quinta-feira, 27 de março de 2025

Relações humanas | Autoimagem psicologia | Aprender sobre Autoconhecimento | O que é Atenção Plena?

Nós temos um número muito grande de visão equivocada da vida. Uma delas é essa questão desse aprender no que diz respeito a como nós funcionamos. Por exemplo, nós temos o caso dessa procura ou dessa busca de descoberta de como lidar consigo mesmo, nessa questão da autoimagem, algo conhecido em psicologia.

Então as pessoas querem, teoricamente, através de palestras ou de livros ter uma aproximação dessa autoimagem segundo a psicologia, ou a qualquer aspecto psicológico do "eu", tendo uma aproximação teórica, conceitual, verbal sobre isso. Nós aqui estamos investigando com você, de uma forma direta, por nós mesmos, de uma forma vivencial como nós funcionamos.

Veja, nós precisamos abandonar esse equívoco, essa grande confusão mental que temos, que é essa crença de que podemos aprender psicologia fora de nós mesmos. Esses aspectos internos de pensamento, sentimento, emoção, sensação, percepção são algo para ser estudado aqui, em nós mesmos. Nenhum psicólogo, nenhum filósofo, nenhum livro, nenhum especialista vai lhe dar a visão sobre quem é você.

Nós precisamos ter uma visão da vida, e isso requer a visão sobre quem nós somos, e essa visão sobre quem nós somos um outro não pode nos dar. Você não tem como aprender sobre si mesmo segundo esse ou aquele especialista, a partir deste ou daquele livro, ou desta ou daquela técnica.

Aqui estamos com você descobrindo o que é esse novo aprender, esse aprender sobre o Autoconhecimento, esse aprender sobre nós mesmos. Isso requer a presença desse olhar direto para como nós funcionamos, nesse contato com as relações.

Notem, as nossas relações com pessoas nós temos chamado de relacionamentos. Mas esses relacionamentos não são apenas com pessoas, toda nossa relação com a vida são relacionamentos. Nós sempre estamos dentro de relacionamentos com situações, com eventos, acontecimentos.

Quando estamos em um ambiente, nós estamos dentro de um relacionamento com aquele ambiente, com tudo que ali está presente; é uma questão de relação, sim, e relacionamento também. Mas em especial usamos a expressão "relacionamento" nesse contato com pessoas, então aqui se trata dessa questão das relações humanas.

Nós precisamos tomar ciência do que são essas relações humanas, de como nós funcionamos nesses relacionamentos, porque o meu contato com o marido, com a esposa, com o filho, com o chefe, com os empregados, com os funcionários, com pessoas a minha volta são contatos que sempre estarão presentes, mas são contatos em que neles nós não temos a presença daquilo que se faz necessário para uma relação.

As nossas relações são relações equivocadas, são relações sem um contato real e direto, portanto, nós não temos a presença do elemento principal nessa relação, que é a presença da comunhão, desse compartilhar com ele ou ela. Assim, nós não temos a presença da Verdade, que é a presença do Amor, dentro da comunhão, na relação. Então, o que nós temos presente nessas relações, nesses relacionamentos, é na verdade um afastamento.

A contradição, o conflito, o sofrimento, os problemas se estabelecem dentro de relações em razão da ausência dessa comunhão, desse compartilhar, dessa visão inteligente dentro da relação, e ela não está presente em razão dessa autoimagem, a imagem que eu tenho sobre quem eu sou e a imagem que eu faço sobre quem o outro é dentro dessa relação ou relacionamento. Essa autoimagem cria a separação. Reparem como isso é básico aqui.

O que é, na verdade, essa autoimagem? Ao olhar de perto minha reação, percebo que ela se assenta no pensamento que faço sobre ele ou ela; esse pensamento que tenho sobre ele ou ela não é real. Nós não estamos lidando com a realidade do momento quando a nossa resposta para esse momento é uma reação que vem do passado - ela vem do passado porque ela nasce do pensamento.

Então, esse contato que tenho com ele ou ela com base no pensamento, com base na autoimagem é uma relação de separação, de divisão. Se temos a divisão, se temos a separação, se temos essa distância, nós não temos comunhão, nós temos a presença da divergência, da diferença, do equívoco, nós temos a presença da ilusão. É isso que tem alimentado, dentro das nossas relações, dos nossos relacionamentos, o conflito, o sofrimento.

O marido não conhece a esposa, mas tem uma ideia sobre quem ela é. Num contato durante quinze anos, você vem guardando dela ou dele, você vem registrando dele ou dela experiências aí, no pensamento, na memória; é esse pensamento, é essa memória, são essas experiências que reagem. Você nunca está num contato real com ele ou ela quando esse contato se assenta no pensamento, nesse registro de memórias de quinze anos, de vinte anos.

Então nós temos uma falsa sensação, uma falsa percepção, uma falsa visão do momento presente nesse encontro com ele ou ela, isso porque nós acreditamos que nós conhecemos a pessoa, enquanto que, na verdade, o que temos dele ou dela são imagens, algumas desagradáveis e outras agradáveis, e é só o que tenho dele ou dela. Portanto, não estamos lidando com a verdade quando estamos lidando com imagens. Essa é a separação, essa é a divisão entre eu e ela.

Notem que essa divisão não só se estabelece na relação familiar, entre marido e esposa, entre esposa e marido, entre filhos e pais, se estabelece entre cidades, entre nações. Então nós estamos vivendo uma vida conflituosa, aflitiva, sofrida, em razão da presença dessa autoimagem, e psicologia não resolve, leitura de livros não resolve, ouvir palestras não resolve.

É a aproximação de si mesmo, desse olhar direto para isso que está presente aqui, quando você aprende o que é olhar para isso de uma forma direta, sem colocar esse elemento que vem do passado, que é o próprio pensamento, para concordar ou discordar de uma imagem que ele mesmo está produzindo. Veja, nesse momento nós conseguimos romper com essa separação, que é a separação entre o pensamento e o pensador. Essa separação é aquilo que o pensamento tem se utilizado para manter a sua continuidade, que é a continuidade da autoimagem.

Então o que é olhar de uma forma nova? É olhar sem o observador, sem o pensador, é olhar sem esse "eu", é se dar conta dessa imagem quando ela surge nesse contato com ele ou ela; quando você apenas se dá conta, nesse momento você está trazendo atenção para esse instante, uma atenção completa que elimina a continuidade desse "eu", dessa autoimagem. Veja, nesse momento nos aproximamos não só da Verdade do Autoconhecimento, nos aproximamos da ciência da Meditação.

Qual é a Verdade sobre a Meditação? É ter uma aproximação de si mesmo nesse instante, sem colocar esse "mim", esse "eu", nesse olhar, nesse observar, nesse constatar, nesse perceber. Sim, é exatamente isso: o perceber sem o percebedor, o olhar sem esse elemento que olha, o observar sem o observador, é o pensamento sem o pensador.

Então temos um contato, nesse momento, com aquilo que traz a presença deste Silêncio, porque nesse momento o cérebro se aquieta, todo esse movimento de reação, de resposta egocentrada, centrada no "eu", se desfaz. Nesse momento temos um espaço novo; esse espaço é o espaço do Slêncio. Então o Silêncio está presente, porque a mente se aquieta, e quando ela se aquieta, temos um contato com o momento presente sem o passado, sem o "eu", sem o "ego". Então, nesse instante algo acontece, e esse algo é o fim dessa auto imagem.

Portanto, será possível um olhar sem o passado, um perceber sem o passado? Experimente isso. No próximo contato que você tiver com alguém que você conhece, se dê conta desse movimento do passado surgindo. Apenas se dê conta disso, olhe para isso. Ao olhar para isso, você se desfaz do passado, então você está olhando o outro pela primeira vez.

Veja, é um olhar sem o passado, é um olhar sem esse fundo de memória. Nesse instante, há só o reconhecimento do rosto, do timbre de voz dele ou dela, mas você não tem nenhum conteúdo psicológico de imagem, de representação mental, que vem do passado, nesse gostar ou não gostar dele ou dela. Então é um olhar livre do "eu", livre do ego, é um olhar que é Meditação, é um perceber que é Meditação.

Nós precisamos desse estado de Presença de Atenção, de Real Atenção, para esse momento, para quebra desse padrão de condicionamento mental, de programação mental, isso é o fim da autoimagem, isso é o fim do "eu". Então, qual é a verdade dessa Atenção Plena? O que é Atenção Plena? É aprender a ter essa aproximação desse momento sem o passado.

Então, a verdade desse olhar sem o fundo da memória, do reconhecimento, do conhecimento, que vem do passado, é a Atenção. Reparem que isso é algo muito simples, por exemplo, no contato com a natureza. Quando você está em um espaço novo ou num contato com a natureza, o seu olhar é sem o passado. Você apenas olha, observa, constata, mas não tem você nesse observar, nesse olhar, nesse constatar.

Podemos eliminar das nossas vidas o passado para estarmos num contato com o momento presente aqui, nesse instante? Esse é o contato com a Vida, esse é o contato com a Liberdade, que é o fim do "eu", que é o fim do ego. Então Algo se mostra nesse instante; esse Algo não está no tempo, esse Algo não está na mente, esse Algo não está no passado, esse Algo não faz parte do pensamento.

É quando podemos ter a ciência do Ser, a ciência de Deus, a ciência da Verdade. Então, o seu contato com ele ou ela é o contato com a Vida, porque não há separação, não há divisão. Temos, sim, a Presença de um real contato, de uma verdadeira comunhão, essa é a Presença do Amor.

Então, estamos dizendo aqui, de uma forma clara para você, que nesta vida, sim, é possível uma vida livre do ego, livre do "eu" nesse contato com ele ou ela, sem a ideia que o pensamento cria e estabelece produzindo confusão, produzindo desordem, com base nessa estrutura de autoimagem; é um contato, um olhar ou uma visão sem o passado.

Aqui, com você, nós estamos aprofundando esse assunto; esse assunto é o Despertar da Consciência, é a Iluminação Espiritual, é a visão de Deus, é a visão do seu Ser. Um contato com a vida nesse momento sem o passado é Advaita, é a visão da não dualidade, é a visão da não separação, é a visão de Deus.

A palavra Advaita significa "o Primeiro sem o segundo", é o que temos enfatizado aqui nesses encontros. Há uma Realidade presente, e essa Realidade presente não é a pessoa, essa Realidade presente é a Realidade Divina. Esse sentido de pessoa é algo que o pensamento, como uma cortina, está trazendo, criando essa ilusória separação, essa ilusória divisão entre esse "eu" e o não "eu". A Realidade é a Realidade do seu Ser; esta Realidade é a Realidade de Deus.

É isso que estamos trabalhando aqui com você. Nós queremos lhe convidar para os nossos encontros online nos finais de semana, onde sábado e domingo estamos juntos aprofundando isso com você. Fora esses encontros, nós temos encontros presenciais e, também, retiros.

Janeiro de 2025
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terça-feira, 25 de março de 2025

O que é o pensar? O que é o pensamento? Sabedoria, inteligência e conhecimento. Lidar com o medo.

Vamos colocar para você aqui, com mais detalhe, essa questão do que é o pensamento e o que é o pensar. Veja, uma coisa está diretamente atrelada à outra, mas desconhecemos a verdade sobre isso e subestimamos a importância da compreensão sobre isso. Então, notem aqui, nós temos a questão da aproximação intelectual e nós temos a verdade da aproximação da compreensão desses dois assuntos, que, na realidade, um está diretamente ligado ao outro, mas não compreendemos nada sobre isso e subestimamos a importância, repito, desta compreensão.

Então, vamos lá. Primeiro, antes de tudo, por que é importante nós termos uma compreensão da verdade sobre o pensamento e sobre o pensar? Porque isso lhe dá uma base para ter de si mesmo uma aproximação do Autoconhecimento.

E, com a presença do Autoconhecimento, temos uma oportunidade de um grande portal aberto para a verdade da sabedoria. Aqui no canal nós temos uma playlist sobre sabedoria, inteligência e conhecimento. Recomendo você depois dar uma olhadinha nessa playlist.

A vida, ela requer a presença da sabedoria. Sem a sabedoria, a vida é a vida que nós conhecemos. E a vida que nós conhecemos não é a vida da inteligência, é a vida dos problemas.

A beleza de um encontro com a inteligência, e aqui eu me refiro à inteligência espiritual, essa é uma outra playlist aqui no canal, todos esses assuntos que nós abordamos aqui você encontra aqui no canal, nesse formato de playlist, nós temos diversos vídeos tratando de cada um desses assuntos aqui, então, você encontra isso aqui nas playlists, a presença dessa inteligência espiritual é a presença da verdade da sabedoria.

Porque é a ciência divina, é a ciência de Deus. Isso se fundamenta no Autoconhecimento. E a presença do Autoconhecimento requer que você compreenda como você funciona.

Então, não podemos eliminar nenhum desses elementos. Uma das coisas importantes é termos a compreensão de que tudo na vida está interligado. Não podemos ter a solução, por exemplo, de um problema sem a compreensão da totalidade dele.

E não podemos ter essa visão de totalidade se não nos aproximamos dele. Por exemplo, como em geral as pessoas tentam resolver os problemas do jeito que elas imaginam que conseguirão resolver, que poderão resolver.

E, de fato, não é assim. Ter a solução de um problema requer uma aproximação direta do problema e não um afastamento dele, como, em geral, as pessoas fazem. Então, repare, voltando aqui à questão, tudo está interligado.

Tudo está interligado. Então, o que é o pensamento? Vamos começar por aqui. O que é o pensamento? Veja, falando de problema, esse é um problema.

Nós não resolvemos esse problema. Esse é um dos problemas humanos que nós temos. Nós temos diversos problemas como seres humanos nessa estrutura psicológica de existência humana, nós somos criaturas carregadas de problemas.

E um dos problemas é esse: o que é o pensamento? Não sabemos o que é. Mas olhe para você e você irá perceber que estamos diante de algo que tem uma base muito simples, mas que, na verdade, é algo muito, muito complexo em razão da complexidade psicológica que nós trazemos.

Esse é um assunto, entre outros, que se tornou muito complexo para cada um de nós. Então, esse assunto: o que é o pensamento é algo que tem se tornado complexo, porque nós vivemos dentro de uma complexidade psicológica muito grande, mas o pensamento em si tem uma base muito simples. Você tem o seu nome, você tem o seu endereço, você sabe o nome da esposa, do marido, dos seus filhos. Esse saber é conhecimento. Esse conhecimento é lembrança. Essa lembrança é o pensamento. Então, o que é o pensamento? A lembrança, a memória, o conhecimento, a recordação. Todo pensamento presente é só uma recordação, um conhecimento, uma lembrança, uma memória. Então, basicamente, é isso.

Isso é o pensamento. Então, a resposta para o que é o pensamento nós já temos. Do ponto de vista teórico, intelectual, a base é essa.

E o que é o pensar? O pensar é aquilo que torna possível a presença do pensamento. De que forma? Eu pergunto o seu nome e você me diz o seu nome. Mas você só pode me dizer o seu nome porque há um processo de pensar.

Esse processo de pensar é o que traz a presença do pensamento. Quando o cérebro reage, ele responde com uma lembrança. A reação do cérebro é o pensar e a lembrança é o pensamento.

Assim, o que é o pensar? É a resposta que o cérebro dá com base no passado, que é lembrança, que é memória, que é pensamento. Essa resposta surge. Essa resposta é o pensar.

Agora reparem como é importante nós termos disso uma compreensão direta, mas vivencial, realmente compreendedora do assunto e não intelectual. A diferença entre intelectualmente compreender algo e de fato, não intelectualmente, mas de fato compreender algo é totalmente diferente. Uma compreensão é uma visão real daquilo que ali está, daquele fato, daquilo que ali se apresenta.

Enquanto que o entendimento de compreensão é só um entendimento intelectual, teórico. É uma ideia. Aqui estamos lhe convidando para uma compreensão do que é o pensar, do que é o pensamento.

E nesta compreensão fica claro que todos os problemas que você tem nesta relação com pessoas e com a vida e com o mundo à sua volta, todos esses problemas, todo tipo de confusão e sofrimento está presente em razão do pensamento. Vamos ver como é simples isso aqui. Você tem pessoas que você gosta delas e tem outras que você não gosta.

Onde se assenta, onde se baseia esse gostar e não gostar? Olhe para si mesmo e você irá perceber. Esse não gostar se baseia em lembranças de coisas ruins, desagradáveis, que você viveu com ele ou ela. Então, você não gosta dele ou dela. Mas, o que você tem dele ou dela são lembranças de alguém.

Alguém ruim, alguém grato, alguém mau, alguém que lhe fez o mal. Essa lembrança é o pensamento. Assim, quando alguém cita o nome dessa pessoa, fala o nome dela perto de você, isso suscita dentro de você, isso é algo que provoca dentro de você um estado de sentimento, de emoção desagradável. Então, reparem a importância do pensamento. O pensamento está sustentando em você pessoas que você não gosta. O pensamento está sustentando em você pessoas também que você gosta. Mas, o que são essas pessoas? São só pensamentos. E qual é a verdade do pensamento? Absolutamente nenhuma. A única verdade do pensamento é que você está imaginando coisas, porque é só o que o pensamento sabe fazer.

É imaginar coisas, imaginar pessoas, imaginar estados desagradáveis ou agradáveis em você. Enquanto a sua vida, a vida desta pessoa, estiver se sustentando, presente, a sustentação desta pessoa que você é, que você acredita ser, terá sua sustentação em pensamentos, em imagens. Então, os nossos problemas, todos eles se sustentam nos pensamentos, nas imagens, nas imaginações que nós sustentamos. Isso é o pensamento.

Essa é a forma de pensar que nós conhecemos. Percebam isso, a importância de nos livrarmos do pensamento, desse pensar e, portanto, desse sentimento, emoção e sensação e, portanto, dessa imaginação, desse problema, desse sofrimento. Toda a nossa vida psíquica, toda a nossa vida psicológica, toda esta consciência, como nós conhecemos presente em nós, não é outra coisa a não ser pensamento, esse formato de pensar, esse sentimento, emoção, sensação e imaginação. Então, isso está sustentando esta pessoa.

Portanto, a pessoa que você é é um conjunto de pensamentos, de imagens, de imaginações sobre o mundo, sobre o outro, sobre as situações, sobre as aparições e sobre você mesmo. A vida nesta condição é uma vida onde está presente a ilusão de uma identidade. Essa identidade, como é ilusória, como sua vida está sustentada por esse padrão de pensamento, ela se vê como uma entidade separada da própria vida, separada do outro, em conflito com ela mesma.

Aqui, esta condição de existência é a condição do sentido de identidade separada. Aqui, a vida, dentro desse contexto, é a vida em sofrimento. Na ausência desta ciência da realidade divina, há uma realidade presente mas vivemos alienados desta realidade, porque estamos vivendo esta realidade do "eu", esta verdade da pessoa, esta verdade do pensamento, esta verdade da imaginação.

É por isso que temos enfatizado aqui com você a verdade de que nós temos a vida real, como ela é, e temos a vida particular desse sentido do "eu", como ela é. A vida como ela é, nesse sentido do "eu", é uma vida de confusão, de separação, de dualidade. Está presente a inveja, o ciúme, a posse, as diversas formas de medos, a contradição presente nesses conflitos, desses diversos desejos que o ser humano tem. Tudo isso está presente em razão do pensamento e do pensar.

Por isso nós colocamos agora há pouco, não podemos subestimar essa forma equivocada, ilusória, de pensar que nós temos, que é a forma que sustenta esse padrão do pensamento, como nós conhecemos, onde está presente a ilusão de um pensador por detrás de tudo isso. Podemos descobrir a vida sem esse pensador? Podemos descobrir de verdade a vida sem nos importarmos mais com esta condição psicológica de pensamento, de tal forma que o pensar em nós sofra uma radical mudança? Podemos romper com esse padrão de pensar, onde a continuidade desse pensar é a continuidade da imaginação onde está presente a ilusão desse pensador, que é o "eu", que é a pessoa, por detrás de tudo isso? Essa descoberta, esta constatação, é possível quando ficamos cientes de todo esse movimento, sem nos confundirmos com ele, quando descobrimos o que é olhar para o pensamento. Apenas olhar para o pensamento, sem colocar um elemento presente no pensamento, sendo o pensador, quando o pensar acontece.

Então, vamos ver aqui como isso se torna possível. Alguém aparece para você, e você o reconhece. Nesse momento surge de dentro de você uma imagem que você tem dele.

Essa imagem é o pensamento, nesse pensar, e, naturalmente, a imaginação: eu gosto dele ou não gosto dela. É possível apenas você se tornar ciente desse movimento, quando surge, e apenas olhar para isso, sem manter essa continuidade desta imagem que você tem dele ou dela, sem manter essa continuidade do pensamento a partir dessa imaginação, mas apenas olhar? Se você descobre o que é olhar, sem interferir com isso, sem se envolver com isso, sem dar credibilidade a isso, sem dar imaginação a isso, se houver só o olhar, experimente para ver o que acontece.

Da próxima vez que você se encontrar com alguém que você conhece, observe, o que ocorre nesse momento, como rapidamente o cérebro processa essa imagem, que é o pensar, e traz o pensamento sobre ela, e como rapidamente a imaginação surge: eu não gosto dela ou eu gosto dela.

Observe isso. Então, da próxima vez que você se encontrar com alguém, eu lhe convido apenas a ficar ciente dessa mecânica. Apenas fique ciente, apenas olhe, mas não interfira, não se envolva com isso.

Essa é a forma real de olhar sem o observador, de olhar sem o pensador, de olhar sem esse experimentador, que é esse elemento que já experimentou outros contatos com ele ou ela. Nesse momento você elimina o experimentador, você elimina o pensador, elimina o observador. Ao fazer isso, você está entrando, pela primeira vez, em um contato direto com o momento, sem alguém presente nesse contato, que é esse mim, esse "eu", esse ego. Isso requer a presença de um olhar, de um perceber, desse se dar conta sem o "eu", sem esse elemento em você que sempre vem do passado para se envolver com o momento presente.

Esta é a forma real da compreensão do fato do pensamento, da ciência do pensamento. Veja, não se trata agora mais de uma teoria, de uma ideia, de algo que você ouviu, aqui sendo colocada. Você está, neste momento, se tornando ciente de suas reações, do fato de suas reações, diante dele ou dela. Se, ao se encontrar com alguém, alguém lhe elogia, faça o mesmo, apenas tome ciência do que o outro diz, mas não se envolva.

Repare, nós não estamos diante de algo tão simples. Não se envolver com um elogio, não se deixar tomar por uma emoção de euforia, de prazer, de preenchimento egoico, isso requer a presença desta atenção, desse apenas escutar o que o outro diz. Isso vale para um elogio, mas vale também para uma crítica.

Apenas escutar, percebendo esse elemento que vem do passado para receber com raiva essa crítica, ou com prazer e gratificação essa lisonja e não se confundir com isso.

Apenas tomar ciência disso. Nesse momento, você está diante desta atenção, desse olhar para as suas relações. Essa é a base para o Autoconhecimento.

É isso que lhe dá a base para o despertar dessa inteligência espiritual, para o florescer desta sabedoria divina. Então, em um certo nível, o conhecimento, o pensamento e a experiência se fazem necessários, profissionalmente, tecnicamente, no reconhecimento do seu nome, ou na simples lembrança de um episódio, de um acontecimento, ou para falar uma língua, o pensamento, o conhecimento, a memória se faz necessária. Mas, repare, aqui nós estamos colocando uma identidade separada, que é o "eu", o ego, envolvida nisso.

Aqui estamos lhe dizendo que no nível desta real consciência, desta divina consciência, o sentido do "eu", do ego, não tem espaço. Nós temos passado uma vida inteira nos confundindo com o sentido de alguém presente, o tempo todo, nas relações, com o mundo à nossa volta, com o outro, com nós mesmos. Então, estamos sempre dando continuidade a esse pensamento, nessa imaginação de alguém presente. Podemos eliminar essa imaginação, esse sentido do "eu"? Podemos colocar apenas atenção para esse momento, para essas reações que surgem, quando internamente algo acontece ou externamente um desafio surge? Então, notem, aqui com você, nós estamos trabalhando com você, por exemplo, o fim do medo.

Observe que o medo não é outra coisa, também, a não ser a presença do pensamento criando situações de um futuro desagradável para acontecer. Podemos eliminar o pensamento? Se você elimina o pensamento desse futuro, você elimina a imaginação e isso é o fim do medo. Nós estamos lidando com a vida como ela acontece, mas quando sustentamos a nossa vida psicológica, sentada no pensamento e, portanto, na imaginação, o sentido do ego está presente, da confusão está presente, do sofrimento está presente.

Não há vida no pensamento. No pensamento só há imaginação. Assim, quando as pessoas perguntam como lidar com o medo, a pergunta para você é a seguinte: o que é o medo? Sem a presença do pensamento, onde está o medo? Se eu pergunto para você do que você tem medo, você precisa do pensamento para me dizer do que você tem medo.

Se você sente medo, você precisa da imaginação, que é a presença do pensamento, para sentir o medo. Tomar ciência da realidade do seu Ser é se tornar ciente do movimento do pensamento, é se tornar ciente do movimento desse pensador.

É esse pensador, é esse pensamento que sustenta estados internos de conflito, de desordem e sofrimento como, por exemplo, essa questão do medo. Como lidar com o medo? Aqui a pergunta é: como lidar com o pensamento? Porque o pensamento é a base do medo. O seu medo é sempre de alguma coisa, mas é sempre de alguma coisa que o pensamento lhe comunica.

Sem a presença do pensamento, não existe medo. Uma coisa interessante quanto ao medo, o medo está sempre relacionado também ao futuro, ao que pode vir a acontecer ou ao que aconteceu e pode se repetir novamente. Sempre o pensamento está presente nessa questão do medo.

Então, nós precisamos investigar profundamente esta verdade sobre o pensamento. Aqui estamos com você trabalhando isso nesses encontros. Nós temos aqui uma playlist sobre sabedoria, inteligência e conhecimento.

A ciência da verdade do seu Ser é o florescer de sua natureza real, de sua natureza divina, uma vida livre do pensamento, uma vida livre desse elemento que é o pensador, é a liberdade do seu Ser, é a liberdade de Deus.

Aqui nós temos encontros nos finais de semana para aprofundar isso com você. Então, sábado e domingo estamos juntos. Você tem aqui na descrição do vídeo o nosso link do WhatsApp para se aproximar desses encontros.

Além disso, temos encontros presenciais e também retiros. Se isso é algo que faz sentido para você, deixe aqui o seu like, já se inscreva no canal, coloque aqui no comentário: sim, isso faz sentido. Ok? E a gente se vê.

Valeu pelo encontro e até a próxima.

Janeiro de 2025
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quinta-feira, 20 de março de 2025

Sabedoria, inteligência, conhecimento | Aprender sobre Autoconhecimento | O que é o pensamento?

Eu quero começar essa fala aqui lhe fazendo uma pergunta: você já brincou de banco imobiliário? Nele você pode se tornar um grande, poderosíssimo empresário multi, multimilionário. Você sabe que nesse jogo ganha aquele que compra mais casas, fazendas, bairros; aquele que consegue a maior quantidade de propriedades... esse é o que ganha, ou aquele que não abre falência. Então, se você não abre falência, e se você consegue comprar muito, você termina ganhando o jogo.

Quando você olha para a vida, repare, nós não levamos muito a sério brincar. Até porque uma brincadeira não se leva a sério. A gente se diverte brincando. A gente não leva a sério uma brincadeira. Uma brincadeira é para se divertir. Embora, até nisso, no "ego", nós complicamos demais. Existem aqueles que não querem perder. Gente, é uma brincadeira! É somente uma brincadeira. Você percebe? Você está diante de uma brincadeira. Você pode ganhar e pode perder. Então, em geral, não se leva a sério uma brincadeira. Não normalmente. Alguns, sim; ok, são as exceções! Talvez essas exceções sejam até um grande número daqueles que brincam, mas não sabem brincar, porque levam muito a sério.

Agora, em geral, olhe para a vida do ser humano. O que é essa vida, como você conhece? Repare: aqui você acredita que também possui, adquire, compra, acumula bens. Você realiza propósitos, objetivos, sonhos, alvos. É típico desse modelo de mente que nós conhecemos como seres humanos, nesta condição que é a condição que nós investigamos aqui com você nesses encontros, que é a condição do "eu", que é a condição do "ego".

A ideia que temos é que nós somos, somos alguém que pode ter, que precisa ter e que busca ter. A verdade sobre isso é que nós estamos levando muito a sério isso. Primeiro, a ideia de "ser alguém", para "ter coisas", "segurar essas coisas" para que elas não desapareçam de nossas mãos. Então, não queremos abrir falência, nós queremos continuar adquirindo, ajuntando, possuindo, para vencer o jogo. Para nós, isso é a vida.

Aqui, com você, nós estamos investigando isso, tomando ciência dessa assim chamada vida, como nós conhecemos. Nós aqui estamos investigando com você a verdade da ilusão desta vida que nós conhecemos. Para nós isso é muito real, muito verdadeiro. "Nós temos" propriedades, "nós temos" negócios, "nós temos" hotéis, fazendas, empreendimentos, empresas, "nós temos" família; "nós" adquirimos, vendemos, compramos, perdemos, ganhamos. Tudo isso é muito real. Aqui estamos investigando com você a Verdade de que estamos diante de um grande Jogo Divino. Nós recebemos este jogo. Ele nos foi dado. Agora, nós estamos jogando o jogo, mas não percebemos que estamos diante de um jogo. Estamos levando muito a sério isso e passando por todas essas dores das perdas, em razão das vinculações dos apegos a estas coisas. Notem, essa é a problemática do "eu" com esse "meu". Qual será a Verdade sobre isso? A Verdade simples e direta é que esse jogo é só um jogo. A Verdade sobre isso é que isso lhe foi dado de presente, apenas como um jogo. Portanto, não leve a sério isso; não discuta, não fique irritado, não chore, não agrida, não se torne violento, agressivo, quando perder; e não se empolgue demais quando ganhar - porque esse ganhar não é um ganhar; e esse perder não é um perder.

Aqui, com você, nós estamos investigando a Real Compreensão da Vida. Esta Real Compreensão lhe coloca em um lugar de Ciência, de Sabedoria, de Divina e Real Inteligência, para lidar com aquilo que está dentro do conhecido, ou seja, para lidar com todas essas aparições como aparições dentro de um jogo.

A compreensão disso lhe coloca livre do peso desta psicológica condição, onde você se vê como esse "eu", que de fato tem o que acredita ter e que chama de "meu", quando você diz "minha" casa, "meu" carro, "minha" família, "meus" negócios, "minha" fazenda, "minha" cidade, "meu" bairro, o "meu" mundo, a "minha" história. Esse sentido do "meu" e esse sentido do "eu" andam juntos nesse contexto, onde está presente a ilusão de que aquilo que você está vivendo dentro do conhecido é a Vida Real.

Aqui, com você, nós estamos explorando essa questão da Sabedoria, da Vida Divina, da Vida em Inteligência Espiritual, livre do peso do conhecimento. Então, Sabedoria, Inteligência e conhecimento. A Inteligência Real é a Inteligência de Deus. A Sabedoria é a visão da Vida Real, como ela acontece. E esse Conhecimento é aquilo que tem norteado o modelo do pensamento presente em cada um de nós, nos dando a ilusão de que estamos diante da Realidade. Não, não estamos diante da Realidade. Estamos diante de um grande Sonho Divino, de um grande Jogo Divino, de uma grande Brincadeira Divina. Mas, enquanto não compreendermos essa questão do conhecido, essa questão do conhecimento - que é o que nós temos do conhecido - que tem por princípio o pensamento, estaremos vivendo dentro dessa ilusão.

E é isso que estamos convidando você aqui para romper, para se desfazer, para se livrar disso, para assumir a Ciência da Realidade de Deus - que é a Realidade do seu Ser, que é a sua Vida Divina - para poder lidar com a Vida como de fato ela é, um grande jogo Divino, onde tudo aqui está acontecendo, mas como uma aparição que está aqui agora, e daqui a pouco irá desaparecer.

Aqui, com você, nós precisamos investigar um elemento básico que fundamenta tudo isso e que nós subestimamos. Aqui nós temos uma playlist nesse canal para investigar isso com você. Está dentro desse contexto, desta playlist que acabamos de colocar aqui para você: Sabedoria, Inteligência e conhecimento. Essa é uma playlist aqui no canal. Depois você dá uma olhadinha. E nós temos uma outra playlist aqui, dentro do contexto desta visão, desse Despertar Espiritual, dessa Iluminação Espiritual. Esses diversos assuntos também estão aqui em playlist no canal.

Eu quero tocar com você em um assunto que nós, de verdade, subestimamos e subestimamos muito. É por isso que nós estamos vendo todo esse jogo, tudo isso que é a vida acontecendo nessa perspectiva equivocada, confusa, desorientada, ilusória do "ego", ilusória do "eu", que carrega essa ilusão de "meu". Repare, isso está presente em razão da ignorância. Isso está presente em razão de uma visão ilusória.

Aqui, estamos trabalhando o Despertar da Verdade sobre nós mesmos. Tomar ciência da Realidade de Deus é poder presenciar esta vida acontecendo como de fato ela é. Não a partir dessa ilusão de uma identidade que se vê separada e possuindo coisas, ganhando coisas e perdendo coisas; adquirindo e perdendo. Sendo senhor, proprietário, dono, realizador de tudo isso. Estamos diante de algo completamente ilusório. Nós estamos apenas na Vida, dentro desta aparição de existência, neste sonho de existência, olhando para isso tudo a partir de um espaço que é desconhecido.

Tomar ciência desse espaço desconhecido, para olhar para a vida a partir desse lugar, desse novo espaço, é o que estamos propondo aqui para você. É nisso que estamos trabalhando aqui com você. E isso requer a compreensão desse assunto. Agora eu vou dizer que assunto é esse. O assunto é algo que subestimamos. O assunto é a questão do pensamento. Então, o que é o pensamento? É uma playlist fundamental aqui no canal. Nós estamos sempre acrescentando novos vídeos a essa playlist. Qual é a verdade sobre o pensamento?

O que nós não sabemos, aquilo do qual não temos ciência ainda, é que esse "banco", entre aspas, esse "banco imobiliário", é uma construção do pensamento. A lembrança de alguma coisa, a recordação de algo - e é assim que nós funcionamos psicologicamente - é a presença da memória. Essa lembrança, recordação, é o conhecimento. Esse conhecimento é o pensamento.

Então, o que é o pensamento? O pensamento é aquilo, em você, que diz coisas. Agora mesmo eu lhe pergunto o seu nome e o pensamento se expressa como palavras. Eu, agora, lhe pergunto se você tem um carro e uma imagem surge dentro de você. Essa imagem surge em razão da presença do pensamento. Esse pensamento é o carro. Esse carro é uma lembrança, é uma memória. Assim, esse carro é um dos "seus" bens, mas a casa também. Você fecha os olhos e você visualiza a "sua" casa. Visualizar é ter a lembrança dela. Eu lhe pergunto, você é casado? Você fecha os olhos e vê o rosto da esposa ou do marido. Tudo isso está dentro do pensamento! Então, onde está esse mundo? Está dentro do pensamento. Então, o que é esse "banco imobiliário", onde, nele, você é esse empresário bem-sucedido? Onde está tudo isso?

Veja, a vida do "eu", que carrega esse "meu", não é outra coisa, a não ser a presença do pensamento. Então, o que é o pensamento? Uma imagem que a lembrança constrói, que a recordação nos faz voltar a ele de novo e de novo, e de novo. Esse é o pensamento. Então, nós voltamos às "nossas" coisas. Nós temos as "nossas" coisas. Essas "nossas" coisas, e que voltamos a elas constantemente, estão dentro do pensamento.

Qual é a verdade sobre você? Você desconhece! Porque você está se confundindo com esse "eu", que é só um pensamento. Uma história sobre você é uma memória. Essa memória nos dá a ilusão do "eu", desse "eu" que tem coisas. Essas coisas são pensamentos que também são memórias do que esse "eu" possui, do que esse "eu" tem. Percebem? Estamos diante de um sonho. Podemos romper com isso para a realidade daquilo que está além do pensamento?

Uma vez que acabamos de ver isso aqui, tudo isso está dentro desse conjunto, que é o pensamento. Então, qual é a Verdade da Sabedoria? A Verdade da Sabedoria lhe faz ver a vida sem o "eu"! A presença dessa Inteligência Espiritual, dessa Inteligência Divina, lhe faz ver a vida sem esse "centro" ilusório, que é esse "mim", que se vê como o "centro" de toda essa experiência. Essa experiência é o sonho, e esse "centro" é esse "eu", o sonhador. O fim desse sonhador, desse "eu", desse "centro", é o fim da ilusão deste sonho, que é o sonho do "meu", "minhas" coisas. Então, a visão da sabedoria é a visão da realidade do seu Ser. O ponto é que este Ser não está dentro desse "eu", não faz parte desse "meu". Esse Ser é a Realidade Divina. Isso não é algo pessoal, não é algo que o pensamento constrói.

A visão a partir desse "espaço", desse novo "espaço", é a visão da vida como de fato ela está acontecendo. Então, essa Liberdade de não se confundir com a experiência do momento presente, se vendo como experimentador dessa experiência, é a visão da Sabedoria. A Liberdade de lidar com o jogo, percebendo o jogo. E, nesta brincadeira, não se confundir com nada disso, é tomar Ciência da Realidade da Vida como ela acontece, como ela acontece livre do "eu", livre desse "mim", desse "ego". Então, qual é a Verdade da Sabedoria? É a Verdade da visão de Deus. Que é a visão deste Ser. Que é esse olhar a partir desse "espaço" novo. E, como podemos nos aproximar disso? Como podemos, de fato, lidar com a experiência sem a ilusão de "alguém" presente, nesta Fluidez, Liberdade, nesta Felicidade, nesta Paz, nesta ciência da Presença da Alegria?

Reparem: um jogo é uma brincadeira. Temos dentro do jogo esse lado lúdico. Essa ludicidade do jogo requer a presença desta inocência, da beleza desta criança, ciente da Alegria de brincar. A vida em Deus é Alegria! É Amor, Paz, Liberdade, Felicidade! Nós desconhecemos isso porque estamos vivendo sem a compreensão sobre o que é o pensamento. A compreensão sobre o que é o pensamento requer a liberdade para não vivermos mais na crença da presença desse pensador. Esse pensador é esse que acredita estar produzindo pensamentos e com eles se identificando.

Veja, a ciência de que um pensamento é só um pensamento lhe dá a desidentificação dessa ilusão, de que existe "alguém" nesse pensar, de que existe "alguém" nesse pensamento. Assim, eliminamos a ilusão deste "eu". Podemos descobrir a vida e lidar com ela nesse estado Novo, Indescritível, onde está presente esta Inocência, esta Alegria, esta Liberdade, esta ausência do "eu"? E, portanto, esta ausência de possuir, de ter a necessidade de adquirir, para ser feliz, para se preencher, para realizar.

Podemos assumir a verdade que é impossível - e é algo completamente desnecessário - continuar carregando essa ilusão, a ilusão de que tudo é "meu" para esse "eu"? Uma vida livre é uma vida em Paz! Se há esta Liberdade, temos a presença do Amor! O seu contato com a experiência do momento presente é um contato a partir desse novo e desconhecido. O seu contato com esta vida, com esse mundo, com essa experiência, com toda essa aparição a partir desse "espaço" Indescritível, Inominável, que é o "espaço" da Realidade Divina, se torna possível quando há o descarte desse "eu".

É por isso que estamos aqui enfatizando, com você, como aprender a assumir isso, a realizar isso nessa vida. Como aprender sobre o Autoconhecimento. Esse aprender sobre o Autoconhecimento lhe aproxima desse "olhar" livre do pensamento, livre da ideia de um "pensador" por detrás do pensamento. Portanto, isso lhe aproxima da Verdade da meditação. Isso lhe aproxima desta Ciência do seu próprio Ser, que é a Ciência de Deus. É quando, de fato, nesse momento, ocorre esta Liberação nesta vida.

Esta Liberação é aquilo que alguns têm chamado de Iluminação Espiritual ou Despertar Espiritual. É quando nesse novo, indescritível estado de Ser, onde temos a presença desta Divina Consciência, desta Real Consciência, que é a Consciência de Deus. Não faz mais diferença se o jogo está acontecendo ou se nós fechamos o jogo. Há algo que transcende o logo acontecendo e que também está além do jogo fechado. Essa é a natureza de Deus! É a natureza do seu Ser! Aquilo que é você, em seu Ser, está além do conhecido. E pode lidar com tudo isso de uma forma livre, onde temos a presença desta Inteligência Real e Sabedoria Verdadeira, que é a Sabedoria Divina.

Aqui, nesses encontros, nós estamos explorando esse assunto com você, aprofundando isso. Para esse propósito, nós temos encontros online aqui aos finais de semana, onde sábado e domingo estamos juntos. São dois dias juntos, aprofundando, tomando ciência disso, tendo uma aproximação da Verdade sobre o Autoconhecimento. Como trabalhar isso nesta vida, dentro deste jogo Divino, dentro deste sonho Divino, e realizar isso!

É o que estamos juntos, portanto, são dois dias. Você tem aqui na descrição do vídeo o nosso link do WhatsApp para participar desses encontros online dos finais de semana. Além desses encontros, nós temos encontros presenciais e, também, retiros. Se isso é algo que faz sentido para você, fica aqui um convite, já deixa aqui o seu like, se inscreve no canal, coloca aqui no comentário: "sim, isso faz sentido". Ok? E a gente se vê! Valeu pelo encontro e até a próxima.

Janeiro de 2025
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terça-feira, 18 de março de 2025

Busca pela espiritualidade. Meditação, expansão da consciência. Lidar com o medo. Consciência mental.

Aqui nesse canal nós estamos tratando com você de assuntos que requerem que nós olhemos para eles para apenas nos tornarmos cientes daquilo que aqui está presente. Não se trata de concordar ou discordar dos assuntos que nós abordamos aqui com você dentro do canal. E por que não? Porque estamos lidando com fatos, com algo de simples observação. Por exemplo, do que nós tratamos aqui com vocês? Daquilo que nós consideramos de verdade como algo principal, que é simplesmente perceptível na vida de todos nós. Eu me refiro a esses estados internos, observem isso, com os quais nós não sabemos lidar.

E isso é, de fato, uma realidade para todos nós. O ser humano não sabe lidar com esses estados internos, conflituosos, aflitivos, com os problemas e sofrimentos presentes nesses estados. E são inúmeros esses estados que, de fato, todos nós conhecemos.

Reparem, todos nós conhecemos por experimentar em nós mesmos, mas nós desconhecemos como lidar com eles. Assim está presente a questão do medo. Olhe para a sua vida e você irá perceber.

Por mais que queiramos nos livrar da ideia de nada temer, de não carregar nenhuma forma de medo, isso, de fato, não é verdade. Porque o ser humano carrega muitos medos. Em diversas formas. Então, de diversas maneiras, nós estamos padecendo de medo.

São múltiplos os medos presentes, os temores são diversos. Com nomes diferentes, nós temos a presença do medo. É interessante a nossa habilidade intelectual de pegar essa questão do medo e dar ao medo diversos nomes.

A timidez é medo. A ansiedade é medo. A preocupação é medo.

O tédio é uma condição de insatisfação que carrega por detrás dele alguma forma de medo. Assim também é a depressão. Agora, a lista é muito grande de problemas que nós, como seres humanos, temos.

E todos eles estão a nível psicológico. É parte dessa estrutura psíquica em nós. É parte desse sofrimento psíquico presente em cada um de nós.

E nós não sabemos lidar com isso. Aqui nós temos, no canal, temos tido a paciência de olhar de novo e mais uma vez, mais uma terceira vez, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, para essas questões. Porque de verdade não sabemos lidar com isso.

Nós temos três formas muito clássicas de busca de resposta para nós em momentos de crise. Ou nós buscamos na psicologia, na psicoterapia, mas só em momentos de muita crise, o medo no formato de um pânico, que não sabemos, por exemplo, lidar com ele, de uma fobia, nós buscamos na psicoterapia, buscamos na religião, buscamos na filosofia, por exemplo, na filosofia clínica, lá uma terapia.

Então, a nossa inclinação é que em momentos de crise nós estamos em busca de uma ajuda. Aqui no canal nós estamos descobrindo com você como ir além desta psicológica condição de sofrimento psicológico, de sofrimento psíquico. E isso se realiza quando realizamos a verdade sobre nós mesmos.

Então, nenhuma ajuda externa pode nos dar a liberação final de toda essa condição psicológica que representa esse sentido do "eu", desse mim, dessa pessoa, como nos posicionamos no mundo, como nos posicionamos na vida. Então aqui estamos abordando com você a verdade do florescer de sua natureza divina, aqui estamos com você aprofundando essa questão do Despertar da Consciência, da Iluminação Espiritual. Toda essa linguagem é a que fazemos uso aqui, porque, em geral, as pessoas estão linkando esta liberdade de ser à algo que já ouviram a respeito, que ligam a esses nomes, ligadas a essas expressões. Mas, aqui, quando tratamos com você dessa liberação na vida, estamos tratando com você da verdade do seu próprio ser, compreendido, vivenciado.

Nós não estamos vivendo na verdade daquilo que somos, ou melhor, a verdade daquilo que somos como parte desse modelo de vida e de existência que, como fatos, se demonstram em nossas experiências de relações ou relacionamentos, é esse padrão comum. Então, de verdade, aquilo que somos é o sentido de alguém presente nesses estados internos, conflituosos, aflitivos, problemáticos, em desordem, em sofrimento. É isso que, de fato, como seres humanos estamos vivendo. É isso que, de fato, nós somos nesse formato de ser alguém. Mas há uma realidade, além de tudo isso, que é desconhecida da maioria das pessoas. E, no entanto, há em nós um impulso ou uma procura em um nível que nós desconhecemos, dentro de cada um de nós, por esta realidade, que é a realidade de Deus.

Acompanhe isso comigo aqui. Nós estamos na vida para realizar isso, para tomarmos ciência desta realidade, que é a realidade daquilo que somos em nosso ser. O problema é que nós, quando nascemos, não recebemos o manual de instrução.

Não sabemos como esse modelo psicológico, esse modelo psíquico de ser funciona. Então, nós temos toda uma formação psicológica dentro da história humana de formação de uma consciência que é o que nós chamamos de minha consciência ou autoconsciência, que alguns chamam de consciência individual. Foi isso que nós recebemos do mundo, foi isso que nós recebemos da cultura. Nós recebemos uma consciência, consciência comum a todos. Então, aquilo que nós chamamos de consciência individual é a consciência coletiva. Essa consciência individual é, na verdade, a consciência humana. É a consciência da humanidade. É interessante dizermos isso aqui para você.

Nós não sabemos lidar com nós mesmos. Não aprendemos isso. Não recebemos instruções a respeito disso.

Então, o que nós temos como consciência, esta assim chamada consciência humana, que carrega um conteúdo que está a nível consciente em nós e também inconsciente dentro de cada um de nós, não há uma compreensão de como isso funciona. Não sabemos como psicologicamente nós funcionamos. É isso que explica aqui, dentro do canal, o nosso interesse na investigação desse estudo sobre quem nós somos.

Quando nós buscamos uma ajuda, em geral fazemos isso já em estados de crise muito aguda. Mas por mais que possamos ser ajudados, nós não temos uma definição final para essa condição psicológica de complicação, de desordem, de problemas. Aqui estamos dizendo a você que, na vida, nós precisamos estudar a nós mesmos, compreender como nós funcionamos.

O detalhe é que ninguém poderá fazer isso para você, no seu lugar. Você precisa estudar a si mesmo. Um aspecto interessante que a gente tem que colocar aqui para você.

Não podemos estudar isso segundo este ou aquele especialista, neste ou naquele outro livro, ou numa grande coletânea de livros, ou passando de um especialista para outro especialista, ou tentando encontrar em professores aquilo que, dentro de cada um de nós, temos que ter revelado para nós mesmos. O que é isso que nós precisamos ver revelado para nós mesmos? A verdade sobre quem somos. A verdade sobre quem somos agora, aqui. E a realidade que trazemos além disso que está aqui.

Tomar ciência disso que é nesse instante. Porque isso que é, é aquilo que somos. O que é que temos aqui? Tomar ciência disso e ir além disso que está aqui. O que está aqui presente são esses estados internos com os quais não sabemos lidar com eles. Um detalhe é que esses estados internos, eles encontram expressão sempre externamente em nossas relações.

O pesar, a contradição, o conflito, nosso nível de mau humor, de insatisfação, de sofrimento, está presente em nossas relações. Olhar para isso que está aqui é tomar ciência disso que é nesse instante. E precisamos ir além disso, para o nosso natural estado de ser, que, de verdade, não é esse. Esse nosso estado, o estado em que nós nos encontramos, é o estado comum, presente nesta condição psicológica de desordem, de confusão.

Estamos repetindo, como toda a humanidade dentro desta consciência que acreditamos ser individual, repare, é a consciência humana e, portanto, é a consciência de toda a humanidade. É a consciência comum a todos.

Portanto, essa é uma consciência coletiva. As expressões que temos de representação desse sentido do "eu", do ego, presente em mim, é algo presente em todo ser humano. A inveja está presente, a raiva está presente, a angústia, a frustração, a dor existencial, a insegurança nas relações. Nós temos diversos estados internos que se apresentam externamente em nossa vida, em nosso viver e isso está presente não como algo que individualmente eu tenho, mas é algo que está presente em todo ser humano. Não é algo particular, meu.

É algo que está dentro desse contexto de consciência coletiva. Estamos juntos? Assim, o ser humano tem uma busca ou uma procura por essa assim chamada espiritualidade.

A busca pela espiritualidade. Nós temos tratado disso aqui no canal. Nós temos diversos vídeos sobre esse assunto.

Essa assim chamada busca pela espiritualidade. E nessa busca pela espiritualidade, as pessoas se envolvem em todo tipo de técnica ou prática dentro dessa procura pela assim chamada espiritualidade para se livrarem de estados como, por exemplo, o medo. Quando elas perguntam: como lidar com o medo? Aqui temos diversos vídeos tratando desse tema: como lidar com o medo? E alguém pode pensar, ah, eu preciso encontrar nessa espiritualidade uma resposta para isso.

Então, elas se envolvem em algo do tipo: a meditação para a expansão da consciência, porque acreditam que assim ficarão livres do medo. Nós precisamos descobrir o que é essa consciência, como acabamos de colocar aqui para você. Essa consciência é a consciência humana.

A ideia de uma consciência separada dessa é uma ideia, é um conceito, é uma crença. Há uma realidade, sim, além dessa consciência humana. Aquilo que nós temos tratado aqui no canal e que temos denominado de real consciência, mas isso não é algo que está dentro do conhecido.

Esta consciência real não é algo disponível ou algo passivo para um projeto como esse projeto, chamado expansão da consciência. A realidade do seu Ser é consciência, mas não é essa consciência, como nós conhecemos, como nós identificamos.

Então, estamos falando de uma realidade que está além daquilo que alguém possa alcançar, realizar ou fazer algo com isso. Como, por exemplo, expandir essa coisa. A realidade do seu Ser é plena consciência.

Isso não se expande. É a natureza divina, é a natureza de Deus, é a natureza da verdade sobre você. O Despertar da Consciência é o despertar desta natureza essencial, desta natureza divina.

Isso é algo inalcançável pelo pensamento. Isso é algo fora desta consciência. Desta consciência que é a consciência mental, que é a consciência humana.

A realidade do seu Ser é felicidade, é real consciência, é a presença da realidade. Um contato com a verdade sobre quem nós somos revela aquilo que está além daquilo que demonstramos ser, que parecemos ser, além daquilo que somos nesse contexto de vida humana egoica, separatista, dualista, e, portanto, carregada de conflitos, carregada de problemas. Assim, a revelação divina, a revelação de Deus, a revelação da verdade, é o fim para esta condição. A natureza não nos deu este manual porque, de fato, não precisamos desse manual de instruções. Tudo o que nós precisamos é reconhecer a verdade que somos, que trazemos, que está presente quando a ilusão termina. Não precisamos desse manual de instrução, mas precisamos tomar ciência do Autoconhecimento, de conhecer a nós mesmos.

Não precisamos desse manual, porque não existe nenhum manual possível para isso. É o reconhecimento daquilo que somos quando estudamos a nós mesmos, quando aprendemos a olhar.

Não precisamos de um manual para aprender a olhar nossas reações. Nós precisamos descobrir a ilusão de alguém presente, nesse momento, esse que tenta lidar com a vida a partir do seu olhar pessoal, particular, egocêntrico.

Eu me refiro a essa identidade ilusória, a esse mim, a esse "eu", a essa pessoa. O que é isso? Um modelo de pensamento que trazemos sobre quem nós somos e sobre o que sabemos da vida, sobre o que sabemos de nós mesmos. Aqui nós precisamos da arte de aprender, de aprender a olhar sem esse elemento que é o "eu", o observador, esse que olha a partir de uma cortina de ideias, de crenças, de conclusões, de conceitos estabelecidos pela sociedade, pelo mundo, pela cultura.

Uma coisa que o ser humano não sabe é que ele é a realidade divina quando a ilusão dessa ideia de ser alguém não está mais presente. E nós estamos carregados, pesados dessa ideia.

Aqui no canal nós estamos trabalhando com você o fim disso, pelo Autoconhecimento. Estamos aprendendo essa arte de observar sem o observador. Temos inúmeros vídeos aqui no canal mostrando a diferença de olhar sem esse elemento que olha, de escutar sem esse elemento que ouve as coisas, que escuta as coisas, de sentir, sem esse elemento envolvido nesse sentir, que é o "eu", o ego.

Uma vida é possível para cada um de nós, uma vida real, livre desta forma ou desse modelo de vida centrada no "eu", no ego. Portanto, não se trata da ilusão daquilo que o pensamento tem construído em torno da verdade da espiritualidade. São inúmeras essas ilusões que o pensamento tem estabelecido como regras ou como fórmulas para se alcançar alguma coisa, veja, que o pensamento tem idealizado como a verdade divina, como a verdade de Deus, como a verdade da espiritualidade.

A verdade da espiritualidade é a ciência de Deus. Não é de alguém se espiritualizando, mas é a verdade daquilo que é você, em seu Ser real, se revelando, aqui e agora, livre desta condição, onde existe todo esse contexto de condicionamento mental, de consciência mental, onde nela está estabelecido a ilusão desse "eu", separado do outro, separado da vida, separado de Deus.

Então, esse é o nosso propósito aqui com você, nesse canal e também em nossos outros canais aqui no YouTube. Você tem aqui, na descrição do vídeo, o nosso link para conhecer. Além disso, nós temos encontros online que ocorrem nos finais de semana.

Sábado e domingo estamos juntos, trabalhando diretamente essa questão do Despertar da Consciência, desse florescer de nossa natureza verdadeira para irmos além desta condição. Então sábado e domingo, através de perguntas e respostas nesse contato com o silêncio desse encontro online. Na descrição do vídeo você tem o nosso link do Whatsapp para participar desses encontros. Além disso, temos encontros presenciais e também retiros, onde estamos juntos, passando alguns dias trabalhando isso, tomando ciência disso, nos aprofundando, mergulhando nesta visão da realidade, daquilo que nós somos. Portanto, se isso é algo que faz sentido para você, já deixe aqui o seu like, se inscreva no canal e coloque aqui um comentário: Sim, faz sentido. Ok? E a gente se vê. Valeu pelo encontro e até a próxima.

Dezembro de 2024
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quinta-feira, 13 de março de 2025

Joel Goldsmith | Deixe Suas Redes | Busca espiritual | Marcos Gualberto

GC: Olá, pessoal! Estamos aqui para mais um videocast. Novamente, o Mestre Gualberto aqui conosco. Gratidão, Mestre, pela presença. Hoje eu vou ler um trecho do livro de Joel Goldsmith chamado "Deixe Suas Redes." Num trecho desse livro, Mestre, o Joel faz o seguinte comentário: "Isso é buscar o Reino de Deus e, depois, as coisas são acrescentadas, porque Ele se derrama". Nesse trecho o Joel comenta sobre essa questão da busca espiritual. O Mestre pode compartilhar a sua visão sobre esse assunto da busca espiritual?

MG: Gilson, essa questão da busca espiritual precisa ser compreendida. Enquanto houver esse movimento de busca, tudo que estaremos fazendo é mantendo a ideia de futuro para alcançar. No entanto, aqui a pergunta é: alcançar exatamente o quê? Observe que o buscador está na busca daquilo que ele tem como ideal para ser encontrado. Nós precisamos ver isso aqui: a primeira coisa é a própria ideia de futuro para encontrar; a segunda, é aquilo que a gente tem como projeto para encontrar. Veja, aqui estamos lidando com dois aspectos dentro da busca, que nós precisamos investigar se há qualquer verdade nisso. O buscador espiritual, na verdade, o que é que ele está buscando? O que quer que ele esteja buscando sempre estará dentro daquilo que o pensamento, nele, idealiza ser real. Então, o pensamento, em cada um de nós, idealiza, para cada um de nós, aquilo que é real; mas, veja: aquilo que é real para ele! Por isso eu disse "aquilo que o pensamento idealiza, nele, como sendo real".

Então, veja que situação atrapalhada é essa nossa. Essa busca espiritual baseada no pensamento. o que quer que o pensamento esteja buscando é algo que ele idealiza para ele, e o que ele idealiza para ele é parte do conteúdo dele, porque todo pensamento tem, por princípio, aquilo que ele conhece. Repare, observe isso em você: você não pode ter um pensamento de algo desconhecido; todo pensamento que você tem é algo do conhecido. Assim são as nossas buscas. Você só pode estar procurando aquilo que você conhece. No entanto, aquilo que você conhece, identificável pelo pensamento, é parte do pensamento, não pode ser a Verdade. Então, nós dificilmente atentamos para isso; tão básico, mas, ao mesmo tempo, algo muito chave. Toda essa busca é a busca dentro do conhecido, porque é a busca dentro daquilo que o pensamento idealiza como sendo real. Mas, se faz parte do pensamento, está dentro do conhecido.

Assim, aqui, a primeira coisa é descartarmos completamente essa ideia da possibilidade de termos um encontro fora do conhecido, uma vez que esse encontro, na mente, será sempre dentro do conhecido. Então, se a pessoa está nessa busca por Deus, ela não pode colocar Deus dentro do conhecido. Assim sendo, que espécie de busca é essa que fazemos nesse próprio movimento do pensamento que nós temos? É, naturalmente, um movimento de busca de uma autoprojeção. Nós precisamos, Gilson, é de uma Constatação da Realidade, e não da busca daquilo que o pensamento idealiza como sendo real. Então, esse é o primeiro aspecto. E o segundo grande aspecto, determinante de ilusão e fracasso na busca, é que toda busca pressupõe tempo. Qualquer coisa que você possa encontrar não será a Realidade, porque a Realidade não se encontra no tempo. Ela se constata exatamente quando o tempo termina, porque estamos lidando com algo que não está no futuro.

Temos que investigar a natureza daquilo que se passa conosco. Se realmente pretendemos ter uma Vida Divina, uma Vida Real; se pretendemos descobrir algo fora dessa forma de existência de modelo de vida centrada no "eu", centrada no ego, como têm sido em nossas vidas, nós temos que investigar essa questão de que qualquer elemento que você possa encontrar em sua busca, ainda faz parte do conhecido, e que qualquer coisa que você possa encontrar, só poderá encontrar dentro do tempo. Colocando de uma outra forma, Gilson: não é da busca que nós precisamos; é exatamente do fim da busca, do fim desse movimento de busca, do fim desse movimento de procura. Então, esses dois aspectos nós acabamos de colocar para você, mas agora nós temos, aqui, um terceiro aspecto bastante intrigante, bastante interessante, que é a verdade de que você não vai até Deus. Você não tem o endereço d'Ele, Ele não é algo dentro do conhecido, não é algo dentro do tempo. E esse terceiro aspecto - que é bem interessante e, ao mesmo tempo, maravilhoso - é o fato de que é Deus que se revela. Não é você que vai a Ele, é Ele que vem. No momento em que você está pronto, Ele vem.

É muito comum e conhecida a expressão, nesse próprio meio e ambiente de busca, só que a gente não consegue ver o que essa expressão diz. A expressão é a seguinte: "Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece". Apenas quando você está pronto para esse encontro, você não vai até Ele, Ele vem até você. Não é você que encontra Deus, é Deus que o encontra; você não vai até a Graça, é a Graça que se revela. Então, nós precisamos apenas assumir a verdade desse encontro. Nesse sentido, só existe uma coisa aqui para se fazer: é atender a esse chamado quando, pela Graça Divina, ele acontecer. Se ele, neste momento, está acontecendo a você, é por uma Ação da Graça que você está aqui neste encontro. Se esse momento está acontecendo para você, é por uma Ação Divina que você está recebendo um chamado para ir além do mundo, para ir além da mente, para ir além do corpo, para ir além do "eu".

Portanto, Gilson, o nosso grande encontro com a Verdade é a Verdade assumindo esse espaço d'Ela em nossa mente, em nosso coração; expressando, assim, a Verdade d'Ela mesma, assumindo esse lugar d'Ela própria, porque é esse o lugar d'Ela. Não existe alguém presente aqui, na vida, a não ser Ela, Ela é a Realidade, Deus é a única Realidade. Então, é essa Graça Divina que nos atrai até Ela. Não é de uma busca que nós precisamos, e sim de uma sensibilidade, vulnerabilidade e disposição para um trabalho direto para esse Despertar, em razão desse grande Chamado Divino. E isso é exatamente o que estamos propondo aqui para você: ter uma aproximação da Realidade do seu Ser, da Realidade de Deus, apenas se tornando disponível e aprendendo o que é aprender sobre si mesmo, o que é observar as reações, se tornar disponível para este trabalho.

Quando estamos prontos há, dentro de cada um de nós, algo queimando por isso, então um trabalho realmente acontece nessa direção. Descobrir o que é olhar, tomar ciência, ficar cônscio de si mesmo, neste instante. desses pensamentos, sentimentos, emoções, sensações, ações, gestos, a linguagem, a palavra. o que quer que esteja surgindo neste momento, apenas olhar, descobrir o que é se aproximar dessa compreensão de si mesmo, desse estudo de si mesmo. Nós temos no canal, aqui, diversos vídeos. Os nossos vídeos, neles, estamos mostrando para você como ter uma aproximação real do Autoconhecimento, da Ciência da Meditação e de todos esses elementos lincados a essa psicológica condição em que nós nos encontramos e de que estamos prisioneiros, em razão desse fundo de condicionamento que não foi investigado, precisa ser investigado e, naturalmente, descartado. Esse direto olhar, esse constatar aquilo que não é real, é o fim para aquilo que não é real, algo que ocorre naturalmente por essa ação dessa Presença, por essa ação dessa Graça Divina.

GC: Mestre, nós temos uma pergunta de um inscrito no canal, que faz o seguinte comentário e pergunta: "Eu tenho uma dor imensa e uma tristeza, e não consigo encontrar uma paz. Estou sempre reclamando. Não tenho contentamento, mesmo tudo estando bem. Isso é o passado?"

MG: Então, Gilson, essa colocação. isso, na realidade, é o retrato dessa psicológica condição onde está presente esse sentido de separação. O ser humano, Gilson, carrega a dor do sentido de separação entre ele e a vida, entre ele e a Graça, entre ele e Deus. Isso está presente em razão dessa egoidentidade, desse movimento, que é o movimento do "eu", que é o movimento do ego. O fim para essa psicológica condição requer a investigação da natureza do "eu", e, naturalmente, esse "eu", esse ego, esse sentido de identidade separada, que sustenta o conflito, o sofrimento, a desordem e todas essas condições presentes nesse modelo de psiquê em sofrimento, de mente humana em sofrimento, é algo que, naturalmente, é o resultado do pensamento, do sentimento, da emoção, da sensação e das experiências. E tudo isso, naturalmente, é o resultado do sentido do "eu" presente, e esse "eu" não é outra coisa a não ser um acúmulo de conhecimento, experiência, como foi colocado - o passado.

Esse sentido de alguém presente agora, aqui, que se vê como alguém presente, é o sentido, é o sentimento, é o pensamento, é a sensação de estar aqui e de que esteve ontem lá, e amanhã estará em outro lugar. Esse é o velho movimento do tempo psicológico, que nos situa como alguém presente, neste momento, que veio do passado. Veja, estamos diante de um jogo do pensamento. Essa ideia de alguém presente e o pensamento é, naturalmente, o passado. Essa ideia de ser alguém, esse sentimento de ser alguém, com todo o sofrimento que isso representa, não é outra coisa a não ser essa egoidentidade, algo que não tem qualquer realidade fora do pensamento, e o pensamento é, naturalmente, o passado. Podemos romper com essa psicológica condição de egoidentidade de alguém que vive no tempo, que veio do passado, está agora aqui presente, caminhando para o futuro?

O nosso trabalho aqui consiste em tomarmos ciência dessa condição psicológica de ilusória identidade, de egoidentidade. Uma vez ciente de que todo o movimento presente em você é o movimento do pensamento, que está presente constantemente em você - eu me refiro a esse elemento do pensamento que está constantemente te jogando para o futuro ou para o passado e, neste momento presente, criando estados de sentimentos, emoções e sensações, e justificando esses estados a partir do pensamento. Romper com isso é descobrir algo além do "eu", além do ego, que é a Natureza da Verdade, d'Aquilo que está presente aqui além da mente. Gilson, nós nascemos para realizar Isso, para assumir essa Verdade, a Verdade de que não existe alguém presente. É estranho, é paradoxal, mas é exatamente assim; não existe alguém presente, que nasceu, que está vivendo e que vai morrer. Nós estamos apenas aqui, neste momento, diante de um grande sonho divino. Acordar desse sonho, se desvencilhar dessa ideia de alguém presente, é a Liberação nesta vida, é a Ciência da Presença da Verdade, do Amor, da Liberdade; é a Ciência de Deus, qualquer nome que queiramos dar para Isso. Estamos falando de algo além do sonho, além do conhecido, além dessa psicológica condição em que nós nos encontramos. Alguns chegam a dizer que não é bem um sonho, é algo que se parece mais com um pesadelo. O fato é que estamos diante de algo que o pensamento está produzindo e podemos romper com isso. E é exatamente nisso que estamos trabalhando aqui com você: se dar conta dessa realidade, ir além dessa psicológica condição de egoidentidade - alguém que nasceu, está vivo e vai morrer. Aqui, temos a Vida acontecendo e a Realidade da Vida como Ela é. Presente nela, a única Realidade, que é a Realidade de Deus. Essa é a Realidade do seu Ser, essa é a Realidade de sua Natureza Real. Você nasceu para a Felicidade, você nasceu para o Amor, você nasceu para a Ciência do seu Ser, que é a Verdade de Deus.

GC: Mestre, nós temos uma outra pergunta de uma inscrita aqui no canal. A Almerinda faz o seguinte comentário e pergunta: "Mais um vídeo para virar chaves. Mestre, então esse é o estado que Jesus chama de Reino do Céu? Muito obrigada".

MG: Então, nós estamos diante da Realidade Divina; nós podemos dar diversos nomes para isso. Jesus chamou de "O Reino dos Céus", mas o nome não tem muita relevância e qualquer ideia que nós tenhamos sobre Isso é falsa, como qualquer palavra que empreguemos para designar Isso; ainda estaremos lidando com palavras, com conceitos, com ideias, com pensamentos. Assumir a Verdade d'Aquilo que é Você em seu Ser, realizar essa Verdade aqui e agora, ir além dessa ilusão desse sentido de separação, onde tem você e a vida, você e Deus. é disso que se trata! Agora, quanto ao nome, nós podemos chamar de qualquer nome. Agora, eu tenho dado sempre alguns alertas aqui, Gilson. Um deles é esse: é fundamental nós deixarmos as conclusões, deixarmos as crenças, as ideias, os conceitos, as palavras. Talvez, você diga: "Ah, agora eu compreendi!", "Ah, agora eu entendi!", "Ah, agora eu peguei!". Quem é esse "eu" que entendeu, que compreendeu, que pegou isso? A Realidade está fora do "eu", então não se trata de alguém que sabe, mas a Verdade se revelando como sendo Você em seu Estado Natural. Se isso está presente, os nomes não importam. As ideias, os conceitos, as conclusões, tudo isso é jogado fora, porque estamos diante dessa única Realidade.

Essa única Realidade está além da linguagem, além da fala, além dos nomes. Quando o pensamento cessa, as ideias também desaparecem, as palavras também, os conceitos também. Então, nesse momento, não existe mais alguém designando, nomeando, explicando, tirando conclusões ou pronto para acreditar ou desacreditar. É fundamental termos, da vida, uma aproximação além do pensamento, além da mente, além das ideias. Nessa aproximação, o sentido de alguém desaparece. A importância de um encontro nesse nível é que, quando isso está presente, a única Realidade presente é a própria Verdade, e essa Verdade é inominável, é indescritível. Uma aproximação real de nós mesmos, quando aprendemos a olhar, a observar, a ficar cônscios de nós mesmos; quando começamos a nos dar conta de nossas reações sem interferir com elas, apenas observando, tomando ciência, estamos no real processo desse desaprender sobre nós mesmos.

É isso que eu tenho chamado de "a verdade sobre esse aprender sobre o Autoconhecimento". Na razão em que esse sentido do "eu" se desfaz, algo novo assume esse espaço, e esse algo novo é de Real Inteligência, de Real Sabedoria, de Real Ciência da Verdade, mas não tem alguém aí. Quando a Sabedoria está presente, quando a Inteligência está presente, quando a Verdade está presente, a Realidade Divina assume todo o espaço, e esse é o seu Natural Estado de Ser. É a Verdade sobre Você, é a Verdade sobre Deus, é a Verdade sobre o outro, é a Verdade sobre a Vida. Em seu Natural Estado de Ser, há essa Liberdade, há essa indescritível Beleza, há essa "coisa" inominável. Esse é o seu Real encontro com a Vida, no qual a Vida é soberana, a Realidade é soberana, Deus é soberano. Não existe você, não existe esse "mim", não existe esse "eu".

GC: Gratidão, Mestre, gratidão; já fechou o nosso tempo. Gratidão por mais este videocast. E, para você que está acompanhando o vídeo até o final e tem o desejo real e sincero em compreender essas verdades, fica o convite para participar dos encontros que o Mestre Gualberto proporciona. São encontros on-line, que a gente pode fazer do conforto da nossa casa; são encontros de final de semana, sábado e domingo. Existem também os encontros presenciais e os retiros, que estão localizados na cidade de Gravatá, em Pernambuco. Nesses encontros, seja no formato on-line ou no formato presencial, o Mestre responde diretamente às nossas perguntas. Além disso, ele, por já viver nesse Estado Desperto de Consciência, compartilha essa energia de Presença nos encontros, e, nesse compartilhar, a gente acaba entrando de carona nessa energia do Mestre. Isso ajuda demais, facilita demais para a gente poder compreender a nós mesmos, para podermos ter uma visão além do que o nosso entendimento intelectual consegue alcançar. Então, fica o convite. No primeiro comentário, fixado, tem um link do WhatsApp para poder participar desses encontros. E Mestre, mais uma vez, gratidão pelo videocast.

Dezembro de 2024
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terça-feira, 11 de março de 2025

Como encontrar Deus? Busca pela espiritualidade. Mente condicionada. Que é o pensamento? Como pensar

Aqui, juntos, nós estamos investigando com você algumas coisas, e eu quero tocar nessa relação desse encontro com Deus. Como encontrar Deus? Qual é a verdade sobre esse encontro? Há realmente esta possibilidade? E como ela acontece? Como isso se torna possível?

Um outro assunto aqui é a relação disso com a verdade sobre o pensamento, a diferença entre aquilo que é como o pensamento acontece em nós, que é sobre o que pensar - que é assim que nós funcionamos nesse sentido do "eu", nesse sentido do ego -, para como pensar.

Então, nós vamos colocar aqui por parte. A primeira parte é: o que é esse encontrar Deus? A pergunta é: como encontrar Deus? Eu tenho insistido muito nisso aqui. A ideia de encontrar Deus é a ideia de que Ele está lá e que eu estou aqui. Veja, qual é a verdade desse "Ele", que é Deus, lá? Qual é a verdade desse "eu", que eu sou, aqui? Qual é a verdade sobre Deus? Qual é a verdade sobre mim?

Aqui o primeiro ponto é que nós estamos diante de duas formas de pensamento, que nos foram dadas pela cultura, daquilo que representa o que pensar. Veja, nós temos pensamentos em nós que nos são dados pela sociedade, pelo mundo, pelo contexto de vida em que nós nos encontramos psicologicamente, socialmente e culturalmente.

Nós temos um modelo de pensar que nos é dado pelo mundo; então o que pensar, nós sabemos. Esse "o que pensar" é aquilo que o mundo pensa, que a sociedade pensa, que a mente comum a todos, nessa consciência comum a todos, tem: é assim que nós pensamos. A nossa forma de lidarmos com a vida é a partir desse "o que pensar". Nós não sabemos a verdade de como, por nós mesmos, tomarmos ciência da vida como ela acontece, então nós não temos como pensar, porque nós temos aquilo que recebemos da sociedade.

Então, a nossa forma de pensar é a forma de uma mente condicionada. A nossa mente está programada, estruturada, educada para pensar da mesma forma como todos pensam; para sentir como todos sentem e, também, para se comportar, agir, fazer como todos, porque estamos dentro de uma mente condicionada. Vejam com calma isso aqui.

Assim, quando nós falamos em encontrar Deus, já estamos dentro de uma proposta que nos foi dada por esse modelo de pensamento comum, que é a ideia de que Deus está lá, em algum lugar distante, para ser encontrado, e que tem alguém aqui, que sou "eu", como elemento real, para encontrar Deus. Toda essa linguagem é a linguagem do pensamento condicionado, da mente condicionada. Então, nos deram o que pensar, não nos ensinaram como pensar.

Aqui, juntos, nós estamos investigando com você o que é uma real aproximação de Deus, e essa real aproximação de Deus não é um encontro com Deus, mas é uma constatação de uma Realidade presente inalcançável pelo pensamento, indescritível pela palavra, inatingível pela mente. Essa Realidade Divina é aquilo que está presente aqui e agora.

Quando nós nos despirmos por completo dessa ilusão, que é a ilusão de alguém aqui presente, para em algum momento ter um encontro com Deus, que está em algum lugar no futuro, no tempo, ao nos despirmos completamente disso, teremos, de imediato, a clara ciência de que uma Realidade está presente, e essa realidade não é a "pessoa", não é o "mim", não é o "eu".

Assim, nós precisamos nos aproximar aqui da verdade sobre essa questão, desse encontro pela busca da espiritualidade. Todos esses assuntos aqui: como pensar, a busca pela espiritualidade, como encontrar Deus, tudo isso requer um aprofundamento. Então, nós estamos investigando cada um desses temas, porque precisamos ter uma perfeita clareza a respeito de tudo isso para não incorrermos nesse equívoco, tão comum a todos, a respeito desses temas.

Então, essa assim chamada busca pela espiritualidade, afinal o que é isso, "busca pela espiritualidade"? Afinal, o que significa buscar a espiritualidade? A Realidade do seu Ser é a Realidade Divina; você não encontra essa Realidade pela procura, pela busca. Tudo aqui gira em torno de uma constatação dessa sua Vida Divina, dessa sua Vida Real, que é a Vida de Deus.

Então, a ideia é de Deus no tempo, para ser encontrado. Se, por exemplo, eu lhe dou um endereço e você nunca foi naquele lugar, você tem um endereço para encontrar o lugar. Assim, para encontrar um determinado lugar, você precisa de um endereço, porque você nunca foi lá. Então nós temos aqui algumas coisas: nós temos a distância de onde você se encontra até aquele lugar, temos também a presença do tempo, o tempo de sair daqui até aquele lugar, e temos uma terceira coisa, que é o fato de que você desconhece por completo aquele lugar.

Aqui, quando tratamos de Deus, estamos falando de outra coisa. Deus não é uma realidade no tempo. Então, não se trata daquilo que não está aqui e está no tempo, nesse assim chamado futuro, para ser encontrado; não se trata de algo que requer uma distância entre esse que está aqui e aquele que está lá, isso não é real para essa Realidade Divina. E um outro ponto é que não estamos falando de algo que é estranho a você; é desconhecido, mas não é estranho para você.

Repare nesse instante, nesse momento, quando você se depara com uma fala como essa, há esse instante de encontro; e é necessário que você esteja em um momento real para esse encontro. E aqui, agora, ficou claro: é um encontro de constatação, não é um encontro no tempo, não é um encontro saindo do ponto A para o ponto B. Não é um ponto de distância, não é um encontro de um ponto de distância.

Aqui se trata de um encontro de constatação. Quando você está pronto, uma fala como essa lhe soa muito clara, embora em um nível fora do intelecto, uma vez que esse intelecto em nós é um movimento também de pensamento condicionado. Veja, é aqui que temos toda a dificuldade. Não é que você não identifique isso. Você identifica, porque isso é algo inerente à natureza do seu Ser. Há algo em você que lhe mostra claramente que você está diante de algo real, mas é algo que o pensamento em você não alcança, isso porque está fora do pensamento, isso porque está fora do condicionamento.

Assim, qual é a verdade desse encontrar Deus? A verdade sobre isso está nesse olhar, nesse se aproximar, nesse se dar conta, pelo Autoconhecimento, dessa Realidade presente, nesse instante. Essa nossa visão da aproximação da Realidade Divina é algo que se revela quando a ilusão termina, quando esse sentido de alguém presente, que é o "eu", não está; e tudo que nós precisamos, nesta vida, para a ciência disso é o fim dessa mente condicionada.

E o que é essa mente condicionada? É a forma sobre como pensamos. Essa forma como pensamos é sobre o que pensar. Nós sempre temos sobre o que pensar, nós sempre temos o que a sociedade nos deu para pensar. Você foi educado ouvindo, dentro da cultura, já nos primeiros dias com os seus pais eles dizendo para você o que era certo, o que era errado, o que se devia fazer, não se devia fazer, "não pode isso", "não pode aquilo", "isso está certo", "isso está errado", "não fale assim".

Nós ouvimos nossos pais usando uma linguagem, e nós aprendemos. Algumas crianças aprendem a falar palavrões, porque os pais falam, embora, de forma contraditória, estão dizendo para os filhos: "Não fale palavrão". A criança aprende pelo exemplo, se o pai fala palavrão e diz "não fale palavrão", a criança vai falar palavrão; talvez não fale na frente deles, dos seus pais, mas vai falar quando estiver longe deles, porque o exemplo é mais poderoso do que a afirmação de palavras, colocações verbais, ensinos teóricos. O exemplo é o grande professor, no caso, para a criança.

Nós temos uma mente condicionada, estamos condicionados pela cultura, pela tradição, pela filosofia, pela psicologia, pelos valores sociais, pelo comportamento dos pais; estamos condicionados para falar, para sentir, para agir, para se comportar, crescemos assim. A nossa mente está condicionada, a nossa vida está, psicologicamente, condicionada para esse modelo. Então nós sempre temos e recebemos da sociedade, cada dia mais, do que pensar, de como pensar, nesse "o que pensar" que eles nos dão.

Nós não sabemos a verdade sobre o que é o real pensar, o verdadeiro pensar, como pensar livre desse contexto da cultura, desse contexto do condicionamento mental, da programação psicológica, filosófica, espiritualista, religiosa, de tradição e de família. Aqui, juntos, estamos tendo uma aproximação da investigação da Verdade dessa Revelação sobre quem nós somos, para o fim desse condicionamento mental, para o surgimento de uma mente nova, de uma mente livre, fora desse formato, desse modelo, fora desse padrão, e para isso nós precisamos aprender a investigar nossas reações, ficar ciente do que é o pensamento em nós.

Então a pergunta é: o que é o pensamento? Esse é mais um assunto que trabalhamos aqui. Aprofundar essa questão sobre o que é o pensamento, como o pensamento se processa, como você reage diante de um insulto, de uma ofensa, de uma rejeição; como você reage diante de um elogio, de uma lisonja, de uma parabenização; como você se sente quando você é aceito, amado; como você se sente quando é rejeitado, excluído. Quais são suas reações? Então, o que é o pensamento nesse instante? Como você processa tudo isso?

Aprender a olhar para as suas reações, aprender como o pensamento funciona dentro de você, formando quadros, imagens, lhe dando uma visão do outro dentro de conceitos, preconceitos, imagens e quadros que você faz dele ou dela, que você também faz de si mesmo. Ficar ciente de suas reações, aprender a observar a mente, aprender a observar o pensamento, se dar conta disso. É quando podemos rejeitar de nossas vidas, apenas pelo olhar direto, toda essa mediocridade, toda esta base de vida orientada pelo pensamento condicionado, produzindo confusão, produzindo sofrimento, produzindo desordem em nossas vidas.

Então, como ter esse encontro com a Realidade Divina? Tendo essa constatação dessa Realidade presente nesse instante, quando nós nos livramos desse "eu"; e se livrar desse "eu" é se livrar desse modelo de ilusória identidade presente, nesse formato de mente condicionada. Porque esse "eu" não é outra coisa a não ser esse condicionamento. Você está sempre repetindo os mesmos padrões de condicionamentos humanos, de condicionamentos mentais, esse é o "eu"; e se isso está presente, você está dentro de uma prisão.

A Realidade Divina, a Realidade de Deus, é a Verdade sobre Você; quando Ela se revela, há uma nova forma de sentir, de pensar e de agir na vida, porque neste momento está presente o que é esse pensar real, esse sentir real, esse viver real, porque estamos diante da Realidade, que é a Realidade de Deus. Isso é o fim de toda busca, de toda procura; isso é o fim de todo esse movimento para fora, para uma real ciência da Realidade da vida acontecendo nesse instante, onde está presente a Beleza, a Liberdade, o Amor, a Felicidade.

Você nasceu para, nesta vida, tomar ciência d'Aquilo que está presente que está além de nascimento e morte. Você nasceu para tomar ciência de que a Realidade que é Você e seu Ser é Algo que está fora do conhecido e, portanto, Algo fora dessa mente e desse mundo que o pensamento vê, que esse modelo de pensamento condicionado tem. É isso que estamos trabalhando com você em encontros online nos finais de semana - sábado e domingo, dois dias juntos. Além disso, temos encontros presenciais e, também, retiros.

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quinta-feira, 6 de março de 2025

Mente condicionada. Aprender Autoconhecimento. Observador e coisa observada. Como sair do sofrimento

Existe aqui uma pergunta que nós vamos ser bem diretos com você, já colocando a resposta. A pessoa pergunta, mas como sair do sofrimento? Veja, é muito comum a presença do sofrimento. O sofrimento em diversas formas, em diversas expressões.

Isso é algo que está presente na vida do ser humano como parte da confusão em que ele se encontra. A ansiedade é algo presente, a angústia, a depressão, o medo, todos esses assuntos nós temos investigado aqui com você. E o sofrimento é parte de tudo isso, é parte de todos esses problemas que nós temos, dessa ordem.

Então, o sofrimento psíquico é algo que está presente no ser humano. Mas nós temos diversas formas de sofrimento também presentes. Nós temos esse sofrimento psicológico, mas nós temos também o sofrimento físico.

Então, nós conhecemos os diversos sofrimentos presentes na vida do ser humano. E aqui a pergunta é: como sair do sofrimento? Aqui, colocando de uma forma direta, você não pode sair do sofrimento. O sentido de pessoa presente, que é como nós nos vemos nesse contexto do existir, nesse contexto da vida, é basicamente sofrimento.

Enquanto nós estivermos vivendo nessa formulação de identidade do "eu", estivermos dentro desse formato de existência em separação, em dualidade, e aqui a dualidade ou separação é a ideia eu e ele, nós e eles, haverá sofrimento porque nós nos deparamos aqui com uma ilusão. E, enquanto houver ilusão, em razão da presença da ignorância, haverá sofrimento. E por que está presente essa ignorância? Naturalmente, essa ilusão.

E o sofrimento está dentro desse contexto. Por que isso ocorre? Por que isso acontece? Porque nos falta uma compreensão da verdade, da verdade da vida, sem o "eu", sem a pessoa. É nesse contexto de vida como pessoa, ou de pessoa na vida, que está presente o sofrimento, porque está presente esta separação: a pessoa e a vida, esse "eu" e o "não eu".

Essa ignorância é algo presente quando nos falta uma visão da verdade sobre a vida, sobre o que a vida é. No entanto, a compreensão da vida, sobre o que ela é, requer a compreensão de como nós somos nesse contexto da vida, como ela é ou como ela se apresenta sendo para cada um de nós. Assim, sem antes termos uma compreensão sobre isso, não temos ou não teremos jamais o fim do sofrimento.

Sofrimento não é outra coisa a não ser aquilo que o pensamento avalia, interpreta, traduz. Vive fazendo escolhas sobre o que é, colocando em posições sobre como deveria ser ou deveria acontecer. Tudo isso está dentro desse contexto do padrão do pensamento funcionando em nós, neste cérebro que está condicionado, dentro desta mente condicionada.

Então, algo que nós precisamos aqui explorar com você é essa questão dessa mente condicionada, que é parte desta ignorância presente, que sustenta essa ilusão. Então, nós ignoramos a verdade sobre quem nós somos.

Nos falta esse aprender sobre o Autoconhecimento, sobre a verdade sobre nós, sobre a verdade sobre quem nós somos. Todas as nossas ações que têm por princípio, que têm por base esse padrão de pensamento condicionado, nesta mente condicionada, naquilo que nós temos aqui trabalhado com você e lhe mostrado que é parte desta consciência que nós conhecemos, essa consciência que nós conhecemos é a consciência condicionada.

Enquanto nossas ações estiverem brotando desse padrão de pensamento e, portanto, dessa ignorância, desse formato de ser que nós conhecemos, haverá sofrimento, porque a presença desse sofrimento está presente em razão da presença da ignorância, desta confusão em que nós nos encontramos internamente, psicologicamente. E tudo isso é o resultado de um fundo que trazemos.

Esse é o nosso condicionamento. Esse é o nosso condicionamento do pensamento, é o nosso condicionamento mental, é o condicionamento da mente, é o condicionamento da consciência, é esse fundo. O seu modo de responder à vida nesse momento e o seu modo de interagir com a experiência desse instante, tendo por princípio esse fundo que vem do passado é a manutenção dessa continuidade do ego. Então, é simplesmente impossível, repare, o fim para o sofrimento. O ser humano continuará sofrendo até o final dos seus dias.

De uma forma ou de outra o sofrimento estará presente em razão da presença dessa ignorância, desse fundo de condicionamento, que é o condicionamento do "eu". Assim, a mente está condicionada, o cérebro também.

Todo conhecimento que você tem da vida, a partir desse passado que você carrega, que é toda a história da humanidade, nós não estamos aqui, nesse momento, dentro desse contexto, lidando com a vida como ela acontece. Estamos interpretando, avaliando, comparando, julgando, trazendo do passado um contato com a vida, nesse momento. Então, temos a vida nesse instante, a verdade da vida como ela se mostra sendo, como ela é.

E nós trazemos do passado essa ideia de vida como ela deveria ser, como ela poderia ser, como ela seria. Assim, o passado, essa herança psicológica de cultura humana, de interpretação, de reinterpretação, de avaliação do momento presente, nos situa na vida como alguém presente dentro dela, separado dela. Esse é o "eu", esse é o ego, essa é a ignorância.

É aqui que está a ilusão. É aqui que está o sofrimento. Acompanhe com calma isso.

Uma aproximação real da vida é a aproximação sem o "eu" e, portanto, sem o passado. Repare, uma pergunta para você. Quando você se depara com alguém você está diante exatamente de quem? Eu faço a pergunta e já trago a resposta.

Você está apenas diante de alguém que você conhece, que você reconhece. Então, esse alguém que você conhece, que você reconhece, na realidade, não está lá, está dentro de você, porque toda referência que você tem dele ou dela se assenta no conhecimento que você traz e na experiência que você tem.

Repare a importância dessa colocação. Quando você se depara com alguém, esse alguém não é outro a não ser a pessoa que você forma dele ou dela, o quadro, a figura, a imagem, a fotografia que você tem dele ou dela.

Assim, nesse encontro com alguém, há sempre esse elemento que é o observador em você, que observa no passado. Então, quando você se encontra com o marido, você está tendo um encontro, na realidade, com uma imagem, uma foto, um conceito, uma ideia sobre ele ou sobre ela, se é a esposa. Esse encontro é, na realidade, uma projeção desse observador.

Esse observador em você é a própria imagem que ele está projetando, com a qual ele está lidando. Assim, reparem como isso é importante aqui, nós acreditamos que nós conhecemos as pessoas, nós conhecemos a imagem que temos, porque essa é a experiência que temos com essas imagens, nesse contato com ele ou ela.

Assim, nossas relações, por exemplo, nossas relações com pessoas, são relações que se assentam, que têm por princípio ou base esse elemento que é o observador. E esse observador é o "eu", é esse mim, é a pessoa que eu sou. Mas essa pessoa que eu sou é um pensamento que eu tenho sobre quem eu sou. É nesse pensamento que tenho sobre quem eu sou, e esse é o observador, que está presente a imagem que eu tenho sobre quem ele é. Assim, as nossas relações são todas relações falseadas, falsificadas porque são relações entre imagens.

A imagem que eu tenho dele, a imagem que ele tem de mim. Assim, quando nós nos encontramos, está estabelecido nesses encontros negociações entre imagens, negociações entre observadores. Aqui a pergunta para você é a seguinte: e onde está a realidade? Uma vez que esses encontros são encontros entre pensamentos, entre imagens, entre projeções desse observador. É muito simples.

Não existe verdade nesses encontros. Essas verdades desses encontros são encontros de sonhos. Assim são as nossas relações com a vida, com as situações, com as circunstâncias, está sempre presente esse elemento que vem do passado, que é o observador. E esse observador, notem, ele não está separado daquilo que ele está observando. Aquilo que ele está observando é ele. Aqui nós temos uma playlist a respeito desse assunto.

Quanto maior a sua aproximação dessas falas, mais vai ficando claro para você aquilo que estamos colocando aqui. Não existe separação entre o observador e essa coisa que ele observa. O observador é a coisa observada.

Estamos juntos? Assim, reparem, nós temos uma ilusão aqui presente. Como já foi colocado, essa é a base da ignorância. A ilusão é esse sentido de separação.

Não existe qualquer separação entre esse observador e a coisa observada. Nós estamos dentro de um mesmo fenômeno. A ideia de alguém presente separado da vida, do outro, ou do que está à sua volta, é isso que sustenta essa resistência à vida como ela acontece.

Então, nós estamos dentro de uma vida criada, sustentada, produzida pelo pensamento. Essa é a condição da ilusão do sentido do "eu", nesta particular vida, que é a vida egoica, que é a vida egocêntrica. Portanto, não existe como pôr fim a esse sofrimento.

Assim quando as pessoas dizem: como sair do sofrimento? Elas não compreendem que não há separação entre o sofrimento e aquilo que elas são. A ideia, a crença é que o sofrimento está separado de mim, mas, na verdade, esse mim é o sofrimento. Assim como o outro sou eu.

Eu nunca estou em contato real com ele ou ela, assim como não entro em contato real com o sofrimento. Então, a ignorância é aquilo que está presente nessa ideia desse mim, desse "eu". Essa é a condição da mente condicionada, desta consciência condicionada, desse modelo de identidade do "eu". Se aproximar de si mesmo é aprender sobre o Autoconhecimento. E esse aprender requer que, nesse momento, você descubra o que é olhar sem esse observador.

Então, o que é olhar para esse momento sem o observador? Quando você olha para alguém sem a presença desta aproximação, desse aprender sobre si mesmo, você está apenas mantendo a continuidade desse quadro de dualidade, de separação, onde está presente esse observador e a coisa observada. Mas, quando você começa a se aproximar da verdade sobre si mesmo e percebe que tudo o que você tem presente nesse observador é a própria coisa observada. Nesse momento, apenas o olhar elimina esse observador. Então, repare, há uma forma de nos aproximarmos do momento presente, seja das situações, circunstâncias, da vida ou do outro, sem esse elemento que é o observador.

E, portanto, sem o passado. Podemos nos aproximar daquilo que surge nesse instante, externamente ou internamente, sem esse observador? É isso que estamos dizendo aqui para você. Que sim, isso é possível.

Desde que aprendamos a ter uma aproximação da vida sem o passado. O ponto é que nós estamos constantemente valorizando o passado. A vida está aqui e agora, nesse momento, se mostrando de uma forma nova.

Quando, por exemplo, o outro está diante de mim, mas aí entra esse mim com sua projeção. Esse mim é esse observador, se separando daquilo que ele está observando. Nesta separação está presente a dualidade. Nesta separação está presente a ilusão da separação.

Isso firma e estabelece a confusão, a desordem e o sofrimento. Será possível ter um encontro com ele ou ela sem o passado dele ou dela? É o que estamos colocando. Sem o passado dele ou dela, você não tem qualquer imagem sobre ele ou sobre ela. E esse encontro sem a imagem dele ou dela é um encontro sem o observador.

Então, nesse momento, você está se dando conta de suas reações, percebendo todo esse jogo que o pensamento cria dentro de você, nesse contato com o momento presente, nesse contato com ele ou ela, ou com as situações à sua volta, ou com coisas que acontecem dentro de você. Sim, isso mesmo. É possível observar as reações dos pensamentos, dos sentimentos, das emoções, das sensações, sem colocar este observador, que se separa daquilo que ele está observando. Quando, por exemplo, um pensamento está presente, criando um estado de tristeza, de aborrecimento, raiva, rancor, decepção, frustração, quando um pensamento está presente trazendo com ele um estado, é possível apenas se dar conta do pensamento, disso que ele representa, sem se envolver com ele? Quando você não se envolve com o pensamento, há só o pensamento, porque há só o observar, não existe esse observador, não existe esse pensador, não existe essa pessoa envolvida nesse não gostar desse pensamento ou nesse gostar desse pensamento. É assim que nos aproximamos da verdade da meditação. Quando temos, por princípio, esse olhar para as nossas reações sem se envolver com elas, como olhar para o outro sem psicologicamente criarmos essa imagem dele ou dela, nós temos uma aproximação da verdade sobre esse aprender sobre nós mesmos.

Porque eliminamos, nesse momento passado. Há uma eliminação do passado porque está presente apenas esse olhar. É como, por exemplo, quando você escuta uma música.

Experimente apenas escutar a música. Em geral, reparem o que temos feito: quando uma música está tocando, a princípio, esse observador que é o "eu", esse mim, esse ego, ao escutar a música, ele não escuta a música, ele se envolve no ouvir a música.

Quando, nesse momento, emocionalmente, sentimentalmente, romanticamente ou ideologicamente, ele se envolve com a melodia, com a letra, com toda aquela harmonia musical. E, nesse momento, ele coloca essa identidade envolvida nesse prazer.

Pode nos parecer algo muito inocente estar envolvido emocionalmente com a música, mas isso que está presente nesse envolvimento emocional lhe coloca dentro de uma condição de identificação com a música, o que representa esta separação entre o observador e a coisa observada porque entra esse gostar. Então é possível apenas descobrir o que é escutar, sem escutar a melodia, a harmonia, escutar a letra, mas sem colocar uma identidade presente nisso?

Repare, o nosso modelo de existência no "eu", no ego, nesse observador, é de constantemente dar continuidade a esse sentido de uma identidade presente naquela experiência, que aqui, no caso, é a experiência de ouvir uma música. Mas, repare, nós estamos fazendo isso o tempo todo. Nesse contato com a vida, nesse contato com ele ou ela, ou com toda a experiência externa e interna, assim, esse sentido do "eu", do ego, ele sempre mantém a sua continuidade, quando ele se confunde com a experiência.

É possível trazer para esse momento um estado de atenção onde haja apenas esse escutar, esse observar, esse perceber, esse observar sem o observador, esse escutar sem esse ouvinte, esse perceber sem o percebedor. Então, nesse momento, ficamos livres do passado. E, quando isso ocorre, há uma grande beleza, escute isso, há uma grande beleza nesta liberdade.

Só então há esta real liberdade de se escutar a música, mas sem psicologicamente, emocionalmente, trazer algum nível de prisão emocional ou sentimental. Porque estamos diante da beleza, da beleza de escutar, da beleza de se escutar a música com tudo que ela representa, sem o sentido do "eu", sem o sentido do ego. Então, esse escutar é meditação, assim como esse olhar para a esposa ou para o marido, sem o passado. Então, nesse momento, há um encontro real com ele ou ela e, portanto, nesse encontro não existe essa dualidade, não existe essa separação, temos o encontro com a beleza. Assim, esse encontro com a beleza do escutar a música, ou do escutar o outro, ou desse olhar o outro, é que nesse momento o sentido de separação se dissolve. Esse outro está dentro de você. Essa música é aquilo que você é.

Esse é o encontro com a beleza, esse é o encontro com a verdade, esse é o encontro com a liberdade de ser, onde não existe mais esta dualidade, onde não existe mais essa separação. Isso é o fim para esta psicológica condição, que é a condição do "eu".

Então, o que é esta aproximação desse aprender sobre nós mesmos? É ter uma aproximação desse momento sem o passado. Então, qual é a verdade do fim para essa mente condicionada? É a aproximação da vida sem o passado. É a aproximação do pensamento, do sentimento, da emoção ou da sensação, sem esse elemento que vem do passado, que é o "eu".

Então, fica aqui um convite para você. Nós temos encontros nos finais de semana, sábado e domingo.

São encontros online. Você encontra aqui na descrição do vídeo o nosso link do WhatsApp para participar desses encontros. Além disso, temos encontros presenciais e também retiros.

Se isso é algo que faz sentido para você, aproveita e já deixa aqui o seu like, se inscreve no canal. Ok? Coloca aqui no comentário: sim isso faz sentido. Ok? E a gente se vê. Valeu pelo encontro e até a próxima.

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