Aqui existe uma coisa: nós estamos convidando você para o Despertar da Sabedoria. Esse Despertar requer a presença de uma compreensão direta de como você funciona. É por isso que se tem um assunto aqui que estamos sempre voltando a ele é o assunto da beleza dessa imersão no Autoconhecimento.
Sem uma visão da Verdade sobre você, sem a importância do Autoconhecimento na sua vida, essa sua particular vida continuará sendo a vida de alguém presente na vida, no viver, na experiência. Observe que tudo ocorre na vida com experiências. São experiências acontecendo.
A grande verdade sobre as experiências nós não conhecemos, nós nunca investigamos. Qual será a verdade das experiências? Uma vez que tudo que ocorre na vida é guardado dessa forma, no formato de uma experiência.
Quando você está diante de uma dada situação, essa situação é um acontecimento. Ao passar por essa situação, a representação disso pelo qual você passou é agora para você uma experiência. Assim, a nossa vida está o tempo todo, constantemente, acontecendo e sendo transformada para cada um de nós em uma lembrança nesse formato.
Nossas experiências não são outra coisa a não ser aquilo que ocorre, que acontece, e nós guardamos, memorizamos, e aquilo passa a fazer parte desse conhecimento de experiência que temos. Então, é isso que dá formação a todo o conhecimento que nós trazemos.
Os acontecimentos são acontecimentos que em nós representam experiências guardadas e, portanto, conhecimentos adquiridos. Então, com esses conhecimentos, de novo nos colocamos em novas situações, ou passamos por novas situações, e essas situações se transformam em novas experiências e em novos conhecimentos. Isso dá formação ao “eu”, isso dá formação ao “mim”, a essa pessoa, a esse sentido de ser alguém. Esse sentido de ser alguém é aquilo que é conhecido como o ego, a “pessoa”, esse “mim”.
Aqui nós estamos com você explorando a questão do “eu”, investigando a estrutura e a natureza do “eu”. Assim, nos deparamos com algo fundamental, com uma descoberta que pode se mostrar como a revelação de que esse sentido do “eu” – que é o resultado desses acontecimentos que se transformam em experiências guardadas em nós e, portanto, em conhecimentos adquiridos por cada um de nós – é apenas uma forma de darmos continuidade a esse modelo psicológico em que nós hoje nos encontramos. Esse sentido do “eu” é esse modelo psicológico.
Aqui estamos lhe desafiando a ter uma compreensão direta da Verdade de que esse modelo psicológico é um condicionamento de memória. Isso não é a Realidade sobre você; é a verdade que você expressa dentro das relações.
Assim, o seu contato com pessoas, entre pessoas, nessa “pessoa” que você é, essa verdade é a verdade de um conjunto de memórias, de lembranças. São essas recordações de experiências e conhecimentos passados que estão o tempo inteiro interferindo nesse momento dentro das relações, dando base a essas relações, uma vez que isso é algo que provém do passado, é o resultado de experiências e conhecimentos adquiridos, num contato com o momento presente, dentro de uma relação.
E aqui é importante que compreendamos isso. A vida não é algo que ocorre no tempo. Percebam a importância desta compreensão. Esse instante não é um instante no tempo. Essa noção de tempo que nós temos, de passado, presente e futuro, é uma noção criada pelo pensamento. Não existe tal coisa como o tempo. A verdade desse instante é que Algo está presente, mas que não está dentro desse tempo, como o pensamento em nós formula essa crença.
O pensamento em nós formula a ideia, o pensamento, o conceito, uma formulação de passado, presente e futuro. E de que forma o pensamento cria essa formulação? Tudo o que pode ser lembrado é o passado, tudo o que pode ser imaginado é o futuro, e essa noção de presente, nessa formulação do pensamento, é aquilo que se coloca entre o passado e o futuro. Sua noção de tempo é uma noção que se baseia no pensamento.
A vida não é algo que está acontecendo no tempo, é algo que está nesse momento se revelando como algo fora dessa formulação do pensamento, chamada tempo. Esse tempo é o tempo que o pensamento idealiza, que está na ideia, no modelo do pensamento.
A vida é algo nesse instante se revelando, e estamos atendendo a vida nesse momento de uma forma tal que o passado, que são essas experiências, que é a memória, que é o conhecimento, tem dado formação a alguém presente aqui. Esse alguém é o “eu”.
Esse elemento é só o resultado da experiência do conhecimento passado, e ele está se confrontando com o momento presente, se aproximando desse instante, daquilo que aqui está. Nós chamamos de momento presente. É o momento desse instante, que transcende ou está além desse, assim chamado, presente e, também, passado e futuro.
O nosso contato com esse momento, uma vez que esse contato representa esse elemento que vem do passado, é um contato de separação, de desordem, de conflito, porque se estabelece uma interpretação desse momento, uma avaliação desse momento, um julgamento desse momento com base no passado. Enquanto que, na realidade, esse momento representa algo novo, e nós estamos trazendo esse elemento do passado.
Reparem a importância de se estudar, de se compreender, de se ver, de poder perceber em si mesmo esse movimento que vem do passado, que está dando origem a esta identidade, que é o “eu”. Assim, o “eu” está em contato com o momento estabelecendo uma particular visão de mundo, de experiência, de conhecimento, algo que vem do passado. Colocando de uma forma muito direta isso: por que temos problemas na vida? E onde se situa, exatamente, esse problema que temos na vida?
Observe que o único problema que temos na vida é o problema das relações; é a nossa relação, seja ela com nós mesmos, seja ela com o outro, seja ela com a vida, mas esse elemento está sempre presente. A vida é algo que está acontecendo aqui, nesse instante, mas trazemos para a vida esse elemento, que é o “eu”, que é o resultado de experiência e conhecimento.
Então, repassando rapidamente isso aqui para você: quando ocorre o acontecimento, isso se transforma numa experiência; essa experiência é o conhecimento, e esse conhecimento, experiência, acontecimento está dando forma a esse “eu”.
Veja, essa é uma colocação verbal a respeito disso. É necessário que você se aproxime de si mesmo e perceba a verdade disso, não mais de forma verbal, intelectual. Veja como foi simples colocar isso em palavras. De uma forma muito rápida, isso foi colocado aqui em poucos minutos, mas a compreensão real disso consiste em um trabalho para o descarte desse “eu”, desse ego, desse elemento que vem do passado: é o trabalho de uma vida.
A base para esse trabalho é o Autoconhecimento. Estudar suas reações, compreender como você funciona dentro desse contato com a vida. E acabamos de ver isso agora: esse contato com a vida é o contato das relações. Ou você está numa relação com você mesmo, com o outro, ou com acontecimentos, situações, eventos, ocorrências, e esse contato é um contato de relação, e nesse contato de relação está presente esse “eu” com esse fundo de experiência e conhecimento.
Podemos descobrir a vida na Verdade do que ela é? Ou seja, a vida sem esse elemento que vem do passado e que se mostra aqui. Reparem, isso ocorre o tempo todo. A todo o momento você como pessoa está em uma reação nessa relação. A vida é algo agora, aqui acontecendo. Será possível só esse instante e nele um experimentar sem esse elemento que vem do passado com sua experiência e o seu conhecimento?
Então o seu contato com ele ou ela, com esta ou aquela situação, com este ou aquele acontecimento nesse instante, não irá se transformar em uma experiência e, portanto, em um novo conhecimento. Essa qualidade de ação na vida é a real ação da relação, livre do “eu”, livre do ego. Se, na vida, o que precisamos é Amor, Paz, Liberdade, Felicidade em nossas relações, em nosso contato com isso que aqui se apresenta, que é a vida em seu misterioso movimento, nós precisamos estar livres do “eu”, livres do ego, livres desse “mim”.
Aqui estamos com você lhe mostrando que podemos, sim, descobrir a vida agora, aqui, nessa relação, sem a presença desse elemento que vem do passado. Como temos dado origem a esse elemento? Como é que isso tem se mantido? Dentro da história humana, a condição de ser alguém é exatamente assim.
Ao passar por situações, transformamos aquilo em uma memória, guardamos e aquilo se transforma numa experiência. Com base nessa experiência, nessa memória, nesse conhecimento, estamos constantemente nos relacionando com o outro, nos relacionando com as situações, tendo uma relação com nós mesmos. Mas o que é esse “mim”? O que é esse “eu”? O passado.
Há uma Beleza na vida: é a própria Vida quando ela se Revela, sem o sentido de alguém presente. Assim, os diversos problemas que temos na vida são problemas de relações, em razão da presença do passado. Esse encontro com a Beleza da Vida, da Real Vida – que não é esta vida que consiste nesse movimento, onde há esta separação entre esse momento presente e esse elemento que vem do passado – consiste na ciência de que a Vida está presente e esse elemento não precisa estar aqui.
Todos os problemas humanos que temos giram em torno de como a mente em nós funciona, se estabelecendo nesse modelo, e a cada instante isso se mostrando de novo e de novo e de novo. Isso sustenta essa identidade, que é a identidade do “eu”, e sustenta essa noção de tempo. Me refiro a esse tempo psicológico, onde está estabelecida a ilusão de uma identidade presente, que é o ego.
Reparem, aqui em nenhum momento eu disse que o tempo não é real. Para fins objetivos e práticos, nós temos esse tempo desse sonho dessa, assim chamada, vida humana. Tivemos o ontem do calendário e teremos o amanhã, isso está no calendário. Esse é o tempo cronológico, é o tempo do relógio. Aqui eu me refiro a esse tempo que dá sustentação a essa identidade, que é a ilusória identidade do “eu”.
Quando as pessoas têm problemas, e aqui eu vou citar apenas um, como lidar com a insegurança nas relações, elas não sabem o que fazer com esses problemas, e elas buscam ajuda desta ou daquela outra forma, e não compreendem que a base do problema é o “eu”, é o ego. O Despertar de sua Natureza Real é o fim dessa condição, porque é o fim desse modelo de ser alguém, de viver nesse tempo psicológico, nesse modelo de experiência e conhecimento.
“Como lidar com a insegurança? Como lidar com o ciúme e a insegurança?” Esse é só um dos problemas que o ser humano tem. O ciúme, a insegurança, o problema que surge dentro das relações. Tudo isso tem origem, tem base nessa condição psicológica de tempo onde o sentido do “eu” está estabelecido.
Assim, os diversos problemas humanos, como ansiedade, depressão, medo, inveja, apego, nós não temos a Verdade do Amor presente, porque nos falta essa ciência, que é a ciência de Ser, a ciência da Verdade sobre nós mesmos, sobre esta Realidade que está além do “eu”. Quando ela se revela, há esta Verdade da Vida nesse instante, nesse momento. Então aquilo que temos nesse momento é a Realidade do seu Ser, é a Realidade de Deus, é a Realidade da Vida. Isso se Revela quando há o fim para essa psicológica condição de identidade egoica.
O Despertar Espiritual, a Iluminação Espiritual ou a Ciência de Deus é a ciência do seu Ser quando essa ilusão termina, quando esse modelo do “eu” se desfaz. Aqui, e também em encontros online aos sábados e domingos, estamos juntos investigando isso com você, trabalhando com você o fim para esse tempo psicológico, para essa ilusão de uma identidade que se sustenta na experiência, no conhecimento, com base na memória.
Uma vida livre do sentido do “eu” é uma vida possível aqui e agora, onde o pensamento tem o seu lugar, onde o conhecimento tem o seu lugar e a experiência também tem o seu lugar, mas apenas de uma forma prática e objetiva para assuntos de ordem natural dentro deste sonho de existência. Isso não continua sustentando mais esse sentido psicológico de egoidentidade.