terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Mindfulness: essa Atenção Plena. Desenvolvimento pessoal. Dualidade interna. Kundalini. Atma Vichara

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos.

Vamos tratar com você sobre como surgiu esse princípio de dualidade interna.

Deixa eu lhe colocar aqui algo sobre isso, colocar para você algo sobre o surgimento desse princípio, do “eu” e do outro, “eu” e o mundo, “eu” e a vida, “eu” e Deus. Esse “eu” tem como base de realidade o movimento da inconsciência. Na inconsciência, temos a base, a base dessa Realidade do “eu”.

Então, esse “eu” surge e se sustenta, ao longo de nossas vidas, com base nessa inconsciência; é praticamente assim. O “eu” não é nada além de uma imagem, a imagem que você tem de si mesma, de si mesmo. Essa imagem é o “eu”.

Quando você se refere a si mesma como “eu”, “mim mesma” ou “eu mesmo”, você está se referindo a essa imagem. Essa imagem surge dentro dessa inconsciência. Isso tem sido assim desde a infância. Você vem sustentando essa imagem com base nessa inconsciência. Quando você, por exemplo, agora, é insultado, essa imagem fica ofendida, ela fica magoada, ela fica triste ou fica com raiva. Isso acontece em razão dessa desatenção.

Uma vez que haja essa crença, uma vez que essa ilusão esteja presente, essa ilusão da dualidade interna, desse sentido de separação entre você e o outro, entre você e a vida, quando esse “mim”, que é uma imagem, ela é ofendida, ela é ferida, em razão dessa inconsciência, isso representa uma dor, representa algo como raiva, sofrimento...Assim, esse “eu” tem várias representações dessa vida em autodefesa, em autoproteção. Isso é, basicamente, uma condição da inconsciência. Aquilo que sustenta o sofrimento humano é a inconsciência, porque isso sustenta a ilusão dessa imagem, da imagem que você tem sobre quem você é. Com base nessa imagem, o que você também tem do outro é uma ideia, é um conceito, é uma crença, é também uma imagem.

Então, se alguém lhe ofende, lhe magoa, lhe entristece, se torna seu inimigo, seu opositor, alguém contrário a você, a esse “mim”, a esse “eu”, e se alguém lhe elogia, você fica amigo, isso lhe dá um preenchimento para essa imagem, uma apreciação para essa imagem. Assim, quer você seja elogiado ou insultado, há sempre essa manutenção, nessa inconsciência, dessa falsa identidade presente. Isso estabelece essa condição de sofrimento.

As pessoas vivem em quadros de angústia, de sofrimento, nas diversas formas de medo, como ansiedade ou depressão, em razão desse cultivo dessa imagem, dessa autoimagem. Então, há uma mudança dentro dessa condição física, cerebral e psicológica, e essa representação desse “eu” é um “eu” em dor, é um “eu” sofrido, é uma imagem, uma autoimagem, dentro dessa condição; isso é sofrimento. Tudo isso tem como base a inconsciência. A medida para ir além disso é a Realização da Verdade, da Realidade do seu Ser, da Realidade Divina, de sua Natureza Essencial.

Enquanto esse sentido de dualidade permanecer psicologicamente dentro, haverá uma tentativa de escapar disso, porque essa imagem, esse “eu”, irá se defender, irá tentar se proteger, se resguardar. E há um cultivo inconsciente de pensamento girando em torno dessa falsa identidade, desse ego, desse “mim”, desse “eu”, dessa autoimagem.

Apenas a atenção sobre si, a atenção sobre esse movimento de pura inconsciência, de pura identificação com pensamentos, pode romper com essa condição.

É aqui que nos deparamos com a importância do Autoconhecimento. E esse contato com a Meditação – eu me refiro à Real Meditação… A Real Meditação é esse contato com o movimento do pensamento aqui e agora. Não se trata da prática da meditação, mas da Meditação Prática, agora, aqui. Aqui em nosso canal, eu tenho falado da diferença entre a prática da meditação, usualmente conhecida, e a Meditação Prática. E aqui eu me refiro à Meditação Prática. Isso eu chamo de Real Meditação – esse contato com a Verdade do seu Ser aqui e agora. Então, se uma pessoa lhe diz palavras que lhe tocam, lhe ofendendo, lhe magoando, lhe chateando, lhe aborrecendo, a pergunta é: a quem isso aborrece? A quem isso chateia? A quem isso magoa? Nesta pergunta… isso não é uma pergunta verbal, isso é uma atenção sobre esse movimento agora, aqui.

Quando isso chega, quando essa fala vinda do outro chega, quando esse tratamento vindo de fora chega, eu coloco atenção aqui e agora sobre esse movimento da mente. Por isso é importante que você compreenda que não existe uma identidade presente nessa experiência. Enquanto você continuar acreditando que você existe como uma identidade separada, que existe essa dualidade interna, você e o outro, psicologicamente falando, enquanto houver essa crença, o ego sempre tentará se proteger, se defender, e, naturalmente, será atingido, será tocado por aquilo. É essa atenção… é nessa atenção que essa inconsciência desaparece.

Então, da próxima vez que você encontrar aquela pessoa, você a encontra sem a imagem de alguém que é um ofensor, um inimigo. O ego aprecia o prazer e rejeita a dor, mas uma coisa que você não percebe é que quando você é elogiado, está implícita nesse prazer do elogio uma dor. Isso ainda é cultivo de sofrimento, isso ainda é cultivo dessa autoimagem. Então, é preciso abrir mão desse prazer, desse desejo de ser amado, reconhecido, elogiado; é preciso abrir mão do medo de ser criticado, de não ser aceito, de ser rejeitado. Isso é algo que se torna possível quando há essa Atenção. É necessário ter essa Atenção Plena. Isso é chamado de Mindfulness – essa Atenção Plena – no Zen. Essa Atenção Plena não é outra coisa a não ser esse Estado de Consciência sobre Si, aqui e agora, nesta autoinquirição.

As pessoas falam da importância do desenvolvimento pessoal. Não é de desenvolvimento pessoal que você precisa, é de Consciência de que o sentido de “pessoa” é uma ilusão, e quando isso é desfeito, algo inteiramente novo e desconhecido surge. Não é uma pessoa que se desenvolveu, que cresceu, que evoluiu, que adquiriu novas qualidades, mas é o sentido desta Consciência, desta Presença Divina assentada aí.

Isso estabelece esta nova condição, livre do ego, desse “mim”, nessa dualidade interna, livre dessa imagem, dessa autoimagem. Então, uma vez livre, em razão desse Estado de Presença, nenhuma imagem mais se estabelece dentro de você, nenhuma autoimagem se estabelece, então sua relação com o mundo é algo completamente diferente. Uma vez livre dessa autoimagem, nesta Presença, nesta Consciência, em razão do Despertar desse Poder Divino, que alguns chamam de Kundalini, que é o Poder desta Presença que faz uma mudança nesse mecanismo, nesse organismo, para o Despertar Espiritual, Iluminação Espiritual – esses são os termos usados. Uma vez Isso presente, você não cria mais imagem do outro nem do mundo à sua volta.

As relações entre as pessoas são sempre relações conflituosas, porque são relações baseadas nessa imagem, na imagem que você tem dele e que ela tem de você. Em qualquer nível de relação, seja relação profissional, relação conjugal, relação física, entre amigos ou relação íntima, como acontece no casamento, todas essas relações são baseadas nessa autoimagem, e, portanto, num conflito eterno, num conflito permanente.

O nosso trabalho aqui é lhe mostrar que a Verdade sobre quem Você é, ultrapassa essa condição de autoimagem, essa condição de egoidentidade, portanto essa condição de identidade separada. Então, as pessoas têm perguntas diversas sobre esse Natural Estado: “Afinal, o que é a Iluminação?”, “O que é Despertar Espiritual?”, “O que é o Despertar da Kundalini?”, “O que é o Autoconhecimento?”, “O que é o fim do sofrimento?”. Para essas perguntas, a resposta é apenas uma resposta… a resposta é: “Quem sou eu?”. A resposta se encontra em mais uma pergunta.

Essa pergunta revela essa Atenção Plena. Essa Atenção Plena é o seu Natural Estado de Meditação, ou Real Meditação Prática. Isso é o Autoconhecimento se mostrando, Isso é a Iluminação Espiritual se mostrando, o Despertar Espiritual se mostrando, Isso é o fim para o sofrimento se mostrando, tudo nesse caminho direto indicado por Ramana Maharshi, a Atma Vichara, “quem sou eu?”.

Você que já vem me acompanhando aqui no canal, é muito importante estar aberto para esse trabalho. Nós aqui temos desmistificado expressões diversas, usadas dentro da espiritualidade moderna… diversas expressões.

Nós temos trabalhado isso aqui no canal colocando para você o quanto é simples tudo isso e o quanto a mente egoica, em sua inconsciência, em seus projetos, tem tornado isso tão complexo. Expressões como o Estado Natural e todas essas expressões que colocamos agora há pouco – Iluminação, Despertar, Kundalini –, o Estado de Flow, que é o Estado de Fluxo, de Fluir com a Vida aqui e agora, como Ela é, como Ela se mostra, como Ela se apresenta. Assim, é muito bom ter você por aqui, trabalhando isso, olhando para dentro de si mesma, para dentro de si mesmo. E é legal também deixar um convite aqui para você. Nós temos encontros também online e encontros presenciais. Veja a oportunidade de um dia estar conosco presencialmente, alguns têm feito isso. Temos retiros… Às vezes fazemos retiros, nós temos períodos do ano em que nós fazemos retiros de sete dias ou até mais.

A Verdade Daquilo que Você é, é a coisa mais importante, é a coisa de maior valor, porque a Verdade que Você é, é a Verdade de Deus. Você nasceu apenas para Realizar Isso, Realizar Aquilo que Você é.

Então, o fim dessa autoimagem, o fim desse “mim”, desse “eu”, desse ego, é olhar e ver, sem a mente egoica, a Vida se desdobrando como Ela é, aqui e agora, nesse Estado de Pura Consciência, de Pura Presença. Eckhart Tolle chama isso de Agora. A única Realidade é esta aqui. Eu tenho chamado de Ser, Consciência, ele chama de Agora, o Poder do Agora. OK? Se isso é algo que faz sentido para você, está aí aberta a oportunidade, se inscreve no canal, deixa seu “like” e podemos trabalhar isso juntos. OK? Valeu pelo encontro, até a próxima.

Agosto de 2022
Gravatá-PE
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