quinta-feira, 27 de julho de 2023

Uma Nova Consciência. Condicionamento psicológico. Aproximar do Autoconhecimento. Tempo psicológico.

Afinal, o que nós estamos trabalhando juntos aqui com você? Estamos trabalhando o fim da ilusão do sentido de um “eu” presente, aqui e agora, dentro dessa experiência. Nós estamos trabalhando com você o fim de uma identidade separada, a presença de “alguém” agora aqui. A ideia que você tem sobre quem você é, o conceito que você faz sobre você, sobre o outro, sobre o mundo, isso é algo que se assenta com base dentro dessa ilusão. Essa ilusão é o desconhecimento da Verdade sobre você.

Você não tem olhado, você não tem observado, você não tem visto a Verdade sobre si mesma, sobre si mesmo, porque não há uma investigação. É comum a todos nós mantermos nossas vidas de uma forma mecânica, insciente, inconsciente a respeito de quem somos. As contradições, os conflitos, dilemas, problemas, todos os medos e complicações diversas, as diversas formas de infelicidade que temos em nossas vidas estão presentes em razão deste desconhecimento.

Assim, se nós temos um interesse real de uma aproximação, de uma real mudança, de uma real transformação em nós mesmos, de nossa mente e do nosso coração, para uma vida inteiramente nova, livre de conflitos, de problemas, de dilemas e de sofrimento, precisamos compreender a Verdade sobre quem somos. É necessário compreendermos essa questão desse conteúdo da consciência em nós. Afinal, o que é essa consciência – essa consciência humana em nós?

Todos nós temos diferenças uns dos outros. Essas diferenças psicológicas têm aspectos muito particulares dentro da história de cada um, no entanto, basicamente, psicologicamente, essa consciência humana, esse estado de consciência, é algo comum a todos nós. Estamos aqui nos referindo à mesma consciência em todos: é essa consciência egoica, é essa consciência do “eu” – assim nós temos chamado esse modelo de consciência que conhecemos.

Se houver uma mudança em nossa mente, em nosso coração, algo inteiramente novo estará presente nessa experiência do viver, é nisso que estamos interessados dentro desse encontro. Nós estamos gastando muita energia tentando resolver os problemas – problemas físicos, problemas intelectuais, emocionais, financeiros, diversos problemas que temos em nossas vidas –, e esses problemas estão presentes em razão dessa falta de Real Consciência. Essa Real Consciência é essa Nova Consciência, a qual eu tenho tratado aqui dentro desses encontros. A presença dessa Real Consciência é a presença da Inteligência. E quando há Inteligência, em razão dessa Nova Consciência, aquilo que nós chamamos de “problemas humanos” é algo completamente diferente – estamos diante de algo inteiramente diferente. Todos os problemas em nós, ou presentes em nós ao nível psicológico, estão presentes em razão de uma ilusão, em razão de uma identificação equivocada com esse “eu”, com esse ego – essa é a assim conhecida consciência presente em todos nós, essa consciência comum a todos nós.

Aqui eu tenho tratado com você sobre a possibilidade de uma Nova Consciência em razão dessa transformação possível a cada um de nós, em nossa mente e em nosso coração. A Realização disso é a Realização da Verdade do seu Ser, o que alguns chamam de o “Despertar da Consciência”. E por que a expressão “Despertar da Consciência”? Porque se trata da Real Consciência. Aquilo que temos chamado de consciência em nós – essa consciência comum a todos, essa consciência humana – está em um estado de sono. Na verdade, toda a insanidade psicológica presente em nós é em razão dessa consciência humana – o que nós poderemos chamar aqui de inconsciência.

A condição da mente em nós, lincada – como ela está – a um programa de condicionamento psicológico que há milênios estamos trazendo, essa condição psicológica de consciência, que é a consciência do “eu”, que é a consciência mental, é uma consciência de insanidade. Nós não conhecemos a Verdade sobre quem nós somos e nessa insanidade, nessa inconsciência ou nessa consciência egoica, o que prevalece em nós é o medo, a inveja, o ciúme, a ansiedade, todas a formas de complexos, de traumas, de angústias. Tudo isso está presente em razão desse estado comum em todos nós de inconsciência ou de consciência egoica, que é essa, assim chamada, “consciência humana”.

Aqui a proposta é a compreensão da Verdade sobre o seu Ser, a Verdade sobre a sua Real Natureza. A Verdade sobre isso é o fim dessa consciência como nós a conhecemos. Em outras palavras, é o fim dessa visão de pensamento, experiência e tempo, como nós conhecemos. Nós temos um modelo de pensamento, de experiência e tempo. Para nós existe o passado, o presente e o futuro; para nós existe o pensamento e esse pensamento nasce de um pensador em nós; para nós a experiência que vivemos, que nós experimentamos, é muito real para esse pensador que, na verdade, é apenas pensamento guardado, acumulado como parte de uma memória, e tudo isso está dentro desse condicionamento da consciência egoica, da consciência humana, dessa consciência mental.

A nossa aproximação do pensamento, da experiência e desse, assim chamado, “tempo” é algo completamente equivocado. Nossa noção de passado, presente e futuro, psicologicamente falando, é uma ilusão. Nossa noção de pensador que produz pensamentos e lida com a vida a partir desses pensamentos é uma ilusão. E essa busca de experiência para com ela adquirir mais habilidade para acertar, para fazer o que convém, para fazer a coisa certa, isso também se constitui numa ilusão. Toda a ação em nós que se baseia no passado, ou seja, na memória, na lembrança, que é pensamento, repare, tudo isso é resultado de experiências passadas e nós estamos tentando ajustar a vida nesse presente momento a uma visão de uma experiência passada, de uma lembrança, de uma memória, sempre dentro da ideia de que existe “alguém” responsável por isso, que é o “eu”, o pensador.

Nós acreditamos que podemos realizar na vida uma ação livre de complicações, problemas, dilemas, com base naquilo que esse senso do “eu” carrega. Assim, essa consciência mental é aquilo que nós temos valorizado como sendo a verdade sobre quem somos, e isso não é real. A autoinvestigação lhe aproxima do Autoconhecimento. O Autoconhecimento é a aproximação dessa observação desse “eu”; é esse “eu” que está presente dentro dessa ilusão de que ele é “aquele que está pensando”, ele é aquele que está, com base nas experiências, “sempre procurando acertar”. Não é de uma forma consciente que nós estamos procurando a infelicidade. Eu disse isso: não é de uma forma consciente que estamos procurando a infelicidade, mas todas as nossas ações, tudo aquilo que estamos fazendo com as nossas vidas é em direção a essa infelicidade, e não é de uma forma consciente, porque de uma forma consciente jamais estaríamos agindo como estamos agindo, falando o que estamos falando, nos relacionando com o mundo, com o outro como estamos nos relacionando.

Nossas ações conflituosas, que têm por base todo esse pensamento já programado em nós, já condicionado em nós, algo que vem do passado, esse comportamento, essas ações, esse modelo de vida, de existência, é algo que está produzindo em nossas vidas sofrimento, infelicidade. Nós não estamos procurando essa infelicidade de uma forma consciente. A nossa procura é pela felicidade, mas uma procura pela felicidade com base nessa inconsciência a respeito de quem somos, nos coloca dentro desse padrão de comportamento e de ação egocêntrica, de puro egocentrismo, e isso produz em nossas vidas a infelicidade que não desejamos. Então fica muito claro: o ser humano não está na procura da infelicidade, mas tudo o que ele tem feito ou o que nós andamos fazendo a partir desse centro, que é o “eu”, que é o ego, a partir dessa consciência mental – que, na verdade, é pura inconsciência –, tem nos levado a essa confusão em que nós, como seres humanos, estamos hoje, em que cada um de nós está hoje vivendo em nossas relações uns com os outros.

Assim, o nosso encontro ou nosso trabalho juntos aqui consiste na compreensão da Verdade sobre quem nós somos, e essa compreensão é aquilo que irá operar esta transformação fundamental em nossa mente e em nosso coração, para o surgimento desta Realidade, que é a Realidade do seu Ser, que é a Verdade Divina que você É. Essa é a Verdade de Deus – alguns chamam de Iluminação Espiritual ou o Despertar da Consciência –, uma vida completamente diferente, uma nova maneira de viver, sentir, agir, falar, pensar, totalmente livre desse senso de “pessoa”, desse sentido de individualidade separada. Esta individualidade é uma ilusão. Sim, a ilusão da individualidade. Nós carregamos essa ilusão: a ilusão de um sentido de um “eu” presente dentro do viver, dentro do experimentar, dentro do pensar, dentro do tempo. A Realidade do seu Ser, a Realidade Divina que você É, a Verdade de sua Natureza Essencial, não está no tempo – aqui eu me refiro a esse tempo psicológico, que é o tempo do “eu”, onde existe essa noção de “eu fui, eu sou e eu serei”.

Aqui, quando falamos dessa transformação, dessa mudança, não é a partir dessa ilusão “eu fui, eu sou e eu serei” Toda a ideia que temos sobre mudança ou transformação, em geral, nós sempre colocamos a noção ilusória desse tempo, que é o tempo do “eu”. Não existe qualquer Verdade nesse tempo psicológico e, portanto, esse sentido do “eu” pode passar por reformas, por mudanças periféricas, mas não é disso que estamos falando aqui. Estamos falando de uma radical mudança e não é a mudança do “eu”, é a mudança nessa própria estrutura cerebral, física, nesse corpo-mente. É o fim dessa estrutura psicológica, é isso que eu tenho aqui chamado de “real mudança possível” para cada um de nós. Uma mudança que se faz presente quando o sentido do ego não está mais e, portanto, o sentido do tempo não está mais, toda essa noção de “eu fui, eu sou e eu serei” não está mais.

Aqui eu tenho sinalizado para você a importância de uma aproximação fora dessa ideia de “eu serei”, “eu chegarei lá”. Afinal, o que é esse “eu”? O que é esse “mim”, esse ego? Algo se faz fundamental aqui – realmente necessário e fundamental em nossas vidas –, e esse Algo é a Realização da Verdade de Deus, que é a Verdade de seu Ser. Isso é o fim do “eu” e o início de algo inteiramente novo e desconhecido para esse modelo de pensar e sentir, para esse antigo modelo de pensamento, experiência e ação com base neste falso ego, neste falso “eu”, nessa falsa identidade.

A Verdade sobre você é o fim da ilusão sobre quem você acredita ser, é o fim da ilusão dessa individualidade. Esse sentido de individualidade é toda a confusão presente em cada um de nós. A verdadeira individualidade é algo completamente fora de tudo o que a mente pode conceber, pode idealizar. É uma vida livre do tempo psicológico, uma vida livre do sentido “eu”, desse “eu sou hoje, eu fui ontem e eu serei amanhã”; uma vida livre dessa ideia de se tornar, de realizar, de vir a ser “alguém diferente”. Estamos falando aqui do fim de toda essa ilusão. Se o medo está presente, é o que nós temos, se a inveja está presente, é o que nós temos. Inveja não se transformará em outra coisa, ela será sempre inveja; o medo será sempre o medo. Quando você observa o medo e inveja de perto, existe o fim para esse “eu”, e quando esse “eu” termina, o tempo psicológico termina. Você não precisa do tempo para estar além do medo, para estar além da inveja, precisa, sim, se tornar ciente da ilusão desse “eu” com sua inveja e seu medo.

Assim, esse é o nosso trabalho juntos e é isso que estamos tratando aqui com você dentro do canal. Se o que você está ouvindo é algo que faz sentido para você, quero lhe convidar a deixar aí o seu like e se inscrever no canal. Quero lembrar a você: nós temos encontros online e encontros presenciais, onde estamos trabalhando isso com aqueles que se aproximam. Ok?

Se isso faz sentido para você, a gente se vê no próximo. Valeu pelo encontro!

Maio de 2023
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terça-feira, 25 de julho de 2023

Despertar, Realização de Deus | Mente livre do tempo psicológico | Condicionamento psicológico

Afinal, o que estamos buscando descobrir juntos aqui? Você vê o outro e vê a vida a partir da ilusão que você tem a respeito sobre quem é você. Você não se conhece, mas acredita conhecer o outro e conhecer a vida, e olha que a vida é muito extensa, ela inclui acidentes, incidentes, acontecimentos, dificuldades, problemas, saúde e doença, morte, enfim, muitas e muitas coisas.

A ilusão sobre quem é você lhe dá uma visão completamente equivocada sobre quem é o outro e sobre o que é a vida. O problema aqui ainda é mais complicado: a ilusão sobre quem você é lhe dá a ideia equivocada de ser uma pessoa, uma pessoa que nasceu, que está vivendo sua vida, passando por vicissitudes, complexidades, dificuldades, diversas formas de problemas, passiva de adoecer, passar por um acidente, envelhecer e morrer. Algo completamente falso. Você desconhece a Verdade do seu Ser, você se confunde com a ilusão do pensamento. O pensamento criou em você o sentido de “alguém” presente. A ideia que você tem é de que você está aqui, por exemplo, nesse momento, ouvindo essa fala, podendo pensar sobre isso, tirar conclusões sobre isso e podendo aceitar ou rejeitar isso. O que, na verdade, está presente é um movimento de consciência mental, um fundo de condicionamento psicológico aí nesse corpo lhe fazendo acreditar em “alguém” presente ouvindo essa fala e entendendo essas palavras. A ideia de “alguém” pensando esses pensamentos, “alguém” sentindo esses sentimentos, “alguém” vivendo essa vida, “alguém” que nasceu e “alguém” que pode morrer, nada disso é Real. Você está num grande jogo misterioso, num grande jogo Divino, você é esta própria Presença, é essa própria Consciência em seu Ser, por detrás deste jogo. Essa é a sua Natureza Real. Aquilo que se apresenta se passando por você é esse condicionamento psicológico, esse falso “eu”, esse falso centro, essa falsa identidade, esse sentido de “alguém” presente.

Eu quero lhe propor aqui nesse canal – assim como em encontros online e presenciais – a possibilidade de ir além dessa ilusão, reconhecendo a Verdade do seu Ser, que é Plenitude, que é Amor, que é Paz, que é Felicidade, Aquilo que está além do jogo, mas que está brincando de jogar. A Realidade do seu Ser, a Realidade da Consciência, a Realidade de Deus, a Realidade desta Presença, há muitos nomes para essa Realidade. Nós deixamos os nomes de lado e nos aproximamos aqui de uma vivência direta, olhando para aquilo que se passa, agora aqui. Olhar para esse jogo enquanto ele acontece e é sempre agora, aqui, enquanto ele acontece. “Nesse momento” é quando ele acontece, é quando você pode se tornar ciente de que isso é um jogo. É quando você se torna ciente de que você está em um jogo que você vai além da ilusão de “alguém” presente dentro dessa experiência.

Não encaramos a vida como um grande jogo Divino, encaramos a vida como uma complexidade difícil de lidar, difícil de atender, isso ocorre em razão desse sentido de “alguém” presente que, de uma forma equivocada, está vendo o mundo a partir desse “mim”, desse “eu”, desse “si mesmo”. Então há uma luta constante para a continuação ou a continuidade desse “mim”, desse “eu”. Essa alienação da Verdade sobre o seu Ser lhe colocou numa condição onde o sentido do “eu” prevalece. Então o seu linque com o outro, com a vida, com o mundo, com tudo à sua volta, é um linque de resistência. Há uma ligação de conflito, porque aquilo que prevalece é a ilusão da separação, é a ilusão desse “eu”, dessa identidade autocentrada e, naturalmente, em conflito, porque ela se vê separada, ela não pode, ela não consegue ver o jogo, não consegue ver a Realidade desta Suprema e Divina Consciência nessa grande brincadeira Divina com o seu misterioso jogo. O sentido do “eu” não consegue ver isso, ele se vê como uma entidade separada, ele “não é” e quer “vir a ser”. Em nós há o pensamento, nesse sentido do “eu”, que funciona exatamente assim: “Eu sou isso hoje, fui aquilo ontem, mas serei o que desejo ser amanhã”. Então há essa noção de tempo e espaço: o “eu” presente aqui, o mundo em volta desse “eu”, o “eu” presente aqui neste presente, vindo do passado e caminhando para o futuro. A noção de tempo e espaço para essa identidade separada é aquilo que prevalece, e quando isso prevalece, o que prevalece é a ilusão da resistência e, portanto, do conflito. Esse é o sentido de separação, esse é o sentido de dualidade.

Esse sentido do “eu” está buscando a sobrevivência de sua experiência através do pensamento. O pensamento para buscar continuidade nesse tempo psicológico – criado por ele próprio – criou esse tempo psicológico, ele busca continuidade nesse tempo psicológico e ele criou uma identidade, que é esse “eu”, que é o pensador. O pensamento faz isso porque busca continuidade, é um processo de condicionamento em cada um de nós, a ideação, a crença desse “eu” presente, um “eu” que pensa, um “eu” pensando. Esse próprio pensamento criou aquele que sente essas emoções para esse “eu”. Então quando as emoções estão presentes, há sempre um “eu”, que é uma criação do próprio pensamento, sentindo essas emoções. Aquilo que esse “eu” chama de vida, é a sensação, a busca de preenchimento, de prazer, de realização externa, vivendo esse “eu” nesse autocentramento, onde aquilo que esse “eu”, que é só o pensador, idealiza a vida para ele. Então esse autocentramento é esse ego, esse “mim”.

O egocentrismo é parte desse movimento do “eu”, que é um movimento do pensamento, que ocorre a partir desse falso centro que é o “eu”. Esse é o jogo que o “eu” não enxerga, que o “eu” não percebe. Ele não percebe a ilusão desse sentido de separação, ele não percebe que está dentro desse jogo. A compreensão do movimento do pensamento, quando a mente se aproxima para compreender esse movimento – esta auto-observação, esta observação de si mesmo –, lhe faz perceber a ilusão desse “eu”, que é a ilusão desse pensador, que é a ilusão desse que sente, que é a ilusão desse que controla, que é a ilusão desse que se separa da vida para lutar, para resistir, para entrar em conflito, para viver nessa dualidade. Esta auto-observação lhe faz ver isso, que esse “eu” é uma ilusão. A compreensão dessa ilusão é a visão a partir desta Inteligência, desta Real Verdade do Ser, é quando desperta sua Natureza Divina, sua Verdadeira Consciência, que é a Consciência de Deus. Isso é Iluminação Espiritual ou Despertar Espiritual, é a Realização de Deus, é a Realização do seu Ser, é o Despertar da Sabedoria, é o Despertar e o Florescer do Amor, é o Florescer de Deus.

Tudo isso pode parecer muito, muito complicado a princípio. Não tente intelectualizar isso, apenas acompanhe essa fala, escute essas falas aqui no canal. Algo em você é capaz de perceber a Realidade que estamos dizendo. Com certeza não é esse movimento de condicionamento, esse Algo em você é a própria presença da Consciência Verdadeira, a própria presença da Inteligência, a própria presença do seu Ser. Então a ilusão que sustenta essa ignorância é a ilusão que se estabelece constantemente em nossas vidas como toda forma de complicação, sofrimento e desordem. O Despertar da Verdade Divina, o Despertar da Verdade do seu Ser é o fim para tudo isso. Isso é algo que se torna possível quando você se aproxima de si mesmo. Se aproximar de si mesmo é ter a mente capaz de olhar para ela própria para ver o seu próprio movimento.

Quando a mente se torna silenciosa, e aqui silenciosa é ter essa habilidade de se aproximar para ver; ver sem o pensador, ver sem aquele que sente, olhar sem o pensador, olhar sem aquele que sente, perceber o movimento do pensamento, do sentimento, da emoção, da sensação, das idéias, das crenças, sem colocar uma identidade nisso – essa antiga e velha identidade, que é o “eu”, o “mim”, o ego. Olhar e não se confundir com isso, olhar e não se identificar com isso, se aproximar dessa forma requer uma mente capaz de olhar esse movimento a partir do silêncio. Então o pensamento aparece e ele é visto, o sentimento aparece e ele é visto, a sensação aparece e ela é vista. Estar atento, momento a momento, a cada pensamento, sentimento, sensação, percepção na experiência, sem colocar o sentido de “alguém” dentro disso, é parte da aproximação da Real Meditação. Quando nos aproximamos da Real Meditação de uma forma prática, nos aproximamos da Real aproximação da Verdade sobre quem nós somos, agora aqui, desta Real Inteligência, desta Real Consciência, desta mente livre desse movimento do tempo psicológico. Esse tempo psicológico é aquilo que é parte desse jogo de uma identidade presente se separando da vida.

Enquanto essa visão de separação, de dualidade, desse fundo psicológico – que é o fundo do “eu” – permanece presente, a contradição é aquilo que prevalece, e onde há contradição, há naturalmente o conflito. Então ver o jogo é perceber Aquilo que está além do jogo, permanecer livre em seu Ser, em sua Natureza Real, em sua Verdadeira Identidade, é permanecer livre do sentido do “eu” e dessa opressão da ilusão de uma identidade presente.

Tudo está no seu lugar quando o sentido do “eu”, desse “mim”, desse ego, não está mais presente, então é possível uma vida livre, onde a Verdade está presente, a Liberdade está presente, o Amor está presente. Essa é a Verdade sobre o seu Ser, essa é a Verdade de Deus, esse é o assunto nosso aqui no canal.

Se isso faz sentido para você, deixe ai o seu like, se inscreva no canal. Quero lembrar a você: nós temos encontros online e, também, encontros presenciais, onde estamos trabalhando isso com aqueles que se aproximam. Ok?

Valeu pelo encontro e a gente se vê. Fica aí o convite!

Maio de 2023
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quinta-feira, 20 de julho de 2023

Como dominar as emoções? Vivendo nessa Real Meditação. Joel Goldsmith. Satsang com Mestre Gualberto.

Olá, pessoal! Estamos aqui para mais um bate-papo, mais um videocast com Marcos Gualberto, mais uma vez se disponibilizando para fazer esse bate-papo conosco. Agradeço, Mestre, por essa tua disponibilidade. Como a gente já vem fazendo em uma série de encontros, pessoal, a gente vai fazer um bate-papo onde vou trazer algumas perguntas que vocês têm feito para o Gualberto responder.

E, para quem não conhece o Marcos Gualberto ainda, já falei um pouco nos outros encontros… O foco do canal Luz do Despertar é sobre os ensinamentos que o Joel Goldsmith nos traz, que é o foco da Iluminação Espiritual, e o Marcos Gualberto tem um canal no Youtube, também, que trata exatamente disso, desse Despertar da Consciência, dessa Iluminação Espiritual. Mas ele trata disso não a partir do entendimento intelectual, da leitura de livros de Mestres, mas a partir de uma vivência, de algo que ele, através de um processo intenso de autoinvestigação de mais de vinte e um anos, pôde, pela Graça de seu Mestre Ramana [Maharshi], Despertar para esse Estado Natural do Ser.

E me encontrei, conheci o Mestre, como já comentei em alguns outros vídeos… Eu venho nessa busca há muitos anos e, nos últimos anos, focado integralmente nos ensinos do Joel Goldsmith. E, agora, nos últimos meses, veio algo muito forte internamente para eu me afastar, me afastar inclusive do canal, dos grupos de estudo, e, nessa quietude interior, acabou... um presente da Graça: foi aparecer um vídeo no Youtube do Mestre Gualberto… e assisti a um vídeo e algo me tocou. Não entendi no momento o que era, mas algo no olhar do Gualberto me tocou e eu fiquei com um sentimento de “o que é esse silêncio que eu senti vendo o vídeo?”.

E, aí, participei do encontro no final de semana, que é um Satsang online (têm [encontros] on-line e presencial, mas participei primeiro do on-line), e aí pude “entender mais” e sentir mais esse olhar, que é um olhar que vê além das aparências, como o Joel nos diz, porque é um olhar que não julga, que não critica, é o olhar de alguém que, pela Graça, “atingiu” essa Realização. E é uma enorme Graça poder estar tendo acesso ao Marcos Gualberto, poder estar acompanhando esse trabalho que ele vem compartilhando – o que é a vida dele hoje –, compartilhando o que é esse Estado Natural, que é extraordinário, que é simplesmente fora de tudo que eu acreditava que era, simplesmente fora de tudo o que a mente, nessa questão intelectual, acredita que é a Iluminação Espiritual, e é um verdadeiro presente… Eu só tenho a agradecer, Mestre, por essa Graça.

E, seguindo aqui em mais um videocast, Marcos, eu tenho uma pergunta. Deixe eu pegá-la aqui… Eu tenho a pergunta da Maria Verônica sobre esse processo, essa autoinvestigação. Ela pergunta bem assim… ela comentou: “Agradecida. Agora o que é necessário é perceber que tudo é tão simples, porém gostamos de complicar”. Daí, ela faz a pergunta: “A minha pergunta, por favor, para uma próxima vez é: como ter domínio das nossas emoções justamente no momento do conflito?”. Pode responder para nós, Mestre? Gratidão!

Então, vamos lá! É curiosa a pergunta dela. Ela disse “é tão simples” e, aí, ela faz uma pergunta que já começa a complicar, porque ela pergunta como ter domínio sobre as emoções, no que diz respeito a essa questão do conflito.

Veja, o nosso interesse, em geral, é muito particular, seja ele tendencioso para as inclinações do intelecto ou das emoções, e isso só complica. Querer dominar as emoções é como querer dominar o movimento dos pensamentos, que seria esse movimento intelectual, para algum objetivo. Aqui, o objetivo em dominar as emoções é eliminar os conflitos.

Mas, veja, o que nós precisamos não é dessa complicação, não é dominar as emoções nem dominar os pensamentos, mas é nos tornarmos cientes desse movimento, que é, basicamente, o movimento do “eu”. O que precisamos para estar livre dos conflitos – e desse conflito que é basicamente sofrimento nesse “eu”, nesse “mim”, nessa “pessoa” que nós acreditamos ser, é nos tornarmos cientes dessa “pessoa”, desse sentido de “pessoa” dentro desta dada experiência.

O que quer que esteja ocorrendo neste momento, seja ao nível intelectual ou ao nível emocional, pode ser visto – e precisa ser visto – sem o sentido de “alguém” presente: é isso que eu tenho chamado de Meditação, de aproximação do Autoconhecimento.

Então, a gente se aproxima do Autoconhecimento e tem acesso à direta constatação do que é Meditação. E o que é, basicamente, Meditação? É disso que nós precisamos; não é dominar nem os pensamentos nem as emoções. Nós precisamos da Meditação, porque a Meditação lhe mostra que esse sentido de identidade presente, neste momento, é o próprio conflito; é ele que se separa do que quer que esteja acontecendo para tentar mudar, e, quando ele resiste a este momento presente, a este instante agora, ele conflita. Conflita com que base? Com base na memória, que é basicamente o pensamento; esse pensamento é passado, crença, são ideias, são conceitos do que deve ser ou do que não deve ser, no que diz respeito ao que está acontecendo.

Então, há um sentido de rejeição desse intelecto, que é esse movimento egoico, que é esse movimento do pensamento para resistir a isto, resistir a este momento. E, quando você resiste, você cria a separação e, portanto, sustenta o ego, e isso é conflito.

Aquilo que está acontecendo aqui agora pode ser visto sem desejo, sem medo, sem resistência, sem luta, sem julgamento, sem comparação. E, quando isso é feito nesse formato, dessa forma, não há esse elemento, que é o elemento “eu”, dentro da experiência. Se esse elemento não está presente, as emoções assumem o lugar natural delas e o pensamento assume o lugar natural dele, porque não há uma identidade presente resistindo a este instante, então o conflito termina.

Nós precisamos, Gilson, é aprender a arte de viver sem o sentido de um “eu” presente dentro deste instante, dentro deste momento. Como esse “eu” é basicamente o passado, que é memória, que está sempre julgando, avaliando, comparando, rejeitando ou então se identificando com a experiência, estamos sempre vivendo nesse “mim”, nesse “eu”, nesse ego e, portanto, em conflito, fora do nosso Natural Estado, que é o estado livre do ego, livre do “eu”.

Então, eu tenho falado muito sobre a arte de ser Consciência. E, aqui, eu me refiro à Real Consciência, não a essa consciência egoica, essa consciência mental, essa consciência de percepção de experiência, mas à Consciência que transcende o próprio movimento do pensamento, das emoções, dos sentimentos e do próprio corpo. Então, é uma constatação de um Estado Natural em você que você não tem acesso porque não adentra a essa arte, que é a arte da Meditação.

Então, eu tenho procurado mostrar às pessoas o que é a Meditação no sentido Real, não essas práticas diversas de meditação que as pessoas praticam, as diversas práticas de meditação aí fora. Eu falo da Meditação no sentido de um esvaziamento completo de todo o conteúdo dessa consciência egoica, o que só é possível agora aqui, quando você se vê desafiado a reagir e o sentido do “eu” não entra para reagir.

A gente tem explorado esse assunto e aprofundado isso. Nós temos muito material sobre isso em playlists no canal [Mestre Gualberto] falando sobre a importância do Autoconhecimento e da Meditação.

Então, em resumo, lidar com pensamentos e lidar com emoções, assim como lidar com o corpo, é lidar com este momento sem o sentido de “alguém” presente. Isso só é possível, de uma forma verdadeira, quando há Real Meditação na prática. Compreende isso? É esse o assunto de que nós temos tratado.

Mestre, e é muito engraçado como esse próprio movimento do “eu” foge deste presente, desta constatação da vida. Ele está sempre fugindo ou resistindo ao que se apresenta, e mesmo no estudo espiritual, na busca – eu falo por mim… Pela Graça, nessa aproximação contigo, agora eu vejo o quanto a atividade do ego estava presente, mas não era vista. Então, existia a rejeição a todo instante, ou desejo, e hoje eu vejo isso acontecer, e o “ver isso acontecer” é ver essa ilusão de um “eu” que tem desejo, ou um “eu” que não quer tal circunstância. E o “ver essa ilusão”... Eu me lembro que [eu vi] – não sei se foi em um videocast ou em um Satsang contigo –, que esse próprio movimento de querer rejeitar ou desejar acaba gerando a separação, a dualidade.

Sim.

E o foco, como o próprio Joel Goldsmith fala, é essa União Consciente com Deus, é a Não Dualidade, como tu falas, né, Mestre? Então, quando há esse processo de rejeitar o que se apresenta, “pum!”: dois. Existe o “eu” que não quer ou o “eu” que quer, e ver esse movimento acaba ficando engraçado, porque é o tempo inteiro esse movimento do ego.

Esse movimento, Gilson, é o próprio movimento da continuidade da identidade separada, jamais você vai se tornar ciente desse movimento sem um real interesse de observá-lo. O ponto é que nós passamos a vida inteira sem essa observação desse movimento. Até porque, como você acabou de colocar, em geral, as pessoas estudam os assuntos espirituais, estudam Joel, estudam a Bhagavad Gita, a Bíblia, enfim, o Evangelho, mas esse estudo é um estudo intelectual, isso não lhe dá a percepção desse movimento da consciência integral, que é esse movimento da consciência egoica, porque é só uma acumulação de informações a que você tem acesso, e o intelecto guarda como palavras.

E o que você precisa é se tornar ciente do que está agora aqui presente. Basta estar cônscio de si neste instante. Não importa o movimento que esteja ocorrendo internamente em você, ele pode e precisa ser constatado, mas constatado sem reação. Aqui é que temos a dificuldade, porque tudo que surge, ou nós gostamos, ou não gostamos. E, quando você não gosta, você rejeita; e, quando você gosta, você se identifica. E quem é que está fazendo esse movimento sempre? É o elemento “eu”, é o elemento ego, exatamente esse sentido de identidade se fortalecendo na experiência do gostar ou do rejeitar o que quer que esteja surgindo. Resultado: você vive como uma entidade separada no tempo, como alguém que está presente na experiência, e isso não é real, isso é uma fantasia produzida por esse estado hipnótico de consciência egoica.

Não há “alguém” presente agora aqui, na experiência. Esse “alguém” aparece quando rejeita algo ou quando se identifica com algo e, aí, ele se particulariza como uma entidade separada, egocêntrica, onde o mundo está fora e ele está aqui, no centro dessa experiência. É isso que precisa ser visto, e isso não pode ser visto pelo intelecto. Então, não adianta estudar, tem que evidenciar isso, aqui e agora, e você só evidencia isso nessa auto-observação, nessa observação de si mesmo neste momento.

A minha ênfase é sempre a ênfase da Real Meditação na prática, porque ela é a chave para o Despertar dessa Real Consciência, porque até então você está dormindo. É dormindo que você nasce, você cresce, você se torna adolescente, casa, tem filhos, tem netos, adoece, envelhece e morre. O ser humano vive assim! Ele está dormindo nessa identificação com aquilo que ele não é, [que está] se passando por ele o tempo inteiro, que é essa identidade egoica, e isso é estar em um sentido de separação, nessa falta de União Consciente com Deus.

Outra coisa importante: a expressão “União Consciente com Deus” é uma expressão da qual a gente tem que se aproximar com cuidado, porque essa União Consciente é a ausência de “alguém” consciente, é a Consciência de Deus assumindo. Não tem “alguém”! E, em geral, o sentido do “eu” se imagina unido a Deus. O “eu” não se une a Deus! Quando Deus está, o sentido do “eu” desaparece, e Aquilo que está presente é esse Natural Estado de Ser, Consciência, Amor, Felicidade, Inteligência, Sabedoria, ausência de sofrimento.

Escutem isso! Estamos falando aqui, Gilson, de algo que o intelecto não alcança. Isso é indescritível! Isso a gente não encontra em palavras! Ou você vivencia essa Bem-Aventurança, esse Natural Estado de Pura Consciência livre do sentido do “eu”, ou então não sabe do que estamos falando. Podemos imaginar isso ou podemos descobrir isso agora, e só pode ser agora, aqui. Tudo bem?

Mestre, até tem um trechinho de um livro do Joel aqui, o livro é “A União Consciente com Deus”, e, na introdução do livro, o Joel fala bem assim: “A pregação sem prática é um dos pecados mais mortais. Por exemplo, a passagem bíblica tão fundamental para todo o ensinamento espiritual ‘exceto que o Senhor edifique a casa, trabalham em vão aqueles que edificam’ é uma bela citação, mas permanece apenas uma pregação até que, e a menos que, seja entendida e praticada”.

Se o Mestre puder falar um pouco sobre... já vinha falando, mas falar um pouco mais sobre essa vivência, viver nessa Real Meditação.

Então… Quando Isso se estabelece como seu Estado Real, como seu Estado Natural, você... o que diz, o que faz, o que não faz, tudo está dentro dessa Realidade. Não é mais uma ideia, não é mais um conceito, não é mais uma afirmação intelectual, não é mais uma intenção, ou desejo de vivência, Isso é o transbordamento de sua Natureza Divina.

O fato, Gilson, é que o seu Ser é a Consciência, é o Cristo. Uma vez que essa Consciência, que é o Cristo, está desperta, seu olhar, sua fala, seus gestos, o que quer que esteja ocorrendo estará ocorrendo dentro dessa Consciência do Cristo. Então, essa é a linguagem do Joel – essa vida Crística. Eu coloco dentro de uma linguagem bem particular, mas eu conheço o que ele coloca como o Cristo em nós, porque ele está simplesmente relatando o Evangelho. “O Reino dos Céus está em vós”. Aqui, é o relato do Cristo interno em nós, só que isso, olha... é muito conceitual, é muito teórico, é muito verbal, é muito imaginativo.

Podemos acessar essa Realidade do Cristo? Sim, pela Real Meditação. Então, não existe mais a ideia, o pensamento, a imagem “Cristo”, nem a ideia, o pensamento, as palavras, a teoria das Escrituras, mas a evidência do seu Natural Estado de Amor, de Pura Consciência. Viver Isso é ser O que Você é, que é Consciência, que é Deus. Então, Você é a própria Escritura viva, porque Você sabe – não é “sabe” porque entendeu, Você é a Sabedoria das Escrituras, em seu Ser!

As Escrituras nasceram dessa Consciência, desse Estado de Pura Consciência. Os homens santos, os sábios, os místicos… os santos, os místicos e os sábios escreveram ou deixaram escritas, ou registradas, ou foram faladas por eles e depois registradas por alguém, as palavras vindo desse “Lugar”.

Então, viver essa Consciência é viver essa Realidade das Escrituras Viva. Então, isso não é mais “papagaísse”, não é mais teoria, não é mais conceito, não é mais repetição de palavras; é a evidência do Amor, da Paz, da Liberdade, da Consciência do Cristo.

Então, olhar no olhar do Cristo, falar no falar do Cristo, sentir no sentir do Cristo, sem o sentido de um “eu” presente… Isso é Real e Isso não é uma teoria, Isso não é uma crença, Isso não é uma repetição das Escrituras, Isso é a Escritura Viva.

Então, viver é a única coisa que importa. Chegará um momento, Gilson, para todos aqueles que estudam, em que eles irão descobrir que não é estudando, é exatamente desaprendendo… porque saber, nós já sabemos demais, já entendemos demais, já compreendemos muito! Mas onde isso está? Ao nível de intelecto ou ao nível de sentimento. A gente se sente emocionado com palavras como Cristo, Deus, amor, mas é só uma emoção que vem e, na hora do almoço, já foi embora. Então, a gente sente e, daqui a pouco, não sente mais; a coisa está aqui e, daqui a pouco, não está mais, e as pessoas dizem “para onde foi?” É porque é só uma experiência, ainda, de sentimento, de emoção e, ainda, ligada à questão do intelecto, uma coisa verbal, ainda nesse nível.

Nós precisamos é de uma vivência, precisamos nos assentar em nosso Natural Estado de Consciência Pura, o que é possível pela prática da Real Meditação, algo que é possível quando, momento a momento, você está trazendo Consciência ao que quer que esteja ocorrendo, internamente ou externamente… essa Consciência dissipando o véu da separação, o véu da dualidade. Essa dualidade é o problema: “eu e o mundo”, “eu e Deus”, “eu e o outro”, “eu e os meus pensamentos”, “eu e as minhas emoções”. Esse “eu” se desfaz e a vida se mostra como Pura Inteligência, como Pura Consciência. Essa é a Realidade do seu Ser, Isso é Iluminação Espiritual, Isso é o Real Despertar do seu Natural Estado Crístico, na linguagem do Joel, que é o Despertar da Nova Criatura em Cristo, segundo a Bíblia, ou como eu costumo dizer: Ser-Consciência-Felicidade; isso já na linguagem dos Vedas.

Então, as expressões são múltiplas, são diversas, mas isso não importa! O que importa é viver Isso, Gilson, é assumir Isso, é conhecer essa Paz que transcende toda a compreensão humana, essa Vida de Deus, que é Deus vivendo nesse corpo, compartilhando, Ele mesmo, a Verdade do que Ele é e despertando você, tirando você da ilusão, da crença de ser alguém separado d’Ele.

É o trabalho da própria Consciência, não é alguém fazendo. Uma vez que esse Natural Estado está aí, Você é essa Realidade se expressando. Você não é um mensageiro, Você não é um enviado de Deus, Você é a Verdade, o próprio Cristo se expressando. Eu não sei se isso faz sentido para vocês que estão aqui acompanhando essa conversa, mas não sei Gilson…

Mestre, enquanto tu falavas, eu me lembrei que o Joel traz muito esse “viver pela Graça” ou, trazendo dentro dos conceitos bíblicos, [foi] quando existiu a aceitação da crença do bem e do mal que aconteceu essa dualidade; e a crença do bem e do mal são esses julgamentos… [você] julgando as circunstâncias que são boas ou ruins, rejeitando, resistindo a elas ou não. E, aí, o Joel nos traz o convite de transcender, de ir além dessa crença do bem e do mal, e esse viver pela Graça, que é a própria Graça, esse fluir da Graça, essa Unidade, esse Um.

O que eu tenho dito, Gilson, com base no que você está colocando, é que... repare, é muito interessante você estar nesse Natural Estado, porque você tem essa Liberdade de fluir, de se permitir, naturalmente, dizer a partir desse próprio “Lugar” onde você está. Então, por exemplo, você citou a questão de viver pela Graça. Essa é uma expressão bíblica, mas olha como é interessante: a gente pega a expressão “viver pela Graça”... gente, isso é algo muito básico, muito simples: é viver no seu Natural Estado de Ser, é viver Aquilo que você nasceu para viver, sem contradição, sem conflito, sem sofrimento, sem medo, sem a ilusão de estar agora vivo e poder morrer a qualquer momento e perder todas as coisas que juntou, que acumulou, que guardou. Isso tudo desaparece quando o sentido de um “eu” não está.

Não existe essa separação entre vida e morte, entre ganhar e perder, entre a Verdade e a ilusão, entre o sonho e a Realidade. Isso tudo se desfaz nesse Natural Estado de Consciência, que é Pura Graça. E a gente usa expressões como “Pura Graça” sem compreender que Graça é a única Verdade de toda manifestação. Tudo é esta Graça, porque só há Deus!

É apenas, Gilson, o sentido de um “eu” presente criando toda a confusão no mundo. E esse mundo começa dentro de nós; depois, ele se estende para a nossa casa, para o nosso bairro, para a nossa cidade, para o nosso país e para o mundo. Então, toda a confusão no mundo começa nesse “mim”, nesse “eu”. Se esse “eu” se desfaz, o mundo não é mais o que ele aparenta ser nesse sonho – porque isso tudo aqui é um sonho.

Despertar é ter o olhar do Buda, o olhar do Cristo, o olhar de Deus para esse grande jogo Divino. Os sábios na Índia antiga, eu já comentei isso com vocês, ao verem tudo isso, perceberam e disseram: “Isso é um jogo, é uma Lila, é uma grande brincadeira!”. Agora, do ponto de vista do ego, Gilson, isso não é uma grande brincadeira, isso é um terror: a fome, a doença, a morte, perder os entes queridos… Isso é um terror para o ego, que possui coisas, que quer controlar, que quer entender, que quer se perpetuar no tempo… Para esse sentido de um “eu”, que vive nessa ilusão, é um terror isso aqui, não é uma Lila, não é uma brincadeira divina, não é um jogo de Deus. Mas, quando você desperta e vê o mundo como Pura Graça, é Pura Graça mesmo!

Mestre, eu estou dando risada porque foi uma pequena experiência, mas… agora passou, há algumas semanas, o retiro de final de ano, presencial com o Mestre, sete dias, e eu participei (e, inclusive, vai ter outro agora no Carnaval, outro retiro). Mas… é um intensivo, é uma imersão, é um retiro de sete dias. E, aí, teve alguns dias em que ficou muito nítido isso que o Mestre está falando, essa grande Lila, essa grande brincadeira, ficou algo vivo em mim. E, daí, é muito engraçado, porque tudo se torna, naquele momento, naquela experiência, que foi algo passageiro, porque esse “eu” está presente aqui… mas, naquele momento, a brincadeira estava estampada! Era tudo uma brincadeira, inclusive a vida como um todo, essa brincadeira. Eu só dava risada, porque… como o ego leva a sério, muito a sério tudo!

Sim.

É um grande terror, é um grande medo, mas é essa inconsciência, esse sentido de separação que eterniza isso.

Quando não há mais isso, Gilson, quando não há, tudo é só um nada! É um nada! É um nada que contém tudo!

Sem o sentido de “alguém” presente reivindicando, querendo alterar, mudar, cobrar, buscar, desejar, fazer, acontecer, se desfazer… sem esse “mim”, sem esse “eu”, a Realidade é Felicidade, a Natureza do Ser é Amor. Não o amor que o pensamento tem estruturado como o amor. O amor, para o pensamento, é posse, é controle, é apego, é desejo, é ciúme, é possuir o outro, é tomar o outro para si, é ter a lembrança do outro para amar. Ou seja, se não houver lembrança, então não há amor. Se o amor se baseia no pensamento, na lembrança de momentos felizes ou intensos, ou de intimidade, se não houver essa lembrança, então não há amor.

E que espécie de amor é esse que o ego conhece? O amor que controla, domina, o amor que se assusta, o amor que teme perder, o amor que quer segurar, que quer controlar, que quer... Ciúme é amor? É amor? Ciúme é amor? Desejo, apego… é amor? Controlar é amor? Se lembrar do outro é amor? E quando o pensamento diz “ele pode estar com outra”, aí esse amor, que é esse pensamento chamado amor, muda. Que espécie de amor é esse? Um amor que se baseia no pensamento e no sentimento. Se muda o pensamento, muda o estado. Então, o que era chamado amor, agora não é mais amor, é raiva, é violência, é agressão, é ódio, é ciúme, é posse.

Aqui, eu falo do Amor como Consciência, é a sua Natureza Real, o Amor de permanecer aí nessa visão desse grande jogo divino, desse grande jogo de Deus.

Mestre, agradeço a mais uma oportunidade. Gratidão! Gratidão!

Já foi nosso tempo.

Já foi nosso tempo.

Pessoal, comentem, curtam o vídeo, comentem com perguntas para a gente ir trazendo para novos videocasts. Para quem sentir algo além do que está nas palavras, ao olhar para os olhos do Gualberto, o convite está na descrição. Aqui também tem o link do WhatsApp para as informações dos encontros on-line. Todo mês tem encontro de Satsang presencial e, também, on-line. Então, é só pegar as informações e, se sentiu algo a mais, é se aproximar desse trabalho para ver o que é.

Mestre, gratidão! Gratidão! Até a próxima.

Dezembro de 2022
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terça-feira, 18 de julho de 2023

O que é o ego? | Osho: abandone o ego | Osho: o falso centro | Ramana Maharshi: quem sou eu?

Muito bem!

A pergunta é: o que é o ego? Essa é uma pergunta muito frequente. Afinal, o que é o ego? Há uma coisa curiosa a respeito dessa pergunta. As pessoas fazem essa pergunta com a intenção de se livrarem do ego. Aquele que quer saber sobre o ego, na verdade, quer se livrar do ego. Mas percebam a situação aqui como tem que ser investigada, como precisa ser compreendida claramente.

Aquele que pergunta o que é o ego é o ego; e aquele que quer se livrar do ego também é o ego. É o ego que quer se livrar do sofrimento, mas é o ego que produz o sofrimento. Vejam como é delicado essa questão. O ego quer saber sobre o ego, quer se livrar do ego, quer se livrar do sofrimento, mas ele é a base, é a estrutura, é a natureza de toda essa confusão. Ele é aquele que se oculta, é aquele que se esconde onde você não pode encontrá-lo, onde você não pode, de verdade, enxergá-lo.

Vamos trabalhar com você hoje aqui, em alguns minutos, sobre o fim do ego. E aqui eu estou usando de propósito a expressão “o fim do ego”.

O fim do ego é, verdadeiramente, o fim da ilusão do sentido do “eu” presente dentro dessa experiência de contradição, de sofrimento, de toda forma de conflito. Assim, é algo indescritível, inexplicável, uma vida livre do ego, porque é uma vida livre — realmente livre — do sofrimento. Eu me refiro a esse mais contundente e doloroso sofrimento do ser humano. Eu me refiro a essa infelicidade tão comum presente no ser humano. Eu me refiro a essa condição psicológica, a esse sofrimento interno onde você, como uma entidade, se vê separado do outro, da natureza, dos objetos e de si mesmo, se sentindo em solidão, em angústia, em depressão, em ansiedade, em todos os quadros de temores psicológicos, todas as formas de medo.

Tudo isso está presente em razão desse “eu”, desse ego. Osho chamava isso [de] “o falso centro”. Sim, o ego é um “falso centro” — essa era a expressão do Osho sobre o ego —. Ele [Osho] chega a dizer: “Abandone o ego, abandone o ego”. Então, Osho lhe convida a abandonar o ego. Osho usa a expressão “o falso centro”. É, de fato, uma bela expressão porque o ego é um “falso centro”. Ele [ego] tem lhe dado uma noção de vida, de mundo, de existência, completamente ilusório. Você vê a si mesmo, você vê o outro, você vê a vida a partir desse “eu”, desse “mim”.

Essa forma de olhar e ver “se separando” sustenta o conflito, sustenta a contradição, sustenta o medo. Junto com o medo, no ego, aquilo que prevalece é a aflição do desejo. Então, o medo é desejo e desejo é medo. Só muda a perspectiva, a forma de nos aproximarmos e olharmos. Quando você olha, percebe claramente que a presença do desejo é porque o desconforto está agora aqui. Algo está faltando nesse momento e o ego em sua falta, em sua carência, em seu medo, produz o desejo.

O sentido de uma identidade presente aqui é uma ilusão, é uma fraude. Por isso que Ramana Maharshi, para aqueles que se aproximavam dele, sempre tinha essa pergunta para fazê-los, ele perguntava: “Quem é você?”. Olhe para si mesmo e pergunte: afinal, quem sou eu?

É sempre o sentido do “eu” presente dentro dessa experiência sustentando toda forma de sofrimento. Então, a vida a partir deste “eu”, que se separa a todo momento do que quer que esteja se mostrando, é algo que se mostra sempre no desejo e no medo. Enquanto houver alguma forma de separação — nesta separação, que é esta dualidade: “eu” e o “não eu “ — haverá medo e haverá desejo. Isso é típico desse “falso centro”.

Afinal, o que é o pensamento? Como ele se move dentro de cada um de nós? Enquanto ele [pensamento] sustenta esse modelo, enquanto ele se estabelece nesse modelo de estar sempre criando esse “falso centro”... Porque é o pensamento que cria o pensador. Não há qualquer pensador. O pensador está presente quando o pensamento está presente. Você não pode falar de um pensador quando não há pensamento. Se não há pensamento, não há pensador. A ideia do pensador é uma ideia de pensamento.

O conceito clássico é completamente ilusório — o conceito “Penso, logo existo”. Esta existência pressupõe a presença do pensamento, que é o próprio pensador, porque sem pensamento não há pensador. E a ilusão de existir é a ilusão do pensamento nesse formato dessa entidade presente que pensa. Não há qualquer pensador sem o pensamento. O pensamento é aquele que cria o pensador. Ele faz isso porque busca se sustentar na experiência. Há só o processo do pensar, que é o movimento do pensamento. Não há uma identidade presente nesse processo do pensar.

Os pensamentos aparecem dentro dessa experiência como um fenômeno existencial. Esse fenômeno existencial é basicamente memória, lembranças. Se não houvesse lembrança, não haveria pensamentos. Sem a memória não há pensamento e sem pensamento não há pensador.

A realidade da consciência mental, da consciência egoica, que é esse “falso centro”, é essa realidade do “eu”, do “mim”, do ego, o que não passa de um conjunto de imagens, memórias, lembranças, ideias, crenças, opiniões, condicionamentos. Tudo isso se baseia em pensamentos.

Então, o que é o pensamento quando o pensador não está? Pensamento e pensador aparecem juntos. É um só e único fenômeno.

Então, o que ocorre com o pensamento quando não há pensador? O que ocorre com o pensador quando não há pensamento? A aproximação da Verdade do seu Ser, de sua Natureza Essencial, d'Aquilo que transcende o sentido de “alguém” presente dentro dessa experiência da Vida aqui e agora. A Realidade do seu Ser é a Realidade d’Aquilo que não tem nome, que está fora do tempo, que está fora do “eu”.

Todo nosso condicionamento de história humana, de civilização, de cultura, nos trouxe a esse ponto, a esse momento de história humana onde carregamos essa ilusão, a ilusão de uma identidade se separando. Então existe esse “eu” e o “não eu”.

A Realidade do seu Ser é a Realidade da Vida, que é a Realidade da Real Consciência, Aquilo que transcende o tempo, que transcende a história, que transcende o mundo, que transcende o corpo, que transcende essa experiência de dualidade, de separação, esse “eu” e o “não eu”.

A Realização da Verdade do seu Ser — isso tem sido chamado de Iluminação Espiritual ou Despertar da Consciência — é a realidade do Cristo, é a realidade de sua Natureza Essencial. Assim, a realidade do Despertar da Consciência ou da Iluminação Espiritual é a realidade de Ramana Maharshi, é a realidade do Buda, é a realidade do Cristo, é a realidade do seu Ser, de todos aqueles que perceberam a realidade de sua Natureza Divina, de sua Natureza Real, de sua Natureza Essencial.

Então, o nosso trabalho aqui consiste em descobrir a Verdade dessa chave — essa chave Real — que abre essa porta para o fim dessa ilusão que é a ilusão do “eu”, do ego, deste falso centro.

Esse trabalho consiste e tem por base, como princípio fundamental, a Real Meditação na prática. O Autoconhecimento é aquilo que lhe dá a base para a Real Meditação. Sem Autoconhecimento não há Real Meditação. Aqui no canal nós temos falado sobre a Real Meditação de uma forma prática — nós temos uma playlist aqui no canal sobre isso.

Então, essa chave Real, essa chave mestra que abre a porta para a revelação da Verdade do seu Ser, de sua Natureza Essencial, de sua Natureza Divina, para este Real abandono do ego, está dentro desta Real Meditação na prática. Olhar para cada movimento do pensamento, do sentimento, da emoção, da sensação. Perceber cada experiência presente, objetos, pessoas, sensações, sentimentos. O que quer que esteja surgindo nesse momento é parte daquilo que se mostra como a experiência.

Aproximar-se disso sem colocar “alguém” dentro dessa experiência — esse ilusório “eu”, esse “falso centro” — é se aproximar do Autoconhecimento. Isso é se aproximar da Autorrealização pela Real Meditação. Se aproximar dessa experiência nesse momento presente, sem colocar esse elemento de separação — o elemento que sustenta a dualidade, que é esse “eu” que julga o que quer que esteja surgindo: pensamento, sentimento, emoção, sensação, percepção, experiência —, sem colocar esse elemento, que é o elemento “eu”, aqui e agora, dentro dessa experiência, é se aproximar da Verdadeira arte de Ser Pura Consciência: isso é Real Meditação.

Trabalhar o fim dessa ilusão, desse sentido de separação e, portanto, dessa dualidade. Essa é uma aproximação da Vida Livre da ilusão do “eu”, da ilusão do sofrimento, da ilusão desse “centro falso”, desse sentido de dualidade, desse sentido de separação.

Então, essa aproximação da Verdade do seu Ser, que é a aproximação da Realidade de Deus, necessariamente, passa pelo Autoconhecimento e pela Verdadeira, Real Meditação. O trabalho de Real Meditação é aquele no qual você se aproxima e o sentido do “eu” não entra dentro desta experiência aqui agora, então é possível perceber a Realidade. A Realidade de sua Natureza Divina, de sua Natureza Essencial.

Então, esse é o nosso propósito nesse encontro. Estamos trabalhando isso aqui com você dentro desse canal e, também, em encontros online, presenciais e retiros. Ok?

Se isso é algo que faz sentido para você, fica aí o convite.

E a gente se vê no próximo! Valeu pelo encontro!

Fevereiro de 2023
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quinta-feira, 13 de julho de 2023

O Sábio de Arunachala Ramana Maharshi | Atenção Plena | A Verdadeira Meditação | Atma Vichara

A Realidade de Deus é a Consciência da Verdade sobre quem é Você – Isso é Amor.

A Realidade do outro é a Realidade do seu Ser, que é a Consciência de Deus – isso é Amor. Todas essas descrições teóricas, verbais, todas que já foram escritas ou faladas, não descrevem essa Realidade, que é essa Realidade do seu Ser, do Amor, que é Deus.

É necessária uma vivência direta d’Isso. Nós somos muito apegados às palavras e às explicações. Então, as pessoas fazem diversas perguntas, e o que elas querem é uma resposta… uma resposta teórica, verbal.

Nós somos muito ingênuos, porque nós nos satisfazemos facilmente com teorias, com crenças intelectuais. A ilusão, no ego, presente, nesse sentido do “eu” que carregamos, que o ser humano carrega… há uma vaidade presente. Enquanto esse sentido do “eu” está, essa vaidade está presente.

A ilusão do saber lhe causa uma sensação de poder, de achar que entende, de achar que compreende, e o pior ainda: de acreditar que pode, com esse ideal, um dia, com esse ideal, com essa crença, com esse saber, um dia Realizar Isso.

Nós temos que ver a diferença entre ideias e fatos verdadeiros, fatos reais. Somos muito teóricos, muito verbais, muito intelectuais, nós não somos práticos. Nós não vivenciamos, nós repetimos, como se, na verdade, nós conhecêssemos.

Olha, por exemplo o que fazemos com a expressão “Deus”; é o mesmo que fazemos com a expressão “amor”: escrevemos poesias, escrevemos canções, fazemos preleções, discursos, escrevemos livros sobre Deus, sobre o amor, mas nós não sabemos o que Isso é de fato. A não ser que ocorra um processo de transformação, de mudança real, ficamos no terreno das ideias, não no espaço novo dos fatos.

Não podemos nos alimentar do cardápio, mas sim do prato. Eu tenho dito que o prato mais simples satisfaz plenamente, enquanto que um cardápio, cheio de maravilhosos pratos ali descritos, não pode fazer isso. E nós estamos vivendo de cardápios, e não do prato. Nós estamos nos alimentando de ideias, de crenças. Não há vivência! Não estamos vivenciando o Amor, por isso falamos muito sobre amor; não estamos vivenciando Deus, por isso falamos muito sobre Deus. É algo como uma fantasia nostálgica, a ilusão de que uma ideia se tornará, um dia, um fato. Não, uma ideia sempre será uma ideia e um fato sempre será um fato; o que é Real sempre será Real e o que não é jamais será.

Temos que ter uma aproximação da Verdade sobre quem nós somos, e isso só é possível quando olhamos para dentro de nós mesmos. O Sábio de Arunachala, Bhagavan Sri Ramana Maharshi, nos deixou um caminho direto para a Constatação da Verdade do nosso Ser, que é Deus, que é Amor: a Atma Vichara, o caminho direto de Ramana Maharshi. Essa é a forma de nos aproximarmos da Verdadeira Meditação.

A Verdadeira Meditação é a constatação daquilo que se passa agora aqui com você, momento a momento – observar cada pensamento, cada sentimento, cada emoção, cada sensação, sem se separar como sendo um experimentador separado dessa experiência; é isso que temos feito.

Quando um pensamento surge, a ilusão é que estou pensando sobre isso, estou fazendo isso, estou sentindo isso – esse é o sentido de dualidade presente dentro de cada um de nós, esse é o sentido de separação. A Visão da Realidade é a Visão do seu Ser, é a Visão de sua Natureza Divina, do seu Estado de Não Separação, de Não Dualidade.

Assim, a auto-observação é a constatação disso. Essa auto-observação é a aproximação da Real Meditação, da Verdadeira Meditação – olhar para Aquilo que Você é.

Se sentar de pernas cruzadas, respirando de uma certa forma, entoando um mantra ou ouvindo uma música suave, isso pode relaxar. Você pode até entrar em um estado de transe e ali permanecer por algum tempo. Isso é muito conhecido na yoga, como um estado de laya; é um estado de transe onde, temporariamente, a mente não está, então há um relaxamento, há um descanso. Mas essa é uma forma de auto-hipnose, isso não é Meditação.

As pessoas se envolvem em práticas de meditação com esse propósito de desestressar, relaxar, conciliar melhor o sono, lidar melhor com o estresse, com a ansiedade, com a depressão, e tudo isso, sim, é um maravilhoso auxílio, mas, ao mesmo tempo, é uma grande fuga, e é perder, assim, a oportunidade de olhar para isso que surge, para essas reações, esse incômodo, esse desconforto psicológico do ego… e ficamos dando nomes para eles: ansiedade, depressão, fobia, angústia… ficamos nomeando.

São oportunidades que temos de olhar para esses estados e perceber onde eles se sustentam. E eu posso lhes garantir: eles se sustentam na dualidade, no sentido de “alguém” resistindo a essa experiência. Isso é algo que está trazendo uma mensagem. A mensagem, em si, não importa, o que importa é a ilusão de uma identidade resistindo a essa mensagem.

Essa mensagem é apenas o repertório do passado, de um condicionamento psicológico, de um padrão egoico, de algo que se repete. Está aparecendo agora aqui para você, mas já apareceu para os seus antepassados, para a sua mãe, para o seu pai, para a sua avó, para os seus bisavós, para os que vieram antes deles… Todos viveram estados de infelicidade, de ansiedade, de medo, de angústia, de depressão, de tédio, de solidão, e agora é o seu momento. E você, como eles, também está perdendo essa oportunidade de olhar e de perceber que não existe uma identidade presente nessa memória, nesse condicionamento, que é um condicionamento egoico. Isso faz parte da estrutura da mente egoica, isso está há milênios no ser humano.

Hoje, nós temos nomes diferentes para estados que sempre foram conhecidos na humanidade. Analisar isso, estudar isso, entender isso, explicar isso não interessa, o que interessa é perceber a dualidade presente, que é o aparecimento de uma identidade para resistir, para lutar contra isso, e até para explicar.

Notem o que estamos dizendo. Essa coisa que pode ser analisada não é diferente daquele que analisa isso; ela não é diferente, ela não está diferente daquele que analisa. A coisa analisada é o próprio analista e o analista é a coisa analisada. É um só movimento que se separa na dualidade, e, quando se separa, sustenta o estado, sustenta a experiência.

Percebam o que estamos dizendo. O sentido do medo é medo. O medo precisa de alguém para senti-lo, e esse “alguém” precisa do medo para existir como “alguém”. Mas, se há essa atenção, essa observação plena sobre esse movimento de dualidade… e isso é feito agora, aqui. Essa atenção plena é parte da Meditação. Então, atenção plena, mindfulness, é parte da Real Meditação.

E, aqui, eu uso a expressão mindfulness, atenção plena, talvez num sentido também um pouco diferente do que vem sendo empregado aí fora. Não pegue essa expressão e tente ajustar àquilo que você já ouviu falar de mindfulness, ou ao que você já estudou sobre isso. Não coloque teoria, olhe isso em si mesmo, perceba, de imediato, essa atenção sobre esse movimento da mente egoica aparecendo, criando essa separação, criando esse “eu” e o estado. Não importa o nome do estado – isso é uma outra forma ilusória de lidar com a experiência, isso é outra forma de classificar a experiência, de reconhecer a experiência, e isso só é possível quando há o “eu” para fazer isso, e ele faz isso para entender, para explicar, para justificar, para querer fazer algo, inclusive querer se livrar disso. Percebem o truque?

Aqui, estamos dizendo apenas: se torne cônscio do que surge, não dê nomes a isso, não nomeie, e não coloque uma identidade para querer se livrar, para se ajustar, para analisar, para rejeitar. Quando você se aproxima assim da experiência e fica com o estado sem uma identidade presente… Experimente e me diga o que irá acontecer.

Se o estado está presente e uma identidade não entra para rejeitar, para lutar, para analisar, para brigar com aquilo ou para se identificar com aquilo, o que acontece com essa experiência? Então, esse problema, essa experiência, se dissolve, porque ela não tem realidade em seu Ser, que é Pura Consciência Não Dual.

Seu Ser não carrega o ego, esse senso, esse sensor, esse “eu”, esse que afere medidas, esse juiz, esse que compara, esse que julga, esse que critica, esse que condena. Seu Ser está livre, como Pura Consciência Não Dual, então o que quer que esteja aparecendo não se sustenta n’Aquilo que é Você em seu Ser. Percebam o que estamos colocando para você agora aqui.

Então, o seu trabalho é Constatar o que é o Amor, e não teorizar sobre Isso; Constatar o que é o Ser, e não teorizar sobre Isso; Constatar o que é Deus, e não teorizar sobre Isso.

A visão disso é a visão de muitas outras coisas, é a resposta para muitas outras perguntas: o que é a solidão? Como vencer o medo? Agora você sabe que não há “alguém” para vencer o medo. Isso é o fim do “eu”, do “mim”, do ego e, portanto, é o fim do medo.

Então, vamos investigar Isso, Realizar Isso nesta vida! A Verdade do seu Ser é Realizar Deus, o Amor. Isso é Realizar a Felicidade, Isso é Realizar o seu Ser, é assumir a Verdade que Você é agora e aqui.

Esse é o assunto que nós tratamos aqui com você no canal, nesse canal, e também em encontros on-line e encontros presenciais, inclusive fazemos isso em retiros. Se isso é algo que faz sentido para você, deixa aí o seu “like” no vídeo, se inscreve no canal e vamos trabalhar isso juntos. OK?

Valeu pelo encontro e até a próxima.

Novembro de 2022
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terça-feira, 11 de julho de 2023

Joel Goldsmith | Sabedoria do Caminho Infinito | Além das palavras e pensamentos | Mestre Gualberto

Gilson – Olá, pessoal! Estamos aqui para mais um videocast, mais uma oportunidade que o Mestre Gualberto nos dá para nos ajudar nessa compreensão do que é essa Verdade que liberta, do que é esse Estado Natural, essa Iluminação Espiritual.

Para quem não conhece o Marcos Gualberto eu vou falar brevemente como eu o conheci – inclusive, nós estamos vindo de uma série de vídeos e tem a playlist com os outros encontros, quem tiver interesse pode ver a playlist.

Como eu conheci o Marcos Gualberto? Eu venho em uma busca espiritual há muitos anos – mais de dez anos –, nos últimos anos focado nesses estudos do Joel Goldsmith, até meados do ano passado, onde algo interno muito forte fez eu me afastar do canal aqui do Youtube, me afastar dos grupos de estudo. Não entendia no momento o porquê, mas logo, no decorrer das semanas, descobri o motivo disso, porque fui presenteado pela Graça com um vídeo do Mestre Gualberto – apareceu no meu Youtube – e eu assisti ao vídeo, assisti a outro e algo, que está além das palavras, me chamou atenção e fui entender, ver vários vídeos, [conhecer] quem era Marcos Gualberto, e vi que se tratava de um brasileiro que, pela Graça de seu Mestre Ramana [Maharshi], “atingiu” essa Realização Espiritual, esse Despertar da Consciência, essa Iluminação Espiritual.

Inclusive, o nome do canal do Mestre é “Mestre Gualberto” e só com o nome do canal eu já fiquei desconfiado, porque esse ego aqui se depara com o nome “Mestre” e já fica assim – inclusive, teve um videocast onde a gente falou sobre isso, não é Mestre, sobre esse título que acabaram te dando. Mas, continuando, daí eu vi que existiam encontros presenciais e online intensivos de final de semana e, como algo me chamou muita atenção no olhar do Mestre, eu participei.

E, durante um encontro, eu pude “perceber” o que está além das palavras, além dos pensamentos, porque em Satsang – que é esse encontro intensivo –, focado no olhar do Mestre, algo aconteceu no sentido de uma meditação espontânea, de uma Meditação Real, num silêncio, em uma quietude, que é pura Graça.

A partir de então, eu venho participando de todos os encontros e tem sido uma verdadeira Graça. É uma Graça estar contigo, Marcos, estar contigo Mestre e, ainda mais, com essas oportunidades que você dá para mim, e para o pessoal que acompanha o canal, com esses videocasts. Então, gratidão!

Vamos para o videocast de hoje. Eu quero ler um trecho do livro “O Caminho Infinito” – o principal livro do Joel Goldsmith –, no Capítulo Dez “Sabedoria do Caminho Infinito”. Eu vou ler duas ou três frases e pedir para o Mestre fazer alguns comentários. O Joel fala: “Perceber que estamos agindo em sonho é o começo do Despertar.” Em uma outra frase: “Sempre que houver um sentido de necessidade de Deus, estaremos agindo em sonho.”

Mestre, lidas essas duas frases eu gostaria que você respondesse para nós como sair desse sonho da vida humana e acordar para a Realidade do nosso Ser?

Mestre – Ok!. Notem que ele diz duas coisas aí. Ele diz que perceber que você está agindo em sonho é algo que lhe possibilita Despertar, é quando você realmente se aproxima da possibilidade de Despertar – perceber que está agindo em sonho.

A outra coisa que ele diz é que enquanto houver algum tipo de necessidade, ou de procura de alguma coisa, aquilo que está presente ainda é parte dessa ilusão. Na verdade, é parte, ainda, dentro dessa ilusão, da própria ilusão do sonho. São duas coisas que ele coloca que parecem diferentes, mas, na realidade, ele está dizendo a mesma coisa.

O que ocorre é que essa ideia de “alguém” presente se movendo no mundo, tendo o mundo como algo separado de si próprio e essa ideia de “alguém” no mundo tendo ainda necessidades é porque está se vendo, ainda, nessa ilusão. Na ilusão de estar separado de Deus, precisando, ainda, de alguma coisa, alcançar alguma coisa, realizar alguma coisa.

O que ele coloca é muito básico, é o sentido de um “eu” presente em nós. É ele que vê toda a experiência de vida – esse “eu” em nós –, ele que vê a experiência de vida como algo separada de si próprio, então existe uma visão equivocada da experiência de mundo, que não passa realmente de um sonho. Enquanto houver essa identificação com esse sonho, enquanto você não perceber que tudo isso não passa de um sonho, a chance de Despertar é bem pequena.

Outro ponto aqui é a necessidade de alguma coisa, a busca de alguma coisa, a precisão de alguma coisa. Isso denota “alguém” presente que se vê separado da Realidade Única, que é a Realidade de Deus. Assim, o Despertar é tomar ciência de que só há uma Realidade presente e essa Realidade não está sonhando, Ela não é o sonhador dessa experiência corpo, mente e mundo; e essa Realidade presente não tem qualquer necessidade, Ela não tem qualquer desejo, qualquer futuro, algo para alcançar no futuro ou algo do qual se livrar, que é pesado, agora, em razão do passado. Assim, o sentido de um “eu” presente, Gilson, em nós é que cria essa situação de separação entre Aquilo que é Você e a Vida, o outro, o mundo e Deus.

Acordar é Despertar. Em meio a esse sonho, perceber que o sonhador não é real, e se o sonhador não é real, o sonho perde o valor, perde a importância, perde a dramaticidade, perde o susto, perde o lado pavoroso, complicado, difícil, sofrido.

A vida humana, a vida do ser humano, dentro desse contexto de ideia “eu e o mundo” é uma vida em sofrimento. O ser humano vive em sofrimento e esse sofrimento está presente em razão desse sentido de “alguém” que olha para a vida e vê a vida separada de si mesmo, a vida tendo algo para ser alcançada ou algo que esteja negando a ele. Então há em todos nós, no ser humano, uma dor presente, um vazio existencial, um sentido de separação entre nós, entre você e a vida, entre você e Deus, e o que quer que você faça – ou esteja fazendo ou pretenda vir a fazer no futuro – não irá apaziguar essa dor, não irá colocar fim a essa dor, porque é a dor da separação.

A Verdade do seu Ser é a Verdade de Deus. Enquanto essa Verdade de Deus não for reconhecida – Ela é reconhecida quando a ilusão do sonhador desaparece, é quando o sonho é só um sonho e é visto como um sonho –, enquanto isso não acontece, o sofrimento persiste, continua. Se isso não ocorre, fica sempre a falta de alguma coisa, a necessidade de alguma coisa e é a ilusão de uma identidade, que é o “eu”, o ego, que vive, basicamente, no tempo, num tempo criado pelo próprio pensamento, que está sempre dizendo a você que “hoje não está bom, mas amanhã será melhor”, “ontem foi ruim”, “hoje não está bom, mas, amanhã será melhor”.

Então a nossa linguagem e a nossa visão de vida – toda enquadrada nesse modelo de identidade egoica, que é esse “eu” vivendo nesse tempo psicológico – está criando esse mundo de sonho e esse mundo de desejos. Precisa realizar coisas que ainda não realizou e precisa estar se movendo nessa condição dormindo – um literal “sono e sonho”, essa é a condição do ser humano. Então Despertar é assumir a Verdade do seu Ser que é a Realidade de Deus. Tudo continua aí, mas não há mais esse elemento que é o “eu”, não há mais esse sonhador dessa experiência onírica de sonho. É a Vida como Ela É, como Ela se mostra, sem o sentido de “alguém” se separando e, portanto, tendo problemas, vivendo dilemas, conflitos, sofrimentos diversos em razão desse sonho. Porque a gente chama de sonho, mas, na realidade, a vida nesse sentido do ego – nesse modelo de atividade egoica, sempre centrado em nós mesmos e nos ocupando com diversos problemas que nós acreditamos existir – isso não é bem um sonho, é um modelo de pesadelo, de vida egoica, vida separada de Deus. É isso Gilson.

Gilson – Mestre, eu lembrei que em um Satsang intensivo você trouxe a pergunta para nós se alguma vez a gente sonhou mesmo um sonho onde a gente sabia que estava sonhando e eu me lembrei de um sonho onde eu sabia que estava sonhando e o sonho virou uma brincadeira e, inclusive, no sonho estavam me perseguindo, só que eu sabia que estava sonhando, então eu fiquei brincando e eles me perseguindo, eu fugindo, e depois eu acordei desse sonho. E na vida do Mestre este sonho é a Realidade, é essa brincadeira. Inclusive, o Mestre já falou sobre isso, essa Lila, que é essa brincadeira Divina, não há medo, não há do que fugir, é esse Estado de Graça.

Mestre – Na Índia, eles têm um nome para esse Natural Estado – eu chamo isso de Natural Estado, o pessoal chama de Estado Desperto ou Iluminado, eu chamo de Natural Estado –, esse Estado Natural eles chamam de Turiya, é o quarto Estado possível ao ser humano. O ser humano vive no estado de vigília – tem sua experiência de vigília – tem o sonho à noite – onde a mente se solta e aquele mundo está lá, aquele “eu” está lá, aquela pessoa, que é você, está lá – e tem um sono profundo. Nós conhecemos esses três estados. Aquele que realizou seu Ser conhece um quarto estado, que é o estado de Turiya – é o quarto estado possível ao homem. Nesse estado de Turiya a vida é simples, é natural, ela é aquilo que ela é, sem o sentido de um “eu” presente, tudo aparece como um grande sonho e, na realidade, não um pesadelo, mas, na verdade, o que aqueles que Realizaram percebem que estamos em um grande jogo, em um grande jogo, onde coisas boas e ruins acontecem, mas para quem? Se não há mais o sentido de alguém presente para se confundir com aquela experiência, então, se o sentido do “eu” não está, estamos apenas em um jogo e esse é um jogo de Deus.

É difícil a mente compreender que o positivo e o negativo fazem parte desse jogo, que o ganhar e o perder fazem parte desse jogo, que o nascer e o morrer fazem parte desse jogo, que a velhice, a doença e a morte fazem parte do jogo. Por que? Porque tudo que está no tempo, começa no tempo e termina no tempo e é inevitável que seja assim, nada que está aqui, agora, estará para sempre. Tudo o que está aqui, agora, está no movimento de decadência, aparece em um determinado momento e irá desaparecer em um outro.

A Verdade da Existência é que tudo muda, tudo está em um processo de subida e descida, de aparição e desaparição e isso tudo faz parte do jogo. No ego, não aceitamos que a Vida nos traga coisas e depois leve, só que a verdade é que é assim que acontece e não há como evitar isso.

No ego, você acredita que você conseguiu e se você conseguiu, você pode sustentar e segurar, o que é uma ilusão. Não foi você que conseguiu, foi a Vida que se mostrou assim para esse “você”. Só que esse ”você” é só uma crença que você tem sobre quem você é e sobre o que é a vida é, sobre o que o outro é e sobre quem Deus é. E a Existência não considera você como sendo tão real quanto você acredita, então Ela traz coisas e Ela tira coisas. Na realidade, Ela não tem qualquer ideia de estar tirando ou trazendo, é um jogo. Mas, no ego, nós temos essa coisa louca de possuir, então nós dizemos: “meu”, “minha”, “consegui”, “alcancei”, “minha liberdade”. Não existe nada disso. Isso é fantasia, é uma ilusão.

A respiração acontece, o coração bate, pela manhã o corpo acorda, não é você que acorda, é o corpo que acorda. Não é você que está vivendo, é a Vida que está vivendo esse corpo. Só tem a Vida, só tem esse movimento misterioso, que é o jogo Divino, que é a Lila de Deus. Não se ver assim, e se ver como uma “entidade” presente nessa experiência no controle, é estar sonhando; e, se você está sonhando e dando identidade a esse “mim” dentro dessa experiência de identificação com o sonho, você sofre, porque você tem momentos de prazer que quer segurar e a vida tira, ou a vida mostra que não tem “você” para segurar, sustentar nada.

Nessa situação Gilson, o ser humano vive em um sonho que é um pesadelo, então ele vive nesses três estados: vigília, sonho e sono profundo. O Sábio, aquele que está Realizado, vivendo em sua Natureza Real, sem o sentido de um “eu” presente, está desfrutando desta União Consciente com Deus. Na realidade, Deus cônscio de Si mesmo nesse mecanismo, nesse corpo-mente, chamado Gilson, Maria, Marlene, Magda. Então é a Realidade de Deus, só tem Ela fazendo tudo.

Estar neste Natural Estado é viver livre de sofrimento, porque a vida é acolhida sem o sentido de “alguém” para fazer qualquer coisa, inclusive, nem se trata de acolher, não há quem possa não acolher o que É. Quando o sentido do “eu” não está, os conflitos desaparecem, o sofrimento desaparece, o medo desaparece, a ilusão desaparece. Essa é a Verdade do seu Ser, é a Verdade de Deus. Tudo bem?

Gilson – Mestre, é engraçado como o ego é uma arrogância gigantesca. Esse “eu” que “faz”, que “tem”, que “isso é meu”, que “isso não é meu”, que “realiza” ou que “não realiza”…

Mestre – É por isso que eu fico rindo, Gilson. O pessoal, às vezes, tem gente que diz assim: “Mas ele fala rindo”. Não dá para falar chorando, porque é muito cômico, é engraçado o comportamento confuso, desorientado – para não dizer neurótico –, do pensamento dentro da gente, está sempre criando historinhas que não procedem.

Gilson – É um verdadeiro pesadelo, é um verdadeiro pesadelo. Mestre, é uma Graça, por essa Graça, ter encontrado o Mestre, porque é o final dessa busca por algo “fora” ou por “vir a ser”. Mas há esse trabalho, esse trabalho de estar consciente, vendo o quanto o pensamento idealiza um sonho, o quanto o pensamento nomeia, condena, critica, julga, “isso é meu”, “isso não é meu”, e ver toda essa atividade maluca da mente é uma Graça.

Mestre – Inclusive, é esse pensamento que assume uma identidade presente, agora, aqui, na experiência, sempre, quando diz: “meu”, “eu”, “aquilo”, “gosto”, “não gosto”. O sentido de um “eu” presente está sempre sinalizando o que ele acredita estar vendo, sentindo e sendo agora. É o sentido de um “eu” presente e esse sentido de um “eu” é só o pensamento que diz: “aquilo não é meu”, “isso é meu”, “eu gosto disso”, “não gosto daquilo”, “isso está certo”, “isso está errado”.

O que a gente não percebe, Gilson, é que esse “eu” é um conglomerado de crenças, de opiniões, de julgamentos, de condicionamentos desde a infância, e da cultura, onde nós fomos educados para aceitar certas coisas e rejeitar outras, para acreditar em certas coisas e não acreditar em outras e nisto está essa ilusória identidade – esse “mim”. Isso faz de nós criaturas invejosas, preconceituosas, medrosas, enciumadas de nossas coisas, possessivas de nossas coisas, de nossas posses, de nossas pessoas e de nossas crenças.

Isso representa medo, isso representa sofrimento e não percebemos o quanto isso nos torna miseráveis, internamente, infelizes, problemáticos, confusos, agressivos, violentos em nossas relações uns com os outros, sem paz, sem a Verdade da Beleza de Deus, que é Amor, que é Inteligência, que é Compaixão. Nós não sabemos o que é isso.

Esse auto centramento no “eu” nos coloca como o centro de nossas experiências e essas nossas experiências precisam nos preencher, fazer de nós criaturinhas especiais, sempre aplaudidas, elogiadas. Então nós carregamos sempre o medo da rejeição, o medo da não aceitação, estamos sempre buscando aprovação. Então há sempre esses problemas de ordem psicológica em nós, que são causados por esse “mim “. Esse “eu” é o problema.

Então vivemos em uma dependência psicológica de aceitação, vivemos em um sonho, em uma ilusão – a ilusão do “eu”, separado de Deus. Eu vou repetir: só há Deus. Não tem você. Você é uma fraude, você é uma ficção criada pelo pensamento. Sim, tem o corpo com uma história, com o nome, mas isso não é uma identidade que se separa da Vida, da Existência, que se separa de Deus. A não ser que esse “eu” esteja presente, o corpo não é o problema, o nome também não é o problema, e a história desse corpo não é o problema. O problema é uma identidade assumindo a ilusão do sentido de um “eu” presente vivendo nessa ignorância, nessa alienação da Verdade sobre si mesma, sobre si mesmo.

A compreensão d’Aquilo que é Você, que nasce desse Autoconhecimento, que lhe coloca nesse lugar que é Real Verdade, a Verdade Real da Meditação, da visão do seu próprio Ser, isso é Sabedoria, isso é ausência do “eu”, isso é a aproximação da Realidade, da Verdade para a qual você nasceu. Sem isso o que persiste, o que permanece, são todas as diversas formas de infelicidade: angústia, depressão, ansiedade, tédio, solidão, a dor do vazio existencial, essa constante procura pelo amor – como se o amor pudesse ser encontrado em pessoas, em relacionamentos novos. Momento a momento, você está à procura de novas relações, uma completude em relações, em relacionamentos, numa constante procura de relacionamentos que lhe possam preencher, colocar fim a esse vazio, a esse sentido de separação, a essa dor de uma existência separada de Deus.

Então, isso não é possível. A Felicidade não vem, o Amor não vem, a Paz não vem, a Felicidade não vem, nada disso pode chegar a você um dia. Isso é o Florescer do seu Ser, a Natureza de Deus, Isso é Amor. Não é você buscando o amor, é você florescendo em Amor; não é você buscando felicidade é você florescendo em Felicidade, em Paz, em Inteligência, em Compaixão.

Gilson – Mestre, isso é o fim do vazio existencial?

Mestre – Esse vazio existencial é algo estupendo, é algo maravilhoso. Se, realmente, você sentir esse vazio, você está no portal para ir além dele.

As pessoas não se deixam, não se permitem perceber o quanto elas não conseguem se preencher, então nem o sentido de uma dor presente de vazio existencial elas atentam para isso, porque estão sempre trazendo para suas vidas alguma coisa para ocultar de si mesmo a possibilidade de descobrir que nada pode preencher isso.

Constatar a ilusão desse “eu” é perceber esse vazio e quando você se aproxima desse vazio descobre que ele não está vazio. O vazio é criado pelo sentido de um “eu” presente na ilusão de que precisa de algo para se preencher, então ele sustenta a dor do vazio. Nem isso as pessoas percebem, elas precisam tomar ciência desse “eu” e da dor que é viver esse “eu”, então você pode ir além dele e quando você está além dele você, assume a Verdade que é Você, e quando Isso está presente, você é Plenitude, não é nenhum vazio existencial, você é a Plenitude da Existência.

A Plenitude da Existência é Ser-Felicidade-Consciência, é Deus, essa é a natureza do Ser. Apenas o “eu” sente esse vazio existencial, porque ele se vê separado e buscando alguma coisa que possa preenchê-lo, o que é impossível. Então precisamos olhar e ver a ilusão desse “eu” e assumirmos a Verdade de Deus que somos. Então no lugar desse vazio existencial é a Plenitude de toda a Existência, é a Plenitude da Realidade que é Deus, isso é a Paz que ultrapassa toda a compreensão humana, o Amor que não se encontra do lado de fora, a Paz que está, agora, florescendo, aqui, nesse instante. Não é algo que você vai buscar. A Felicidade que está agora, aqui, como a presença da Bem-Aventurança, que é a Verdade do seu Ser, que é o Amor de Deus.

Gilson – Gratidão! Gratidão, Mestre! Gratidão! Já bateu o nosso tempo.

Quem está assistindo, dê o like. O “curtir” ajuda o Youtube a reconhecer que o conteúdo é relevante para distribuir para mais pessoas. Faça um comentário, também. Comente com perguntas, comente só com um “valeu” ou comente reclamando, como o Mestre às vezes já falou. Quer reclamar, reclame também. A interação é muito importante para o Youtube reconhecer que o conteúdo é relevante e poder distribuir para outras pessoas.

E fica, também, o convite para quem vem assistindo aos vídeos, aos videocasts, ou ao próprio canal do Mestre Gualberto, se inscreva no nosso canal – no “Luz do Despertar” –, no canal do Mestre Gualberto e, tendo a oportunidade, participe dos encontros intensivos de final de semana para mergulhar nessa investigação profundamente e poder, sim, “sentir” o que está além das palavras.

Mestre, gratidão!

Fevereiro de 2023
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quinta-feira, 6 de julho de 2023

Real Estado de Flow | Autorrealização | Ilusão da identidade | Autoconsciência e Autoconhecimento

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui em nosso canal!

A coisa mais difícil, mais complicada, que tem se mostrado mais amedrontadora – vamos usar essa expressão – para o ser humano, é se descobrir agora e aqui! Não existe nenhum desafio maior para o ser humano do que esse. Para nós, seres humanos, uma das coisas mais complicadas é assumirmos a Verdade da Vida agora, aqui. Isso é estar nessa Unicidade. Essa Unicidade é a Presença da Inteligência Suprema, da Consciência, algo presente agora, aqui, nesse momento presente.

A Psicologia Positiva tem denominado de Estado de Flow. O que é esse Estado de Flow, segundo a Psicologia Positiva? É um estado em que a mente e o corpo estão em concordância, dentro de uma ação onde não há conflito entre pensamento e ação. Então, há uma alta performance presente em razão desse assim chamado Estado de Flow.

A Psicologia Positiva tem procurado estudar essa questão da felicidade. Aqui, eu quero dizer algo para você: não existe nada de novo em qualquer coisa que a ciência psicológica possa descobrir. O que quer que alguém possa descobrir nesse espaço, nesse terreno, ainda se trata de algo que os Sábios já conhecem ou reconhecem há milênios.

A Verdade do seu Ser é Felicidade, a Verdade do seu Ser é Paz. Esses encontros nossos enfatizam com você a importância desse Autodescobrimento, o que não é outra coisa a não ser essa Autorrealização, a Realização do seu Ser, a Realização do seu Estado Natural. Esse Estado Natural é esse Estado de Fluir com a Vida como Ela é. Esse Estado de Fluição é esse assim chamado Estado de Flow. Fluir com a Vida… isso representa estar agora aqui, sem esse movimento do tempo psicológico.

Em geral, você não está aqui, você está na ideia. O ser humano vive sempre na ideia, ele está sempre no pensamento: é o pensamento do futuro, o que ele precisa fazer… Ele agora, aqui… o pensamento surge, o pensamento diz o que ele precisa fazer, então existe a ideia de “alguém” presente tendo que fazer algo. Então, existe a ideia do futuro e a ideia do passado, aquilo que foi feito e aquilo que precisa ser feito.

A Vida está agora aqui e tudo está acontecendo sempre agora aqui, mas sempre essa ideia de que algo está faltando, algo precisa ser feito, ou algo que foi feito, está sempre voltando aqui. Então, há sempre esse movimento do tempo psicológico – o passado está presente e o futuro está presente. E esse “agora” é o seu momento de Unicidade, de plena Consciência de Ser. Isso está como que ausente.

Então, a coisa mais difícil para o ser humano, mais amedrontadora, mais assustadora, mais desafiadora e, no entanto, a coisa mais estupenda, mais maravilhosa, a indescritível Realidade do Amor, da Paz, da Felicidade se revela quando o sentido desse "mim", desse "eu", que, basicamente, é esse tempo psicológico, essa fixação no futuro ou essa fixação no passado, essa ilusória ideia de que esse presente momento é uma ponte que liga o passado ao futuro e a ilusão dessa identidade separada está em cima dessa ponte, vindo do passado e caminhando para o futuro…

Então, não há essa Verdade de ser Consciência. Ser Consciência é Aquilo que é reconhecido como Autorrealização.

Portanto, Autorrealização é permanecer agora aqui, em seu puro Ser, em sua pura Consciência, livre do tempo psicológico, da ilusão de uma identidade presente, presente na Vida, presente na Existência, presente na experiência, assim como presente no pensamento.

O que temos agora aqui é a Vida. Se um pensamento surge, ele pode ser observado, como qualquer uma outra coisa aparecendo nesse instante, nesse presente momento. Perceber isso, se tornar ciente, cônscio disso… essa Autoconsciência te revela que só há esse presente momento.

Então, se o pensamento aparece, ele é um pensamento agora, aparecendo aqui. Esse retrato do passado é apenas uma imaginação agora aqui; esse retrato do futuro é apenas uma ideação, um desejo, uma imaginação de algo para ser feito, de alguém para fazer – isso é algo que se apresenta agora aqui. É sempre essa ilusão do sentido de “alguém” prisioneiro desse tempo psicológico, a base do sofrimento em sua vida, em sua existência.

Aqui, nós estamos trabalhando com você a importância dessa auto-observação, dessa Autoconsciência… ter consciência de si mesma, ter consciência de si mesmo, e ir além dessa condição de tempo psicológico, de ideação para uma entidade presente, uma suposta entidade nesse instante. Isso é o fim do sentido do "eu", do sentido de separação entre você e a Vida. Então, há esse fluir, o corpo e a mente está nesse fluir, nesse presente momento.

Então, algo pode se revelar quando essa antiga e velha condição termina. Tudo isso faz parte do conhecido, faz parte da ilusão de um experimentador com a sua experiência, de um pensador com o seu pensamento, de alguém na ação e essa ação acontecendo. Tudo o que nós temos como realidade é esse Estado de Flow, que é Você em seu Ser, como pura Consciência.

Esse corpo e mente agora aqui, e toda essa condição psicológica que eu tenho chamado de consciência mental, tenho chamado de mente egóica, mente dualista, mente separatista… E por que mente dualista? E por que mente separatista? Porque há uma identidade ilusória presente nessa condição de mente dualista; há uma identidade que é esse "eu". Então, ele diz "eu", o que é só o pensamento dizendo.

O pensamento se separa, cria essa ilusão do pensador dentro do pensamento. Na verdade, é o próprio pensamento se separando como um fragmento nessa experiência do pensamento. Ele se separa e diz "eu".

Então, esse "eu", esse "mim", é aquele que, em você, supostamente está pensando, supostamente está sentindo, supostamente está agindo, supostamente está falando, está ouvindo. Não existe essa identidade presente nessa experiência agora aqui – no falar, no ouvir, no sentir, no viver...

Então, isso não é algo que a Psicologia Positiva descobriu sobre a felicidade, sobre a possibilidade de um estado de felicidade, que, por sinal, segundo a Psicologia Positiva, é um estado que vem, mas ele logo desaparece para esse antigo e velho estado de consciência mental surgir novamente.

O Estado de pura Consciência, de puro Ser, não é assim; é o seu Estado Natural de Flow – eu tenho chamado de Real Estado de Flow –, o seu fluir com a Vida sem o ego, sem o "mim", sem o sentido do "eu". Há algo extraordinário aí.

As pessoas têm me perguntado: “O que é essa Liberdade da qual você fala? Como sentir esse Amor do qual você fala?”

Isso está presente agora, apenas agora, quando esse sentido de separação, criado por essa ilusão, por este velho e antigo estado mental, que é puro condicionamento psicológico, quando isso desaparece. Então, se revela essa Autorrealização.

Autorrealização é a Realização de Deus, a Realização do Amor, da Paz, da Liberdade, da Felicidade. Quando falamos de Paz, não estamos falando dessa “paz” que vem e vai, nesse estado comum de consciência mental. O ser humano experimenta momentos de “paz”, o que, na verdade, são momentos de armistício, de trégua entre dois conflitos, entre duas batalhas… aí ele tem alguns momentos de armistício, ele tem alguns momentos que ele chama de “paz”.

Não é dessa “paz”... não é a paz que é oposta ou contrária à batalha, ao conflito, à luta, à guerra. Estamos falando da Paz que não carrega dualidade, da Paz que transcende a ilusão entre paz e conflito, entre paz e batalha. Essa é a Paz do seu Ser, é a Paz de Deus.

Quando falamos de Amor aqui, estamos falando do Amor que não carrega o peso do ciúme, o peso da busca de preenchimento em satisfação, no prazer; estamos falando do Amor que não carrega a dualidade. Não é o amor oposto ao ódio, é o Amor que não tem oposto, é o Amor que não tem “alguém” na experiência do amor, é o Real Amor, o Verdadeiro Amor Divino, que é Consciência.

Quando nos referimos à Felicidade, não estamos falando de satisfação, preenchimento, conforto, prazer, que se realiza em objetos, em sensações, no contato com lugares, com pessoas, com objetos. Há um preenchimento, mas isso não é Real Felicidade. Felicidade transcende o tempo psicológico, transcende a mente egoica, transcende o sentido do corpo e da mente, portanto isso transcende o próprio estado da mente e o próprio estado do corpo.

A Real felicidade está presente mesmo quando o corpo está enfermo ou está sendo abandonado, na morte – ali está a Felicidade, essa Completude de Ser, de estar desindentificado do corpo e da mente.

Então, o Estado de Fluxo, o Estado de Fluição, o Estado de Vida, o Estado de Consciência é esse Estado de Presença, de Amor, Paz, Felicidade, Liberdade… seu Estado Natural. É disso que estamos tratando aqui com você dentro desse canal e, também, nesses encontros que fazemos, presenciais, inclusive retiros, além dos encontros on-line que nós temos também.

O Despertar de sua Natureza Divina, esta Autorrealização, alguns chamam de Despertar Espiritual ou Iluminação Espiritual, é o seu Natural Estado de Ser. O corpo e a mente agora passaram por um processo. Não é mais o antigo, velho e conhecido Estado de Flow, esse que vem e vai, é o Estado de Fluxo, é o Estado Natural de Flow, é o Estado Real de Flow, e isso não desaparece, porque o corpo e a mente passaram por um processo de mudança, de transformação psicofísica. Fisicamente, psicologicamente, o corpo sofreu uma mudança em razão do Despertar de um Poder que ele traz dentro de si, que é o Poder da Kundalini.

Então, esse Estado de Flow é algo que transcende isso de “vir e desaparecer”. Seu corpo passou por uma mudança, por uma transformação, em razão do Despertar da Kundalini. É assim que é reconhecida essa Energia que cria essa mudança, que cria essa transformação nesse corpo, nessa mente, para que essa Autorrealização esteja presente.

E tudo isso começa em razão desta Autoconsciência. É necessário ter esta Autoconsciência. Essa Autoconsciência vem juntamente com o trabalho de Autoconhecimento. Isso revela a Real Meditação.

Todos esses assuntos, nós temos tratado aqui em nosso canal. Nós temos diversas playlists tratando exatamente de todos esses assuntos e mostrando a ligação entre eles, como se torna possível realizar isso nesta vida, neste momento. Aqui, em nosso canal, nós temos algumas centenas de vídeos já tratando sobre isso, sobre a beleza da Autorrealização e de tudo o que você precisa saber a respeito disso.

Esse saber vai lhe dar uma aproximação desse aprender sobre si mesmo, e é tudo o que você precisa; é um saber que vai lhe dar condições de aprender sobre si mesmo. Não é um conhecimento teórico, verbal, intelectual que vai lhe dar isso, mas é uma vivência direta, experimental, aprendendo consigo mesmo, pela auto-observação, nesta Autoconsciência, neste Autoconhecimento, nesta Real Meditação Prática. Então, é possível o Despertar desse Poder Divino, desta Realização, que é Você nessa Unicidade com a Vida.

Então, o desafio é ter esse encontro consigo mesmo e ir além dessa condição da mente egoica, aquela que vem sustentando, ao longo de todos esses anos, todos os estados e quadros internos de contradição, de conflito, sofrimento. São milhares as patologias de infelicidade da mente, desses estados mentais, e tudo isso é rompido, é quebrado, é desfeito no Despertar da Consciência ou nesta Autorrealização.

Esse é o assunto aqui em nosso canal. Se isso faz sentido para você, temos aqui na descrição o nosso WhatsApp dos encontros. Nós temos encontros on-line e também presenciais. Se isso faz sentido, deixa aí o seu “like”, se inscreve no canal e vamos trabalhar isso juntos.

OK?

Valeu pelo encontro, até a próxima!

Agosto de 2022
Gravatá-PE
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