que Você é, mas lhe ajudar a lembrar do que Você é! Você se confunde com pensamentos, sensações e sentimentos; despreza o que Você É nesse autoesquecimento acerca de si mesmo. Você se comporta como jardineiro, acorda como jardineiro, dorme como jardineiro, fala como jardineiro...
Eu tenho algo para dizer a você: o vazio é sua Natureza Real; o vazio é o rei! Assuma seu trono! Um rei sem trono não domina, é só uma pessoa comum. Assuma o trono, domine-o! Um Buda fala como um rei, olha como um rei, caminha como um rei, se assenta como um rei, reina como um rei.
um homem simples: andava com uma bengala, uma espécie de tanga, como diríamos aqui no ocidente, e uma pequena vasilha para carregar água enquanto caminhava, dando suas voltas na montanha. Nesse pequeno quadro, dessa pequena parte do mundo, ali estava um rei, com os pés no chão, subindo a montanha. E é assim até hoje. Na Índia, todos sobem a montanha e ninguém usa tênis; todos de pés descalços.
Se você sabe quem Você É, não importa a pequena parte do mundo onde você se encontra, ou que tipo de roupa você está vestindo, ou que tipo de comida está comendo. Você come como um rei e se veste como um rei.
Meu trabalho no Satsang com você é fazê-lo reconhecer quem Você É. Estou aqui para lhe dar Consciência. Você está dormindo! A natureza da mente é tal, que ela está completamente esquecida da Realidade, da Consciência, nesse seu sonho. Eu não vou lhe dar Consciência, eu vou fazê-lo lembrar de sua Natureza Real!
O homem chamado Ramana Maharshi caminhando de pés descalços, dando voltas na montanha, recebendo outros que queriam estar com ele, era um rei que tinha como trabalho mostrar a eles quem eles eram. Meu trabalho é o mesmo! Há relatos de alguns que diziam que mesmo o sorriso da mais linda criança diante de Ramana ficava pálido, tal era a beleza daquele sorriso. O sorriso de um rei!
Nesse mundo de autoesquecimento, o valor todo está na exterioridade, nas aparências. Oculta sob as sombras, está presente a silenciosa luz autofulgente de pura Consciência, de pura Presença, de pura Realeza.
Como é estar aqui? Como é poder se deparar com essa alegria e esse reconhecimento?
Somente quando a ideia de ser alguém vai embora é possível esse reconhecimento. Só então o rei se reconhece como esse vazio, e volta ao trono. E quando ele está de volta ao trono de sua realeza, o autoesquecimento vai embora, o medo vai embora, a ilusão da separação vai embora. A natureza desse vazio – que é o rei de volta ao trono, ao reconhecimento de sua realeza – é alegria pura, felicidade pura!
Então, não se esqueça disso: a Verdade está sempre presente Naquilo que Você É, quando você reconhece isso. Quando você não reconhece, isso é mera teoria. Pare de me ouvir e viva o que estou dizendo!
Todos estão ouvindo alguma voz, alguém dizer algo em algum lugar, mas isso não tem valor algum! Não quero que você me escute, quero que você se assuma como o Vazio, que se assente no trono, o domine e reine!
A felicidade de estar diante de um Mestre vivo é a alegria invisível de poder se reconhecer como Deus, como Consciência, como Verdade, como Vazio! A felicidade que gera em si uma grande realização! Poder reconhecer a Verdade presente nos olhos de um Mestre vivo é chamado, na Índia, de Darshan. Darshan é ter uma visão de Deus! Na Índia, sinceros devotos ficam loucos por isso, apenas por ter uma visão de Deus. Quando o Mestre está muito doente, seu corpo muito debilitado e não pode receber visitas, passam apenas para dar uma olhada por poucos minutos ou segundos; fazem uma fila e passam só para ter o Darshan, para ter um olhar de Deus.
Sabe o que significa isso? Significa poder lembrar que o jardineiro não é um jardineiro, não é alguém que cuida do jardim. É a possibilidade do jardineiro reconhecer que o que disseram para ele não é real. Ele não é fulano de tal, o jardineiro é o rei naquele palácio, e aquele jardim também é dele.
Como é vir aqui? Olhar para mim, se permitir que eu olhe, ter o olhar para você? Você consegue ver o mar e as ondas quebrando nas pedras, debaixo dessa luz do sol? Você percebe que a visão do mar com suas ondas quebrando nas rochas, ou se desmanchando na praia, na areia, é também um momento de Darshan? Por quanto tempo você mantém a lembrança desse silêncio, dessa graça, dessa beleza diante do mar? Quando você está aqui, o que é que lhe falta? Eu sou o mar, olhe para os meus olhos e você vai ver as ondas quebrando contra as rochas. Eu sou sua praia! Nós nos encontramos! Eu deságuo em você e você em mim! O rio que se encontra com o mar e o mar que se encontra com ele mesmo.
Não vê que eu sou esse "Eu Sou" que Você é? Você não fez uma viagem da sua cidade para estar aqui no Rio de Janeiro para ver o mar, mas você fez essa viagem para me ver. Você veio se ver! Você acha que a beleza do mar está fora daquilo que Você é? Você acha que encontra essa beleza viajando para alguma cidade? Você acha que essa é uma alegria que está fora de Você, para ser encontrada no prazer de surfar, ou de navegar, velejar, viajar ou ir para algum lugar? Não! A beleza é a sua Natureza, a única Felicidade Real! E quando você me encontra, você se encontra!
*Transcrito de uma fala ocorrida em agosto de 2015, num encontro presencial, na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Para informações sobre os nossos encontros, clique aqui.
Qta Verdade nessa fala! Mto lindo!
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