terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Mindfulness: essa Atenção Plena. Desenvolvimento pessoal. Dualidade interna. Kundalini. Atma Vichara

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos.

Vamos tratar com você sobre como surgiu esse princípio de dualidade interna.

Deixa eu lhe colocar aqui algo sobre isso, colocar para você algo sobre o surgimento desse princípio, do “eu” e do outro, “eu” e o mundo, “eu” e a vida, “eu” e Deus. Esse “eu” tem como base de realidade o movimento da inconsciência. Na inconsciência, temos a base, a base dessa Realidade do “eu”.

Então, esse “eu” surge e se sustenta, ao longo de nossas vidas, com base nessa inconsciência; é praticamente assim. O “eu” não é nada além de uma imagem, a imagem que você tem de si mesma, de si mesmo. Essa imagem é o “eu”.

Quando você se refere a si mesma como “eu”, “mim mesma” ou “eu mesmo”, você está se referindo a essa imagem. Essa imagem surge dentro dessa inconsciência. Isso tem sido assim desde a infância. Você vem sustentando essa imagem com base nessa inconsciência. Quando você, por exemplo, agora, é insultado, essa imagem fica ofendida, ela fica magoada, ela fica triste ou fica com raiva. Isso acontece em razão dessa desatenção.

Uma vez que haja essa crença, uma vez que essa ilusão esteja presente, essa ilusão da dualidade interna, desse sentido de separação entre você e o outro, entre você e a vida, quando esse “mim”, que é uma imagem, ela é ofendida, ela é ferida, em razão dessa inconsciência, isso representa uma dor, representa algo como raiva, sofrimento...Assim, esse “eu” tem várias representações dessa vida em autodefesa, em autoproteção. Isso é, basicamente, uma condição da inconsciência. Aquilo que sustenta o sofrimento humano é a inconsciência, porque isso sustenta a ilusão dessa imagem, da imagem que você tem sobre quem você é. Com base nessa imagem, o que você também tem do outro é uma ideia, é um conceito, é uma crença, é também uma imagem.

Então, se alguém lhe ofende, lhe magoa, lhe entristece, se torna seu inimigo, seu opositor, alguém contrário a você, a esse “mim”, a esse “eu”, e se alguém lhe elogia, você fica amigo, isso lhe dá um preenchimento para essa imagem, uma apreciação para essa imagem. Assim, quer você seja elogiado ou insultado, há sempre essa manutenção, nessa inconsciência, dessa falsa identidade presente. Isso estabelece essa condição de sofrimento.

As pessoas vivem em quadros de angústia, de sofrimento, nas diversas formas de medo, como ansiedade ou depressão, em razão desse cultivo dessa imagem, dessa autoimagem. Então, há uma mudança dentro dessa condição física, cerebral e psicológica, e essa representação desse “eu” é um “eu” em dor, é um “eu” sofrido, é uma imagem, uma autoimagem, dentro dessa condição; isso é sofrimento. Tudo isso tem como base a inconsciência. A medida para ir além disso é a Realização da Verdade, da Realidade do seu Ser, da Realidade Divina, de sua Natureza Essencial.

Enquanto esse sentido de dualidade permanecer psicologicamente dentro, haverá uma tentativa de escapar disso, porque essa imagem, esse “eu”, irá se defender, irá tentar se proteger, se resguardar. E há um cultivo inconsciente de pensamento girando em torno dessa falsa identidade, desse ego, desse “mim”, desse “eu”, dessa autoimagem.

Apenas a atenção sobre si, a atenção sobre esse movimento de pura inconsciência, de pura identificação com pensamentos, pode romper com essa condição.

É aqui que nos deparamos com a importância do Autoconhecimento. E esse contato com a Meditação – eu me refiro à Real Meditação… A Real Meditação é esse contato com o movimento do pensamento aqui e agora. Não se trata da prática da meditação, mas da Meditação Prática, agora, aqui. Aqui em nosso canal, eu tenho falado da diferença entre a prática da meditação, usualmente conhecida, e a Meditação Prática. E aqui eu me refiro à Meditação Prática. Isso eu chamo de Real Meditação – esse contato com a Verdade do seu Ser aqui e agora. Então, se uma pessoa lhe diz palavras que lhe tocam, lhe ofendendo, lhe magoando, lhe chateando, lhe aborrecendo, a pergunta é: a quem isso aborrece? A quem isso chateia? A quem isso magoa? Nesta pergunta… isso não é uma pergunta verbal, isso é uma atenção sobre esse movimento agora, aqui.

Quando isso chega, quando essa fala vinda do outro chega, quando esse tratamento vindo de fora chega, eu coloco atenção aqui e agora sobre esse movimento da mente. Por isso é importante que você compreenda que não existe uma identidade presente nessa experiência. Enquanto você continuar acreditando que você existe como uma identidade separada, que existe essa dualidade interna, você e o outro, psicologicamente falando, enquanto houver essa crença, o ego sempre tentará se proteger, se defender, e, naturalmente, será atingido, será tocado por aquilo. É essa atenção… é nessa atenção que essa inconsciência desaparece.

Então, da próxima vez que você encontrar aquela pessoa, você a encontra sem a imagem de alguém que é um ofensor, um inimigo. O ego aprecia o prazer e rejeita a dor, mas uma coisa que você não percebe é que quando você é elogiado, está implícita nesse prazer do elogio uma dor. Isso ainda é cultivo de sofrimento, isso ainda é cultivo dessa autoimagem. Então, é preciso abrir mão desse prazer, desse desejo de ser amado, reconhecido, elogiado; é preciso abrir mão do medo de ser criticado, de não ser aceito, de ser rejeitado. Isso é algo que se torna possível quando há essa Atenção. É necessário ter essa Atenção Plena. Isso é chamado de Mindfulness – essa Atenção Plena – no Zen. Essa Atenção Plena não é outra coisa a não ser esse Estado de Consciência sobre Si, aqui e agora, nesta autoinquirição.

As pessoas falam da importância do desenvolvimento pessoal. Não é de desenvolvimento pessoal que você precisa, é de Consciência de que o sentido de “pessoa” é uma ilusão, e quando isso é desfeito, algo inteiramente novo e desconhecido surge. Não é uma pessoa que se desenvolveu, que cresceu, que evoluiu, que adquiriu novas qualidades, mas é o sentido desta Consciência, desta Presença Divina assentada aí.

Isso estabelece esta nova condição, livre do ego, desse “mim”, nessa dualidade interna, livre dessa imagem, dessa autoimagem. Então, uma vez livre, em razão desse Estado de Presença, nenhuma imagem mais se estabelece dentro de você, nenhuma autoimagem se estabelece, então sua relação com o mundo é algo completamente diferente. Uma vez livre dessa autoimagem, nesta Presença, nesta Consciência, em razão do Despertar desse Poder Divino, que alguns chamam de Kundalini, que é o Poder desta Presença que faz uma mudança nesse mecanismo, nesse organismo, para o Despertar Espiritual, Iluminação Espiritual – esses são os termos usados. Uma vez Isso presente, você não cria mais imagem do outro nem do mundo à sua volta.

As relações entre as pessoas são sempre relações conflituosas, porque são relações baseadas nessa imagem, na imagem que você tem dele e que ela tem de você. Em qualquer nível de relação, seja relação profissional, relação conjugal, relação física, entre amigos ou relação íntima, como acontece no casamento, todas essas relações são baseadas nessa autoimagem, e, portanto, num conflito eterno, num conflito permanente.

O nosso trabalho aqui é lhe mostrar que a Verdade sobre quem Você é, ultrapassa essa condição de autoimagem, essa condição de egoidentidade, portanto essa condição de identidade separada. Então, as pessoas têm perguntas diversas sobre esse Natural Estado: “Afinal, o que é a Iluminação?”, “O que é Despertar Espiritual?”, “O que é o Despertar da Kundalini?”, “O que é o Autoconhecimento?”, “O que é o fim do sofrimento?”. Para essas perguntas, a resposta é apenas uma resposta… a resposta é: “Quem sou eu?”. A resposta se encontra em mais uma pergunta.

Essa pergunta revela essa Atenção Plena. Essa Atenção Plena é o seu Natural Estado de Meditação, ou Real Meditação Prática. Isso é o Autoconhecimento se mostrando, Isso é a Iluminação Espiritual se mostrando, o Despertar Espiritual se mostrando, Isso é o fim para o sofrimento se mostrando, tudo nesse caminho direto indicado por Ramana Maharshi, a Atma Vichara, “quem sou eu?”.

Você que já vem me acompanhando aqui no canal, é muito importante estar aberto para esse trabalho. Nós aqui temos desmistificado expressões diversas, usadas dentro da espiritualidade moderna… diversas expressões.

Nós temos trabalhado isso aqui no canal colocando para você o quanto é simples tudo isso e o quanto a mente egoica, em sua inconsciência, em seus projetos, tem tornado isso tão complexo. Expressões como o Estado Natural e todas essas expressões que colocamos agora há pouco – Iluminação, Despertar, Kundalini –, o Estado de Flow, que é o Estado de Fluxo, de Fluir com a Vida aqui e agora, como Ela é, como Ela se mostra, como Ela se apresenta. Assim, é muito bom ter você por aqui, trabalhando isso, olhando para dentro de si mesma, para dentro de si mesmo. E é legal também deixar um convite aqui para você. Nós temos encontros também online e encontros presenciais. Veja a oportunidade de um dia estar conosco presencialmente, alguns têm feito isso. Temos retiros… Às vezes fazemos retiros, nós temos períodos do ano em que nós fazemos retiros de sete dias ou até mais.

A Verdade Daquilo que Você é, é a coisa mais importante, é a coisa de maior valor, porque a Verdade que Você é, é a Verdade de Deus. Você nasceu apenas para Realizar Isso, Realizar Aquilo que Você é.

Então, o fim dessa autoimagem, o fim desse “mim”, desse “eu”, desse ego, é olhar e ver, sem a mente egoica, a Vida se desdobrando como Ela é, aqui e agora, nesse Estado de Pura Consciência, de Pura Presença. Eckhart Tolle chama isso de Agora. A única Realidade é esta aqui. Eu tenho chamado de Ser, Consciência, ele chama de Agora, o Poder do Agora. OK? Se isso é algo que faz sentido para você, está aí aberta a oportunidade, se inscreve no canal, deixa seu “like” e podemos trabalhar isso juntos. OK? Valeu pelo encontro, até a próxima.

Agosto de 2022
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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Os três estados de consciência e Turiya | Pensamentos compulsivos | Despertar da Kundalini

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um encontro aqui em nosso canal!

Vamos falar com você sobre o fim para a infelicidade. E, aqui, aquilo que é o início de tudo tem sido desprezado. O início para essa Compreensão sobre quem Você é, e, portanto, para a Realização da Felicidade, o que representa o fim da infelicidade, reside no Autoconhecimento.

Então, existem algumas coisas aqui que eu quero tratar com você dentro desse encontro, uma dessas coisas é a questão do Autoconhecimento. Por que o Autoconhecimento é importante? Porque o Autoconhecimento lhe dá a condição para uma Compreensão da Verdade de todo esse processo dentro de você, que é o processo do pensamento. É o pensamento, em seu estado caótico, desordenado, conflituoso, dentro de uma batalha com ele mesmo, dentro de um estado de contradição, que está criando e sustentando essa condição de infelicidade.

Os estados internos de problemas de ordem psicológica, todos eles, denotam essa presença: a presença da infelicidade. Nós temos, por exemplo, o quadro ou os diversos quadros de depressão, de ansiedade, de tédio, de solidão, e todos esses – e outros diversos quadros também dessa ordem – são quadros de infelicidade, isso em razão de uma desordem psicológica. Então, enquanto houver essa desordem psicológica, enquanto o conflito interno se mantiver, o sofrimento estará presente, e esse sofrimento tem essa forma: a forma da infelicidade de se mostrar.

Aqui, eu quero tratar com você, em alguns minutos, como se torna possível ir além dessa condição de sofrimento psicológico ou desse estado caótico-psicológico de vida, ou seja, como ir além da infelicidade na vida. E a forma direta para isso está no Despertar de sua Natureza Divina, de sua Natureza Essencial, de sua Identidade Verdadeira, de sua Identidade Real. Então, essa Consciência, ao Despertar, coloca um fim para essa condição caótica, e eu tenho chamado Isso “o fim desse estado caótico”, “o fim para o pensamento” – eu falo dessa condição de pensamento.

Quando há o Despertar do seu Ser, de sua Natureza Divina… e aqui entra algo que eu tenho revelado dentro desse canal – você tem aí uma playlist tratando amplamente sobre esse assunto… E eu tenho dito aqui de uma forma muito clara para vocês: é impossível a liberação do sofrimento, é impossível a libertação de toda essa confusão interna que sustenta a infelicidade – eu me refiro a estados internos, psicológicos, conflituosos, como eu disse agora há pouco: ansiedade, depressão, a contradição do desejo, a questão do medo em suas diversas e variadas formas –, é impossível o fim para isso sem o Despertar da Kundalini.

Então esse é um assunto aqui, em nosso canal, que eu tenho tratado com aqueles que se aproximam. Isso acontece dentro desse canal e, também, acontece em encontros presenciais, e também online. O trabalho aqui é olhar para aquilo que somos, é perceber aquilo que somos e, naturalmente, irmos além de tudo isso. O desafio que é colocado para você na vida é Ser… é ser Aquilo que você nasceu para ser, é viver Aquilo que você nasceu para viver, uma coisa que se constitui impossível, que se mostra impossível, enquanto esse padrão de condicionamento, enquanto esse padrão de comportamento psicológico se mantiver aí. É necessário uma quebra para tudo isso.

Então, o Autoconhecimento assenta uma base, através da autoinvestigação – que é quando o Autoconhecimento se torna possível – , para o Despertar da Kundalini. Kundalini é uma Energia presente em seu corpo, nesse sistema, nesse mecanismo psicofísico. Então, há algo em você, algo presente aí, que é inato, que nasceu com você, e a ciência da Yoga conhece isso há milênios, tem trabalhado com isso há milênios. A Kundalini Yoga, a Hatha Yoga, por exemplo, trabalham ou colocam a importância desse Despertar, que é o Despertar de sua Natureza Divina. Essa Natureza Divina, Ramana Maharshi chamava de Consciência, e na Yoga é conhecida por Kundalini. Essa Energia que trabalha nesse organismo, que, como sendo o próprio mecanismo da mudança, da transformação desse organismo, realiza esse trabalho, o trabalho de uma mudança física e psicológica nesse corpo, nessa mente. Então, a Felicidade que é Você em seu Ser, que é Você em seu Estado Divino, que é Você em seu Estado Natural, é algo possível quando há o Florescimento da Kundalini, quando há o aparecimento desse seu Natural e Divino Estado de Ser.

Então, esse é o assunto principal aqui dentro do nosso canal; o assunto é: a Iluminação Espiritual.

Então, a Iluminação Espiritual é o Florescimento de sua Natureza Divina, de sua Identidade Divina. Então, quando Kundalini Desperta, quando há o Despertar desta Consciência, esse corpo-mente entra numa condição inteiramente nova, algo completamente diferente e desconhecido de todos os padrões ordinários dessa mecânica psicofísica do ser humano comum. Essa mudança, a mudança dessa estrutura, desse corpo-mente, é uma radical transformação nessa condição de mente egoica para a Consciência, para a Plena Consciência.

O seu estado de consciência comum, com o qual você nasceu, precisa passar por uma mudança, porque esse estado de consciência comum – eu tenho chamado de estado de consciência mental… Note, você tem esse estado de consciência aqui, nesse instante, chamado “estado de vigília”. Durante a noite, você também tem um estado de consciência bem similar a esse, quando sonha. Então, durante o sonho, durante o sono, você tem uma percepção de realidade semelhante a essa percepção de realidade que você tem aqui nesse momento, nessa consciência comum – eu tenho chamado essa consciência comum de consciência mental.

A sua percepção de realidade da vida, a sua percepção de realidade do mundo é a percepção da realidade da mente. Então, essa é a consciência mental. Você está consciente, mas não assumiu ser Consciência. Então, no estado de vigília, você está consciente; no estado de sonho, você está consciente; e, no estado de sono profundo, não tem você estando consciente, no entanto há algo presente que continua imutável nesses três estados – no estado de vigília, no estado do sonho e no estado de sono profundo, – que é essa Consciência.

Essa Consciência precisa aflorar, e, quando Ela aflora, Ela assume essa consciência mental. Essa consciência mental é essa consciência de estar consciente, não é a Consciência de Ser. Nesse trabalho, nesse trabalho do Despertar de sua Identidade Real, de sua Natureza Divina, com o Despertar da Kundalini, o que você tem presente agora é o Despertar desta Consciência de Ser, de ser Consciência. Na Índia, eles chamam de Turiya. Turiya é esse quarto estado possível ao homem, ao ser humano. Você não nasce nesse estado, ele precisa Despertar, ele precisa acontecer para você, e ele acontece com o Despertar da Kundalini. Eu tenho chamado esse estado também de Estado Natural.

Então, há vários nomes para esse Estado, que é o Estado de Transcendência, e aqui a palavra “Transcendência” é no que diz respeito a essa percepção ordinária que a mente egoica faz do mundo, porque é exatamente isso que acontece.

No seu estado de consciência comum, toda a sua percepção de vida, toda ela é baseada nas impressões do pensamento e no que o pensamento diz sobre o que está acontecendo. Vou lhe dar um exemplo disso: a sua visão sobre você é uma ideia, é uma crença. Não só a visão que você tem sobre si mesma, sobre si mesmo, como uma entidade separada vivendo nesse corpo, vivendo nesse mundo. Toda percepção que você tem a partir desta consciência mental, a partir desta mente egoica, é baseada na ilusão que o pensamento faz sobre a vida. Assim, a sua visão que você faz, que você tem sobre o outro, a percepção de realidade que você tem sobre o outro, sobre o mundo, sobre a vida, não é a Realidade.

Então, há uma distorção, a distorção criada pelo pensamento. O pensamento é uma espécie de espelho que distorce. Quando você olha para um espelho, a distorção que você vê é o senso de realidade alterado. O que o pensamento faz, nessa consciência mental, é lhe dar uma percepção de realidade como a que você tem quando se vê no espelho, quando se olha no espelho. Ali está alterado, porque você não é como parece ser. Embora a imagem esteja ali, aquilo não é quem você é.

Esse sentido de egoidentidade, esse sentido separação, toda essa contradição nas relações, na relação com você mesma, com você mesmo, e na relação com o mundo, toda essa confusão, todo esse estado caótico-psicológico, de infelicidade… e é muito simples observar isso. A insônia é um sinal de infelicidade. Se seu estado interno é de Paz e Quietude, é de ausência de contradições internas, não haverá preocupações. Note, você se deita para dormir e não consegue dormir, e há um disparo de pensamentos que se repetem, continuados, distorcendo todo senso de realidade, criando imagens sobre quadros futuros, sobre crenças, sobre imaginações de eventos, de acontecimentos – acontecimentos tristes que já aconteceram, acontecimentos tristes que poderão acontecer –, e ali, deitado na cama, toda ordem de preocupação psicológica e todo esse movimento de pensamento caótico no cérebro, desordenado, descontrolado, obsessivo, persistente, não lhe permite conciliar o sono.

Então, há uma desordem psicológica no ser humano. Isso acontece quando você deita para dormir apenas? Não, isso acontece durante todo o dia ou o dia todo! Mas, durante o dia, você está atirado a diversas atividades e não percebe que já está em estado de complicação para dormir. Você só irá perceber isso quando se deita; aí você percebe que não consegue dormir. Há um disparo contínuo, há um movimento de pensamento compulsivo... repare, é um movimento compulsivo de pensamento desordenado o tempo inteiro dentro de você no seu estado de vigília. Então, você é infeliz em seu estado de vigília e, quando dorme, esse mesmo estado psicológico se mostra em sonho, produzindo todo tipo de sonho. Alguns são até agradáveis, mas muitos deles são desagradáveis, e não há qualquer ordem psicológica dentro de você, nem no estado de vigília, nem no estado de sonho… isso quando você consegue dormir! Porque, em razão do peso da ansiedade do seu estado de vigília, você tem dificuldade para dormir. Então, a insônia provocada ou sustentada por esse estado de ansiedade…

Assim, esses quadros diversos são quadros psicológicos que a medicação não resolve. É possível até haver uma melhora física. Então, há um trabalho químico em razão daquela substância, daquela droga; então, uma parte do cérebro fica como que anestesiada; então há uma melhora física, mas isso não resolve, porque a questão é, basicamente, o pensamento. Como o pensamento também determina o movimento do comportamento, você vai em busca de ajuda e, também, não consegue resolver isso tão facilmente na psicoterapia, porque não há como resolver claramente essa questão do comportamento com facilidade sem uma mudança nesse modelo de pensamento.

Então, esse é o estado de consciência comum a todos. Então, é necessário adentrarmos essa Compreensão sobre quem nós somos, Realizarmos a Verdade sobre nós mesmos. Essa Realização da Verdade está no Despertar da Kundalini. Kundalini, aqui, é uma outra palavra para a Consciência.

Então, o Despertar da Kundalini realiza uma mudança profunda nesse mecanismo, nesse organismo, e põe fim a esse modelo, que é o modelo do pensamento. Isso termina com o pensamento. Aqui, eu me refiro a esse pensamento caótico, contraditório, desordenado, conflituoso, perturbado, que a mente egoica tem.

Então, a Iluminação Espiritual, o Despertar da Verdade sobre quem Você é, Isso representa o fim da infelicidade, porque Isso é o aparecimento de sua Natureza Divina, de sua Identidade Verdadeira, que é Deus, que é Amor, que é Paz, que é Felicidade. Então, a única cura radical para o fim da infelicidade, com tudo que a infelicidade representa, com todos esses quadros de desordem psicológica que a infelicidade representa, está no fim da mente egoica, no fim desse sentido de separação, desta egoidentidade, desta consciência mental, para o aparecimento desse quarto estado de Consciência, que não é o estado de vigília, que não é o estado de sonho, que não é o estado de sono profundo; é Você em seu Estado de Pura Consciência, de Pura Realidade Divina, que alguns chamam de Iluminação ou Despertar Espiritual.

É necessário um trabalho interno para essa Constatação, para esse Reconhecimento, para essa Nova Consciência. Então, o nosso trabalho é esse, essa é a nossa proposta aqui. Como eu disse agora há pouco, nós temos uma playlist aqui nesse canal lhe falando sobre isso, sobre o que é Kundalini e a importância desse Despertar da Kundalini. Uma outra playlist que eu indico para você aqui no canal é a questão da chave para tudo isso, para esse processo acontecer, que é a Real Meditação.

O fim desse estado caótico de pensamento está no fim do pensamento. É necessário ir além do pensamento, é necessário se descobrir fora do tempo psicológico. O tempo psicológico sustenta a ilusão de “alguém” presente, desse “mim”, desse “eu”, dessa egoidentidade. Sim, essa “pessoa” que você acredita ser não é real. Aquilo que é Você transcende essa “pessoa” com todo esse sofrimento, com toda essa infelicidade. Aquilo que Você é, é Pura Consciência – essa é a sua Natureza Verdadeira.

Então, o fim do tempo psicológico, o fim desse link entre presente, passado e futuro criado pelo pensamento, isso é o fim da ilusão de uma identidade vivendo no tempo, presa a esse modelo de memória, de imaginação, de medos criados e sustentados pelo pensamento, de desejos criados e sustentados pelo pensamento, nessa noção de presente, passado e futuro.

Quando há o fim para esse tempo psicológico, você tem o fim do pensamento, então seu Estado Natural é Pura Consciência. Quando o pensamento se faz necessário, ele se faz necessário de uma forma objetiva, clara, limpa, inteligente, sem produzir qualquer forma de conflito, de contradição, e, quando ele não é necessário, ele não é necessário. Então, você pode se deitar e três segundos depois, a 5 segundos, você já está em sono profundo, e a qualidade do seu sono, a qualidade do sonho, assim como a qualidade do estado de vigília, é algo completamente diferente do estado desta consciência mental, desta egoidentidade, porque você Realizou o seu Ser, a sua Natureza Divina; você está vivendo o seu Estado que você nasceu para Ser; você agora está vivendo como uma criatura que Realizou Deus nessa vida. Eles chamam isso de Iluminação ou Despertar Espiritual. OK?

Esse é o assunto nosso. Seja bem-vindo ao nosso canal! Você que ainda não se inscreveu, aproveita e se inscreve no canal. Lembrando a você: deixe seu “like”. OK? E nós temos encontros online e também presenciais. Então, se isso é um assunto do seu interesse, podemos aprofundar isso juntos. Você tem um link aí na descrição… e vamos trabalhar isso juntos! OK?

Valeu pelo encontro! Até o próximo!

Julho de 2022
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Como lidar com o medo? | Medo e autoimagem | Tempo psicológico | Atenção Plena | Egoidentidade

O medo não é algo abstrato. Nós não nos deparamos com o medo como uma coisa abstrata, mas como algo que se apresenta de uma forma muito real para esse sentido de “pessoa” que nós acreditamos ser. Esse sentido de “pessoa” não tem o medo como uma abstração, mas como uma realidade. E aqui eu quero continuar com você apresentando para você como lidar com esse medo, uma vez que o medo sempre irá se assentar nessa imagem, nessa autoimagem, nessa imagem que você faz de si mesma, que você faz de si mesmo.

Você tem construído uma imagem sobre si própria, está sustentando essa imagem, e essa imagem é aquela que sofre, e é essa imagem que sente que essa dor, que nós chamamos de medo, não é uma coisa abstrata.

Um outro aspecto do medo é que ele está sempre numa relação de dualidade, de separação, entre essa imagem que você tem de si mesma, que você tem de si mesmo – e essa imagem é uma ideia, uma crença… O sentido de uma “pessoa” presente é o sentido de uma autoimagem, engendrada, construída, pelo pensamento. A sustentação dessa imagem tem sido reforçada por todo esse contexto de sociedade, de mundo, de cultura e todo esse conjunto de crenças que você tem guardado, tem acumulado, tem adquirido ao longo desses anos.

Essa autoimagem… é ela que é ferida, é ela que sente esse peso, essa dor, que nós chamamos de medo. Então, não é uma abstração também por isso – porque é algo que está sempre dentro de uma relação, está sempre dentro de uma relação de dualidade entre esse “mim”, esse “eu”, essa imagem, e essa dada experiência que o pensamento diz ser a causa do medo.

Então, isso não é uma abstração, isso é algo muito real para esse sentido de “pessoa”, para essa autoimagem. Mas esse é um aspecto… Agora, eu quero colocar uma outra coisa aqui. Apesar de não ser uma abstração, eu vou continuar dizendo para você que a sustentação desse modelo de vida, desse modelo de existência, onde existe essa separação entre você e a experiência, que é sempre vista como a causa, a culpada do medo…. Eu vou sempre sustentar que essa dualidade é sempre sustentada pela inconsciência. E, se ela é sustentada pela inconsciência, ela não tem vida real.

Nesse sentido, o que nós chamamos de medo, é uma ilusão. Eu não me refiro ao medo físico, de um perigo iminente, físico, com o qual você se depara. O próprio cérebro tem um movimento de autodefesa física, psicofísica, para se proteger ou para não ser ferido, por exemplo, quando um carro vem em sua direção em alta velocidade. Naqueles poucos segundos, se há essa percepção do perigo, o cérebro tem um movimento de autodefesa, e o corpo é tirado daquela condição de risco, de perigo. Esse medo é algo natural.

Quando você se depara com uma cobra, há um movimento, já físico, de autoproteção, de afastamento imediato. Você pode até estar distante da cobra, mas quando você a vê, quando você a presencia, você se afasta um pouco mais ainda. Então, esse movimento de autoproteção, que também nós chamamos de medo, é um movimento natural da própria inteligência do próprio corpo, do próprio cérebro, de autoproteção.

Aqui, eu me refiro ao medo psicológico, ao medo que os seus pais já tiveram, seus avós já tiveram, seus bisavós já tiveram, o medo que você tem – o medo do inimigo invisível. O pensamento constrói perigos inexistentes. São perigos idealizados num pretenso futuro, imaginado pelo pensamento. Então, o pensamento tem antecipações; ele cria o futuro e coloca inimigos lá.

Se você tem uma palestra para dar… Você conhece o assunto, já estudou o assunto, e você se depara com o medo. Quando deita para dormir, antes do dia da apresentação, o pensamento surge e lhe coloca diante já da plateia, errando ou não acertando ou deixando coisa para dizer, que você tinha preparado para dizer, e você vê a plateia rejeitando sua apresentação. Esse é um exemplo do medo psicológico.

Mas você, aqui, pode pegar e encontrar muitos outros exemplos: o medo de ser traído, o medo de ser enganado, o medo de não ser aceito, o medo de não ser entendido, o medo de não se fazer entender… Tudo isso são formas de autoproteção psicológica, de antecipação, dentro desse fundo puramente egoico, dentro desse princípio de separação entre esse “eu”, que é basicamente autoimagem, e a dada experiência, que no caso é uma palestra, que no caso é o contato com uma outra pessoa, uma apresentação, ou a imaginação de “por que ele está demorando tanto? Já devia ter chegado! Por que não me passou um Whatsapp?”

Então, são exemplos de medos presentes que não têm qualquer realidade. Então, nesse sentido, esses medos são abstrações, idealizações criadas pelo pensamento. No sentido de ser sentido, nesse sentido de sentir, para o corpo e a mente, isso se mostra como algo que não é uma abstração. Mas, olhado de perto, é uma construção da autoimagem, e essa autoimagem é uma ilusão sustentada por essa falta de atenção à Verdade sobre quem Você é.

Veja, o sentido do ego, o sentido dessa autoimagem, que é esse ego, cria essa separação, porque ele cria o futuro, ele cria a imaginação, ele cria a imagem, ele cria o medo. O ego é a base do medo, do medo psicológico. Medo é, basicamente, sofrimento, é permanecer no sofrimento, é viver dentro dessa sustentação do sofrimento.

Então, esse medo do futuro é similar ao medo do passado; é porque algo não deu certo ontem que o pensamento antecipa dizendo “não vai dar certo amanhã”, “você lembra que não funcionou?”, “você lembra que você foi rejeitada?”, “você lembra que você não foi aceita?”, você lembra que você realmente não disse coisas que deveria dizer?”, “você se lembra da última vez que você se apresentou para a palestra?”, “você lembra que aquele primeiro namorado lhe traiu?”, “você lembra que, quando ela demorou, ela estava de verdade com outro?”

Então, é sempre com uma base no pensamento, com uma base na memória, que essa autoimagem, que é o ego, constrói o futuro e coloca você dentro dessa condição de apreensão, de dor psicológica, de dor emocional, de medo.

A Verdade sobre quem Você é, é o fim para o medo, para essa não abstração, que é o medo sendo sentido por esse corpo-mente, e para essa abstração desse medo ideológico, que é sustentado, simplesmente, por essa autoprojeção do pensamento.

Então, o pensamento te coloca nessa condição de tempo psicológico. É esse tempo psicológico que tem que ser rompido, tem que ser quebrado. Não existe tempo psicológico! Amanhã não é real… amanhã não é real! A Realidade está agora aqui, como Consciência. Só há Consciência! Qualquer outra coisa são construções idealizadas pelo pensamento.

Portanto, o pensamento sustenta o medo, o pensamento sustenta esse medo não abstrato que você sente no corpo e na mente; esse pensamento sustenta esse medo abstrato idealizado pelo pensamento. Então, o fator do tempo psicológico tem que ser compreendido, por nós. É necessário irmos além do tempo psicológico, nos posicionarmos fora dessa condição psicológica de identificação com o que o pensamento diz.

A palavra “identificação”, aqui, significa confundir-se com o que o pensamento fala, acreditar no que o pensamento fala, aceitar que o que o pensamento está dizendo é real. Pensamento é somente pensamento; pensamento é só ideia.

A palavra “copo” lhe traz uma forma, lhe traz uma imagem, lhe traz um objeto. Essa imagem, essa forma, esse objeto, é o copo? Mas basta uma palavra – “copo” – para surgir o copo! Certo? Se eu, por exemplo, disser para você assim: não pense em mesa! Não pense em mesa! Como é que funciona esse mecanismo do pensamento? O pensamento tem uma oferta, e ele oferta em razão da procura. Então, o pensamento “mesa” não é a mesa, mas a mesa já apareceu para todo mundo aqui! O pensamento “copo” não é o copo, mas o copo já apareceu para todo mundo aqui! Sabe o que aconteceu? O cérebro tem esse movimento mecânico, bioquímico, fisiológico, neurológico, de colocar o pensamento como sendo uma realidade. Então, há uma oferta porque há sempre uma procura.

Então, aqui, eu vou lhe dar a chave para ir além da mente egoica: observe o movimento da imagem, como ela surge... Da próxima vez que surgir um pensamento dentro de você – “estou sendo enganada”, “isso não vai dar certo”, “mas, se eu fizer e não acontecer?”, “e se, diante das pessoas para quem eu vou falar, der branco?”... Na próxima vez que o pensamento aparecer, fique com o pensamento, só! É só um pensamento, aquilo não é real. É como a presença do “copo": não tem copo, é só uma imagem; é como a presença da “mesa": é só uma imagem, uma oferta dada pelo pensamento. Isso se apresenta e você não coloca uma identidade nisso. Se você não coloca uma identidade nisso, como um pensamento, isso é inofensivo.

Isso requer Atenção Plena. Se você estiver nessa Atenção Plena ou se, junto com essa oferta, surgir essa Atenção Plena, haverá só oferta, mas não haverá procura. E, se não houver a procura, essa imagem não é valorizada. Vocês compreendem isso? Essa imagem não é alimentada, ela não é sustentada.

Portanto, a libertação do medo… E, aqui, quando eu me refiro a medo, eu me refiro a todas as formas de medo: há o medo da solidão, existe a preocupação – e isso é medo. Acabamos de colocar: a preocupação… A preocupação está sempre no futuro. Ela não está agora aqui. A solidão é uma esperança negativa, não está aqui. É o pensamento que constrói a solidão; é uma oferta. Todas as formas de ansiedade, com relação a qualquer aspecto da sua vida… a ansiedade é uma oferta, é um pensamento aparecendo. É como o pensamento “copo” ou “mesa”. Se você não dá importância ao pensamento “copo” ou “mesa”, como agora acabou de acontecer, quem continua com o copo e a mesa aí? Ele foi embora.

Você não faz isso com os pensamentos porque existe uma autovalorização dessa autoimagem no pensamento que aparece. Um detalhe importante: pensamentos aparecem em razão da procura. A procura fortalece novos pensamentos surgindo. Então, os pensamentos em vocês se processam assim. Em todos vocês! Oferta e procura.

Cada mecanismo, cada organismo, cada corpo-mente tem suas predileções, suas procuras e suas ofertas. Isso tem sido fortalecido, está sendo fortalecido, por essa desatenção. Você está desatento a esse modelo habitual de que, quando o pensamento surge, você de imediato o acolhe, o abraça, então você se identifica, você cria uma identidade. Os seus desejos são assim e seus medos também. E, para cada um aqui presente, é diferente o seu modelo de pensamento que surge, que é a oferta, e a sua busca, que é a sua procura.

Então, qual é o segredo para irmos além dessa egoidentidade, dessa autoimagem? Para irmos portanto, além da ansiedade, da depressão, da solidão, da preocupação, de toda forma de angústia interna, psicológica, como, por exemplo, a imaginação negativa, os pensamentos negativos, a baixa autoestima ou a ilusão da alta autoestima? Para irmos além da necessidade psicológica de sermos amados, de sermos aceitos?

Vocês não percebem que tudo isso são ofertas do pensamento para uma procura de uma ilusória identidade, que está sustentando o medo e, portanto, o sofrimento? O cuidado que se dá ao fim do ego é o cuidado que se dá ao fim do medo. É o fim do sofrimento em todas as suas representações. E como se faz isso? Olhando para o pensamento como uma oferta.

Nesse olhar, nessa Atenção Plena que se dá, não entra o movimento da procura. Essas imagens surgem agora aqui… não precisam ser alimentadas, sustentadas, elas precisam ser vistas. E elas são vistas quando há essa Atenção Plena sobre o movimento da mente. Isso eu tenho chamado de Meditação.

A Meditação é essa Atenção sobre o movimento da consciência. Tudo o que está dentro vai se revelando e vai sendo visto, mas deve ser visto dessa forma, como se olha para o copo, como se olha para a mesa. Você não se agarra à mesa, você também não rejeita a mesa. Você não briga com o pensamento de “mesa”. Porque você não briga, porque você não se agarra, porque você não se localiza como um experimentador da mesa ou do copo, ele desaparece. Por quê? Porque ele não encontra uma identidade nessa experiência. Esse é o ponto! Isso é Meditação.

Quando você aprende a olhar para o movimento do pensamento sem dar a identidade para ele, ele não se sustenta, não há uma identidade nessa aparição, então é só um fenômeno existencial, como a chuva. A chuva vem e vai! Pensamentos são assim! O que você tem feito, de uma forma inadvertida, por falta dessa ciência da arte daquilo que eu tenho chamado de Real Meditação, que é a direta observação do movimento da mente, que começa assim, dentro dessa Atenção Plena… Acontece um Espaço inteiramente novo e desconhecido, o seu cérebro abre um Espaço de Quietude e Silêncio, não forçado. A própria ausência do pensamento, porque ele não é sustentado, traz um Silêncio que transcende a ilusão do tempo, desse tempo psicológico. Isso é Meditação.

Então, o corpo fica presente, o pensamento está presente, você está inteiro, completo, agora aqui… Inteiro, por completo! Apenas assentado, ou caminhando, ou vendo TV, ou escrevendo, mas não há a ilusão dessa identidade presente, dessa autoimagem, sustentando esses quadros de antecipação negativa, sustentando o medo. Então, há uma Libertação completa desse corpo-mente.

Aqui, eu tenho dito que agora começa o Despertar desse Poder, vindo de dentro. Eu coloco assim, em sequência, mas não é assim, em sequência; isso acontece simultaneamente. Esse Poder já assume o corpo e a mente, quebrando esse padrão de identidade e de identificação com esse “eu”, com esse ego, com essa autoimagem. Isso é o fim do medo.

Novembro de 2022
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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Advaita Vedanta | Não Dualidade | Pensamento psicológico | Pensamento prático | Pensamento obsessivo

Muito bem! O que é o pensamento obsessivo, ou o pensamento acelerado, ou o pensamento intrusivo? O que é isso? Como lidar com isso? Na realidade, o que é o pensamento? Como lidar com o pensamento?

Vamos com você agora aqui, neste momento, investigar um pouco essa questão do pensamento. O pensamento em nós – como, afinal, ele funciona? Esse é o modelo da identidade pessoal, da identidade egoica, é o modelo do pensar.

Então, não sabemos lidar com o pensamento, porque nós não sabemos o que é o pensamento. Nós nunca investigamos a Verdade sobre quem nós somos. Nós estamos nos confundindo com o pensamento; isso ocorre o tempo todo! E o pensamento sempre nos conduz a uma determinada forma de ação, que é, basicamente, a ação centrada no “eu”, no ego, no “mim”.

Então, nossas ações, quando nascem do pensamento, estão nascendo desse “mim”, desse “eu”, desse ego, reproduzindo em nossas vidas contradições, arrependimento, culpa, se movendo de uma forma agressiva, violenta. Então, nossas ações baseadas no pensamento são, basicamente, conflito em nossas relações. Acrescido a isso, nós temos o fato desse modelo de pensamento internalizado, o pensamento acelerado, repetitivo, continuado, obsessivo, produzindo toda forma de sofrimento dentro de cada um de nós.

Nós não sabemos, na verdade, o que é o pensamento. E, hoje, nós vamos, aqui com você, nesses poucos minutos, lhe dar uma resposta para isso. Vamos ver se é possível nos livrarmos do pensamento – aqui eu me refiro a esse pensamento psicológico, esse pensamento que dá vida ao ego, ao “eu”, a essa pessoa com a qual nos confundimos, com a qual nós nos identificamos.

A pessoa que acreditamos ser, está vivendo no pensamento, vivendo do pensamento. Toda infelicidade psicológica deriva do pensamento.. E, aqui, quando “eu” me refiro a pensamento, eu me refiro também a sentimento atrelado a esse modelo de pensamento, que é o pensamento psicológico.

Notem, o pensamento é só uma reação da memória. Nenhum pensamento, absolutamente nenhum pensamento consegue lidar com o momento presente; ele só consegue lidar com o que aqui está com base numa reação do passado, uma reação de memória, porque pensamento é memória.

Então, estamos presos a esse tempo psicológico, criado pelo pensamento psicológico. É o pensamento que produz contradição, conflito e sofrimento em nossas vidas. Ele é intrusivo, ele é obsessivo, ele é repetitivo… internamente, produzindo sofrimento, e, externamente, produzindo ações egocêntricas. Nossas motivações baseadas no pensamento-sentimento são egocêntricas.

Nesse canal, nós estamos lhe mostrando como é possível Realizar a Verdade, como Isso é possível, como Isso se torna possível – a Verdade, a Realidade sobre quem Você é –, porque essa condição psicológica, essa condição de memória psicológica, de tempo psicológico, de pensamento psicológico, é uma condição de insanidade.

O que nós não queremos admitir é que o ego, o sentido egoico, é uma patologia. Não há nenhuma Verdade no sentido de uma identidade presente agora aqui, naquilo que está acontecendo neste instante.

Então, o ego se constitui de uma desordem psicológica, de uma contradição psicológica; então, é impossível o fim para a miséria, para a infelicidade, para essa dor existencial de ser “alguém”. Há uma dor nisso, e é impossível o fim para essa dor de ser “alguém” enquanto o ego permanece se manifestando nessa “sua vida”. O pensamento “minha vida” está todo investido dentro dessa proposta, desse contrato de identidade egoica, então a miséria psicológica, o sofrimento psicológico não termina.

Então, o medo é uma sina, a ansiedade, a depressão… É um modelo de existência que levamos conosco até o final dos nossos dias, a não ser que ocorra uma mudança, uma transformação fundamental nessa própria estrutura da mente. A mente é esse projeto que sustenta esse modelo – essa é a consciência mental em todos nós, a consciência egoica.

O sentido de individualidade presente agora aqui é uma ilusão estabelecida nesse modelo.

O trabalho da Autorrealização é o trabalho da Percepção da Realidade do seu Ser agora aqui – Isso é o Despertar Espiritual, a Iluminação Espiritual, a Verdade Divina sobre Você, sobre quem é Você agora aqui. Isso é o fim da miséria psicológica, do sofrimento psicológico, é o fim do ego, do “mim”, do “eu”.

Então, o pensamento, o que é? O que é o pensamento? Uma reação da memória. Ao passar por uma experiência – e a gente vem passando por experiências desde a infância –, essas experiências vão sendo registradas no cérebro como um conhecimento, como uma informação, como um saber. Com base nesse saber, conhecimento, experiência, as ações acontecem. Essas ações estão sendo motivadas, empreendidas, pelo pensamento, por essa memória e, portanto, é algo que vem do passado sustentando o ego, o “mim” o “eu”.

É possível uma ação livre do ego, do “mim”, do “eu"? É possível uma ação livre do sentido de identidade presente com essa sensação de ser o fazedor, o pensador, o realizador?

Nossa proposta aqui para você é lhe mostrar que é possível, sim, uma vida livre do ego e, portanto, uma ação livre do tempo psicológico, da memória, do pensamento, do passado. Uma ação que corresponde ao desafio desse instante é uma ação livre do “eu”, uma ação sem propósito.

Em alguns momentos, na sua vida, ocorrem ações assim, só que você mesmo nem percebe que são ações que, naturalmente, acontecem sem o sentido de “alguém” presente. O sentido de “alguém” presente é ambição, é desejo, é impulso para adquirir, para possuir, para conseguir ou para se livrar, rechaçar, afastar. Essas são as ações nascidas da egoidentidade, mas há uma qualidade de ação em você que ocorre de forma espontânea, natural e livre; essa é a ação livre do ego, do “mim”, do “eu”, são ações que estão presentes quando o pensamento não está.

Estar sentado à beira de uma praia, olhando o mar, sentado naquela areia… Naquele momento, existe o olhar, o ouvir o som daquelas águas, daquelas ondas, da água chegando na areia e voltando… Naquele momento, há um espaço novo se abrindo dentro de você, diante daquela luminosidade do céu e daquele sol que brilha diante dos seus olhos ali, sentado naquela areia. Naquele momento, há uma ação acontecendo, uma ação da Consciência. Olhar, sentir, ouvir… Nesse momento, não há pensamento, não há nenhuma motivação egoica, nenhuma motivação egocêntrica, nenhuma ambição, nenhuma inveja, também não há nenhuma preocupação, não há nenhum passado, nenhuma lembrança – a lembrança do escritório, do consultório ou da casa, ou da família –, há um Silêncio presente, a ausência do sentido do “eu”. Essa é uma ação livre da identidade egoica, uma ação espontânea e natural. Nesse momento, estar presente é algo além do tempo psicológico, além do “mim” do “eu”, do ego.

É por isso que nós amamos viajar, estar em lugares novos, em praias desconhecidas, em cachoeiras desconhecidas, em trilhas desconhecidas, fazer trilha, caminhar numa montanha, viajar para um outro país, porque, nesse momento, há um esvaziamento dessa identidade egoica, de toda essa afirmação do pensamento que tem, como base, a memória do “experimentador”, do “mim”, do “eu”, do ego.

Então, nesse momento, ocorre algo novo, que é a Meditação, que é a Presença da Consciência, então há uma Paz que não é uma paz que tem um oposto, o conflito como o seu oposto; há um Amor presente, mas é um Amor sem objetos, não tem ali uma pessoa, não tem ali algo, algum objeto. Em geral, nós chamamos uma sensação, a experiência com um objeto, ou com um pequeno animal, um pet, um cachorro, um gato, um animalzinho de estimação, ou uma pessoa… nós confundimos essa sensação de prazer, de preenchimento, de satisfação, de alegria, com a presença dele ou dela, com o Amor. E, nesse instante, não. Nesse instante, não tem alguém, não tem nenhum objeto, nenhum animalzinho, nenhuma pessoa, é só essa Presença, a Presença da Paz, a Presença do Amor, a Presença da Consciência.

Essa é a ação livre do sentido do “eu”, do sentido egoico. Notem que, nesse momento, não há pensamentos de nenhum tipo, de nenhuma qualidade – nem pensamentos negativos, nem pensamentos positivos; nem pensamentos calmos, nem pensamentos acelerados; nem pensamentos obsessivos, nem pensamentos comuns –, há uma ausência completa do “mim”, do “eu”, do ego, uma ação livre do sentido egoico. Então, essa ação é possível; é a ação da Meditação, é a ação da Real Meditação.

Agora, vamos colocar isso no nosso viver. Não estamos mais numa praia, na beira de um rio ou caminhando numa floresta, ou numa trilha, ou numa montanha, estamos dirigindo o carro, indo para o trabalho, indo para o escritório, para o consultório… É possível trazer essa ação para esse instante? É possível haver um esvaziamento completo de toda a motivação baseada no pensamento e, portanto, de toda ambição, inveja, desejo? Estarmos, nesse instante, libertos de toda forma de pensamento – esses assim chamados pensamentos negativos, obsessivos, repetitivos, intrusivos? É possível estarmos livre do pensamento?

Sim, através dessa arte que é a arte de ser Consciência, como eu tenho chamado. Ali na praia e, agora, aqui no carro, dirigindo para o trabalho, para o escritório, para o consultório, ou no consultório, no escritório, ou em casa, na relação com a família, com os filhos no seu viver, no seu dia a dia, momento a momento, é possível essa Presença, que é a Meditação; é possível essa ação livre do ego, do sentido egoico; é possível esse Amor presente, sem objeto, sem pessoas, sem algo; é possível o Amor livre da sensação, livre do sentimento, da emoção, livre da necessidade de uma percepção e de uma interação nessa ilusão de sujeito e objeto.

Então, estamos diante da ilusão quando isso ocorre. Se há sujeito e objeto, existe a dualidade, o sentido de separação. É assim que se processa o pensamento repetitivo, continuado, intrusivo, obsessivo, esse modelo de identidade egoica na experiência – há o pensador e o pensamento.

Mas é possível estarmos livres disso, então estamos livres do sentido de dualidade, estamos no Natural Estado de Não Dualidade, de Não Separação, onde há uma só Realidade presente.

A palavra Advaita significa “o primeiro sem o segundo”. Isso é direto da Advaita Vedanta. Nós temos investigado essa importante questão aqui, da Não Dualidade, que é o seu Estado de Puro Ser, de Pura Consciência.

Então, acontece ali esse contato com a natureza e acontece aqui, no seu viver, no seu dia a dia, enquanto você escova os dentes, indo para o trabalho, enquanto você lê algo, enquanto você assiste a alguma coisa, enquanto você acessa o seu celular ou no contato com uma experiência de uma notícia chegando… no viver, no dia a dia, momento a momento, é possível o Estado livre do ego, do “mim”, do “eu”, desse senso de pensador com esse volume de pensamentos, sentimentos, emoções, sensações, o fim dessa ilusão desse “eu” nessas experiências, o fim do ego. Então, temos uma ação que não nasce mais de uma reação da memória. Compreendem isso?

Temos, então, uma ação agora aqui… uma ação livre do medo, livre do sofrimento, e isso é Amor. Não é o amor, como eu disse agora há pouco, da sensação, onde existe o sujeito e o objeto. Eu falo do Amor sem oposto e do Amor sem a ilusão do sujeito; é o Amor, o Real Amor, a Real Presença da Consciência, é a Real Presença do Amor, um Amor no qual tudo está incluso, toda e qualquer experiência, mas não há o “experimentador”; uma ação presente, mas sem o “autor” das ações.

Uma vida livre do ego, livre do “eu”, é uma vida livre desse modelo de movimento reativo da memória e, portanto, livre do pensamento; é quando o pensamento cessa. Eu não me refiro, aqui, ao pensamento funcional, técnico, prático, para ler alguma coisa… Você faz uso do pensamento; é o pensamento presente, é o pensamento verbalizado, sendo intelectualmente compreendido. Então, isso é algo técnico.

É possível uma vida livre do ego, tendo apenas esse modelo de pensamento técnico funcionando nesse organismo, nesse mecanismo, não aquele antigo e velho modelo de egoidentidade, de pensamentos psicológicos, pensamentos que se baseiam em crenças, em opiniões, em julgamentos, em desejos, em medos, em diferenças, em divergências, em conflito. Vocês sabem do que estamos falando.

Ao olhar para você e ter a lembrança de ter sido ofendido, essa lembrança é um pensamento, é uma qualidade de pensamento psicológico; não é um pensamento objetivo, prático, técnico, é um pensamento egoico. “Eu tenho um inimigo” ou “eu tenho um amigo” está nessa base do pensamento psicológico, do pensamento reativo. Amigo é aquele que me afaga, me agrada, me elogia, é aquele que gosta de mim; inimigo é aquele que não gosta de mim, que me critica, que me condena, que me censura. Então, eu vivo dentro desse modelo egoico de pensamento psicológico, pensamento reativo. Nossas ações, nesse modelo, são ações egocêntricas.

Está claro isso?

Estamos aqui lhe mostrando que é possível uma ação livre do ego e, portanto, livre dessa noção. Notem, essa noção de amigos e inimigos, de gostar de uns, não gostar de outros… ressentimento, mágoa, ansiedade, depressão, culpa, remorso são estados de infelicidade dentro desse pensamento, que é o pensamento psicológico; não é o pensamento prático, objetivo, não é aquele pensamento meramente intelectual para se compreender uma voz, para se compreender uma fala, para se compreender uma leitura, para se entender o que se diz, para se compreender o que está sendo colocado.

Precisamos desse pensamento funcional, precisamos dessa qualidade de memória, sim, claro. Mas que lugar, que espaço tem, dentro de nós, a qualidade de memória que nos leva a uma ação baseada no passado reativo, egoico, produzindo sofrimento para nós mesmos e, também, para o outro, para o mundo à nossa volta?

Então, a Iluminação Espiritual, o Despertar Espiritual, é a Visão Vivencial da Advaita, da Não Dualidade, da Não Separação. Isso é Real Advaita Vedanta, a Vivência do seu Natural Estado, que é Ser, que é Iluminação Espiritual, o Despertar da Consciência. E, aqui, há uma outra palavra no lugar de Consciência: é o Despertar da Kundalini. É a mesmíssima coisa, é a mesma Energia presente, criando uma mudança nesse mecanismo, nesse corpo-mente, inclusive no cérebro, nas próprias células cerebrais, se livrando, definitivamente, dessa condição de estar sempre acumulando o pensamento psicológico, a qualidade de pensamento que produz sofrimento, que dá identidade a esse “eu”, que fortalece esse sentido de separação, a qualidade de pensamento dentro dessa consciência egoica, dentro dessa consciência mental presente na humanidade, presente no ser humano.

Ramana Maharshi chega a dizer… Ele repete, citando os Upanishads e as escrituras. Ele diz: “Segundo os Upanishads” – essas são palavras de Ramana Maharshi – “o ser humano, sem a Realização de Deus, não passa de um animal”. Sim, porque o ser humano vive dentro dessa consciência mental. E ele continua dizendo: “Só que ele é um pouco pior que os animais”. Sim, em razão dessa consciência egoica, que é essa qualidade de pensamento psicológico que nós estamos cultivando há milênios. Nossos pais viveram assim, os pais dos nossos pais e os pais dos pais deles… a humanidade vive dentro dessa condição.

Sem o Despertar, sem a Consciência da Verdade do seu Ser, nossas ações não são ações que nascem desse Natural Estado de Puro Ser, que é Meditação, onde há Amor, onde há Paz, onde há Verdade, onde há Beleza.

Se isso é algo que faz sentido para você, deixa aí o seu “like”. Quero lembrar você: nós temos encontros on-line, encontros presenciais, inclusive retiros, para trabalhar Isso, para ver Isso de perto, para nos aprofundarmos n’Isso e realizarmos Isso nessa vida! Se isso faz sentido para você, vamos trabalhar isso juntos.

Outubro de 2022
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Satsang | Kundalini e o Despertar da Consciência | Expansão da Consciência | O fim do sofrimento

Em geral, não percebemos as implicações do sofrimento, o que ele significa, o que ele representa, e muito menos qualquer necessidade de ir além dele.

As pessoas, em geral, sentem que sofrem, mas elas nunca se perguntam o que é o sofrimento. O que é isso que sustenta o sofrimento? O que é isso que mantém o sofrimento? Muito menos, elas se perguntam se é possível não sofrer. Eu não falo do sofrimento físico, eu falo do sofrimento psicológico.

Existe algo que não se percebe, de um modo geral. Não se percebe claramente que esse sofrimento, que é aquilo que eu considero verdadeiro sofrimento, que é o sofrimento psicológico, ele é algo inteiramente dependente do estado da mente.

O seu estado mental determina o nível, a intensidade e a qualidade desse sofrimento. O sofrimento é algo psicológico, é algo que o pensamento produz, sustentando um determinado estado, esse estado mental, o estado mental de dor, o estado mental de contradição, o estado mental de conflito, o que basicamente é um estado mental sem saúde. Então, veja, não há verdadeira saúde mental quando o estado da mente é o estado de sofrimento.

Há diversos nomes, há diversas nomenclaturas para quadros de dor psicológica, e aqui eu quero lhe dizer que é possível descobrir como lidar com isso. Então, você termina tendo uma resposta, de repente, a uma pergunta que você nunca formulou para si mesma. A pergunta: é possível ir além? É possível não sofrer? É possível descobrir uma qualidade de vida livre de todo esse peso psicológico de dor? Os nomes são diversos, os quadros são diversos, essas representações são diversas, de como, psicologicamente, esse estado mental de não saúde psicológica se mostra.

Nesse trabalho com você, nesse trabalho aqui juntos, nós podemos investigar isso, podemos ter a Compreensão direta da Verdade sobre quem nós somos. Existem expressões que tentam apontar para Isso, para essa possibilidade de ir além dessa condição. Que condição é essa? É a condição do estado de desordem psicológica, como eu tenho chamado, ou de insanidade psicológica. Assim, o nosso trabalho aqui juntos é ver isso, é nos aproximarmos disso.

Essa condição de psicológica desordem, de inconsciência, são expressões que nós usamos aqui para apontar para a mesmíssima coisa. É possível você ir além disso, para que, de verdade, você possa descobrir o fim para o sofrimento.

Um aspecto interessante nessa questão do sofrimento é que… uma coisa que você não percebe é o quanto, na realidade, na mente há uma autoconservação, há uma autopreservação, porque há uma autoapreciação desse estado, do estado de dor psicológica, do estado de contradição, de conflito, de desordem psicológica.

Na Índia, eles chamam de Maya a visão equivocada, a visão da ilusão, essa representação do mundo com base numa visão completamente equivocada, completamente fora da realidade. Então, na Índia, eles chamam de Maya. Esse é o estado de consciência comum. O estado de consciência comum do ser humano é o estado de inconsciência. Essa visão que não condiz com a realidade é o modo como a mente representa a vida, como ela se situa diante daquilo que se apresenta.

Então, na Índia, eles chamam isso de Maya, essa visão, essa ilusão, e esse é o estado da mente nessa falta de saúde interna, de saúde psicológica. Essa condição é a condição da mente em sua limitação, é a condição de inconsciência. Então, a consciência humana é essa inconsciência presa à Maya, presa a essa ilusão, presa a esse sentido de ilusória realidade.

É importante que você compreenda que isso tem uma forma muito, assim… típica de se mostrar aí em você, mas você raramente percebe isso. Do que é que eu estou falando? Estou falando da apreciação, da conservação, da manutenção desse estado que, basicamente, é uma forma indireta de apreciar o sofrimento, de apreciar essa condição.

É por isso que eu tenho chamado de insanidade. O ser humano vive num estado psicológico de desordem que eu tenho chamado de insanidade. Além de não perceber, claramente, que sofre e de nunca se perguntar se é possível ir além desse sofrimento, ele, além disso, sofre e está inconsciente do quanto aprecia essa condição, e o que ele faz é de conservação, para a manutenção dessa condição.

Então, alguns têm chamado essa possibilidade de ir a uma condição inteiramente diferente… alguns têm chamado isso de um novo modo de ver a vida, tendo uma consciência diferente dessa assim chamada consciência comum. Esses dias alguém falou sobre essa coisa chamada consciência expandida ou expansão da consciência. Ok, deixa eu usar essa linguagem aqui com você. Eu vou chamar isso também, agora, de Nova Consciência.

Essa forma de se ver dentro desse contexto da vida requer uma Consciência Nova. Aqui, o que alguém chamaria de consciência expandida, eu poderia chamar de Consciência Nova, de Nova Consciência – compreendendo que a Consciência é ilimitada, não é Ela que vai, de verdade, se expandir. O seu Natural Estado Real de Ser é um Estado livre de todo o sofrimento, porque é um estado livre dessa desordem psicológica, dessa insanidade psicológica; é um estado livre de Maya. Nós podemos usar vários termos para colocar isso aqui pra você.

Então, eu diria que esse Estado de Consciência, que eu tenho chamado também de Natural Estado de Ser, e agora eu estou chamando aqui de Nova Consciência ou Real Consciência, é algo que é, simplesmente, a sua Natureza Essencial, o seu Estado Natural de Ser, livre do sofrimento e, naturalmente, livre da apreciação dessa egoidentidade, desse estado de autoconservação, de autopreservação na dor.

Então, dizer para as pessoas que elas apreciam o sofrimento pode soar, a princípio, muito estranho e até inaceitável para elas, mas, na verdade, é assim.

Você, por exemplo, aprecia ser aceito. Isso é uma forma de apreciação do sofrimento, porque, se você aprecia ser aceito, se você faz questão disso, se isso é relevante para esse “mim”, para esse “eu”, para esse ego, isso é um clássico sinal de insanidade psicológica e de apreciação da dor, porque o mundo não irá lhe apreciar como você deseja. Eu estou aqui dando um exemplo, mas você pode encontrar muitos outros exemplos disso.

Então, o que as pessoas buscam não é exatamente sofrer, o que elas buscam é a apreciação, mas isso vem no pacote, porque nem sempre você é apreciado o quanto você deseja e pelo tempo que deseja… e quando é apreciado! Então, é uma forma de busca, de procura de sofrimento.

Então, o ego vive nessa dependência emocional, psicológica. Essas diversas dependências emocionais, de forma clara, representam uma perfeita apreciação ao sofrimento. Ir além disso significa acordar para essa Nova Consciência. O ser humano sofre desse mal, o mal de uma velha consciência, de uma limitada consciência, de uma consciência insana, o que eu tenho chamado, repito, de insanidade ou inconsciência.

O Despertar do seu Ser, o Despertar de sua Natureza Divina, e a nossa proposta dentro… aqui com você, é lhe favorecer dentro dessa direção, lhe mostrando como Isso se torna possível, o Despertar do seu Ser, o Despertar de sua Natureza Divina, o Despertar desse Potencial Sagrado que Você traz dentro de Si mesmo, que é a Presença da Consciência, que é a Presença de Deus! Ramana dizia que essa é a Presença da Kundalini, que está dentro do corpo e também fora do corpo. Então, Kundalini é esta Presença da Consciência, e é Ela que faz um trabalho nesse organismo, nesse corpo-mente, para uma mudança, para que essa condição de identidade egoica, de sentido de separação, de sentido de dualidade, de inconsciência, de insanidade coletiva, aí nesse organismo, desapareça.

Então, esse é o nosso trabalho aqui com vocês. Estamos trabalhando juntos essa questão do Despertar da Verdade que somos aqui e agora, e esse é o Despertar da Kundalini, o Despertar da Consciência, o Despertar do seu Ser, porque Kundalini e Ser são sinônimos; Consciência e Kundalini são sinônimos. O Estado Desperto, que é o Estado de Cristo, o Estado de Buda, o Estado de Ramana Maharshi, é o Estado onde esta Presença, que é esta Consciência, assumiu aquele corpo, aquele mecanismo, aquele organismo.

Uma coisa importante a ser dita aqui, da importância do Despertar da Consciência, do Despertar da Kundalini, é que Isso opera uma mudança nesse organismo, Isso quebra essa condição habitual da mente egoica de funcionar nesse corpo, nesse cérebro, nesse formato. Então, quando isso é quebrado, o seu cérebro está numa nova condição, o seu corpo está numa nova condição. Alguns chamam isso “o Despertar Espiritual”. Então, esse é o propósito, esse é o Despertar Espiritual. Despertar Espiritual é o fim da ilusão do sentido de uma egoidentidade presente aqui e agora, nessa experiência. Despertar Espiritual é o fim da ilusão de alguém presente.

Você é Amor em seu Ser, Você é Consciência, Você é essa Presença.

Quando há Isso, quando Isso está, Tudo está presente. Nosso trabalho juntos é para essa Realização da Verdade que somos aqui e agora, para esse Despertar Espiritual, para essa Visão dessa Nova Consciência, em completa expansão, além de toda a necessidade de se expandir – Ela já é Isso! É disso que estamos tratando com você. O fim do sofrimento é possível agora e aqui, Nisso… Nisso que Você é!

Julho de 2022
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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

O que é Iluminação Espiritual? | O que fazer para alcançar? | O Real Despertar da Kundalini

Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais esse encontro aqui em nosso canal.

As pessoas perguntam: “O que é Iluminação Espiritual e o que podemos fazer para alcançar a Iluminação Espiritual?” Então, o que é Iluminação e o que fazer para alcançar? Primeiro, precisamos compreender algo aqui. Iluminação não é um estado alcançável… não é um estado alcançável. Os estados todos podem ser alcançados e perdidos. Repare que os pensamentos aparecem e desaparecem, também os sentimentos e as emoções e as percepções. Tudo isso diz respeito a estados.

O ser humano conhece estados internos de pensamentos, de sentimentos, de emoções, também de percepções sensoriais… tudo isso diz respeito a estados, mas estados têm um aparecimento, permanecem por um tempo e desaparecem para dar lugar a um outro estado.

Quando tratamos do Despertar Espiritual, da Iluminação Espiritual, não estamos tratando de um estado, de algo a ser alcançado. Então, podemos trabalhar dessa forma isso aqui. Primeiro, é preciso que você compreenda que aquilo que aparece e desaparece não pode ser permanente e, por não ser permanente, por não ser algo imutável, não pode ser real. Assim são todos esses estados!

Quando falamos da Iluminação Espiritual, estamos falando de algo fora de tudo aquilo que é conhecido como estados, que aparecem e desaparecem – estamos falando da Natureza do Ser. Então, Consciência não é algo que vem e vai.

O que nós temos chamado de “consciência” são aparições dentro de estados – a consciência mental, a consciência física, a consciência emocional, a consciência do estado de vigília, a consciência do estado de sonho… Tudo isso são estados que surgem por um tempo e depois desaparecem. E onde isso ocorre? Naquilo que transcende todos os estados, que é a Consciência.

Então, quando tratamos do Despertar ou da Iluminação, estamos falando desse assentar-se em seu próprio Ser, dessa Realização da Verdade que Você é. Se assentar em seu Natural Estado de Ser é ir além de todos os estados – Isso é Iluminação.

Vou lhe dar um exemplo muito, muito simples disso. Nem sempre você está alegre, nem sempre você está triste. Estar triste ou estar alegre representa algo que vem e vai, são estados que surgem e desaparecem. Nem sempre você está preocupado, aflito, sofrendo. Às vezes você está relaxado, alegre, entusiasmado. Isso são estados.

Aquilo que Você é, como Consciência, não é um estado, portanto Isso não muda. A beleza da Iluminação Espiritual é se deparar com Aquilo em Você que não muda. Isso que é Você, que não muda, é, por natureza, Amor, Paz, Felicidade, Liberdade, Inteligência. Essa é a Natureza da Consciência, essa é a Natureza do Ser, essa é a Natureza Divina em Você.

Então, o sofrimento, repare, o sofrimento é um estado, ele nem sempre está presente – ele aparece por um tempo e depois desaparece. O sofrimento é algo cultivável. Notem isso! O ser humano não quer sofrer e, no entanto, ele sofre. E ele não faz isso por querer, ele faz isso por inconsciência. A ausência do seu Natural Estado de Ser se mostra nessa identificação com a mente egoica, e, nessa identificação com o ego, com esse sentido ilusório de ser “alguém” na experiência, nessa assim chamada “consciência”, que eu chamo de “consciência mental”, o sofrimento está presente.

O ponto aqui é que, inconscientemente – não é voluntariamente, é inconscientemente –, o ser humano aprecia o sofrimento. Há um prazer no sofrimento. E pode soar estranho isso, mas é exatamente assim. Por exemplo, quando você está triste, você tem prazer em compartilhar isso com outros, essa dor, essa tristeza. Você fala disso para as outras pessoas, ou, quando tenta ocultar, mesmo assim, internalizando, você está sempre verbalizando para você mesmo esses quadros, você está sempre repetindo para si mesmo os quadros que foram representativos no surgimento dessa dor.

Então, nós cultivamos pensamentos de dor psicológica, de sofrimento psicológico. Então, há um certo prazer inconsciente nisso. Então, há um cultivo desse estado de sofrimento, porque, se você cultiva essas lembranças, essas imagens, essas memórias e pensamentos do tipo de vingança ou de culpa, há nisso um certo preenchimento inconsciente para essa egoidentidade, nessa experiência, nessa sensação, nesse estado, o que é pura inconsciência.

Não há consciência disso, isso não é voluntário, mas está presente como uma programação, como um vício, como uma compulsão.

Então, o sofrimento tem sido cultivado, o ser humano vem cultivando essa condição. Embora não aprecie o sofrimento, há esse prazer em cultivar essa condição, a condição desses estados de preocupação, de medo, de desejo, de ciúme, de inveja… tudo isso é sofrimento, mas há uma certa recompensa, que é a recompensa do sentido de ser “alguém” dentro dessa experiência.

O ponto é que o ego teme o vazio, porque, no vazio, ele não existe, ele desaparece. Então, ele teme a morte. Desde que ele continue existindo como uma entidade separada, sofrendo, vale! Não só em prazer, mas em dor também, e tudo isso ocorre de uma forma inconsciente. Em razão desses estados, existe essa contradição de não querer e, ao mesmo tempo, querer; de não apreciar, mas, ao mesmo tempo, ainda sentir prazer dentro dessa condição. Repito, não é nada consciente, porque seria uma insanidade consciente, e inconsciência é sinal de insanidade, e essa insanidade só pode ocorrer em razão dessa inconsciência.

Quando você se aproxima desse trabalho, você se aproxima da possibilidade de ir além dessa egoidentidade e, portanto, ir além desses estados mutáveis da mente egoica que, aqui, eu tenho chamado de “consciência mental”. O ser humano acredita estar consciente, e, de fato, ele está consciente nessa “consciência” da mente, mas ele não é Consciência – eu falo dessa Consciência em seu Natural Estado de Ser – quando ele está se identificando com pensamentos, quando ele está sendo movido por projetos, por idealizações, por crenças, por imaginações do pensamento. E essa é a condição da consciência comum a todos, essa é a condição de insanidade humana.

Então, a doença humana é o sentido de separação, é o sentido da egoidentidade, que é essa experiência, comum a todos, dessa “consciência mental”, onde todos esses estados aparecem, aparecem e desaparecem, e o ser humano se identifica com isso, não estando cônscio da Verdade sobre quem ele é, sobre quem ela é.

Então, o nosso encontro tem esse propósito. Eu quero lhe falar da possibilidade de você transcender essa limitação, essa condição da mente egoica, essa condição dessa “consciência mental”.

É curioso, porque alguns usam a expressão “expansão da consciência” exatamente para o fim daquilo que aqui eu chamo de “consciência mental”. Mas, mesmo quando falamos de uma consciência que se expandiu, ainda estamos limitando isso a uma crença, a uma ideia, a um conceito, a uma outra forma de pensamento, porque a Realidade do seu Ser, que é Consciência, está fora do tempo, está fora do espaço, está fora da mente, está fora da limitação ou da expansão. Aquilo que Você é transcende tudo isso. Então, Você em seu Ser, como Consciência, já vivencia esse Ilimitado Estado, fora de todos os estados.

Então, o nosso trabalho, nosso ponto aqui juntos, a direção aqui é em direção à Verdade Daquilo que somos, e, portanto, à transcendência desse estado egoico. Isso se torna possível quando ocorre uma mudança nessa estrutura do corpo e da mente, nessa estrutura psicofísica, e essa mudança é possível quando há o Despertar desse seu Potencial Divino, deste Poder do Silêncio, que é o Poder desta Consciência que está adormecido aí, nesse organismo.

Na Yoga, se diz que esse Poder está adormecido na base da coluna e, quando esse Poder se move, que é o Poder da Kundalini, acontece essa mudança para essa estrutura corpo-mente, uma mudança que torna esse mecanismo capaz desse assentar, do assentar desta Consciência, desta Presença Divina.

Então, quando Kundalini Desperta, que é o Despertar dessa Consciência, ela assume esse organismo e, quando isso ocorre, há uma mudança nessa própria estrutura física, biológica e psíquica desse organismo, desse mecanismo, desse corpo-mente.

Então, algo além de todos os estados se assenta. Na Índia, eles chamam de Turiya, o Estado além de todos os estados. Nós temos o estado de vigília, temos o estado de sonho e temos o estado de sono profundo, e, dentro desses 3 estados, nós temos diversos outros estados surgindo.

Então, emoções, sentimentos, pensamentos, percepções, todos denotam estados surgindo, todos sinalizam estados surgindo nesse mecanismo, nesse organismo. No entanto, quando você Realiza seu Ser, quando acontece esse Despertar da Kundalini aí, esse Estado acima de todos os estados, que é o Estado de Turiya, que na Índia é chamado de “quarto estado” possível ao homem, na Índia é chamado de “samadhi” ou “sahaja samadhi”, o Estado Natural de Presença, de Consciência, se assenta nesse mecanismo, se posiciona nesse organismo, então acontece a Iluminação Espiritual, o Despertar Espiritual.

Esse Estado não exclui o estado de vigília, sonho e sono profundo, mas esse Estado, nesse mecanismo, nesse corpo-mente, põe fim à infelicidade, a toda forma de sofrimento, a toda forma de medo psicológico, a tudo aquilo que não tem realidade, porque esse é o fim da ilusão, é o Despertar da Sabedoria, é o Despertar da Compaixão, é o Despertar do Amor, é o Despertar da Verdade sobre quem Você é, que é, basicamente, Felicidade, Paz, Amor, Silêncio. E Isso não é um estado, Isso é a Natureza da Verdade sobre quem Você é.

Aqui, quando me refiro à palavra “Felicidade”, não é a felicidade que a mente conhece; quando me refiro à palavra “Paz”, não é a paz que a mente conhece; “Amor”, não é o amor que a gente conhece.

Estamos falando de algo que você pode vivenciar, mas não há como colocar em palavras Isso, porque Isso transcende o mundo da mente, transcende o mundo do ego, transcende essa “consciência mental”, transcende toda experiência, de variados estados, que o homem tem vivenciado, experimentado, até hoje.

Então, Isso é o Despertar da Kundalini, Isso é o Despertar do seu Ser, Isso é o Despertar da Iluminação Espiritual. Então, ocorreu o fim do sentido de separação, a Liberação do seu Natural e Divino Estado de Ser. Essa é a vivência daqueles que Realizaram a Verdade sobre si mesmos, como Krishnamurti, Ramana Maharshi, Eckhart Tolle, Mooji, como Papaji e todos os outros. Aqui, se refere à Verdade sobre quem Você é, aqui e agora. Isso é o fim para toda a ilusão, o fim para toda forma de sofrimento. OK?

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Valeu pelo encontro e a gente se vê no próximo!

Julho de 2022
Gravatá-PE
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