quinta-feira, 30 de março de 2023

Autoconhecimento e o Despertar | O fim do tempo psicológico | O Poder da Kundalini

Vamos colocar aqui, de uma forma bem básica, tudo isso. O pensamento está criando confusão internamente, dentro de você. Nós precisamos compreender esse processo do pensamento em nós.

As crianças não têm qualquer noção da importância de descobrir isso ainda na infância. Repare em seus filhos, seus netos, você quando criança... É muito raro uma criança quando começa a ter qualquer dúvida desse padrão de cultura onde ela está sendo criada, essa padronização de movimento da mente dentro dela. É muito raro uma criança duvidar disso, ter perguntas sobre isso. Tudo isso é visto dentro de uma norma muito comum a todos e encarado de uma maneira natural – eu me refiro a esse modelo de pensamento que o ser humano tem.

Ela percebe isso nela mesma e percebe isso em seus pais… o que não é de todo verdade – ela nada percebe, nem nela, nem nos seus pais; ela apenas segue esse modelo. Não há nunca numa criança… e depois que você se torna adolescente, jovem e adulto, parece que a situação complica ainda mais. Não há numa criança, em geral… as crianças não se perguntam se é normal isso, esses estados internos.

Eu tenho encontrado algumas pessoas que, quando eu falo para elas que elas pensam, e elas pensam demais, elas pensam de uma forma anormal, e elas são infelizes porque vivem dentro desse padrão, elas olham para mim e duvidam disso. É muito normal você duvidar disso, devido ao nível de inconsciência que nós, desde criança, temos.

Mas, o fato é que o pensamento em você é o problema. Basicamente, é esse estado de movimento do pensamento acontecendo dentro de você sem ser visto, sem ser percebido. Um pensamento que te orienta em direção a comportamentos, em direção a sentimentos, a emoções, a sensações, e um pensamento que distorce a percepção da realidade, te dando uma visão daquilo que surge, daquilo que aparece, segundo os critérios que ele tem. E isso ocorre no ser humano de uma forma inteiramente inconsciente. Vem sendo assim desde a infância.

E aqui, quando você se depara com essa questão “quem sou eu?”, e é essa a proposta nossa aqui dentro desses encontros… A nossa alternativa aqui é dessa investigação da verdade desse movimento interno, do que é, basicamente, esse movimento interno.

E perceber, de uma forma direta, que é o pensamento a causa de todas essas complicações, perturbações e desordens, é o início de um trabalho sobre si mesma, sobre si mesmo.

Em geral, para você que já está tendo contato com isso aqui, dentro de um canal como esse, é que algo já surgiu dentro de você, algo fora desse próprio movimento da mente está lhe despertando para algo fora dessa condição comum a todos, que é essa condição de educação, de cultura, de sociedade, de modelo de mundo. Esse é um modelo psicológico de mundo que o ser humano tem, que o ser humano vive. O seu problema não é Você, o seu problema é aquilo que o pensamento diz sobre você, sobre o outro e sobre o mundo.

Nesses encontros, nós estamos apresentando a você a oportunidade ou possibilidade – é uma possibilidade que se abre como uma oportunidade – de se reconhecer, de descobrir algo em você além desse padrão, além desse condicionamento, além dessa confusão que a mente egoica representa. E o que é, basicamente, a mente egoica? Movimento de pensamento não percebido, não reconhecido, não identificado. O ego, basicamente, é um movimento de pensamento que ocorre dentro de cada um de nós de uma forma inconsciente.

Colocando assim, de uma forma bem direta para você: suas preocupações não têm realidade na Consciência, e Você, basicamente, é Consciência. Por isso que eu disse que o problema não é Você, o problema é o que o pensamento diz sobre você, sobre o outro, sobre o mundo e sobre a vida. Aqui, nesse instante, nesse momento presente, Aquilo que está presente é essa Consciência. Mas aí o pensamento aparece e, quando ele aparece, ele traz a história de uma identidade presente aqui, uma identidade pessoal, esse “mim”, esse “eu”, essa “pessoa” que o pensamento diz que é você.

E você, quando se identifica com isso, quando se confunde com isso – e essa tem sido a forma de vida comum a todos, esse tem sido o padrão de comportamento de todos –, quando você faz isso aqui e agora, você tem, por exemplo, a preocupação. Mas não é só a preocupação, você tem o sentimento que isso traz, a ansiedade que isso provoca, o medo que isso representa para essa “pessoa” que o pensamento diz que é você, que você acredita ser. Eu quero lhe convidar a ir além da ilusão do pensamento. E aqui, quando eu me refiro a pensamento, já ficou claro, eu me refiro à ilusão desse sentimento agregado ao pensamento.

E aqui eu lhe falo da preocupação e você não percebe a extensão do que eu estou dizendo quando uso a expressão “preocupação”. É a preocupação que não lhe deixa dormir, é a preocupação que lhe gera diversos estados internos de sofrimento. Isso se passa dentro de você de uma forma completamente inconsciente, e como é um padrão comum, encarado como algo normal, natural, você segue sua vida inteira dentro desse modelo. E você nunca faz a pergunta: “Afinal, isso é real? Isso é verdadeiro? Esse pensamento… o que ele diz é real? O que estou pensando sou eu ou é o pensamento dizendo? O que está determinando esse modelo de pensamento presente aqui? Afinal, quem sou?”

Então, o ser humano vive nesse estado de desordem interna, de desordem de pensamentos, de desordem de emoções, de desordem de sentimentos, basicamente em conflito, em sofrimento, e a causa, a base disso, é o pensamento.

O pensamento criou essa noção, dentro de você, de vida – a noção sobre quem você é, sobre quem o outro é e sobre o que a vida é. Assim, esses estados internos presentes em todos nós, em razão desse estado psicológico de condicionamento, de programação, de não compreensão direta do que isso representa, isso tem se mantido dentro de você como um pesado fardo.

Aqui eu falei sobre a preocupação, mas a gente tem o medo em suas diversas formas. Tudo isso tem como base o pensamento. A ansiedade é parte do medo, os estados internos e quadros depressivos… um olhar direto para isso irá lhe mostrar que são os pensamentos com os quais você se confunde, com os quais você se identifica. Isso porque lhe falta consciência, consciência da Verdade dessa Consciência que é Você.

Você está não consciente dessa Consciência que Você traz. Essa Consciência que Você traz em Si mesmo está além desse movimento, que é o movimento da mente, que é o movimento do condicionamento psicológico.

Alguém chama isso de egoidentidade ou identidade egoica, aquilo que não é você se passando por você, tendo como base uma noção de passado, e aqui, nesse passado, está a culpa, o remorso, o arrependimento… “as coisas que eu não fiz, que poderia ter feito”, “as coisas das quais eu me arrependo”, “as coisas das quais eu poderia ter me livrado”.

Então, tem esse peso do passado para a ideia desse “mim”, desse “eu”, e isso é, basicamente, pensamento, porque agora, aqui, como Consciência, não há o passado. No entanto, esse passado continua voltando nesse e em outros formatos, criando essa dor, criando essa forma de sofrimento.

Então, fica muito simples compreender a razão da depressão, a razão de quadros como ansiedade e diversos outros, como solidão, e tudo isso está acontecendo dentro desse movimento, que é o movimento da consciência, que é o movimento da mente egoica. Então, essa percepção ilusória de um passado criado pelo pensamento, sustentado pelo pensamento, isso é algo comum dentro de você.

E, quanto ao futuro, nós temos a mesma coisa acontecendo, a mesma realidade da mente se expressando. Então, o futuro não é de remorso, não é de culpa, não é de arrependimento, mas é de sonho, de imaginação, de antecipação.

E muitas dessas antecipações são puramente negativas, baseadas na ilusão de um experimentador que experimentou, no passado, alguma coisa que não quer vivenciar de novo, então temos a questão do futuro.

Então, notem que é sempre o pensamento dentro de você formulando isso. Por quê? Porque aqui, nesse instante, não existe futuro, não existe passado. Todo passado que você pode ter agora, aqui, é aquele que o pensamento traz, e todo o futuro que você pode ter aqui é aquele que o pensamento traz.

O que a Verdade revela é que não há nada como o pensamento sendo uma realidade presente na Vida. A Vida está acontecendo segundo a Verdade determinada por essa Consciência. O pensamento entra traduzindo, interpretando, ele entra julgando, ele entra fazendo comparações, ele entra criando imagens, quadros.

O pensamento é só um fenômeno existencial que aparece nesse cenário, mas como uma aparição que vem e vai. O pensamento não é parte da Vida. A Vida é o que está aqui e agora acontecendo, a Vida é essa Consciência; o pensamento é uma aparição ou um desdobramento fenomenal, com um material de sonho. À noite você tem um sonho e se apresenta um mundo para você, e, quando você acorda, percebe que aquele mundo se foi, aquele mundo foi produzido pelo pensamento. Assim, o pensamento é aquilo, em você, que apenas produz crenças, imaginações, imagens que aparecem e daqui a pouco desaparecem – esse é o sentido da palavra imaginação.

E você, até hoje, dá muita importância ao pensamento, está por demais envolvido com essa confiança no pensamento. O pensamento não é real, nenhum pensamento dentro de você trata com a realidade, nenhum pensamento dentro de você diz o que é real. É porque algumas coisas parecem acontecer e parece que o pensamento previu aquilo que o pensamento criou uma identidade para dizer: “Olha, eu sou real!”. Isso não é um fato. É que o seu aparente pensamento é apenas um fenômeno dentro dessa aparente situação que surgiu, ou parece ter acontecido.

A Verdade é a Vida como Ela é, e a Vida como Ela é, é essa Consciência. O trabalho da Realização da Verdade sobre Si mesmo é o Reconhecimento Disso, é o Reconhecimento do seu Ser. Quando esse Poder Divino, quando esse Poder da Graça, desperta dentro de você, quebra esse modelo, que é o modelo do pensamento. O Despertar desse Poder, o Despertar desta Presença Divina coloca esse corpo e mente dentro de uma condição livre desse padrão de condicionamento egoico e, portanto, livre do pensamento. Isso acontece em razão desse Autoconhecimento.

Então, o Autoconhecimento traz o Despertar desse Poder Divino, que é o Poder da Kundalini, que é o Poder desta Presença, que é o Poder desta Consciência. Então, Isso realiza uma mudança aí, em toda essa estrutura psicológica e física, e esse contato com a Vida como Ela é, livre desse modelo de tempo criado pelo pensamento, que é o psicológico tempo criado por esse modelo de ideias, imaginações… Então, o fim desse tempo psicológico, nessa estrutura, nesse corpo-mente, é a Realização da Verdade do seu Ser, e Isso é esse Estado livre desse caótico movimento do pensamento, que, por sinal, é inquieto, agitado, desordenado… ele é obsessivo, ele é compulsivo e não é real.

Essa Consciência sobre Si mesmo é a Consciência da Verdade do seu de Ser e o fim para esse modelo. OK? Esse é o assunto.

Se isso é algo que lhe toca, se é algo importante para você, se inscreve aqui no canal, deixa seu “like” e vamos trabalhar isso juntos. OK?

Agosto de 2022
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terça-feira, 28 de março de 2023

Ramana Maharshi: o Sábio de Arunachala e Advaita Vedanta | Desenvolvimento pessoal | Jnana yoga

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui em nosso canal.

Você sabe que, nesse canal, nosso propósito é descobrir essa questão da Iluminação Espiritual. Como Realizar Isso aqui nessa vida? Como descobrir a Verdade sobre quem nós somos? Como encontrar Isso dentro de nós mesmos?

O ser humano quer se desenvolver pessoalmente, ele quer crescer, ele quer mudar, ele quer encontrar algo dentro desse desenvolvimento, dessa mudança e crescimento, que possa, de verdade, lhe satisfazer pelo seu desenvolvimento pessoal, e aqui eu quero questionar isso.

Primeiro, é importante que você descubra a Verdade sobre quem Você é antes de ir em busca desse desenvolvimento da pessoa, dessa “pessoa” que você acredita ser. Então, a pergunta deveria, antes de tudo, ser essa: “Quem sou eu? Qual é a verdade sobre mim, sobre esse ‘eu’ que eu sou?” Ou: “Há realmente, um ‘mim’, um ‘eu’ para evoluir, para crescer, para mudar?” Isso é importante, porque essa questão do desenvolvimento fica explicada, fica esclarecida.

Aqui, eu quero lhe revelar algo sobre isso. Você é Consciência. Como Consciência, não há qualquer mudança Naquilo que, essencialmente, Você é, e toda e qualquer mudança aparente dentro dessa “pessoa” que você acredita ser, que basicamente é essa personalidade, jamais irá representar Aquilo que você procura, Aquilo que, na verdade, você busca com esse desenvolvimento pessoal.

Eu sei o que você, na verdade, está procurando. Todos nós estamos procurando basicamente a mesma coisa. O ser humano está em busca da Felicidade, ele está em busca do Amor, ele está em busca da Completude, algo que só é possível se realizar em seu próprio Ser, na Constatação da Verdade sobre quem Você é. E, para Isso, nós não precisamos de desenvolvimento pessoal, nós precisamos, basicamente, de Autoconhecimento.

A Compreensão da Verdade sobre Você – Isso é Autoconhecimento. Não se trata do conhecimento dessa “pessoa”, desse “mim”, desse “eu”, dessa personalidade, mas o Conhecimento de sua Natureza Divina, de sua Natureza Essencial. Então, esse Conhecimento, esse Autoconhecimento… Ramana Maharshi foi o maior expoente de todos os tempos sobre Isso – Ramana Maharshi, o Sábio de Arunachala. Conhecimento, segundo a Vedanta, é Jnana, e Ramana foi o maior expoente dessa importante questão: a questão do Real Conhecimento.

Não se trata do conhecimento comum a todos, do conhecimento ordinário, do conhecimento baseado na experiência, na memória, na lembrança, na experimentação, na vida comum ou na vida científica, ou nessa assim chamada “ciência” como nós conhecemos.

Aqui, nos referimos à Jnana, ao legítimo, ao verdadeiro, ao último Conhecimento, que é o Conhecimento da Unicidade, da não separação, da não dualidade; o conhecimento da Verdade Divina de toda a manifestação. Qual é a origem Disso? Qual é a Verdade sobre quem eu sou, sobre o que é a vida, sobre quem é Deus? Onde é que existe essa Realidade? Onde é que está essa Verdade chamada Deus, Presença, Consciência?

Então, a Jnana trata desse Conhecimento, o Último Conhecimento, que, basicamente, é o único Conhecimento que pode lhe dar a Verdade da Revelação sobre quem Você é, e, portanto, o fim para o sofrimento. O sofrimento termina quando o sentido de separação entre você e a Vida, entre você e Deus, termina. Então, Isso é algo muito, muito maior que esse desenvolvimento pessoal. Então, esse Autoconhecimento é o Conhecimento de Si, é a Jnana sobre Si próprio, é o Conhecimento da Verdade Divina que Você traz.

A Vedanta é a última parte dos Vedas, e ali você tem acesso ao aspecto teórico, ao aspecto verbal, da Visão de todos os Sábios. Eu me refiro à Advaita, à Advaita Vedanta. Então, essa Advaita Vedanta, que é a última parte dos Vedas, revela a Verdade sobre quem Você é, a Real Jnana, o Real Conhecimento.

É isso que nós tratamos aqui com você, dentro do canal, e também em encontros on-line e presenciais, porque, basicamente, a Vida se revela Nela própria, nesse direto Conhecimento. De outra forma, não há qualquer revelação. A revelação básica da Vida está na Revelação sobre quem Você é. Nessa Unicidade de ser, há Completude. Então, não existe alguém para se desenvolver, não existe esse desenvolvimento da pessoa, mas a Constatação de que não há qualquer “pessoa” para evoluir, para crescer, para mudar.

O contato com a Verdade sobre quem Você é, é o final de todo o conhecimento, é o final da ilusão do experimentador, do pensador, daquele que acredita existir como uma entidade separada. Por que Isso é fundamental para a vida do ser humano? Porque Isso responde a toda e qualquer pergunta. A pergunta básica, principal, a primária… se ela não é respondida, muitas outras questões surgem, e a Verdade dessa Revelação dessa pergunta primária, Isso responde a todas as outras perguntas. “O encontro com a Felicidade, onde está? O encontro com o Amor, onde está? O encontro com a Vida em Paz, onde está? Onde encontro Aquilo que irá representar o fim de todo o sofrimento, de toda a miséria psicológica, de toda essa contradição interna em que estou vivendo?” Assim, a resposta para todas essas perguntas está na resposta para essa primária pergunta: “Quem sou eu?” E é disso que a Jnana trata. Ramana colocou isso como a base da Verdade, da Revelação para essa Verdade.

Portanto, o caminho direto para a Constatação da Verdade sobre quem Você é, está nesta autoinquirição: “Quem sou eu?” Então, é isso que importa ser apreendido, compreendido, vivenciado. Nesse sentido, a Jnana te dá acesso à Yoga da Revelação do seu próprio Ser. Então, a Jnana Yoga é aquilo que você, em qualquer parte, em qualquer lugar, a qualquer momento, em qualquer situação de vida, no dia a dia, pode colocar em prática. A prática da Jnana Yoga reside em estar aqui e agora, cônscio de todo esse movimento da mente presente, todo esse movimento desse “senso de pessoa”, de pessoalidade, que o pensamento está produzindo dentro de você.

Então, a Real Revelação do seu Ser está no fim dessa ilusão, da ilusão desse “sentido de pessoa”, algo que vive e depende do tempo psicológico – eu me refiro a esse tempo criado pelo pensamento. Basicamente, o fim para esse tempo, o fim do tempo psicológico, é a Revelação do seu Ser, que é Consciência. E o que é o tempo psicológico? É esse movimento da mente que se baseia na memória, no pensamento.

O ser humano, ou ele está no passado, ou ele está no futuro. Sua vida reside nesse contexto de tempo psicológico, de lembrança, de memória. Basicamente, o pensamento sustenta isso. O pensamento está sustentando essa condição, a condição de tempo psicológico para essa entidade, para essa “pessoa” que você acredita ser.

Então, o ser humano vive de recordações, ele vive de lembranças, ele vive de memórias; ele se confunde com essas memórias, com essas lembranças, com essas recordações. Ele se vê no tempo; ele se move nesse assim chamado “presente, passado e futuro” como uma entidade separada, nessa noção equivocada de ser “alguém”, nessa noção ilusória de ser “alguém”.

Então, o Autoconhecimento lhe dá a Visão da Verdade do seu próprio Ser, e aí está a Completude, e aí está a Paz, e aí está a Verdade, e aí está a Iluminação Espiritual. Então, não é desse desenvolvimento pessoal, e sim da Constatação de que não há qualquer entidade presente para alcançar alguma coisa, para realizar alguma coisa.

A Verdade está aqui presente! Você está pleno, completo, Naquilo que Você é.

Tudo o que você precisa é esse Despertar para a Verdade do seu próprio Ser. Tudo o que nós estamos propondo dentro desse desses encontros, dentro dessa Visão do Conhecimento Real, desse Último Conhecimento, desse Conhecimento Final, é que você Desperte para essa Realidade Divina do seu próprio Ser.

Então, pelo Autoconhecimento, você tem acesso a essa autoinquirição, porque, a partir desse momento, você está investigando esse ilusório “eu”, esse sentido de egoidentidade, e descartando essa vida egoica, terminando com essa ilusão desse tempo, todo ele criado pelo pensamento.

Note, o pensamento está contando uma história sobre quem você é e está moldando padrões de comportamento, está a cada dia lhe movendo em sentimentos, em emoções, lhe dando sensações, percepções, e tudo isso baseado nos critérios que o pensamento tem.

O pensamento não lida com a Vida como Ela é, o pensamento não lida com a Realidade. Esse comportamento do pensamento é de ignorância. Então, a ilusão do sentido egoico, esse sentido de separação, que tem sustentado esse tempo psicológico para essa entidade com a qual você se confunde, ela está dentro desse fundamento: do fundamento da ignorância. Na Índia, eles chamam de ilusão da ignorância, e o que pode romper com isso é a Visão do Conhecimento. E, aqui, se trata não do conhecimento teórico, verbal, mas do Conhecimento direto, vivencial, do seu próprio Ser.

Então, o seu Ser precisa Acordar, Despertar; essa Consciência precisa assumir esse corpo-mente. Essa condição de mente egoica é de consciência mental. A não ser que haja o Despertar dessa Consciência, esse antigo e velho modelo, esse antigo e velho movimento irá continuar. Então, o Despertar do seu Ser é o Despertar da Consciência. E há um mecanismo nesse corpo aí, há todo um mecanismo capaz de realizar esse processo do Despertar da Consciência. Na Yoga, isso é chamado de Kundalini.

Então, essa Kundalini passa por um processo de Despertar – essa Energia de Kundalini. Quando ela Desperta… Ela está assentada no corpo, na base da coluna, e quando ela sobe, ela cria uma mudança nessa estrutura, no corpo e na mente. Então, esse é o processo do Despertar da Kundalini, que é o Despertar do seu próprio Ser, que é o Despertar da Consciência. E, para que isso se torne possível, lhe é proposto aqui, para você, a Visão do Discernimento, a Visão do Conhecimento Real.

Então, o nosso encontro… nele, aqui, nós propomos para você a prática, no seu viver, no seu dia a dia, da Jnana Yoga. Isso pode ser feito em qualquer lugar, a qualquer momento. Aqui, em nosso canal, nós temos uma playlist sobre a Meditação. E há 2 formas muito plenas disso acontecer, muito perfeitas, muito completas disso acontecer para você. Uma é através da Real Meditação, dessa autoinquirição. Nesta autoinquirição, acontece esse desenrolar desta Real Meditação, o processo da Meditação aqui e agora. A pergunta é “quem sou eu?” Essa é a autoinquirição colocada por Ramana Maharshi. Isso é chamado de Atma Vichara.

A pergunta “quem sou eu?” te traz para esse instante, para esse momento. Isso faz com que você questione todos esses padrões de comportamento; isso faz com que você quebre esse modelo de padrão de tempo psicológico, de conflitos e contradições produzidas pelo pensamento dentro de você. Então, por exemplo, você é desafiado numa discussão, e numa discussão… ninguém quer perder uma discussão, mas ninguém também se pergunta por que é tão importante vencer uma discussão. É da natureza do ego sempre buscar prevalecer, vencer, ganhar, porque ele se sente nulo, vazio, impotente, incapaz, se ele perde. Então, o desejo de discutir, quando desafiado, e vencer é muito forte, e isso é uma propensão puramente egoica. O ser humano não quer se ver aniquilado – esse é um movimento tipicamente egoico. Então, é preciso que você investigue quem é esse que não pode perder. Para quem essa vitória é tão importante, essa dor que surge quando o seu ego é vencido, é aniquilado, por exemplo, numa discussão, num debate?

Eu, aqui, estou dando um exemplo. Você pode encontrar muitos exemplos de o quanto o ego se sente diminuído quando ele é ofendido, quando ele é magoado, quando ele é ferido, quando ele é desafiado em suas bases de certeza, de autoconfiança. Então, são padrões no ego presentes. Temos a inveja, temos o ciúme, temos a autoimagem magoada, ofendida, e quando você se faz a pergunta “quem sou eu?”, você entrou nesse processo de Constatação direta da Verdade sobre quem Você é. Nesse momento, você está nessa pergunta, se auto-observando e percebendo que todo esse movimento é de pura reação, de pura reatividade egoica.

Então, quando isso acontece, nesse momento, sem resistir, sem lutar, sem se autocondenar, sem se autocensurar, também sem se defender, olhando para dentro de si e percebendo toda essa resistência a esse movimento da vida, percebendo esse “mim”, esse “eu”, esse ego, esse padrão egoico… esse olhar direto para essa reação, isso quebra esse processo de continuidade de um ego para se salvaguardar, para se proteger, para se defender. Isso é real renúncia à ilusão. Eu diria que essa é a real prática espiritual – o que está presente nessa autoinquirição “quem sou eu?”

Portanto, a Meditação, a Real Meditação, é aquela que deve ser feita aqui e agora, sobre toda e qualquer situação, sobre toda e qualquer circunstância, esse olhar para dentro de si mesmo, momento a momento. Essa é a primeira forma.

E a segunda forma está na Meditação Guiada. Na playlist, eu coloco para vocês aqui uma forma de Meditação e a outra. Eu chamo de Real Meditação Guiada o contato com essa própria Consciência trazendo essa guiança para esta Meditação, lhe mostrando, por sua Divina Graça, o que é adentrar a esse Estado de Meditação, tomando ciência do movimento egoico, tomando ciência do movimento do “eu”.

Isso acontece quando você está em algum espaço, em algum lugar, e em contato por exemplo, com algo na natureza, cria um impacto tremendo dentro de você e há um Espaço, um Espaço novo se abre. Sua mente para naquele momento diante de um pôr do sol, diante de uma lua cheia, olhando o mar… e naquele momento há um Espaço, sua mente egoica é como que varrida e você entra em contato com algo dentro de você além da mente egoica, com um Silêncio, com uma Beleza, com algo fora do que o pensamento pode explicar. Então, há esse Espaço, há essa Quietude, há uma Alegria sem motivo presente.

Então, essa é uma outra forma desse contato com a Meditação. Isso é a Meditação Guiada. Isso serve… Isso pode acontecer no contato com a natureza, isso pode acontecer no contato com um Ser Realizado… algo que lhe toca: uma fala, um olhar, um momento de encontro, então acontece um poder presente ali e se desenrola esse processo natural de Percepção da Realidade fora do ego, fora desse centro de autodefesa, de desejo e de medo. Então, se revela esse Espaço novo.

O contato com um Ser Realizado, na Índia, eles chamam de Darshan – é o contato com a Presença Divina. Na Existência, tudo está pleno desta Presença… em toda a Existência!

Você está alienado desta Presença e não contata essa Presença porque está envolvido nesse tempo psicológico, nesse movimento do ego, e você não faz esse trabalho de autoinquirição, esse trabalho de Meditação.

Então, aqui eu quero que você compreenda que é possível Realizar seu Ser, sua Natureza Divina, a Verdade sobre quem Você é. Isso acontece quando Kundalini Desperta. Então, essa Energia toma posse desse corpo e dessa mente na Real Meditação ou na Real Meditação Guiada. Então, o processo acontece nesse organismo, nesse mecanismo, para o Despertar da Consciência. É esse Despertar da Consciência que todo ser humano precisa, e ele tem a Verdade dentro desta Revelação do Autoconhecimento, que traz a Meditação e, nessa Meditação, há algo fora do ego que se revela, que é o seu próprio Ser, assumindo esse corpo e essa mente. OK?

Esse é o assunto aqui com você. Deixa aí o seu “like”, deixa o seu comentário… Temos encontros on-line e também presenciais. Se isso lhe toca, vamos trabalhar isso juntos! OK?

Até o próximo encontro!

Agosto de 2022
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quinta-feira, 23 de março de 2023

Vedanta | Advaita Vedanta | Prisão do tempo psicológico | Advaita (Não Dualidade) | Jnana

Ok, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui em nosso canal. Vamos tratar com você sobre a questão da Vedanta. A Vedanta é a última parte dos Vedas. Os Vedas são as escrituras indianas dentro do hinduísmo, que abordam essa questão de Deus. E há muitos aspectos rituais, cerimoniais, presentes dentro dos Vedas… e a última parte dos Vedas é chamada de Vedanta.

Vedanta trata da parte pura do Conhecimento. Aqui, se trata da do Puro Conhecimento, da Jnana, do Conhecimento direto, sem rituais, sem cerimônias… E queremos tratar com você, aqui, dessa questão da Advaita Vedanta, é algo dentro da Vedanta. Eu diria que é a parte fundamental da aproximação desse Puro Conhecimento revelado na Vedanta.

A palavra Advaita significa “não dualidade”, e nós queremos trabalhar com você isso aqui, lhe mostrar que há uma única Realidade presente, sempre. E, agora, eu lhe falo sempre a partir desta minha vivência. Não é algo teórico aqui, não estaremos tratando com você de teoria. As teorias, você encontra nos livros.

Podemos ter um contato direto com a Advaita Vedanta, mais especificamente com essa questão da Advaita, que é a Não Dualidade.

Advaita é a revelação de que só há uma única Realidade presente em toda a manifestação. Essa única Realidade é a Realidade de Deus ou da Consciência, como alguns chamam. Aqui, se trata de Você, do seu Natural Estado, do seu Real e Natural Estado de Ser. Você, essencialmente, é Consciência. O corpo, a mente e o mundo são aparições dentro dessa Consciência. Toda essa manifestação é uma manifestação desta Presença, desta Suprema Realidade Não Dual. Então, esta Não Dualidade, esta Realidade Suprema, Ela se manifesta de uma forma múltipla, Ela se desdobra em toda essa manifestação.

O contato direto com a Verdade do seu Ser lhe revela seu Estado Não Dual de Ser. Isso significa um Estado livre da contradição, livre do medo, livre do sofrimento, uma vez que sua Natureza Real é a Natureza da Verdade, é a Natureza de Deus, é essa Não Dualidade, essa Natureza que jamais se separa de tudo aquilo que surge, tudo aquilo que aparece por um tempo, como um fenômeno, e também depois desaparece.

O ser humano não sabe a Verdade sobre quem ele é. Ele se confunde com a mente, ele se confunde com o corpo. Em razão disso, ele sofre. Toda essa perplexidade desta identidade ilusória que ele acredita ser, com base numa imagem que você tem de si mesma, de si mesmo… Toda a sua aproximação da vida se torna completamente falsa. Eu tenho chamado isso de uma aproximação de consciência mental.

A sua consciência, essa sim chamada “consciência presente”... e isso acontece agora, aqui, nesse estado de vigília, acontece também em sonho e acontece também em qualquer um outro estado que você vivencie dentro desse estado de vigília, como ansiedade, medo, solidão, culpa, remorso, tristeza e, também, os estados aparentemente livres do sofrimento, como alegria, prazer, essa assim chamada “felicidade” ou realização pessoal. Todos esses estados aparecem dentro dessa condição comum de consciência mental aqui, no estado de vigília, o que também é experimentado no estado de sonho.

Apenas no estado de sono profundo você está livre, temporariamente, desta consciência mental. Ali o seu contato é com esta Realidade Não Dual, que é a Realidade do seu Ser, que é Pura Consciência. Mas, logo que você acorda de novo, essa consciência mental surge e, com ela, o sentido de separação, o sentido de dualidade. Nesse sentido de dualidade, existe você e o mundo, você e Deus.

A Advaita Vedanta aponta para esse Conhecimento Puro, que esse Conhecimento Último, de que a única Realidade presente em toda essa manifestação é a Realidade desta Consciência, é a Realidade do Ser. Essa é a sua Identidade Verdadeira, essa é a sua Identidade Real.

Então, quando falamos do Despertar Espiritual, estamos tratando desse Estado Não Dual de Ser. É o único estado possível ao homem para a Libertação radical, completa, absoluta, de todo o sofrimento, de tudo aquilo que o sofrimento representa. Os passos de Buda em direção ao seu Natural Estado de Buda – a palavra “buda” significa “acordado” – foram passos sendo dados em direção ao fim do sofrimento, ou seja, dados em direção a esse Final Reconhecimento de sua Identidade Real, de sua Natureza Verdadeira, e essa é a proposta aqui para você, dentro desses encontros.

A Realização da Verdade da Advaita Vedanta, que é a Verdade da Não Dualidade, que é a Verdade da Pura Advaita, do seu Ser sendo Um com a Vida, Um com a Existência, Um com Deus, é algo possível para você. É disso que tratamos aqui dentro do canal.

O seu trabalho, nessa vida, é Se reconhecer. Esse Reconhecimento é, na verdade, uma Autolembrança de sua Natureza Divina, de sua Natureza Real. Os passos em direção a Isso estão na Revelação Daquilo que, aqui, eu tenho chamado de Real ou Verdadeiro Autoconhecimento. Quando há Autoconhecimento, existe a Revelação da Verdade sobre quem Você é.

Enquanto Isso não está presente, a condição da mente, dessa mente comum, dessa consciência mental, como eu tenho chamado, é a prisão do tempo psicológico.

Todo o problema consiste naquilo que a mente egoica está produzindo, e tudo o que ela produz está dentro dessa noção equivocada de tempo – presente, passado e futuro. Então, você acredita ser alguém – alguém que nasceu, alguém que está vivendo e alguém que irá morrer. Tudo isso são experiências para o corpo e para a mente, não para Você. Essencialmente, essa Natureza Divina do seu Ser é imutável.

O fim da ilusão desse tempo psicológico, que é o tempo produzido pelo pensamento, criando essa imaginação… porque tudo isso está dentro desse imaginário. É o pensamento que tem imaginado essa história para essa entidade que você acredita ser. Você se confunde com o corpo e se confunde com a mente, e se vê no tempo – presente, passado e futuro –, sujeito a nascer, envelhecer, adoecer e morrer. Talvez nem mesmo essa ordem seja cumprida, talvez não aconteça exatamente assim, e tudo isso está dentro dessa noção de tempo psicológico para uma “pessoa”, para esse “alguém”.

O trabalho da autoinvestigação, preconizado por Ramana Maharshi, te coloca diante desse Autoconhecimento. Esse Autoconhecimento é algo que vai te revelar a Visão da Não Dualidade, a Visão da Advaita, a Visão da Advaita Vedanta, que é, na realidade, a Visão da Vedanta, é a Visão dos Sábios a respeito de quem é Você.

Todos os Seres Realizados, todos os Sábios, de todos os tempos, são unânimes quanto a essa Verdade. Não se trata de um conceito, de uma crença, se trata de um fato: a Verdade do seu Ser revelada dentro dessa Visão dos Vedas.

Isso é algo vivencial, você vivencia a sua Natureza, você vivencia a Verdade sobre Você e, quando Isso está presente, essa Consciência despertou. É por isso que a palavra “buda” significa “aquele que despertou”. Aquilo que desperta é a sua Natureza Essencial. O Despertar da Consciência, o Despertar de sua Natureza Divina… Isso em razão de um trabalho que acontece aqui e agora, dentro desse corpo, desse mecanismo.

Esse corpo precisa de uma mudança. Nós temos, em nosso corpo, toda a possibilidade dessa Realização, nós temos uma base para Isso. Eu me refiro a essa Energia. Ela entra e cria equilíbrio entre corpo e mente, e coloca esse mecanismo numa condição para que essa Consciência de Unidade, de Unicidade, de Não Separação, apareça, surja. Alguns chamam Isso de Iluminação Espiritual – é quando Você, em seu Ser, é a mesma Realidade da Vida.

O nosso trabalho aqui é lhe mostrar como Isso se processa, como Isso se torna possível, como é possível Realizar esse Estado de Felicidade, de Paz, de Consciência, de Inteligência, de Visão Não Dual, e Isso é algo presente aqui, Naquilo que é Você, aqui e agora. Essa Constatação é a Verdade do seu Ser, essa Constatação é a Verdade de sua Natureza Divina.

É importante que você compreenda que a Vida acontece como Ela é, e a mente, nesse estado de tempo psicológico, produzindo ideações, crenças, imaginações, presa a sistemas de ideologias, presa a motivações centradas nessa suposta identidade separada, está em completa resistência à Vida.

Quando você se aproxima desse trabalho, quando você se aproxima desse encontro, você descobre que o seu trabalho aqui é investigar a natureza da mente, investigar a natureza da mente egoica. E, aqui, quando eu digo “investigar”, não é analisar, é se tornar simplesmente cônscio do que ela representa, de como ela se apresenta, percebendo essa ilusão que ela cria entre a Vida como Ela é e aquilo que ela idealiza. Isso é um trabalho que deve acontecer, necessariamente, dentro de você pela auto-observação.

Então, a auto-observação te dá essa base, como eu disse agora há pouco, do Autoconhecimento, para a compreensão de todo esse processo do fim dessa ilusão do tempo psicológico. Por sinal, notem, esse tempo psicológico criado pelo pensamento é a causa de toda a desordem interna, psicológica, que o ser humano carrega dentro desse seu estado egoico, dentro desse seu estado de ilusória separação entre ele e a Vida, entre ele e Deus.

Então, quando há um trabalho nessa direção, acontece o Despertar desta Energia interna, colocando esse mecanismo, esse organismo, dentro desse equilíbrio, dentro dessa condição perfeita. Então, aquilo que faz parte desse corpo prânico entra nessa ordem e o Estado Desperto, o Estado de Consciência, o Estado de Presença, ou o Estado de Buda, ou o Estado de Iluminação, acontece.

Então, é disso que tratamos aqui com você dentro desse canal. Na verdade, essas falas são para o aprofundamento disso, mas nada como encontros também on-line como nós temos, e também encontros presenciais.

Nós temos aqui no canal diversos vídeos. Você pode e, se tem interesse, deve se aprofundar nisso. Nós temos algumas playlists aqui no canal. Os vídeos são organizados em playlists, então eu lhe recomendaria visitar essas playlists, principalmente essa playlist sobre Meditação, sobre a Real Meditação, porque é a Real Meditação que lhe dá a chave para que esse trabalho ocorra, aconteça, aí, dentro de você. Então, acontece o Florescer, acontece o Despertar de sua Natureza Divina, de sua Identidade Real, da Verdade sobre quem Você é.

Esse é o nosso trabalho juntos, e essa é a nossa proposta para você. OK?

Se isso lhe interessa, deixa aí o seu “like”, se inscreve no canal e, se sentir, vamos trabalhar isso juntos em encontros on-line e encontros presenciais. OK?

Valeu pelo encontro e até a próxima!

Agosto de 2022
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quinta-feira, 16 de março de 2023

Condicionamento psicológico | Ação livre do ego | Consciência egoica | Atividade egocêntrica

O que significa isso de estar consciente? Estar consciente… O modo como nós nos aproximamos da experiência presente – é bem interessante a gente investigar isso.

Nós estamos, nesses encontros, aprofundando essa coisa, descobrindo… descobrindo em nós mesmos, com nós próprios, o que significa estar consciente, o que significa viver a experiência, a experiência deste momento.

Em geral, o programa, a forma, o modelo, a programação em nós, aquilo que eu tenho chamado aqui de condicionamento psicológico, é de, em contato com a experiência, a gente se deparar com isso já trazendo uma fotografia. Então, sempre parece que é um contato de reconhecimento, porque sempre trazemos uma fotografia de experiências passadas, e essa é a forma mais estreita, limitada, de estarmos em contato com o momento presente. É assim que processamos as experiências.

A Vida é algo agora aqui. O que quer que esteja surgindo está surgindo de uma forma inédita; é pela primeira vez que isso está acontecendo. Quando, por exemplo, nós temos um contato agora e, amanhã, nós nos encontramos, na verdade o que irá se encontrar são 2 fotografias: a que você tirou de mim e a que eu tirei de você. É isso que nós chamamos de estar consciente, é assim que nós processamos as experiências do presente momento.

Essa condição psicológica em nós é uma deformidade, não é algo natural em seu Ser. É assim que nós processamos todas as informações. Essas informações são registros que temos como arquivos que trazemos. Fazemos uso disso para uma vida meramente mecânica. Essa é uma forma técnica de colocarmos isso. Nós poderíamos chamar de uma vida meramente egoica, colocamos dentro de um ponto de vista psicológico.

Todo o movimento da “pessoa” presente é um movimento do “eu”, é esse movimento de memórias, de arquivos, de fotografias. Assim, o que nós temos presente é a ação egoica, o movimento egocêntrico, o movimento do “eu”. A tragédia disso é que a nossa vida fica inteiramente presa ao movimento dessa limitação de uma identidade ilusória, como se ela fosse real aqui, neste presente momento, conseguindo acertar.

O nosso trabalho juntos aqui é descobrir a Vida agora, como Ela se mostra, como Ela é, quando o “eu” não está. Então, a Liberdade de viver é a Liberdade de estar livre do ego, desse modelo egoico, dessas atividades, desses relacionamentos com base nesse fundo, que aqui nós temos chamado de condicionamento psicológico.

Toda a infelicidade em nós presente está em razão de que toda a Beleza, toda a Graça, toda a Verdade deste momento presente fica anulada quando o sentido do ego está. Em outras palavras, minha relação com você, baseada nessa fotografia que eu tirei de você e que você tirou de mim – isso aconteceu ontem e, agora, está havendo esse encontro –, essa relação é sempre uma relação com base nesse modelo egoico; é sempre o sentido do “eu” presente nessa experiência, nesse contato, nessa relação.

Então, o que nós temos? A infelicidade. É possível nós descobrirmos uma ação livre do ego e, portanto, uma ação livre do passado? É possível nós descobrirmos um modo novo – que não é mais de estar consciente, nesse antigo modelo de como funcionamos –, para ter um olhar novo, um ouvir novo, um sentir novo, quando o outro está presente? E, aqui, o outro pode ser uma pessoa, pode ser a natureza, pode ser os objetos, pode ser um pensamento que esteja surgindo, um sentimento... Olhar para isso de uma forma nova, olhar para isso sem isso de estar consciente… Eu vou chamar isso de ser Consciência, no lugar de estar consciente.

Estar consciente é pegar esses registros, essas fotos, é pegar esse fundo de condicionamento, esse modelo de memória, e fazer esse encontro, que, na verdade, não está acontecendo. Não é um encontro, é, na realidade, um choque. Eu tenho dito isso: você com o outro não se encontra, você entra em choque.

O sentido do ego presente, nesse modelo de exigência, de desejos, de esperança, desesperança, de medo… esse encontro é sempre um choque! Nossas relações egoicas são tediosas, cansativas, enfadonhas, repetitivas. É um modelo de vida onde o que predomina é, de fato, o sofrimento, a infelicidade, porque o que está presente é o ego em suas exigências, é esse “eu” que precisa de você, que quer algo de você, que está cobrando algo de você.

Então, as relações humanas estão dentro dessa base. Nossa relação humana também com a natureza, a nossa relação humana também com os objetos, essa nossa assim chamada relação humana com o sentimento e com o pensamento... Há sempre essa confusão, há sempre esse enrosco.

Então, essas fotografias não estão ordenadas, elas não têm um modelo coerente. A Vida agora aqui carrega uma Plenitude, uma Totalidade, uma Verdade que desconhecemos quando nos posicionamos com base no passado, com base na memória, com base nesses registros. Então, temos que descartar de nossas vidas esse modelo de “estar consciente” para ser Consciência. E Ser Consciência é possível quando o ego não está, quando o “eu” não está.

Então, o meu contato com você, na verdade, é o meu contato com a Alegria de ser Consciência, porque é Isso que posso reconhecer n’Aquilo que Você é, porque é Isso que Eu sou, então não há separação.

Isso soa muito estranho para a gente, porque nós fomos programados, condicionados, a ver o mundo dentro dessa ótica de separação: tem eu e tem você; tem você e suas exigências, crenças, opiniões, julgamentos, comparações, desejos e medos, e tem eu… eu com os meus medos, desejos, comparações, exigências.

Então, os nossos encontros são esses encontros nessa relação de separação. A beleza da Iluminação Espiritual, do Despertar Espiritual – esses são os termos que as pessoas usam, né? Mas, na verdade, é o Florescer do seu Ser, desse Ser-Consciência, seu Estado Natural.

A beleza desse Ser-Consciência, que alguém chama de Iluminação, Despertar da Consciência, é que, nesse contato, aquilo que prevalece é o Silêncio, a Inteligência, a Compaixão, o Amor, o Cuidado, uma Apreciação livre de intenções escusas, de desejos secretos. É sempre a Alegria de ser Consciência. Essa Alegria de ser Consciência faz os seus olhos brilharem com essa Alegria de olhar para o outro vendo a Si mesmo.

A não ser que tenha algum problema com a sua cabeça, você seja alguém muito fora da curva, da normalidade, quando você pega um bebê no colo e olha nos olhos, você não quer nada daquele bebê… a não ser que você esteja fora da normalidade. Mas, em geral, você pega um bebê no colo e olha nos olhos do bebê… você não quer nada! É só a alegria de estar com ele no colo. Não é o conforto que ele recebe, é a Alegria do conforto de ser Você Mesmo, porque, nesse momento, o sentido do “eu” desaparece: você não exige nada, não quer nada, não está cobrando nada, não está pedindo nada… O bebê não vai lhe dar nada, ele apenas compartilha da sua Alegria de tê-lo ali. Ele é essa Alegria e você é essa Alegria. Eu não sei se você está com ele no colo ou se é ele que está com você no colo, porque é um instante de ausência do sentido do ego, ausência do sentido de separação.

Todos nós temos momentos assim na vida, onde o sentido do “eu” não está. E há um encantamento, um sentido de beleza, de gratidão, de conforto, de colo, de Presença Divina, de naturalidade e frescor naquele instante, pelo menos por alguns segundos, até você não se aborrecer, ou parecer que a criança o aborreceu… mas, ao menos por alguns segundos, existe um instante de encontro com Aquilo que é inexplicável: é o instante do Novo, do Desconhecido; é o instante da Beleza, seja uma criança, seja um animalzinho, um pet, ou o sorriso de uma criança ao olhar para você… é só um sorriso, não há intenção, não há motivação, não há nada para se ganhar, para se trocar; uma coisa gratuita, livre, sem desejo, sem medo.

Por alguns segundos, o sentido do “eu” não está, do ego não está, dessa consciência egoica não está; por alguns segundos, não há nenhuma atividade egocêntrica. Nesse instante, tudo é Ser, Consciência, é esta Presença.

Eu quero convidá-lo a esse Despertar de sua Natureza Essencial, para ter olhos assim no seu viver, momento a momento, para tudo! Nós só temos alguns momentos assim, no contato com a natureza, no contato… no momento em que você vê um pássaro pousado num galho de uma árvore… Por alguns segundos, existe um olhar livre do “eu”. Uma árvore não lhe dá nada; não há nenhum impulso, nenhum desejo, não há nenhum estímulo a qualquer atividade egoica. Esse instante é o instante da Consciência, é o instante da Presença.

Isso é Meditação sem o meditador, sem a prática da meditação. Você não se prepara para Isso, você não sabe quando Isso vai acontecer. Isso é um momento novo desconhecido. Isso vem como um toque, uma invasão de algo fora das suas premeditações, do seu “mim”, do seu “eu”, do seu ego. Isso está fora da sua cartela de fotos, dos seus arquivos de “guardados”; Isso está fora do “eu”. Essa cartela de fotos, esse arquivo, é aquilo que eu tenho chamado de tempo psicológico; é aí que o seu ego vive, o seu “eu” vive, a “pessoa” que você acredita ser tem existência.

Então, o que é o Despertar, a Iluminação? É permanecer livre desse seu “eu”, desse seu “mim mesmo”, “eu mesmo”, “eu sei”, “eu quero”, “eu não quero”, “eu gosto”, “eu não gosto”, “eu aceito”, “eu não aceito”, “eu perdoo você”, “não, eu não perdoo você”... viver livre desse sentido de um “eu” presente com suas necessidades, suas carências, suas motivações. Faz sentido isso ou não?

Isso é Meditação! Isso é Meditação! É permanecer como Ser-Consciência! Essa é a real forma – que não é uma fórmula, que não é um caminho, que não é um método, que não é um sistema –, é a real forma de permanecer livre de todas as formas, de todos os formatos de aproximação com a Vida como Ela é agora aqui.

As pessoas querem descobrir o que é a Meditação. Elas, na verdade, carregam a Meditação já nelas. Isso é uma experiência comum a todos! Isso vem o acompanhando desde a infância, só que, ao longo da vida, você perdeu isso. Você se embrenhou pela mata da civilização, você se embrenhou pelo mundo dos desejos, dos sonhos, dos projetos, das conquistas, da tentativa de ganhar, de conseguir, e, também, de se livrar; se embrenhou pela mata, pelo caminho das escolhas, perdeu o seu Natural Estado de Ser-Consciência, que tem o seu próprio modo de conduzi-lo, porque Você é essa Presença, Você é essa Consciência. Essa forma humana, corpo-mente, é essa Presença, é esse Puro Ser-Consciência.

A rendição à Verdade – o que agora temos que fazer. Temos que nos desfazer do que fizemos, temos que desaprender o que aprendemos, temos que sair dessa mata, sair dessa floresta, sair dessa antiga e velha jornada, e nos voltarmos para a Verdade que somos agora e aqui. E isso lhe dá essa real condução, a esse corpo e mente, a uma vida amorosa, feliz, bem-aventurada, pacífica e, também, próspera.

Então, não se trata de você procurar caminhos diversos para obter resultados a partir de imaginações, sonhos, um “eu” se projetando para realizar coisas, para viver Isso, essa Completude de ser Consciência. Isso já está agora aqui quando o sentido do “eu” não está. Então, tudo o que se faz necessário e real para essa Vida de Plenitude, de Felicidade, de Amor e, também, de Prosperidade, já está presente quando o sentido do “eu” não está.

Então, mentalizações para realizar sonhos, projetos, objetivos, metas… a meta dos 5 anos, a visualização de objetos colados na geladeira, o famoso “The Secret”, nada disso faz o menor sentido para Isso que é Você, que é Ser-Consciência, que é a própria Fonte de tudo, de tudo, absolutamente de tudo!

Então, essa é a forma sem fórmulas de estar aqui e agora, nesse contato. Ouvir o outro dessa forma, ouvir uma fala como essa, se relacionar dessa forma, sentir o que se passa dentro e fora de si mesmo sem esse fundo, sem essa programação, sem esse condicionamento, sem essa ilusão de ser consciente… É isso que estamos fazendo nesses encontros: descobrindo a Verdade sobre quem somos. A Revelação d’Isso é a Verdade sobre o que é Deus, o que é a Vida, o que é a Consciência. OK?

Esse é o assunto. Vamos ficar por aqui!

Janeiro de 2023
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terça-feira, 14 de março de 2023

A ilusão do tempo psicológico | Vedanta | Advaita Vedanta | Não dualidade | Real Meditação Prática

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui no nosso canal.

O assunto com vocês é sobre a ilusão do tempo psicológico – eu falo desse tempo que o pensamento tem criado, tem produzido dentro de você.

O pensamento produz uma forma de tempo irreal. A noção que você tem como pessoa é uma noção baseada nesse tempo irreal, o tempo de existir como uma entidade separada, aqui, nesse presente momento. Não há uma entidade presente aqui nesse instante, apenas o pensamento tem construído essa ideia, tem lhe dado essa ideia.

Então, o pensamento construiu uma noção de tempo para você e te coloca aqui, nesse presente momento, como “alguém”, "alguém" que tem uma história no passado, tem uma história sendo vivida agora, aqui, no presente, e tem uma história que será construída no futuro. A noção de presente, passado e futuro é uma construção do pensamento. A única Verdade presente é esse presente momento. Nesse presente momento, não existe uma entidade aqui.

Então, aqui, nós tocamos no assunto da não dualidade, da não separação. Uma só Realidade está presente – é isso que é colocado dentro da Vedanta. Na Advaita Vedanta, a aproximação que você tem é a aproximação da não dualidade. Não existe o sentido de uma identidade presente aqui, nesse momento, para viver a vida, para experienciar a vida. A noção que você tem sobre a vida, com base no que o pensamento diz, é completamente ilusória, completamente falsa.

A aproximação da Vedanta… você sabe, a Vedanta é a visão da Sabedoria descrita pelos Sábios da Índia. A última parte dos Vedas trata da Vedanta e, dentro da Vedanta, nós temos uma aproximação da Advaita, Advaita Vedanta. Então, o último ensino sobre a Verdade, sobre Você, sobre quem Você é, é essa Visão, a Visão da Verdade de que só há uma Presença, só há uma Consciência aqui, nesse instante, nesse momento. O sentido de uma identidade presente não é real. O sentido de "alguém" presente nessa experiência não existe.

Eu quero lhe convidar a adentrar essa Consciência, essa Verdade do seu próprio Ser, que é Unicidade, que é não dual. Então, quando falamos de Iluminação Espiritual, Despertar Espiritual, estamos tratando desse Estado Natural de Ser, que é Consciência, sem qualquer separação entre essa Consciência e Deus, entre essa Consciência e a Vida.

O ponto, aqui, importante para dizer para você é que enquanto isso não ficar resolvido, enquanto não ficar claro aí que não existe qualquer separação… eu digo “claro” não intelectualmente, não através da fala ou das palavras.

Você pode ler incansavelmente isso e continuar ainda dentro dessa perspectiva equivocada de separação entre você e a Vida. Você precisa de uma vivência. Portanto, enquanto não ficar clara essa vivência direta, esse Estado de Ser não dual, segundo descrito por Ramana Maharshi… Ramana Maharshi foi um dos maiores expoentes da visão da Jnana, da visão do Conhecimento – eu me refiro ao Conhecimento Último, ao Conhecimento da Verdade sobre Você, sobre o mundo, sobre Deus.

Dentro da visão de Ramana Maharshi, dentro da visão dos Sábios, a Realidade do seu Ser é Ser-Consciência-Felicidade. Essa, portanto, é a Natureza da Verdade sobre Você.

Portanto, nesses encontros, nós estamos trabalhando isso: o fim dessa noção de tempo criado pelo pensamento, produzido pelo pensamento, situando você como uma entidade separada com uma história. Sim, o corpo tem uma história, a mente tem uma história, mas tanto o corpo quanto a mente estão dentro de um contexto de aparição, que vem e vai, que aparece e desaparece.

No entanto, Você em seu Ser, como Pura Consciência não dual, sem qualquer separação de toda essa existência, e mesmo além de toda essa manifestação, como Puro Ser, como Pura Consciência, não é algo que aparece e desaparece.

Assim, o fim para essa complexidade criada pelo pensamento – eu me refiro a esse tempo psicológico – , o fim para o tempo psicológico é a entrada nessa nova Dimensão, nessa profunda Dimensão, nessa verdadeira Dimensão, que é Consciência. É aqui que reside a Verdade do seu Ser. No fim de toda essa desordem, no fim de toda essa complexidade produzida pelo pensamento, no fim dessa ilusão do sentido de separação, do sentido egoico, estamos diante Daquilo que é a Verdade.

Então, o nosso trabalho aqui é termos um olhar para Isso, um olhar para a Verdade que somos. Enquanto houver a conservação dessa falsa identidade, cultivando alguma forma de crença, de ideias; enquanto estiver se movendo, essa suposta identidade, dentro desse modelo, que é um modelo da mente, esse modelo da mente egoica, esse modelo mental, dentro desses padrões, de conceitos, ideias, crenças, opiniões, julgamentos… aqui nós temos também junto a autoimagem, a imagem idealizada pelo pensamento sobre quem você é, sobre quem é o outro, sobre o que é a vida. Tudo isso precisa desaparecer!

E é possível se fazer esse trabalho quando você está atento a esse movimento, a esse equivocado movimento do ego, desse "mim", a esse equivocado movimento do pensamento, sustentando, segurando essas crenças, esses julgamentos, essas imagens – isso é o descarte do "mim", do "eu".

Existe, no ser humano, um cultivo para essa continuidade. Uma vez que estamos juntos aqui, nesse canal, e a proposta desse canal é lhe mostrar que é possível o Despertar do seu Ser, dessa Verdade Divina, é necessário que você esteja disposto a abdicar, a abrir mão desses padrões da mente egoica, e, portanto, desse fundamento para o tempo psicológico, que é esse modelo mental constituído de pensamentos.

Os pensamentos precisam ser compreendidos e, aqui, quando eu uso a expressão “compreendidos”, não é “entendidos”. É necessário que você compreenda o que é o pensamento. A compreensão do pensamento te dá a compreensão de todos os pensamentos.

Pensamento é basicamente tempo, porque basicamente pensamento é memória, basicamente pensamento é história. O pensamento idealizou toda essa história, construiu toda essa história sobre quem você acredita ser. Isso não é quem Você é. Então, a compreensão do pensamento é o fim para o pensamento.

Então, no que se constitui um verdadeiro trabalho espiritual, um real trabalho sobre si mesmo? Isso se constitui na arte da auto-observação do próprio movimento do pensamento quando surge, construindo sobre você e sustentando aí todos esses padrões. É isso que mantém o sentido de dualidade; é isso que mantém o sentido de separação; é isso que mantém o sofrimento. Observar a mente, observar a si mesmo em suas relações com o mundo, com o outro, consigo mesmo, com a vida, e perceber que o pensamento está construindo algo, de uma forma imaginativa, sobre a sua Natureza Divina, sobre o seu próprio Ser; que o pensamento está construindo uma imagem…

A velocidade desses pensamentos diminui, uma vez que essa observação deve ser feita sem julgamento, sem comparação, sem essa mera aceitação passiva, como se aquilo que estivesse surgindo, esse pensamento que estivesse surgindo, estivesse dizendo a Verdade.

Se você apenas observa, constata, uma coisa inteiramente nova começa a acontecer dentro de você. Então, há uma quebra de identificação com esse movimento, porque ele passa a ser visto, ele começa a ser visto, e quando ele começa a ser visto, essa tendência habitual, padronizada, do pensamento, de tagarelar o tempo inteiro dentro de você, lhe dizendo coisas nas quais você está sempre acreditando, sobre si mesmo, sobre o mundo, sobre o outro, isso perde a velocidade e perde o poder de te fascinar de novo, e de novo, e de novo, como tem feito.

O que eu estou descrevendo para você aqui é a arte da Real Meditação. Você apenas deve observar o movimento da mente, quer esteja caminhando, falando com alguém, dirigindo o seu carro, indo para algum lugar ou, simplesmente, quieto em casa, sentado, em meio a qualquer uma outra atividade externa. Esse trabalho interno é necessário que esteja acontecendo.

Esse é o seu contato com a Verdade do seu próprio Ser. Então, se revela aqui a Verdade do Autoconhecimento, porque o sentido de separação, o sentido do "eu", começa a ser visto, e aí ele perde o valor, ele perde a importância, porque agora você está adiante da real prática espiritual, que é a Real Meditação.

Então, quando nos aproximamos dessa importante questão da Iluminação, precisamos nos aproximar não de uma forma teórica, mas de uma forma prática. Então, a vivência prática do Autoconhecimento, nós podemos chamar aqui de Yoga, Jnana Yoga. Então, você está diante de uma abordagem inteiramente diferente. Eu estou dizendo que você está nessa prática espiritual pela Jnana Yoga. A palavra Jnana significa “Conhecimento”. O Conhecimento da Verdade sobre Si é Jnana.

Quando você se dispõe a trabalhar isso em si mesmo, acontece uma mudança nesse corpo e nessa mente, e, segundo Ramana Maharshi, essa mudança acontece de uma forma natural, de uma forma espontânea, pela direta prática da Real Meditação. Eu chamo isso de Real Meditação Prática – isso é a prática da Jnana Yoga. Então, acontece uma mudança nesse corpo e nessa mente. Para Ramana, basta isto, esta autoinquirição, esse modo de se aproximar de si mesmo por essa prática funcional, real, da Meditação, para que aconteça o Despertar da Kundalini. O mecanismo capaz de criar essa mudança nessa estrutura, nesse corpo e mente, para que esse Estado Divino, esse Estado Real, esse Estado de Ser, de Pura Consciência, para que esse Estado se estabilize aí nesse mecanismo, nesse organismo… um trabalho – que é o trabalho da Kundalini – começa a acontecer nesse corpo e nessa mente.

Então, nós temos de uma forma evidencial, de uma forma vivencial, a beleza da Percepção da não dualidade, da não separação entre você e a Vida, entre você e Deus, entre você e o mundo, entre você e o outro.

Portanto, esse é o nosso convite aqui, nesses encontros: um trabalho direto em si mesmo. E deve, esse trabalho, acontecer aqui e agora, não em um espaço reservado para isso. Todo lugar é o lugar onde essa Consciência está presente, porque Você é essa Consciência, mas você não tem essa ciência de Si, uma vez que está se confundindo com aquilo que Você não é.

Toda essa estrutura do tempo psicológico está sustentando a ilusão desse falso "eu", dessa mente conflituosa. O ser humano vive dentro dessa condição. A mente está em conflito, e é natural que, quando a gente fala de conflito, a gente tenha que aceitar a verdade, o fato, de que, quando há conflito, não há Amor, não há Paz, não há Felicidade, não há Verdade. E o estado psicológico do ser humano, preso a esse tempo criado pelo pensamento, que é o tempo psicológico, é um estado interno de confusão, de desordem, de infelicidade.

A beleza desse encontro aqui é que eu quero lhe dizer que a Real Liberação vem de dentro, a Real Libertação vem de dentro, a sua Real Cura vem de dentro. E aqui eu me refiro a todos esses problemas de ordem psicológica que o ser humano carrega. Seu estado de consciência puramente mental é, na realidade, de inconsciência. Nessa inconsciência, aquilo que predomina no ser humano é a insanidade, haja vista todas as formas de expressão de violência. Isso está presente porque há sofrimento.

Em razão desse sofrimento, o ser humano é agressivo, é violento. Existem diversas formas de expressão de sofrimento em razão da presença desse tempo psicológico, dessa condição inconsciente de viver, de estar na vida. Os quadros como ansiedade, depressão, mágoa, culpa, ressentimento, a dor da rejeição, da solidão, todas as diversas formas de expressão de violência contra si mesmo, contra o outro, é possível colocar um fim para tudo isso com o Despertar de sua Natureza Divina, de sua Natureza Essencial, com o Despertar desse Poder que Você traz dentro de Você, que é o Poder da Consciência, que Ramana chama de Kundalini.

Kundalini, segundo ele, e Consciência e Jnana são basicamente a mesma coisa, diz ele… Ramana Maharshi diz: “São palavras diferentes para apontar para a mesma coisa”. E ele ainda diz mais: “E aqui se inclui a palavra ‘Deus’”. Isso por quê? Porque só há uma Única Realidade com nomes diferentes. Essa Única Realidade é não dual, é uma mesma Presença, um mesmo Poder. Assumir Isso, aqui agora, é ir além da ilusão do sentido de separação. Esse é o Poder da Consciência, esse é o Poder da Liberação, esse é o Poder da Verdadeira Cura que vem de dentro, que nasce do seu próprio Ser, que nasce dessa Consciência.

Então, estamos aqui colocando em palavras Aquilo que está além de todas as palavras; estamos colocando para você a possibilidade de ir além de todo o conflito, de toda a dor, de todo o sofrimento, Realizando sua Natureza Divina, sua Natureza Real, sua Natureza Essencial.

Nós temos trabalhado isso com aqueles que se aproximam. Temos esses encontros aqui em nosso canal, temos encontros on-line… Aí nós temos um link na descrição. Você pode entrar em nosso grupo no Whatsapp e participar de encontros on-line, e temos encontros presenciais. Além disso, temos retiros! E aqui fica esse convite para você.

Aproveita, deixa aí o seu “like”, se inscreve no canal e, se isso for interessante para você, vamos trabalhar isso juntos. OK?

Valeu pelo encontro e até a próxima!

Agosto de 2022
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quinta-feira, 9 de março de 2023

Satsang | O que é Kundalini | Mitos, imaginações, fantasias e crenças | Kundalini e o empoderamento

Muito bem, vamos lá! Ainda esclarecendo aqui, para você, algumas perguntas. Parece que teremos que sempre trabalhar com você essa dúvida e outras dúvidas. Uma delas é: para que serve? O que implica…? Esse é o assunto que vou tratar com você. E para que serve? A pergunta é: para que serve, qual é a utilidade do Despertar da Kundalini?

Primeiro, eu quero que você compreenda porque as pessoas estão à procura desse Despertar, o que elas pretendem com essa busca, com essa procura do Despertar. É importante que se compreenda que, se você está tendo uma visão equivocada do que Kundalini representa, a sua procura por isso também será completamente errônea, completamente equivocada.

Primeiro, você precisa compreender o que, realmente, é Kundalini. Eu quero começar a falar sobre isso antes de tratar com você sobre essa questão, que é a questão da utilidade ou do porquê eu deveria Despertar a Kundalini. Tem a ideia comum dos poderes, também, envolvidos neste Despertar da Kundalini, mas primeiro eu quero, repito, tratar com você sobre o que é basicamente Kundalini. Vamos compreender isso, logo, dentro de um contexto real, sem todos esses mitos, imaginações, fantasias e crenças.

Kundalini é simplesmente seu Ser. Seu Ser está dormindo. Seu estado mental está em função, está trabalhando. Você vive num estado de consciência puramente mental. Não há Consciência nesse estado mental, ou essa consciência é só a consciência mental. Isso significa o seu Ser dormindo, seu Ser está adormecido. Seu Ser, aqui, é sinônimo de Consciência. A Consciência está adormecida, e Kundalini é o simples Despertar do seu Ser, que é o Despertar da Kundalini.

Então, a verdade é que Kundalini, quando desperta, você está além desse estado de consciência mental, de consciência comum. Esse estado de consciência mental, eu tenho chamado aqui nesses encontros de inconsciência. Porque, na verdade, variando o nível de intensidade ou profundidade desta assim chamada consciência mental, que é a consciência do ser humano comum, do ser humano… que é a grande parte da humanidade, vivendo dentro dessa condição… Essa variação é, na verdade, a variação de profundidade ou de intensidade de inconsciência.

Então, o que nós chamamos de consciência mental é, na realidade, inconsciência e o Despertar da Kundalini é o Despertar desta Consciência para uma qualidade de vida completamente outra, completamente diferente. Porque, na qualidade de vida dessa consciência mental ou dessa inconsciência, o ser humano está vivendo em conflito, em contradição, em sofrimento, cheio de desejos e medos; ele é infeliz.

Então, a sua infelicidade é em razão da falta da visão da Verdade sobre quem ele é, sobre quem ela é. Então, se você não sabe quem Você é, você não assume a Verdade dessa Consciência, porque não acordou, porque não está desperto.

Essa condição de consciência mental ou inconsciência, como eu tenho chamado, varia de pessoa para pessoa, mas basicamente é sofrimento para todos. E o Despertar do seu Natural Estado de Consciência é o que os Sábios na Índia antiga e em diversas tradições, mudando apenas a expressão… é chamado de Kundalini.

Então, vamos compreender primeiro que Kundalini é o simples Despertar do seu Ser, que é Consciência, que é Felicidade, que é Amor, que é Paz. Mas há um interesse muito grande das pessoas com relação ao que eles chamam de Despertar da Kundalini. Mas é o interesse do equívoco, porque para eles o Despertar da Kundalini é algo que irá representar um poder acrescido a essa pessoa que elas acreditam ser.

Então, se você é uma pessoa comum, você vai se tornar incomum; se você é uma pessoa normal, vai se tornar uma pessoa especial; se é uma pessoa sem poder, vai se tornar uma pessoa empoderada. Então, há essa busca pelo empoderamento, que é a busca da egoidentidade sendo especial e se diferenciando dos demais.

Então, aqui nós já temos a resposta para a pergunta equivocada de quem faz: "Para que serve o Despertar da Kundalini"? A resposta equivocada para uma pergunta equivocada é: "Para dar empoderamento, para lhe dar poder". E é isso que as pessoas buscam, elas estão em busca disso: empoderamento. Elas estão em busca de poder. Como elas descobriram que existe uma energia – pelo menos, na teoria, na crença, na imaginação delas –, que há um poder dentro delas que pode ser despertado, e alguns até, de uma forma muito equivocada, dizem “despertado pela Kundalini”, como se houvesse esse poder e a Kundalini para despertar esse poder.

Então, elas estão procurando despertar esse poder para serem diferenciadas, para serem especiais, para serem pessoas poderosas. O ser humano está completamente louco por isso, ele fala muito disso em nossos dias. Essa questão de viver esse “empoderamento masculino”, "empoderamento feminino”… é o sentido de ser "alguém"!

O equívoco está aqui, o erro está aqui. Kundalini é Consciência, Consciência é esta Presença Singela, Simples, Natural, Divina e realmente Poderosa. O maior Poder do Universo está dentro de você, que é essa Consciência. Mas não é um poder para ficar a serviço desse falso "eu", desse "mim", desse ego. Esse Poder é a Realização da Verdade Divina.

Todos os santos na história da humanidade, todos os Sábios, tiveram um momento de transição entre consciência mental ou inconsciência para esse Estado de Plena Consciência, de Consciência Divina, de Real Consciência, mas isso não fez deles seres empoderados ou seres poderosos.

Essa transição é como a transição da lagarta para a borboleta. Sim, a lagarta é comilona e é um bicho estranho, peludo, e algumas são muito gordas, meio desengonçadas para andar, e quando você olha para uma borboleta você diz: "Mas que graça, que beleza!". Sim, a transição é algo parecido com isso. A transição do seu estado egoico para o seu Estado Divino é algo como essa transição. Mas mesmo essa Beleza de um Sábio, de um Ser Realizado, daquele que está vivendo em sua Natureza Real, mesmo essa Beleza não faz dele ou dela alguém empoderado, alguém com um ego forte e viçoso, bonito, que anda voando por aí, cheio de poderes. Isso é fantasia!

Não há ego no seu Estado Divino, não há ego no seu Estado Natural! Isso é o Real Despertar da Kundalini! Esse é o Real Despertar da Kundalini! Seu Ser, sua Vivacidade, sua Não Dualidade, sua Presença… E é curioso quando uso a expressão "sua". Aqui, eu me refiro à Presença, à Vivacidade, à Graça. Eu me refiro Àquilo que é Você em sua Natureza Essencial, que é Deus.

Então, vamos compreender isso! Ali, a gente tem um espaço e a gente vai fazer uma horta. Então, a gente limpa o terreno, afofa a terra e aduba e prepara o terreno para jogar as sementes, para colocar as mudas, e aí nós vamos ter uma horta linda, viçosa, bonita.

Aqui, o trabalho do Despertar da Kundalini, que é dessa Realização de Deus, aqui nessas falas, nesses encontros – e mais do que nessas falas, nesses encontros –, há uma Energia presente, há um Poder presente, que é o próprio Poder dessa Consciência, para lhe mostrar que esse terreno tem e precisa ser limpo, para que realmente essa pequena horta possa ser uma linda horta, esse terreno possa realmente se mostrar perfeito para esse propósito.

Assim é esse trabalho dentro de si mesmo, esse trabalho aí dentro de você. É necessário um trabalho para que haja o Despertar da Kundalini. E, aqui, eu me refiro sempre, dentro desses encontros com você, do que eu considero Kundalini de verdade, o Real Despertar desta Presença, o Real Despertar da Kundalini.

Isso, ao chegar, representa o fim do sofrimento e não o empoderamento; o fim do medo e não a presença da coragem; o fim da guerra e não a presença da paz – essa “paz” nesse sentido de um oposto que está do outro lado. A paz que se opõe à guerra, o medo que se opõe à coragem, e assim por diante.

Eu falo da Presença não dual do seu Ser, que é, essencialmente Paz, mas não é a paz que a mente compreende, que o ego idealiza. Eu falo da presença do Poder! Sim, há um Poder presente em um Ser Realizado – é o Poder do Silêncio, é o Poder da Sabedoria, é o Poder do Amor, é o Poder da Sanidade. Não é o poder que tornou alguém poderoso, é o Poder que desfez da ilusão de "alguém" presente, é o Poder da Beleza, é o Poder da Consciência de Deus, é o Poder da não separação, da não dualidade.

Então, para que serve? Agora, eu vou colocar a sua pergunta, a minha pergunta, dentro do meu contexto. Para que serve o Despertar da Kundalini? Agora, vamos corrigir a pergunta, vamos perguntar de uma outra forma, sem o equívoco “para que serve?”, porque nós estamos tratando aqui de algo utilitário, algo que irá servir para algum propósito pessoal, egoico. Então, vamos perguntar diferente: “O que é Kundalini?” No lugar de “para que serve?”, "qual é o propósito?”... Não! Vamos perguntar “o que é Kundalini?”, porque na resposta para o que é Kundalini, você já compreende de verdade qual é o propósito desse Despertar, e é o que eu me refiro, aqui, dentro desses encontros com você, o tempo todo! O propósito desse Despertar é lhe conceder a ciência da Verdade sobre o seu Ser.

Jesus chamava “Reino dos Céus”, “a Verdade do Reino dos Céus em vós”. O Florescimento desse Reino dos Céus é Kundalini. No budismo, isso é chamado “o fim do sofrimento” ou “Nirvana”… o fim do sofrimento. No hinduísmo, é “Moksha”. Moksha é o Estado de Liberdade, de não separação, de Liberdade...

Então, o nosso trabalho juntos, dentro desses encontros, como aqui nesse encontro presencial, o nosso propósito aqui é adentrarmos Isso, o Reconhecimento da Verdade que somos, aqui e agora. Então, eliminamos o equívoco da pergunta. O propósito está aqui, a finalidade está aqui, mas ela não é mais pessoal, “para que serve” também está aqui, mas não serve a um propósito pessoal.

Não tem sido assim, em geral… não tem sido assim. Toda aproximação do ego é para aquisição, é para adquirir, é para possuir e para ter poder para os seus próprios fins, para suas próprias finalidades – puramente egoicas, puramente egocêntricas –, e nós descartamos tudo isso.

Aí, é claro… alguém, quando pergunta: "Mas então, é ou não perigoso isso?” Sim… Não há perigo maior na vida do que permanecer na egoidentidade. Esse é o maior de todos os perigos: permanecer vivendo carregando esse sentido de separação.

Se você precisa passar por um processo de transição, de quebra dessa egoidentidade, seu ego está, realmente, passando pelo maior de todos os perigos, que é ir além desse sentido egoico, que é ir além desse sentido de separação. Esse é o maior de todos os perigos! Então, basicamente, não há qualquer perigo, a não ser a ilusão do seu ego em risco e de sua Vida Divina florescendo, aqui agora.

Então, esse é o assunto para vocês hoje dentro desse encontro. OK?

Julho de 2022
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terça-feira, 7 de março de 2023

Autoconhecimento e Real Meditação | Condicionamento psicológico | A ilusão da dualidade

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui em nosso canal.

Eu queria lhe convidar a entrarmos juntos em algumas questões aqui. Não estou aqui para colocar para você ideias, ou novas ideias. Eu estou aqui com você, investigando com você a importância, exatamente, de irmos além das ideias. Portanto, não se trata, aqui, de uma nova crença.

Nosso trabalho aqui juntos é nos aproximarmos de uma Percepção de Realidade, a partir de uma visão clara daquilo que acontece dentro de nós mesmos, e isso é possível quando há esse aprender, aprender sobre nós mesmos – essa é a intenção desse encontro. Aqui, você precisa aprender sobre si mesmo. Então, as nossas palavras aqui, essas palavras que estão sendo colocadas aqui, não são no sentido de lhe ensinar alguma coisa. Tudo que você precisa não é ser ensinado; tudo que você precisa é aprender a aprender.

Então, se há um ensinamento aqui, é o ensinamento de como aprender a aprender sobre si mesmo. Esse aprender sobre si mesmo é o Autoconhecimento. Você descobre, você percebe, você vê por si mesmo, por si própria, por si próprio, aquilo que está presente nesse momento, aqui dentro, dentro de você – isso é Autoconhecimento. Sem isso, não adianta o que quer que você esteja fazendo em direção a uma transformação, a uma mudança.

Precisamos, sim, de uma mudança; precisamos, sim, de uma radical transformação, porque precisamos conhecer a Vida como Ela é. A Vida como Ela é não comporta essa ilusão de ser "alguém" dentro Dela. Essa ilusão de ser "alguém" dentro Dela é a ilusão da identificação equivocada, é a ilusão do erro, é a ilusão do engano, é a ilusão que sustenta toda forma de mentira em sua vida.

A dependência interna – eu me refiro a essa dependência psicológica de pessoas, de situações – é uma mentira! Eu não estou dizendo que é uma mentira no sentido de não estar presente. Sim, isso está presente. Nesse sentido, isso é muito real. Não podemos negar a presença da inveja, do ciúme, da posse, do medo; não podemos negar a presença de tudo isso em nossa vida. Mas a presença de tudo isso se constitui em uma mentira, mesmo assim, no sentido de que sua Natureza Verdadeira, seu Ser, é Amor, é Felicidade, é Paz, é Liberdade.

Viver dentro dessa dimensão, dessa antiga e velha estrutura do ego, desta identidade ilusória, é viver dentro desta ilusória mentira – esse tem sido o padrão. Aqui, eu quero lhe dizer que é possível entrar em contato direto com essa mentira, embora isso se apresente como um fato em nossas vidas, no dia a dia: somos possessivos, invejosos, ciumentos, avarentos, ambiciosos…

A presença da infelicidade com todo esse sofrimento que está presente… Estar se identificando com essa experiência significa estar se separando daquilo que surge, daquilo que aparece; é estar se confundindo com isso, fazendo disso uma realidade para a sua vida. Sua Vida, que é o seu Ser, transcende essa condição de egoidentidade. Essa egoidentidade é uma ilusão. Mas, mesmo sendo uma ilusão, constituída de todos esses aspectos de sofrimento, o que parece ser muito real e sendo vivido como algo muito real em nossa vida, tudo isso pode ser descartado pelo Reconhecimento de sua Identidade Divina, de sua Natureza Transcendental, que é a natureza do Ser.

Eu não estou dizendo que essas aparições, embora ilusórias, embora surgindo e aparecendo como a “realidade” para esse sentido de separação, para esse sentido egoico, isso não esteja presente. Sim, isso está presente! Essa tem sido a “realidade”, essa tem sido a “verdade” do ser humano, porque essa tem sido a sua condição de vida no equívoco, de vida na ilusão.

Precisamos transcender isso, precisamos transcender essa ilusão, transcender esse quadro de vida mentirosa, de vida ilusória, e podemos transcender isso através do Autoconhecimento.

Por isso, nosso trabalho juntos aqui é aprendermos sobre aquilo que se passa aqui e agora. É necessário você ter um contato direto com essa inveja, com esse ciúme, com esse medo, com esse apego, com essas conclusões baseadas em crenças; é necessário você ter um contato direto com esse fundo de condicionamento, com tudo isso que a mente egoica tem acumulado ao longo de todos esses anos; é necessário ter um contato direto com esse quadro interno de insanidade psicológica. Quando você tem um contato direto com isso, você pode ir além disso, você pode transcender essa mentira, transcender essa ilusão, transcender esse estado de infelicidade, e esse é o propósito dos nossos encontros aqui.

Então, aqui, eu quero lhe mostrar que é possível aprender a desaprender isso tudo. Aprender sobre si mesmo é desaprender essa antiga e velha condição. Notem que isso é uma condição de condicionamento psicológico, de padrão cultural, de padrão social, de padrão familiar, de padrão educacional. Fomos ensinados à inveja, ao ciúme; fomos ensinados aos padrões de autoproteção egoica; fomos ensinados a vivermos dentro desse modelo de autoimagem. Essa autoimagem é essa crença que você tem sobre quem você é. Isso cria uma imagem, também, sobre o outro, sobre a Vida, sobre a Existência, e isso lhe separa, isso lhe coloca num estado de identidade egocêntrica, de identidade em torno da qual o mundo, a vida, os outros têm que girar. O resultado disso é a ansiedade, é a depressão, é o medo, é as diversas formas de quadros de infelicidade.

A vida, no sentido egoico, tem se mostrado muito real em sua mentira, em sua ilusão. Com isso, o ser humano tem se identificado. Essa aproximação da observação do movimento da mente agora, aqui, é capaz de lhe mostrar que essa presença do ciúme… nela, não tem "alguém"; que essa presença da inveja… nela, não tem "alguém".

O que temos no ciúme é uma imagem, uma imagem tentando se resguardar, tentando se proteger, tentando ser exclusiva, tentando possuir as coisas, tentando dominar as coisas, tentando ter tudo para ela, só para ela. O sentido de posse, de controle, de domínio, exclusivo domínio, controle absoluto, nos torna possessivos e, portanto, ciumentos, e isso está em cima de uma imagem, da imagem que você faz de si mesmo.

Então, nesse instante de ciúme, essa energia do ciúme… nela, não existe uma identidade; é um condicionamento psicológico, e é um condicionamento, também, nas próprias células do cérebro, na própria estrutura cerebral. O corpo e a mente não se separam dessa estrutura do ciúme quando o ciúme está presente, mas aí o pensamento surge e cria a ideia, a ideologia da necessidade de se livrar disso, de se separar disso ou de fazer algo com relação a isso, rejeitando o estado, esse estado de ciúme, ou tentando racionalizar o estado de ciúme ou proteger o estado de ciúme. Nessa divisão, existe a ilusão da dualidade. Isso precisa ser observado. Se você não conseguir observar isso em si mesmo, você continuará vivendo esse quadro de ciúme. Isso vale para qualquer um desses quadros psicológicos de condicionamento interno para esse mecanismo, para esse corpo-mente.

Esse sentido de dualidade precisa ser visto. Isso é aprender sobre si mesmo, isso é poder quebrar essa condição e transcender esse estado da mente egoica. Quando há esta auto-observação, quando você se torna ciente daquilo que está acontecendo aqui e agora, apenas esse observar sem alimentar uma ideia, uma crença, uma imagem sobre isso, mas apenas observar essa reação, esse sentimento que surge… Você não dá nome para isso, você não chama isso agora de posse, de ciúme, você apenas observa… esse observar sem se separar, sem criar ilusão de um observador se separando dessa experiência; existe apenas a observação, sem julgamento, sem comparação, sem uma conclusão, sem uma motivação para se livrar dessa dor, desse sofrimento, ou para justificar, ou para consentir com isso…

Essa observação sem qualquer identificação com isso, essa observação pura, sem essa separação entre observador e coisa observada, sem esse sentido de dualidade criando esta identificação; a observação disso, pura e simplesmente, pode quebrar esse modelo de condicionamento psicológico. Essa é a forma de lidar com a mente egoica, com esse modelo de mente egoica.

Então, é possível uma nova mente surgir, uma mente inteiramente livre surgir. É o momento dessa mente em Liberdade aparecer, uma mente livre desse padrão de condicionamento. Aqui, o que vale para a inveja, está valendo também para o ciúme; o que vale para o ciúme, também está valendo para a ambição; para o sentido de controle, está também valendo para o desejo, ou para algum quadro, ou alguma forma de medo surgindo.

Essa observação pura sem o observador se separando – é assim que precisamos aprender a lidar com a ansiedade, com esses quadros de estados de dor psicológica, como, por exemplo, a depressão. A observação direta do movimento do pensamento sem a ilusão de um pensador querendo controlar, querendo se livrar ou querendo se defender, se proteger desses pensamentos… Deixando essa reação, é possível ficar essa direta observação. Nessa observação direta, nós temos essa atenção sobre esse movimento.

Essa atenção, no Zen, é chamada de "atenção plena"; essa atenção plena sobre o que está agora aqui, internamente e, também, externamente. Isso também é chamado de "mindfulness". Essa atenção sobre o movimento da consciência, sem se confundir com aquilo que surge, com aquilo que aparece nesse momento, essa plena atenção, isso quebra esse modelo, quebra esse condicionamento. Então, há uma quebra, há uma transcendência dessa dualidade. Então, o sentido do "eu", do "mim", do ego, desaparece nessa pura e direta observação. E, quando isso desaparece, esse estado é quebrado, porque esse estado está presente porque essa energia não foi observada.

É necessário se tornar cônscio daquilo que se passa agora e aqui, então essa energia, que estava antes disponível para fortalecer e sustentar esse quadro… essa energia é a própria energia da Consciência, desta Presença, que é o Ser.

Então, essa Real Meditação é agora, aqui, no dia a dia, no viver, caminhando, comendo, conversando com alguém. Você sempre terá na vida desafios. Esse sentido do "eu" sempre será desafiado a ficar ofendido, magoado, enciumado, a sentir esse momento de desejo, de ambição, de dor, de depressão, e você está trazendo essa atenção para esse instante, para esse momento presente e, assim, haverá, nesta atenção plena… A palavra “mindfulness” é uma palavra em inglês para plena atenção – nessa atenção plena, haverá uma quebra dessa dualidade psicológica.

Então, algo novo irá se revelar, a mente entrará num Estado inteiramente novo, haverá um Espaço novo surgindo, um Silêncio, uma Quietude, uma Liberdade surgindo. Esse é o contato com o seu próprio Ser, isso é Meditação – eu tenho chamado de Real Meditação.

Juntamente com isso, simultaneamente, uma energia irá surgir de dentro operando uma mudança da própria mente; e, aqui, a mente inclui o próprio cérebro e toda essa estrutura psicológica. Essa energia, alguns chamam de Kundalini; é esse Poder de Presença que surge quando há esse Espaço, quando esse Espaço da Real Meditação acontece. Então, é possível acontecer uma mudança no corpo e na mente, uma mudança profunda, radical, com o Despertar da Kundalini.

Então, esse é o trabalho de aprender sobre si mesmo, para o Autoconhecimento, revelando a Real Meditação. E, juntamente com isso, está o Despertar desta Presença, desta Consciência, desta Energia, que eu tenho falado muito, aqui em nosso canal, sobre isso: sobre a Real Meditação e o Despertar da Kundalini.

Nosso assunto aqui no canal é sobre esse Despertar Espiritual ou a Iluminação Espiritual, e isso não é outra coisa a não ser esse contato com Aquilo que transcende o "mim", o "eu", o ego; seu Natural Estado Atemporal de Plenitude, de Completude, de Felicidade, de Amor.

Então, nesta Inteligência, nesta Presença, se revela Aquilo que não tem nome, Aquilo que está além dessa condição de dualidade, de separação. Esse contato com o seu Ser é Amor. Se isso está presente, a Vida é o que Ela é, e não há mais sofrimento.

Esse é o assunto que nós trabalhamos com vocês aqui dentro desse canal. Estamos colocando para você a possibilidade dessa Liberdade de viver dentro desta Visão, da Visão da Vida como Ela é.

Então, a Iluminação é possível, o Despertar é possível, se esse contato com o seu Ser acontece.

Portanto, esse é o assunto aqui no nosso canal. Se isso faz sentido para você, deixa aí o seu “like,” se inscreve no canal…

Lembrando a você que nós temos encontros on-line e, também, presenciais. Você pode fazer parte disso.

Agosto de 2022
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quinta-feira, 2 de março de 2023

O pensamento e o tempo | A identidade egoica | União consciente com Deus | Joel Goldsmith | Advaita

O assunto é o pensamento e o tempo.

A existência do “eu”, a existência dessa “pessoa”, com a qual nós nos confundimos, é algo presente no tempo.

O nosso trabalho juntos é descobrirmos a Verdade última sobre quem nós somos. Há uma Verdade sobre quem nós somos, e essa Verdade transcende o nosso pensar, o nosso sentir e o nosso agir.

O nosso pensar, o nosso sentir e o nosso agir são algo que ocorre no tempo, e tem por base esse movimento, que é o movimento do pensamento em nós. Nós somos, biologicamente e psicologicamente, o resultado de ontem, e de muitos “ontens” antes desse “ontem”. Nós somos o resultado do tempo, fisicamente e psicologicamente.

Então, a pessoa que nós apresentamos ser, a pessoa que somos neste momento… Enquanto prevalece essa “não Verdade Última”, que é a Verdade do nosso Ser, a Verdade de nossa Identidade Divina… enquanto Isso não se mostra, aquilo que tem se mostrado, se apresentado, é essa “entidade”, é essa “pessoa” – a “pessoa” com a qual nós nos confundimos. Ela vive nesse pensar, sentir e agir, e isso é o resultado do passado.

Para muitos de nós, a nossa vida aqui, neste momento presente, é só uma reação do passado. Aqueles que Realizaram o seu Ser, Realizaram a Consciência da Verdade sobre si mesmos. Eles não estão se movendo mais nesse tempo, nesse psicológico tempo, nesse modelo de condicionamento interno de identidade pessoal – eu tenho chamado de identidade egoica.

Então, a Compreensão da Verdade, o Despertar, a Realização de Deus, é o fim para o passado, para esse passado psicológico. Biologicamente, nós somos o resultado desse passado e, psicologicamente, somos o resultado desse passado. Mas esse passado psicológico pode terminar, e ele precisa terminar. Só então essa Realidade de Ser Consciência, de Pura Consciência, que é a Verdade Divina de sua Natureza Essencial, pode estar presente. Então, é quando paramos de viver no passado para estar presente agora. Esse “agora” implica, necessariamente, esse “aqui”.

A Vida, dessa forma, é a Vida como Ela é, sem mais contradição, sem mais conflito, sem mais sofrimento, porque é sem mais esse passado.

Então, como entidades separadas, como pessoas, carregando esse “eu” – o que, na psicologia, é chamado de ego –, nós estamos sempre carregando esse peso do passado, tentando dar a este momento presente um significado que é impossível. A Vida é algo acontecendo agora aqui, neste instante, neste momento. Não há o passado e, no entanto, nós estamos lidando com este momento a partir da memória, a partir desse “ontem” e desses milhares de “ontens” antes desse “ontem”. Então, nós somos esse resultado do tempo, psicologicamente. Essa é a identidade egoica, esse é o sentido do “eu”.

E onde entra o pensamento? O pensamento é esse elemento em nós que é memória. Todo o seu pensar, todo o seu agir e todo o seu sentir se baseiam na memória. Essa memória é o pensamento; esse pensamento é esse tempo que abaliza a existência de uma identidade separada da Vida, do Todo, da Existência. Esse sentido de separação é o sentido de dualidade.

Nosso trabalho juntos aqui é rompermos com esse sentido de separação, com essa dualidade. A dualidade é essa noção equivocada de um “eu” presente agora aqui. Esse “eu” é essa memória, que é o passado, que é o pensamento. A Vida é algo presente e não há um “eu”, não há uma “entidade” presente nela. Uma “entidade” é um conceito, é uma crença, é uma ideia, é uma memória, um conjunto de lembranças. Então, nossas relações com o outro, nossas relações com o mundo, nossa relação com a vida, toda ela, quando se baseia nisso, se baseia em contradição, em sofrimento, em conflito.

Observe, dentro de você, a inquietude psicológica. Para rompermos com esse modelo, é necessário que você se observe, se torne ciente desse modelo presente, de como você funciona. Perceber esse modelo de pensar, sentir e agir com base na memória, olhar para isso, observar isso, se aproximar e ver isso… Quando você faz isso, você coloca em foco, em evidência, essa Luz da Consciência. Quando você continua automaticamente, de uma forma mecânica, de uma forma inconsciente, nesse modelo de pensar, sentir e agir, aquilo que está presente é só essa reação, que é o passado, que é a inconsciência, e isso se perpetua, e isso continua, isso não termina.

Podemos criar modificações superficiais e aparentes nesse “eu”, nessa identidade egoica, e é isso que o ser humano tem feito. Assim, ele tem muito essa preocupação com o desenvolvimento pessoal. Ele acredita que precisa se desenvolver como pessoa, e o desenvolvimento pessoal não representa nada além de uma modificação, de uma perpetuação, de uma continuação dessa velha identidade egoica. Realizar objetivos, em razão desse desenvolvimento, não representa a Verdade do seu Ser e, portanto, não representa o Amor, a Paz, a Liberdade, a Felicidade. Apenas a Realização de Deus, a Realização do seu Ser, a Realização desse Ser-Consciência, que é essa Verdade Última sobre quem é Você, de verdade, representa o final de toda busca.

Toda essa confusão que tem sido nossas vidas está dentro dessa estrutura de dualidade. Enquanto não ocorrer o fim dessa dualidade, ou seja, a Não Dualidade… A Não Dualidade também é chamada de Advaita – isso é direto dos Vedas, das Escrituras indianas. Está lá nos Vedas, na última parte dos Vedas, a Advaita Vedanta, a Não Dualidade. Seu Ser é a única Realidade de toda a Existência, de toda a Manifestação. Então, essa é a Unidade, essa é a sua Unicidade Consciente. É o mesmo caminho direto de Ramana Maharshi, que é essa Advaita Vedanta.

A linguagem que os Sábios, os Seres Realizados, usam pode ser diferente, mas todos estão apontando para a mesma visão, para a mesma vivência – esse apontar para essa Verdade do Ser, para essa Verdade que somos. Essa Realidade é o fim dessa desordem psicológica, dessa confusão psicológica, é o fim desse sentido de separação – aquilo que, aqui no canal, eu tenho chamado de consciência egoica, consciência mental.

A Verdade é Aquela que está dentro de cada um de nós, como Pura Consciência. Isso é algo que transcende a linguagem, é algo que transcende a fala.

Aqui, a Visão Direta, a Percepção Direta da Realidade é Aquilo que se torna fundamental para cada um de nós. Então, isso rompe com o pensamento psicológico. O rompimento com esse pensamento é o rompimento com o tempo. Então, há uma quebra dessa ilusão do tempo, desse passado, desse psicológico passado. É a ilusão de viver agora aqui como uma entidade separada, afastada deste momento presente, deste “agora”, que lhe coloca nesse psicológico tempo, que é o passado, que o pensamento sustenta.

Então, as pessoas vivem, em geral, agora, aqui, inconscientes deste “agora”, da beleza deste momento, desta Consciência, deste Ser, desta Realidade Divina, desta Unidade, desta Unicidade Consciente, desta Consciência da Presença de Deus. Esta Consciência da Presença Divina, esta Consciência da Presença de Deus, é a Consciência do seu Ser.

Então, elas vivem no passado ou no futuro, psicologicamente. Internamente, elas estão sempre se projetando para o futuro, com base nesse passado, que é a memória. Essa memória é a que constitui essa identidade egoica. Então, elas estão se identificando com o que elas não são, elas estão se confundindo com o que elas não são, elas estão se confundindo com esse “eu”. Elas se confundem com aquilo que não são, elas se confundem com essa egoidentidade, com esse falso centro, com esse falso “eu”.

Eu quero lhe convidar a uma Vida Livre, em Amor, Liberdade, Felicidade… a essa União Consciente com Deus, na linguagem de Joel Goldsmith. Há uma vida livre desse sentido de separação, desse sentido de dualidade.

OK? Esse é o assunto aqui em nosso canal. Se isso é algo que faz sentido para você, deixa aí o seu “like”, se inscreve no canal... Quero lembrar a você: nós temos encontros on-line e presenciais e, também, retiros, onde trabalhamos isso com aqueles que se aproximam. OK?

Aí fica o convite e a gente se vê no próximo.

Dezembro de 2022
Gravatá-PE
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