tag:blogger.com,1999:blog-48275145724045078052024-03-18T19:44:29.203-03:00Satsang com Mestre GualbertoMARCOS GUALBERTOhttp://www.blogger.com/profile/13105561945604808653noreply@blogger.comBlogger712125tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-83084242767442011142024-03-14T15:00:00.000-03:002024-03-14T15:00:00.240-03:00Puro condicionamento psicológico | Livre do autocentramento | Ama o teu próximo como a ti mesmo<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/xXvtj1qdRVk' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Vamos colocar para vocês alguma coisa sobre essa questão fundamental do Amor. Eu vejo uma proximidade, uma coisa muito intimista entre o Amor e a morte. Na verdade, nós não sabemos o que é o Amor. Para nós o amor é uma experiência de sensação. Essa associação da palavra “amor” a uma experiência de sensação é algo muito forte em nós – tem sido assim desde criança. Todo o tipo de afago, carinho e toque que recebemos, que nos confere alguma forma de prazer, esse prazer é sensação. Uma criança vem recebendo isso desde muito pequena.</p>
<p class='blog'>Em nosso cérebro, em nosso intelecto, esse afago, carinho, prazer, que é uma mera sensação, associamos isso à palavra “amor”. Então, “aquele que me dá isso é aquele que me ama”. Nossos cérebros condicionados estão sempre relacionando uma sensação de prazer, de preenchimento, de satisfação a essa coisa chamada “amor”. O amor é isso? O amor é um sentimento?</p>
<p class='blog'>Uma sensação está dentro do sentimento, mas o pensamento também carrega a sensação. Observem que quando você tem uma lembrança, isso é um pensamento, mas é um pensamento carregado também de sensação. Um pensamento carrega sentimento. Nós associamos, em geral, toda essa sensação de prazer, esse sentimento de prazer a essa coisa chamada “amor”. Então, nós usamos a expressão “amor” sem saber o que isso significa. </p>
<p class='blog'>O ser humano é muito curioso, porque ele é um ser muito interessante. Não só a palavra “amor”, mas as palavras “Deus”, “verdade”, “liberdade”, tudo isso dentro de nós tem associações; associações de sensações, de sentimentos, de emoções. Então, nós acreditamos que sabemos o que significa a palavra “Deus”, porque há uma forte sensação envolvida nisso.</p>
<p class='blog'>Em nossa cultura, onde há essa crença geral em Deus, desde pequenos crescemos ouvindo músicas, frases, poesias, palestras, e lá estava essa palavra “Deus”. A vida religiosa que recebemos está muito associada a essa palavra. Assim, a nossa experiência de sensação, de emoção e sentimento em relação a essa palavra é muito forte, então nós temos a ilusão de que nós conhecemos Deus, porque isso nos emociona, nos cria uma sensação, um sentimento particular. O mesmo ocorre com a palavra “amor”, com a palavra “liberdade”. Sobretudo para aqueles que estão dentro de condicionamento político ou dentro de um certo treinamento filosófico, a palavra “liberdade” tem um forte impacto sobre eles. O mesmo ocorre com a palavra Deus para os religiosos. </p>
<p class='blog'>Não podemos negar a Realidade da Liberdade, nem do Amor, nem de Deus, mas não podemos associar essas palavras àquilo que nós acreditamos – e é isso que nós temos feito. Nós achamos que sabemos o que é o Amor; na verdade, tudo o que nós sabemos é condicionamento, é uma forma específica de pensar ligada a um sentir de puro condicionamento psicológico, de puro condicionamento, também, físico, a nível de sentimento, de sensação e de emoção. </p>
<p class='blog'>Agora, eu pergunto a você: o que é o Amor? Será esse amor que nós conhecemos a Verdade do Amor? Será que esse “Deus”, que é uma palavra para nós, associada a uma sensação, será que Deus é isso, uma palavra ligada a uma sensação? “Eu amo você!” O que isso significa? Se você se aproximar e olhar isso de perto, você vai ver que com a expressão “eu amo você”, o que, na verdade, eu quero dizer é que você me dá prazer, é que você me satisfaz, você me preenche de alguma forma. O que, na verdade, eu quero dizer é “eu quero você”, “eu preciso de você”. </p>
<p class='blog'>O Amor precisa de algo? A sensação precisa ser preenchida. Eu não sei se você já notou isso, que quando temos um desejo – que, na verdade, é uma sensação –, isso está sempre buscando uma forma de preenchimento. Quando essa sensação é negada, um desejo é rejeitado em “mim”, para “mim”, eu fico aborrecido, eu fico irritado. Se você não preenche a minha satisfação, se você não preenche o meu desejo, se você não preenche essa sensação que busco em você, eu não te amo mais, eu fico com raiva, você agora me aborrece, eu vou trocar você por outra (o). Cadê o amor?</p>
<p class='blog'>O amor está presente enquanto você me preenche, enquanto a minha sensação é satisfeita. Esse é o jogo. Então, quando eu pergunto: você ama sua esposa? Você, com muita certeza, diz: “Sim, eu a amo”. Não fique aborrecido comigo, mas se ela colocar chifre em você, o que vai acontecer com esse “amor”? Haverá raiva, vontade de que? Qual será a sua reação? O amor está presente? Até quando ele está presente?</p>
<p class='blog'>Então, o que nós temos na esposa? Uma companheira, uma cúmplice da nossa confusão, da nossa dor, do nosso medo, do nosso desejo. Ela é minha cúmplice enquanto faz parte do “meu mundo”. O que é esse “meu mundo”? Um mundo exclusivo desse “eu” que eu acredito ser, que pareço ser, que demonstro ser, cheio de exigências; e uma das exigências é ser amado, e ser amado é ser satisfeito emocionalmente, fisicamente, afetivamente, psicologicamente e sexualmente. Se faltar uma dessas coisas, o “amor” desce pelo ralo.</p>
<p class='blog'>Não há Amor. O que existe entre nós são sensações. Se você preenche o meu “eu”, preenche o meu ego, me dá prazer, satisfação, uma aprazível sensação, “eu amo você”, até que.... É sempre assim que funciona. Nós não sabemos o que é o Amor, nós sabemos o que é o apego. Um objeto que me dá prazer, a ele estou agarrado, porque ele me satisfaz. Isso vale para qualquer nível de objetos. Eu disse exatamente isso: para qualquer nível de objeto. Os níveis de objetos parecem ser diferentes, mas do ponto de vista desse, assim chamado, “amor”, que é a busca de sensação nessa experiência, todos esses objetos para “mim”, para esse “eu” são só objetos.</p>
<p class='blog'>Nós estamos sempre lidando com objetos, porque essa é a posição do sujeito. Examine isso, olhe para dentro de si mesmo, observe a verdade dessas relações que nós temos uns com os outros, observe isso claramente e você vai ver. Um carro nos dá uma satisfação, um preenchimento e uma sensação, mas não é sexual. A diferença está na sensação que os objetos nos causam e o que nós esperamos de cada objeto. Eu sei que não é nem tolerável ouvir isso assim passivamente, sem se aborrecer, mas é exatamente assim. A diferença dos objetos são as sensações que eles nos trazem e o quanto eles nos preenchem egoicamente, nesse autocentramento. Isso nós chamamos de “amor”.</p>
<p class='blog'>Não sabemos o que é o Amor porque não sabemos o que é a morte. Você saberá o que é o Amor quando descobrir o que é a morte, o que é morrer para toda e qualquer experiência. A sensação está presente, há um momento de prazer, mas o prazer é solto, a sensação perde a importância, porque esse “eu” desaparece quando a morte acontece dentro da experiência. Então, é nesse sentido que eu uso aqui a palavra “morte”. Morrer para cada momento, isso significa uma vida livre do “eu”, desse autocentramento. Sua relação com a esposa, com os filhos, com os objetos será uma relação inteiramente nova, porque haverá Liberdade. </p>
<p class='blog'>A Liberdade está presente porque a morte está presente. Então, se queremos descobrir o que é o Amor, não podemos jamais confundir isso; não confundam sensação, prazer, preenchimento, não confundam isso nessa mente que procura isso. A presença do Amor é a ausência da mente, dessa mente que procura sensação, que busca se preencher nas experiências, que internamente é dependente, que externamente é dependente. Internamente é psicologicamente: “eu me lembro dela, sinto falta dela, eu a amo”. “Eu me lembro dela, sinto falta dela porque ela me satisfaz, ela é tudo o que eu preciso para esse momento”: o desejo está imperando. </p>
<p class='blog'>Quando o desejo está presente, a imagem do outro está presente, então “eu a amo”. Consegue amar as pessoas das quais não se lembra? Se eu digo: você ama a sua esposa? A imagem da esposa vem. Existe presença de esposa sem a lembrança de esposa? Há uma sensação. O que é uma imagem? O que é um pensamento? Uma lembrança. Você ama a sua esposa? Você vai dizer: “Já amei”. E por que você diz “já amei”? Porque antes de ser traído, você a amava. A lembrança que você tem dela agora, cadê o amor? </p>
<p class='blog'>Então, repare: aquilo que nós chamamos de “amor” está associado à memória, a pensamentos. Qual é a verdade disso tudo? O “eu” não sabe o que é o amor, a pessoa não sabe o que é a morte. A pessoa não sabe absolutamente nada. Ela não sabe quem é Deus, mas diz “o meu Deus”, como a outra diz “o meu amor”. Será o amor uma coisa pessoal? Será uma coisa particular, associada a essa sensação que quando é preenchida me deixa relaxado e tranquilo, e que quando me é negada eu fico irritado e muito aborrecido? Qual é a verdade disso tudo? </p>
<p class='blog'>Você não sabe o que é o Amor. Você não sabe quem é Deus. Você não sabe quem é o outro. Você não sabe quem é você mesmo. Mas os religiosos dizem, Jesus disse: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”. Sim, é perfeito o que Jesus disse. O que não está completo é aquilo que fazemos do que Jesus disse. Nós não sabemos o que Jesus disse, mas temos ideias sobre isso. Você pode amar o seu próximo? A pergunta é: quem é você? Sem descobrir a Verdade desse Amor que Você é, o que significa amar o seu próximo como a si mesmo?</p>
<p class='blog'>Se você não sabe o que é amar a si mesmo, como pode amar o seu próximo como a si mesmo? Nós achamos bonito, associamos a sensações de cuidado, de carinho, de renúncia pelo outro. O que há por detrás disso tudo? O que é que ocultamos por detrás disso tudo? Que espécie de interesse carregamos? Que espécie de busca de preenchimento nós buscamos? Talvez elas não sejam tão declaradas assim, mas de uma forma sutil existe um interesse, assim chamado, “espiritual”, o que também ainda representa uma forma de sensação muito particular para o ego nesse, assim chamado, “amor”, associado a cuidado, à apreciação e a carinho pelo outro, o que não passa de caridade. </p>
<p class='blog'>Amor não é caridade, Amor não é a sensação de se sentir melhor consigo mesmo porque está deixando o outro feliz. Talvez você diga: “Não, não há egoísmo aí, o ego não está envolvido nisso, isso é amor incondicional”. Isso é verdade? Você já percebeu como você se sente feliz quando deixa o outro feliz? Você está fazendo para o outro estar feliz ou você está fazendo porque é bom ser bom? Faz bem ser bom, te deixa feliz fazer o bem.</p>
<p class='blog'>Então, não importa se esse, assim chamado, “amor” tem esses aspectos externos, aparentemente grosseiros, de busca de preenchimento puramente egoico, pessoal, declarado ou se essa busca de preenchimento está velada, oculta, disfarçada na aplicação de princípios, assim chamados, “espirituais” porque Jesus disse, porque Buda disse, porque Krishna disse.</p>
<p class='blog'>Então, o que é o Amor? O Amor é aquilo que está presente quando o “eu” não está, quando o ego não está. É necessário nós descobrirmos o que é morrer dentro da experiência para a dor e para o prazer, aí podemos descobrir alguma coisa além da mente, além da sensação, além do preenchimento, além do prazer, além dos objetos, além das coisas, além do mundo, além da pessoa. Então o outro, agora sim, não está mais, não está mais lá. O outro sou eu mesmo. Essa é a presença do Amor – “Ama o teu próximo como a ti mesmo”. </p>
<p class='blog'>Se o sentido do ego não está, a Verdade do Amor está, e esse Amor não é o outro, esse Amor é a presença da Realidade. Então, a Verdade sobre o seu Ser é a Verdade sobre o Ser, e aqui não tem mais o outro. Isso é cumprir o que Jesus disse. A visão da Verdade é a visão do Amor. Essa visão está presente quando o “eu” não está, quando o ego não está. Isso é Amor, isso é a morte, isso é a Vida, isso é Deus, isso é a Liberdade, isso é a Felicidade. </p>
<p class='blog'>Repare, nós usamos de uma forma muito ampla essas palavras, associadas a todo tipo de coisa, e nada disso é Real. E aqui estamos dizendo que estamos lidando com uma Única Realidade. Realize seu Ser, Realize Deus, fique Quieto. Descubra a Verdade sobre Isso, deixe Isso assumir esse lugar nesse corpo, nessa mente, e o Amor estará presente. Antes disso é uma viagem do próprio “eu” nessa ilusão de conhecer as coisas e saber a verdade delas. Tudo isso é falso.</p>
</div><div class="localdata">Fevereiro de 2024<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-23811110185352925192024-03-12T15:00:00.002-03:002024-03-12T15:00:00.164-03:00O Despertar da Sabedoria. Conflito nas relações. Verdadeira Meditação Prática. Desordem psicológica.<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/Mm6SrsnybKE' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Você já percebeu que nós estamos trabalhando aqui com você a respeito do Despertar da Verdade d’Aquilo que trazemos. Portanto, estamos trabalhando com você o fim para a ignorância, para essa autoignorância, a ignorância a respeito de nós mesmos. Em geral, o ser humano não se conhece, nós não nos conhecemos. </p>
<p class='blog'>Aqui estamos investigando com você a questão do Despertar da Verdade que somos, portanto, o Despertar da Sabedoria. Então, para perguntas do tipo: “Como alcançar a Sabedoria?” ou “Como alcançar a Iluminação Espiritual?”, nós estamos tratando exatamente da mesma coisa quando estamos investigando a questão a respeito desse "eu" que apresentamos ser, que demonstramos ser na vida.</p>
<p class='blog'>Assim, nós vamos agora olhar com você um pouco a respeito da possibilidade desse encontro com a Verdade, com a Verdade que somos, com a Verdade que trazemos e, portanto, com o Despertar da Sabedoria – o que alguns chamam também de Iluminação Espiritual –, a Verdade desse Ser que somos quando esse “ser” que apresentamos ser, que colocamos na vida sendo já não estar mais presente. </p>
<p class='blog'>Estamos investigando a Verdade sobre o que é. O que é é isso que se apresenta aqui, nesse momento. Toda forma de desordem psicológica, toda forma de contradição interna está presente no ser humano – o medo, o desejo, a ambição –, toda forma de contradição e conflito em nossas relações, na relação com as pessoas, na relação com nós mesmos, na relação com a vida, todo tipo de confusão está presente em razão da ignorância.</p>
<p class='blog'>Em geral, nós não investigamos a verdade da confusão, do medo, do desejo, da contradição, do conflito em nossas relações. Nós não investigamos isso, então nós não temos um contato direto com o que é. Alguns acreditam que alcançar a Sabedoria é algo que se torna possível quando nós estudamos, quando nós aprendemos, quando nós nos esforçamos muito em direção a uma educação acadêmica, livresca. Então, se estudarmos livros de psicologia, de religião e de filosofia, iremos alcançar a “verdade da sabedoria” e isso irá representar para as nossas vidas uma mudança, uma radical transformação, uma significativa qualidade de vida. </p>
<p class='blog'>Qual será a verdade sobre o Despertar da Sabedoria? Aqui nós estamos lhe dizendo que a Sabedoria é algo inato, uma vez que você tenha atenção para uma direta compreensão e para um estudo não dos livros, mas para o estudo de si mesmo, nesse momento. A compreensão disso que se mostra como sendo isso que é para essa pessoa que você acredita ser, quando você está na relação com o outro, na relação com você mesmo, numa relação direta com pensamentos que produzem medo ou desejo.</p>
<p class='blog'>Assim sendo, o estudar a nós mesmos é aquilo que se faz realmente necessário para o Despertar da verdadeira Sabedoria. Na realidade, sem essa compreensão – que é a compreensão do que é, de como você é nesse momento –, sem esse estudar a si próprio, sem a verdadeira visão desse conhecer a si mesmo, desse estudar a si mesmo, que é a Verdade do Autoconhecimento, ficamos impossibilitados de uma compreensão direta sobre quem, verdadeiramente, nós somos – quem nós somos nisso que se mostra aqui, nisso que é.</p>
<p class='blog'>A não compreensão disso não nos permite ir além dessa condição. Se há medo, se há inveja, se há ciúme, se há confusão, se há desordem, se há sofrimento, se há essa presença da ignorância, a não compreensão direta disso que é não nos permite ir além disso. Ir além disso significa constatar a Realidade inata do Despertar desta Real Inteligência, desta verdadeira Sabedoria, que é algo, que é parte d’Aquilo que somos; na verdade, é nossa Real Natureza.</p>
<p class='blog'>Quando há essa Inteligência, quando há essa Sabedoria, temos presentes a Verdade, e a Verdade é isso que se mostra além do que é. Mas nós precisamos primeiro nos aproximar disso que é, disso que está aqui, investigar isso. Assim, não vem pelo conhecimento intelectual, não vem pelo estudo da psicologia, da filosofia, da religião, mas vem pelo Despertar de nossa Natureza Verdadeira quando essa identidade que somos, que é o "eu", pessoa, já não está mais presente. Então, qual é a natureza desse "eu"? Qual é a natureza dessa pessoa?</p>
<p class='blog'>Repare que nossas ações, assim como nossos sentimentos, emoções, nossa relação com o mundo, nossa relação com a vida, com nós próprios, sempre se baseiam em experiências passadas. Então, ao passarmos por experiências, nós adquirimos essas experiências, elas se tornam parte de nossa memória, de toda essa formação que trazemos, que temos e, portanto, que manifestamos agora, aqui. </p>
<p class='blog'>Então, a verdade daquilo que manifestamos é a verdade daquilo que é nesse instante. A ideia de mudar isso, de alterar isso, de modificar isso, de transformar isso, com base numa formação intelectual, através de um estudo intelectual dos livros, isso não funciona, porque estamos, mais uma vez, trazendo para dentro dessa experiência a nossa cultura de guardar mais ainda informações. </p>
<p class='blog'>Nós temos muitas informações guardadas, já temos muito conhecimento guardado porque já passamos por muitas experiências, já nos envolvemos com toda forma de prática religiosa, espiritual, já lemos muitos livros e, apesar disso, aquilo que demonstramos ser neste momento continua sendo essa pessoa. Insatisfeitos com essa pessoa, nós ainda estamos acreditando que, adquirindo mais – ou seja, mais informação, mais experiência – iremos um dia, em algum momento, vivenciar uma mudança. </p>
<p class='blog'>Nós não podemos ter a Verdade que está além disso que está aqui se mostrando tendo por princípio uma ideia de realização no futuro para isso, com base nesse princípio, porque estamos apenas nos movendo dentro de uma condição psicológica de tempo.</p>
<p class='blog'>Psicologicamente, nós acreditamos no tempo: “Eu sou isso, mas eu serei aquilo amanhã”; “O medo está aqui, mas amanhã estarei livre do medo”; “A inveja está aqui, mas amanhã estarei livre da inveja”; “Eu só preciso estudar mais”. Estudar mais o quê? “Mais sobre a inveja”; “Eu preciso estudar mais sobre a questão da violência porque pretendo deixar de ser violenta”; “Eu preciso estudar mais sobre a questão do amor, eu preciso descobrir como amar. Ainda não estou amando o suficiente, mas amanhã conseguirei isso. Então eu preciso estudar mais essa questão do amor”.</p>
<p class='blog'>E tudo o que temos feito nessa ideia de amanhã é colocar esse conceito de que vamos ir além disso que é se aprendermos mais nos livros ou colocando a nós mesmos numa condição de esforço, de disciplina e de ordenamento para um novo padrão de comportamento. Observem que isso não tem funcionado, porque é sempre o velho movimento do "eu", da pessoa, do próprio experimentador mantendo sua continuidade nessa ilusão de que um dia, fazendo uso do tempo, irá obter esse resultado. </p>
<p class='blog'>Aqui o ponto é que esse tempo é o tempo criado pelo pensamento – o tempo de um ideal, de um objetivo, de um propósito. Será essa a forma de realmente eliminarmos de nós o medo, a inveja, a violência, a ausência do amor? Tudo o que conhecemos como amor é outra coisa. O amor que conhecemos carrega um outro lado dele, que é o ciúme, o despeito, a dependência emocional. Naturalmente, esse “amor” que carrega esse outro lado não pode ser o Amor que estamos tratando aqui.</p>
<p class='blog'>Estamos falando da Verdade do Amor, Aquilo que está presente quando o sentido do “eu”, do ego, já não está mais. Portanto, tudo que o experimentador, que é o “eu”, o ego pode fazer é realizar superficiais mudanças, é se ajustar ao novo modelo, a um modelo de simplicidade, de humildade, de amor, de não violência, de coragem, como ausência do medo e assim por diante. Então, o que o experimentador pode fazer é, diante disso que é, criar alterações.</p>
<p class='blog'>Aqui estamos colocando para você a beleza de irmos além disso que é, para uma profunda, significativa e radical transformação de tudo isso, o que representa o fim do “eu”, o fim do ego, o fim desse experimentador. Esse é o fim disso que é para algo inteiramente diferente de tudo isso, totalmente desconhecido desse antigo e velho modelo, que é o modelo do “eu”, do ego, dessa ignorância, dessa ilusão.</p>
<p class='blog'>Assim, o Despertar da Sabedoria é a ciência da Revelação de Algo que está além do “eu”, do ego, do experimentador. Esse experimentador é o centro de suas particulares experiências, então, nossa relação a partir deste centro será sempre uma relação onde o princípio da separação estará presente. A separação é entre “eu e você”, “eu e o outro”, “eu e o mundo”, “eu e a tristeza”, “eu e o medo”, “eu e a dor". Eu me refiro a essa dor psicológica, por exemplo, da solidão, da frustração, do medo. Se isso está presente, nós não temos a Verdade da Sabedoria, a Verdade da Revelação d’Aquilo que está além dessa condição, que é a condição pessoal de ser alguém na vida, no viver. </p>
<p class='blog'>Para que isso se torne possível, nós temos que ir além dessa noção de tempo de “eu sou e eu serei”. Nós sempre temos a ideia de vir a ser, de se tornar, de alcançar, de obter, de realizar, assim colocamos a noção do futuro. Então, esse idealismo é algo criado pelo pensamento. O pensamento sustenta essa ideia de “alguém mudado”, de “alguém transformado”, de “alguém diferente”. Esse “alguém” sou eu, então, “eu sou isso, mas amanhã serei aquilo”.</p>
<p class='blog'>Percebam a ilusão em que nós nos encontramos quando estamos dentro dessa formulação de ideias, de crenças: “então eu fui, eu sou e eu serei”. Qual é a verdade desse “eu”, desse experimentador? Ele é um conjunto de experiências guardadas, portanto, ele carrega um centro; ele sendo o experimentador com as suas experiências, pelas quais já passou, e ele está guardando, cultivando isso e mantendo a continuidade de suas experiências. </p>
<p class='blog'>A cada momento na vida sempre nos deparamos com algo novo. A vida é um desafio sempre novo, mas o modo que temos de nos aproximarmos da vida nesse momento – e aqui a vida é a relação com o outro, a relação com o sentimento, a relação com o pensamento, com uma emoção, com uma sensação, com um modo de perceber nesse instante – é com o velho presente. Esse velho que está presente é o experimentador, o “eu”, o ego. </p>
<p class='blog'>Estamos sempre diante do que é sem tomarmos ciência disso aqui e agora, sem tomarmos ciência desse movimento, que é o velho movimento do “eu” absorvendo esse momento presente dentro já dos princípios que o “eu”, o ego, o experimentador já tem. Então, estamos trabalhando aqui com você, lhe mostrando a possibilidade de irmos além dessa condição, que é a condição do ego, e isso se torna possível quando você investiga a natureza do “eu”, a natureza do ego. </p>
<p class='blog'>Assim, a base para essa visão é a compreensão do movimento do pensamento, do sentimento, da emoção, da percepção, aqui, nesse instante. Isso requer a Verdade de uma aproximação do Autoconhecimento e da verdadeira Meditação de uma forma vivencial, prática, para o contato com a Vida nesse momento, sem esse sentido do “eu”, do ego, do experimentador.</p>
</div><div class="localdata">Fevereiro de 2024<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-90584670560153770782024-03-07T15:00:00.003-03:002024-03-07T15:00:00.142-03:00O que é a morte do ego? Verdade sobre a Meditação. Pura Consciência. Atenção Plena. Real Consciência<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/Zk6WTRCXIs8' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>A coisa que realmente importa é a gente perceber essa Compreensão da Verdade, da morte da ilusão – e só o que pode morrer é a ilusão. Estamos tratando da morte da ilusão desse “eu”. Essa palavra “morte” é uma palavra que assusta, e muito, porque isso remete você ao fim de alguma coisa. Mas a verdade sobre isso é que nós nunca experimentamos a beleza do fim das coisas. O nosso movimento é sempre de adquirir, de possuir, de guardar, de acumular, de ter. Nós sempre temos a ideia de que quanto mais nós temos, porque adquirimos e agora acumulamos, mais seguros nós nos sentimos. </p>
<p class='blog'>Aqui, tratamos do fim dessa memória psicológica, algo que eu tenho chamado de “complexidade de memória” ou “memória complexa”. Nós temos dois tipos de memória. Temos a memória simples, a memória da qual fazemos uso tecnicamente, tecnologicamente, funcionalmente, em nossa vida; e temos a memória complexa, que é a memória psicológica. Estar ofendido com alguém é ter guardado a lembrança dele ou dela, ele ou ela sendo alguém que não gosta de você, ele ou ela sendo alguém que maltratou você. Esse é um exemplo simples de memória complexa, de memória psicológica. </p>
<p class='blog'>A nossa vida no “eu”, a nossa vida no ego é memória. Então, será que é possível realmente não carregar mais esse “eu” e, portanto, essa memória complexa, que é a memória dessa egoidentidade? Em outras palavras, seria interessante você viver sem se ofender, sem se magoar, sem se aborrecer, sem se entristecer com ninguém? Seria interessante para você não depender da apreciação nem do distrato do outro para ter uma posição sobre quem o outro é? Em outras palavras, seria interessante você viver sem imagem do outro? </p>
<p class='blog'>Numa relação entre um casal, seria interessante sua relação com a esposa sem nunca ter dela qualquer psicológico desgosto, tristeza, raiva, irritação ou cobrança de que ela seja diferente de como ela é para você se sentir bem nessa relação? Seria interessante vivermos sem imagens das pessoas? Seria interessante você viver sem qualquer imagem de si mesmo, ou seja, não ter o que defender a respeito da avaliação que o outro faz de você, com o que pensam sobre você, com o que dizem sobre você, se gostam ou não gostam de você? </p>
<p class='blog'>É isso que eu tenho chamado “a morte do eu”. Uma vida livre do sentido de alguém presente, dentro deste instante, nessa relação com o outro. Esse é o fim dessa memória complexa, dessa complexidade de memória que é a memória do “eu”. É essa memória do “eu” que tem crenças e descrenças. É essa memória do “eu” que usa expressões como “eu acho que”, “eu penso que”, “para mim isso não tem importância”. Estamos sempre com esse “mim”, com esse “eu”, com as nossas opiniões, com as nossas crenças, com as nossas descrenças. Tudo isso faz parte deste “eu”, da ilusão desta egoidentidade. </p>
<p class='blog'>Uma coisa interessante sobre essa egoidentidade, também, é o fato de que ela se sente como sendo uma entidade presente que carrega uma individualidade bem peculiar, bem única, bem singular, o que não é verdade, porque tudo aquilo que você sente, pensa, acredita ou não acredita é algo comum a todos. Não existe esse sentido de individualidade separada, não existe um real sentido de alguém presente dentro dessa experiência. Tudo o que nós temos é um conjunto de memórias e uma habilidade inconsciente, mas muito presente nesse cérebro, de estar o tempo todo avaliando, julgando, comparando e formando novas imagens nas relações. </p>
<p class='blog'>Então, nós estamos sempre dando continuidade ao “eu”, sempre dando continuidade ao ego, sempre dando continuidade a essa memória complexa, a esse sentido de alguém presente. E isso é conflito, isso é sofrimento. Essa qualidade de vida no “eu”, no ego, é ignorância. Então, quando a gente se aproxima desse trabalho sobre nós mesmos, dessa visão da Verdade sobre quem somos, nós nos deparamos com esse “eu”, com esse modo de nos relacionarmos com o momento, sempre a partir desse centro que está sempre formando imagens, sempre sustentando ideias, sempre tendo opiniões, sempre avaliando, e isso nos torna pessoas complexas, faz de nós pessoas tendo esse padrão de vida centrado no “eu”. </p>
<p class='blog'>Ainda não descobrimos a beleza de permitir a experiência sem a mente. É a presença da mente que torna a experiência algo que guardamos, que registramos. Estamos sempre dando continuidade a esse passado registrado, a essa memória guardada, a essa imagem que o “eu” tem dele mesmo na relação com o outro. Estamos sempre dando continuidade a esse passado. </p>
<p class='blog'>O que é essa morte do “eu”? O que é a morte do ego? É o fim do passado. Então, é este momento presente, onde a experiência perdeu a importância porque a mente não está. Acompanhe isso: a presença da Verdade d’Aquilo que é Você, não daquilo que se mostra sendo você: isso é o fim da mente presente, o que representa o fim da experiência. Então você está diante de um experimentar. </p>
<p class='blog'>Ao se encontrar com alguém, o experimentar é tão Real, há uma Atenção tão plena, há esta Presença tão verdadeira, de plena Consciência, de plena Atenção, que a experiência perdeu a importância. O registro daquela experiência perdeu a importância, então o experimentar é significativo. É isso que eu tenho chamado a morte do “eu”, a morte do ego. Vale dizer aqui que isso é agora, sempre neste momento. Então, você está sempre diante de algo novo, porque não existe esse “eu”, não existe esse experimentador, não há nenhuma importância mais nessa experiência. Fica o experimentar, e nesse experimentar, o sentido do “eu” não está, o sentido do ego não se mostra, a experiência perdeu a importância. </p>
<p class='blog'>O experimentar é significativo, o momento é significativo, este instante é único, não há o “eu”. Vocês têm momentos assim, onde o experimentar é significativo. A experiência perde a importância, porque o experimentador não tem qualquer importância ali, onde a mente não entra ali. </p>
<p class='blog'>Quando você está diante de um pôr do sol ou caminhando numa trilha, há só o caminhar; ou olhar para a floresta, o cheiro das árvores, a brisa soprando, a mente não está, o experimentador não está, há só este instante. Isso é o experimentar. O ego não registra, não há o que ser registrado. Ele não pode tomar posse disso, o ego não tem qualquer interesse sexual, emocional, sentimental, nem intelectual nisso. Ele não pode adquirir esse momento. Nesse instante, não há “eu”. Esse é o momento da morte do ego, o momento do experimentar puro sem o experimentador, sem a mente, sem o próprio observador. </p>
<p class='blog'>O observador em nós é aquele que observa e se separa para registrar. O observador em nós funciona como uma câmera fotográfica. A câmera está aqui e o objeto está lá, o que a câmera faz é se separar para registrar. É assim que o ego funciona. Esse “eu”, esse observador, esse experimentador está assim na sua vida. </p>
<p class='blog'>Quando você se encontra com pessoas, você vive essa experiência e registra essas experiências para, ao encontrar aquela pessoa novamente, com esse fundo que você já traz, saber se posicionar naquela relação. Tudo isso ocorre em nossas relações uns com os outros porque o ego carrega medo, ele se sente inseguro e ele quer controlar a experiência. É por isso que ele entra para experimentar; ele entra para registrar. Então, ele é como uma câmera fotográfica que está sempre fotografando e registrando. </p>
<p class='blog'>Quando você está em uma trilha, quando você está diante de um pôr do sol, sentado numa rocha, o mar, a luz do sol reluzindo sobre as águas, as ondas vêm com suas espumas e batem sobre aquelas rochas, há só o olhar, há só o momento, há só o experimentar. Não há registro, não existe essa câmera. Nesse instante, Algo está presente. Esse Algo não é o “eu”. Não há qualquer separação, porque não existe câmera, não existe registro, não existe observador. A coisa observada e aquele que observa são uma única Realidade. A rocha, aquele sentado na rocha, as espumas do mar voltando depois de terem batido nas rochas, só não é mais uma experiência, é um Real experimentar porque não fica registro, então o “eu” não está.</p>
<p class='blog'>Uma vida na relação com o marido, com a esposa, com o patrão, com os empregados, no viver, momento a momento, sem o “eu”, sem a mente, sem o observador, sem a câmera, sem o registro, é uma vida livre. Isso é a morte do “eu”, isso é a morte do ego. Isso é o fim desta memória complexa. É o contato com a vida na totalidade dela. </p>
<p class='blog'>Então, você pode fazer uso de sua memória de uma forma muito simples. Você pode até mesmo se lembrar que esteve naquela praia, que aquele momento ocorreu, mas ele não carrega mais um fundo de exigência, ele não é mais o momento que o ego sustenta, que o “eu” pôde capturar, que esse “mim” agora está dizendo: “É meu, tenho que voltar naquela praia de novo e sentir aquela mesma coisa.” Isso não acontece porque o ego não estava lá, não houve registro, foi só um momento que se foi.</p>
<p class='blog'>A vida neste instante está acontecendo dessa forma. Você não precisa estar à beira de uma praia, diante de um pôr do sol. Você está diante de pessoas, numa relação com as pessoas, numa relação com esse momento, sem registro, sem essa memória complexa que o “eu” exige, que o “eu” busca para manter sua continuidade. </p>
<p class='blog'>Então, o que é a Verdade do seu Ser? É esta presença desta Realidade, desta Pura Consciência, desta Real Consciência quando a mente não está – e aqui, é claro, me refiro a essa mente egoica –, quando o “eu” não está, quando o registro não fica, quando a experiência perde a importância. Então o seu Estado Natural de Ser se Revela. Isso é a aproximação da Meditação. </p>
<p class='blog'>Coloquem isso em evidência agora, aqui, neste momento. Não precisa estar na beira de uma praia, não precisa estar diante de um pôr do sol, você está aqui e agora. Um pensamento surge, um sentimento, um rosto, uma pessoa, o que quer que esteja ocorrendo à sua volta. Esse “eu” é dispensável, esse registro é dispensável, esse movimento interno de inconsciência que lhe faz dar valor à experiência para poder capturar isso é desnecessário. </p>
<p class='blog'>Então, aqui estamos nos aproximando da Verdade sobre a Meditação. E a Meditação está aqui e agora, não requer nada a não ser estar aqui e agora, sem o registro, sem o “eu”, sem o ego. Talvez você diga: “E como é isso?” Atenção. Plena Atenção sobre este momento. Nenhuma ambição, nenhum desejo de capturar, nenhuma intenção de levar isso para depois deste momento. Então não há registro. </p>
<p class='blog'>Podemos passar uma vida inteira, mas uma vida no “eu” é uma vida em morte. Uma vida livre do “eu” é uma Real Vida na Verdade do Ser, na Verdade Divina, na Verdade de Deus. Isso é Autorrealização, isso é Realização de Deus. A memória simples está presente, mas a memória psicológica não está. A memória simples está presente, mas a memória do “eu” não está. E isso é o fim da ilusão, isso é o fim de toda forma de complicação, sofrimento, medo e desejo. Isso é o fim do “eu”, essa é a Liberdade do Ser, essa é a Liberdade de Deus. Isso é Realização de Deus, isso é Amor, isso é Felicidade. Aqui está a Verdade, aqui está o seu Ser.</p>
</div><div class="localdata">Janeiro de 2024<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-60442580859476156362024-03-05T15:00:00.002-03:002024-03-05T15:00:00.129-03:00Condicionamento psicológico. A vida em seu propósito. A verdade do Autoconhecimento. O que é a vida?<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/A3vvsVe5AxU' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>É comum a pergunta: “Como encontrar o meu propósito na vida?” Ou: “Como encontrar o propósito na vida?” Existe aqui uma coisa que a gente tem que esclarecer para você. Primeiro, precisamos descobrir, antes de tudo, o que é a vida, porque nós falamos da vida como se nós já conhecêssemos a vida. Então, “Eu já conheço a vida, agora só tenho que encontrar o meu propósito nela”. Isso é verdade? </p>
<p class='blog'>Então, notem que coisa estranha nossa visão: primeiro acreditamos que nós já conhecemos a vida e que agora só precisamos encontrar o nosso propósito na vida; mas o que é a vida? Então, essa é a primeira pergunta. E existe tal coisa como "o propósito da vida"?</p>
<p class='blog'>Notem que nós estamos dentro de uma confusão. Psicologicamente, nós nos sentimos sendo alguém, então nós temos esse ser psicofísico que acreditamos ser, corpo e mente, vontade, liberdade, autonomia de pensamentos, de ações... Será que isso é verdade? Será mesmo assim? Nós somos quem nós acreditamos ser? E nós podemos o que nós acreditamos poder? E agora temos esse ideal, o ideal de descobrir o nosso propósito na vida.</p>
<p class='blog'>O ponto aqui é que nada disso é real, nós não nos conhecemos. Qual é a verdade sobre você? Qual é a verdade sobre a vida? Essa ideia de ser “alguém” nesse momento, aqui, dentro da experiência, naturalmente separado da experiência, é uma ilusão. É a ilusão do controle, é a ilusão do fazer, é a ilusão do poder, é a ilusão de ser. Por exemplo, a ideia que você faz sobre você é uma imagem, é apenas uma imagem que não se ajusta à realidade. </p>
<p class='blog'>Veja, é muito simples ver isso. A ideia que você tem sobre quem você é, observe os estados internos de contradição presente dentro de cada um de nós. Você sente uma coisa, mas gostaria de sentir outra coisa, então há uma contradição entre o que você sente e o que você deseja sentir. Há uma contradição de movimento de pensamentos também: você tem um pensamento, você acredita que é seu esse pensamento, mas você não pode se livrar dele quando deseja se livrar.</p>
<p class='blog'>Reparem os pensamentos em nós, como eles se processam. É verdade que você tem esses pensamentos ou são pensamentos que surgem apesar de você? Se você tivesse controle sobre os pensamentos, você não teria pensamentos produzindo contradição interna entre o que você quer e o que você não quer, entre o que você sente e o que você não quer sentir, entre o que você pensa e o que você não quer pensar.</p>
<p class='blog'>A verdade sobre os pensamentos é que eles são automáticos, eles são mecânicos, eles se processam dentro de um cérebro. Você nunca se pegou cantarolando uma música? Nunca se pegou com uma música se repetindo dentro da sua cabeça? É verdade que você trouxe aquela música, ou ela apareceu? Você nunca percebeu que pensamentos surgem e você não sabe de onde eles estão vindo? Tanto é assim que você quer se livrar deles e essa vontade de se livrar é uma coisa, e o poder de se livrar é uma outra coisa. </p>
<p class='blog'>Nós não nos livramos de pensamentos quando desejamos, não pensamos quando queremos, não nos livramos do pensamento quando queremos, não sentimos o que queremos sentir, não nos livramos dos sentimentos quando desejamos nos livrar. Então, nós vivemos internamente em estados de contradição, sem qualquer controle sobre sentimento, emoções, percepções e sensações, isso simplesmente acontece nesse corpo-mente em razão de um modelo de programação nessa estrutura, nesse cérebro, nesse corpo. </p>
<p class='blog'>O corpo está apenas reagindo aos estímulos, o cérebro está apenas respondendo aos estímulos. Há estímulos externos e estímulos internos e, mesmo assim, você acredita que existe como uma entidade presente no controle de todo esse processo. Isso é uma ilusão A ideia de um "eu" presente sendo o gerenciador, o controlador, que tem autonomia, liberdade e poder sobre todo esse processo de pensar, sentir e agir, isso é uma ilusão. </p>
<p class='blog'>Com um pouco de honestidade, você irá perceber isso que estamos dizendo. Basta apenas olhar para si mesmo e irá perceber a contradição, a culpa, o remorso, o arrependimento, a dúvida, o medo, tudo isso mostra estados internos de contradição e, portanto, de sofrimento dentro de cada um de nós. Esta é a presença desse "mim", desse "eu", desse ego, da ilusão de uma identidade presente no viver, na experiência. E como podemos falar de conhecer o propósito, “o meu propósito”?</p>
<p class='blog'>Antes de tudo, precisamos compreender a verdade desse "eu" para descobrir se há, de verdade, qualquer propósito para ele. Precisamos, antes de tudo, descobrir qual é a verdade da Vida e descobrir se, na verdade, na Vida existe esse elemento que é esse "mim", esse "eu", essa pessoa. Qual é a verdade do "eu"? Qual é a verdade da Vida?</p>
<p class='blog'>É isso que estamos vendo aqui juntos. Enquanto não nos livrarmos da ilusão desse "eu", que é o ego, desse que vive dentro dessa condição de completa ignorância a respeito de todo esse processo de movimento dele próprio, enquanto esse cérebro, essa mente não encontrar ordem, enquanto não houver ordem psicológica, enquanto todo esse movimento do cérebro for um movimento de condicionamento psicológico, onde nossas respostas são respostas reativas, de condicionamento, de memória, reações da memória – da memória motora, da memória emocional, da memória de sentimento, da memória de pensamento –, enquanto todo o movimento desse ser psicofísico for este, tudo o que temos é desordem, tudo o que temos é confusão, tudo o que temos é parte, ainda, da ilusão. </p>
<p class='blog'>Qual é a verdade desse “eu”? Haverá um propósito para esse “eu"? Ou esse “eu” é um conjunto de condicionamento, uma programação, um movimento de inconsciência presente nesse mecanismo, nesse corpo-mente, se movimentando nisso que nós chamamos de “vida”? Qual é a verdade desse “mim”? Qual é a verdade desse “eu”? Se aproximar de si mesmo é tomar ciência desse movimento, então se torna possível um descondicionamento psicológico, um descondicionamento de todo esse movimento que ocorre de uma forma inconsciente, mecânica nesse mecanismo, nesse corpo-mente.</p>
<p class='blog'>Então, a grande verdade é que nós desconhecemos a nós mesmos, não sabemos como nós funcionamos, não sabemos como essa mente funciona, como esse cérebro funciona, como esse “eu” tem se estabelecido nessa condição usando esse pronome, e pronomes do tipo “meu”, “minha”, “minha história”, “minha vida”, “meu nome”. </p>
<p class='blog'>Estudar a si mesmo é ir além dessa condição de identidade egoica, de identidade pessoal. É compreender a verdade de si mesmo, é compreender a verdade sobre esse “mim”. Então nos deparamos com a Vida sem esse movimento, que é o movimento do “mim”, do “eu”. Então, sim, nesse momento se torna possível descobrir a Vida em seu propósito. Eu não disse a vida desse “eu”, desse “mim” encontrando o seu propósito na Vida. Eu estou dizendo que é possível descobrirmos juntos, nesse Despertar da Verdade sobre quem somos, o propósito da Vida. Não é a vida pessoal desse “mim”, é da Vida. </p>
<p class='blog'>A Vida tem um propósito, o “eu” não carrega nenhum propósito na Vida. O propósito da Vida, o propósito na Vida é a própria Vida em seu propósito, não há o “mim”, o “eu”, o ego dentro disso. Mas estamos diante de algo fascinante, porque uma vez que aconteça, que ocorra essa compreensão da Verdade sobre quem somos, nós temos o fim da ilusão desse “eu”. </p>
<p class='blog'>Então, nesse momento, a Vida carrega uma grande Beleza, um grande propósito. Nesse momento, a Verdade se revela, se mostra como sendo Você em seu Ser verdadeiro, em seu Ser Real, que não está separado da Vida e, portanto, não está separado do propósito. Então, nesse momento nós temos a Vida, este Ser, esta Verdade, nós temos esse propósito, a Realidade de Ser aquilo que você nasceu para ser, Aquilo que é Você nesta Vida quando o sentido do “eu”, do ego, do “mim”, desse sonho de ser “alguém” não está mais presente. Portanto, ter a ciência da Verdade de todo esse movimento do pensamento, do sentimento, da emoção, da sensação do que é esse “mim”, esse “eu”, é ter uma compreensão do que é a Vida.</p>
<p class='blog'>Então, estudar a si mesmo é ter esse contato com a Verdade do Autoconhecimento. Reparem que aqui a expressão “Autoconhecimento” não é como, em geral, as pessoas usam na psicologia ou na filosofia aí fora. Estamos falando dessa tomada da ciência da Realidade d’Aquilo que é este Ser quando essa ilusão desse movimento, que é o movimento do “eu” – que, por sinal, está sempre dentro de um movimento de tempo psicológico, nessa específica ideia de se tornar, de realizar, de alcançar, de vir a ser –, não está mais presente. É um outro aspecto aqui dentro do assunto. </p>
<p class='blog'>Em geral, as pessoas falam desse propósito como um idealismo no futuro, tendo a ideia de um “eu”, de um ego, de uma pessoa realizando algo para ela própria, nesse movimento de ambição, de busca de algo, na ideia de se tornar maior do que ele ou ela se vê; por isso as pessoas falam desse propósito na vida. Então, nós temos aqui o fim para essa condição desse sentido de um “eu”, de um ego que se projeta para alcançar, para realizar, porque temos aqui o fim desse tempo, desse psicológico tempo idealizado pelo próprio pensamento em sua projeção naquilo que o ego está chamando de vida, que é a ideia desse futuro melhor para ele mesmo.</p>
<p class='blog'>A Realização da Verdade de Deus, da Realidade do seu Ser, é o fim do tempo. Então, o futuro é agora, a Felicidade é agora, o Amor é agora, a Liberdade é agora, a Paz é agora, então, nesse instante nós temos a Vida e o propósito. Note que esse propósito e a Vida é a Felicidade, e isso é agora. Então, esse propósito, a Vida e a Felicidade é agora. Então, não se trata de um propósito na vida, mas é a Vida agora em seu próprio propósito, é a presença dessa Realidade, que é a Felicidade de Ser.</p>
<p class='blog'>Então, não se trata do futuro, não se trata de algo para ser alcançado, não se trata de algo para ser realizado por “alguém”, mas é a constatação da Verdade deste Ser que somos nesse instante. Esse é o propósito na Vida, esse é o propósito de estar aqui. O único propósito na Vida é Ser, e Ser é Felicidade. Esse é o encontro com a Verdade de Deus.</p>
</div><div class="localdata">Janeiro de 2024<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-43334375419583853662024-02-29T15:00:00.001-03:002024-02-29T15:00:00.137-03:00Precisamos descobrir Deus | Confusão, desordem e sofrimento | A Realização de Deus | O fim do ego<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/mzzTDUCiH30' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>O que, na verdade, nós estamos buscando? O que, na verdade, nós estamos procurando? Nós vivemos em um mundo onde há confusão, desordem, sofrimento, então há, inegavelmente, uma busca, há uma procura. Mas eu quero investigar com você aqui se essa procura é pela Verdade, é pela Realidade ou se é a busca, a procura por alguma forma de satisfação, de realização que nos traga um nível novo de preenchimento, já que temos experimentado alguns momentos de satisfação, temos experimentado algumas formas de preenchimentos em diversos momentos em nossas vidas. Mas me parece que nenhuma dessas satisfações, preenchimentos ou realizações se tornaram, de verdade, algo permanente. </p>
<p class='blog'>Então, o que é que, na verdade, estamos procurando? O que é que, na verdade, estamos buscando? Pode-se procurar a Verdade, pode-se procurar a Realidade, pode-se procurar a Verdade de Deus? Me parece que não é esse o nosso propósito nessa busca, nessa procura. </p>
<p class='blog'>Assim sendo, o ser humano não está nessa busca ou nessa procura pela Verdade, pela Realidade, não está nessa procura por Deus. Nós estamos, sim, numa busca, numa procura por um nível qualquer de realização e de satisfação que seja permanente. Nessa procura nós estamos mudando de uma religião para outra religião, de um sistema filosófico para outro, de uma ideologia espiritualista para outra. Então, não é verdade essa procura por Deus, pela Verdade. É a procura por uma satisfação, por algo que nos preencha de uma forma permanente. Já que as realizações externas parecem que todas falharam, agora estamos em busca de algo, assim chamado, “espiritual”, mas não é a busca ou a procura pela Verdade, é a procura por uma satisfação dentro daquilo que nós chamamos de espiritualidade.</p>
<p class='blog'>Então, seria interessante nós investigarmos algumas coisas aqui. A primeira delas é: pode-se encontrar a Verdade? É possível encontrar a Felicidade? É possível encontrar Deus? Veja, nós podemos buscar algo que nos dê uma realização, um preenchimento, uma satisfação permanente, mas existe, na verdade, também, tal coisa? Então repare que situação delicada é essa daquele que busca, daquele que procura. </p>
<p class='blog'>A primeira é que nós não podemos encontrar algo que, de verdade, seja permanente com o nome de Felicidade, com o nome de Verdade, com o nome de Deus. Não é possível encontrar isso que nós projetamos como algo permanente. Então, essa, assim chamada, “satisfação” ou “realização” que projetamos numa ideia, numa imagem que fazemos sobre Deus, sobre a Verdade, sobre a Realidade, se é isso que o ser humano está, de verdade, procurando dentro da espiritualidade, ele não irá encontrar. E por que podemos afirmar isso, que nós não podemos encontrar algo de permanente? Porque não há permanência em nenhuma realização, em nenhum nível de preenchimento, em nenhum nível de satisfação. Isso porque é a natureza de uma realização, de um preenchimento ou de uma satisfação, é da natureza disso a impermanência. Então, esse é o primeiro ponto. </p>
<p class='blog'>O segundo ponto é que essa Verdade, Realidade ou Deus não é algo passivo de ser encontrado. Não podemos encontrar Deus. Não podemos encontrar a Realidade. Não podemos encontrar a Verdade. O que se torna possível é a constatação da Realidade, a constatação de Deus, a constatação da Verdade. No entanto, para que isso se torne possível, nós precisamos descobrir quem é esse que busca. Reparem que coisa importante nós temos aqui para ver com você.</p>
<p class='blog'>Nós precisamos, antes de partir para uma busca de preenchimento em satisfação, em realização, em algum nível – já que tentamos materialmente e ainda não deu certo, e agora estamos procurando espiritualmente –, nós precisamos primeiro perguntar quem é esse que busca, quem é esse que está nessa busca de algo que seja permanente, seja na realização, no preenchimento ou na satisfação. Aqui também temos que perguntar quem é esse que está nessa busca ou nessa procura pela Verdade, por Deus ou pela Realidade. </p>
<p class='blog'>Então, nós temos ideias sobre o que é essa busca, e podemos estar numa ideia, nessa busca, colocando a nomeação dessa busca como a busca pela Verdade, por Deus, pela Realidade e, no entanto, estamos numa busca de um preenchimento permanente, numa realização permanente, numa satisfação permanente. É isso que o ser humano está procurando. Mas aqui nós nos deparamos com uma dificuldade enorme, que é a não compreensão da verdade sobre esse que está nessa busca. É por isso que podemos ter vários nomes para essa busca, e podemos ter diversos sentimentos sobre isso. Tanto os sentimentos quanto os nomes não estarão dizendo absolutamente nada, porque a base dessa busca não foi compreendida. Qual é a base dessa busca? É aquele que busca. Quem é esse que busca? </p>
<p class='blog'>Sem antes termos uma compreensão sobre nós mesmos – e a verdade é que nós desconhecemos quem somos, desconhecemos aquilo que se processa aqui, dentro de cada um de nós, não conhecemos o movimento do pensamento, do sentimento, da emoção, do modo de perceber, dessa forma de sentir a vida, tudo o que nos rodeia, aquilo que está dentro e aquilo que está fora –, a não compreensão de nós mesmos, a não visão a respeito daquilo que somos é a ignorância, é a base de toda essa busca; uma busca que se assenta dentro dessa ignorância. </p>
<p class='blog'>Nossa insatisfação tem produzido em nós essa busca, essa procura. Então, nessa nossa procura, assentada nessa ignorância pela satisfação, nós podemos ter momentos de satisfação. Então, é assim que temos nos empenhado nessa busca. Nós não sabemos, na verdade, o que estamos buscando, porque nós não sabemos a verdade sobre quem nós somos. Então, assentados nessa ilusão, nesse desconhecimento sobre nós mesmos, nós temos assentado sobre isso essa busca, essa procura. </p>
<p class='blog'>Assim, nós desconhecemos a verdade de quem somos e, naturalmente, a natureza verdadeira dessa insatisfação; uma insatisfação que está em busca de um preenchimento, de uma realização que seja permanente. É isso que nós precisamos ver aqui juntos. Nós precisamos descobrir a Verdade, precisamos descobrir a Realidade, precisamos descobrir Deus, mas não podemos encontrar isso dentro desse projeto, dessa idealização, desse movimento nessa busca que tem por princípio essa insatisfação; uma insatisfação da qual queremos nos livrar querendo encontrar algo que nos realize e nos preencha de forma permanente. Não podemos chegar a isso sem antes termos uma compreensão da Verdade sobre quem nós somos. </p>
<p class='blog'>Então, é isso que estamos propondo aqui para você. Então, nós precisamos descobrir a Verdade sobre quem nós somos. Conhecer a nós mesmos, conhecer esse “eu”, esse “mim”, essa pessoa que está nessa busca. A Realização de Deus, a Realização da Verdade, essa Realização da Realidade, isso representa o fim para essa insatisfação, isso é o fim para essa continuidade, nessa procura por se livrar dessa insatisfação realizando uma satisfação, um preenchimento, uma realização. </p>
<p class='blog'>O que é esse algo que estamos querendo encontrar nessa satisfação, realização? Queremos encontrar a Felicidade. No entanto, notem, a Felicidade não é algo encontrável, assim como a Verdade, Deus ou a Realidade. Isso não é algo encontrável. Aqui nós estamos estudando a Verdade sobre quem somos, a compreensão desse modo de sentir, de pensar, de agir, de se mover no mundo. Estudar a si mesmo é o que temos de mais próximo, de mais realista para uma aproximação de Deus, da Verdade e, portanto, da Felicidade, que não é um projeto que se realiza quando se busca um preenchimento permanente, uma realização permanente, uma satisfação permanente. </p>
<p class='blog'>A Realidade d’Aquilo que somos quando isso que demonstramos ser, que expressamos ser nesse momento em nossas relações, o fim para essa condição daquilo que demonstramos ser e expressamos ser dentro de nossas relações – relações com as pessoas, relações com nós mesmos, relações com a vida –, o fim dessa velha condição, dessa ilusória identidade como nós nos mostramos ser nesse momento, o fim para isso é o surgimento de Algo novo, de Algo indescritível, que é a Realidade d’Aquilo que somos quando isso que mostramos ser, que demonstramos ser, que parecemos ser, que somos dentro dessa condição ilusória, não está mais presente. </p>
<p class='blog'>Então, qual é a verdade da nossa procura, da nossa busca? A verdade sobre isso é que estamos à procura da Realidade, da Verdade, de Deus, que é Real Felicidade, mas isso reside nesse encontro com a Verdade d’Aquilo que somos quando aquilo que demonstramos ser, quando aquilo que parecemos ser, quando aquilo que apresentamos ser não está mais presente. Então essa Realidade Divina se mostra. Então, é uma grande ilusão a ideia de “alguém” para encontrar. Aquele que procura é uma ilusão. O que pode essa ilusão, que é esse que procura, encontrar outra coisa? Aquele que procura, esse “eu” que está nessa procura, é apenas um movimento de pensamento, de imaginação, de condicionamento, se projetando numa ideação, numa imaginação. </p>
<p class='blog'>Aqui o convite está em descobrirmos como olhar para nós mesmos. Assim sendo, toda essa ideia de algo permanente para ser encontrado dentro dessa imaginação, que é a imaginação desse “eu” se projetando em suas ideias, é uma ilusão. O seu trabalho consiste em tomar ciência daquilo que é você, compreender a si mesmo, se compreender na vida, perceber a ilusão desse sentido de alguém presente que se separa do viver, que se separa da vida, que se separa desse movimento extraordinário, que é esse movimento da Existência; tomar ciência desse elemento que é o “eu”, o ego, esse “mim” que se separa e que se projeta numa ideia, numa crença, num conceito de algo para ser encontrado, de algo para ser adquirido para si mesmo. </p>
<p class='blog'>Então, conhecer a si mesmo é a base para irmos além dessa ilusão, é aquilo que se faz fundamental, é a única coisa, é ter esse encontro. A Felicidade não é encontrável, mas a constatação da verdade dessa ilusão que parecemos ser nos mostra a Realidade dessa Felicidade, que não é encontrável porque você não pode encontrá-la no tempo. Mas nós temos a Visão, a Revelação da Felicidade que se mostra aqui, nesse instante, quando esse sentido do “eu”, do ego, não está mais presente. </p>
<p class='blog'>Isso não é uma satisfação permanente, isso é o fim desse sentido de um “eu”, de um ego, de uma identidade ilusória que vive dentro de uma insatisfação, vive dentro de uma condição de incompletude porque se vê como uma entidade separada da vida e, portanto, carregada de medo. Onde há esse sentido de separação, a presença dessa dualidade nessa ideia “eu e a Existência”, “eu e a Vida”, “eu e o viver”, “eu e o outro”, “eu e a Realidade”, “eu e Deus”, “eu e a Felicidade”, quando isso está presente, temos a presença do medo. Então, nesse nível de existência egoica, de qualidade de vida egoica, está presente a insatisfação.</p>
<p class='blog'>A Realidade d’Aquilo que é Deus, a Realidade d’Aquilo que é Você em seu Ser não é algo dentro do tempo, não é algo dentro desse movimento de se tornar, de alcançar, de realizar – realizar amanhã, se tornar amanhã, alcançar amanhã. Então, estamos tratando de algo aqui com você que representa o fim do sofrimento, o fim da ilusão, o fim desse “eu”, desse ego. Então nos deparamos com a Realidade da Felicidade agora, não algo para ser encontrado amanhã. E, assim, nos deparamos com a Verdade agora, com a Felicidade agora, nesse instante. Essa é a Natureza do seu Ser. Isso está presente quando não há mais busca, quando não há mais procura, quando não há mais nenhum movimento nessa ideia de alcançar.</p>
</div><div class="localdata">Janeiro de 2024<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-66556182900369572042024-02-27T15:00:00.001-03:002024-02-27T15:00:00.246-03:00Atenção Plena. Condicionamento cerebral. Plena Atenção. Como lidar com pensamentos? Real Meditação.<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/hCDF4LJU4B0' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Aqui você sabe que estamos lidando com assuntos envolvidos com essa questão do “eu”, do ego. O nosso propósito é trabalharmos com você o fim dessa psicológica condição, que é a condição da identidade que, por se ver separada da experiência, naturalmente está em conflito com aquela dada experiência. </p>
<p class='blog'>O nosso propósito aqui é eliminarmos esse sentido de separação, essa dualidade; é descobrirmos um Estado Natural, livre do sentido de identidade egoica, de identidade presente sendo o “eu”, o ego, o experimentador que se separa sempre da experiência e, naturalmente, cria problemas.</p>
<p class='blog'>Então, eu quero investigar com você aqui essa questão dos pensamentos acelerados. Como lidar com os pensamentos acelerados? Ou como lidar com os pensamentos ansiosos? Veja, estamos tratando exatamente da mesma coisa. </p>
<p class='blog'>Nós não sabemos lidar com o pensamento porque nós desconhecemos como o pensamento se processa. Nós vivemos dentro desse processo do pensamento, sendo alguém dentro da vida, do viver, dentro da experiência, se separando, naturalmente, da experiência. Sendo uma entidade que se vê longe, separada dessa experiência, seja ela qual for. </p>
<p class='blog'>Mas nós não sabemos como o pensamento se processa, o que é lidar com o pensamento. Isso requer a compreensão do movimento que é o movimento do “eu”, do movimento que é o movimento do ego. O movimento do ego, o movimento do “eu” é, naturalmente, o movimento do pensamento; ele não é só acelerado. </p>
<p class='blog'>Então, nós temos o pensamento tagarela, o pensamento obsessivo, o pensamento ansioso e o pensamento acelerado. Essa é a experiência para esse que se separa da experiência, que é o “eu”, o pensador. Então, eu quero investigar com você aqui a estrutura desse pensador. </p>
<p class='blog'>Qual é a verdade desse pensador? Qual é a natureza desse pensador? Do que se constitui esse pensador? É muito simples: de experiências passadas. Se eu lhe apresento um objeto que você nunca viu, você não tem um nome para aquilo. Se eu lhe digo o nome daquele objeto, você já vai identificá-lo pelo nome. Isso será um conhecimento agora em seu cérebro, uma experiência guardada em seu cérebro, registrada. Quando eu lhe perguntar o nome daquele objeto, você irá me dizer o nome, um pensamento será expresso.</p>
<p class='blog'>Então, o que é o pensamento? Uma memória, uma reação de memória, uma resposta de memória. Assim, os nossos pensamentos estão funcionando dentro de cada um de nós como respostas de memória. O cérebro está funcionando desta forma, tendo essas respostas, tendo essas reações. Isso ocorre de uma forma automática, mecânica, inconsciente. </p>
<p class='blog'>Como lidar com o cérebro? É como lidar com a mente: tomando ciência do movimento do pensamento, porque enquanto a inconsciência estiver presente, a mecanicidade estará em operação. Então, é muito importante compreendermos a arte da desidentificação com o movimento do pensamento, algo que se torna possível quando o pensamento é observado e não colocamos um elemento dentro do pensamento para orientar o pensamento, nortear o pensamento, rejeitar o pensamento, se confundir com o pensamento, se identificar com o pensamento. Então, assim ocorre uma quebra de identidade nesse modelo que é o modelo do pensamento. É quando o pensamento, sendo a experiência, perde o valor, perde a importância, porque não há um experimentador por detrás disso. </p>
<p class='blog'>Percebam como é simples isso. Você quer desacelerar os pensamentos, você quer se livrar dos pensamentos obsessivos, dos pensamentos repetitivos, dos pensamentos ansiosos. Esse querer, essa vontade, coloca presente dentro da experiência o experimentador, o pensador. O que isso faz? Isso fortalece o sentido do experimentador na experiência. </p>
<p class='blog'>Quando você quer se livrar de um pensamento, você está fortalecendo o pensamento. Se aqui eu digo para você: “Não pense na morte. Não pense em cenas de morte”, quando eu digo isso para você, a primeira coisa que surge é um caixão, um sepultamento ou um velório. O cérebro, naturalmente, vai em busca daquilo que ele quer rejeitar. Então, o movimento da rejeição é do cérebro e o movimento do encontro da memória, a produção da memória, tudo isso faz parte do movimento do cérebro para confirmar a sua experiência que ele quer rejeitar.</p>
<p class='blog'>Na verdade, tudo que o pensamento pode fazer nesse modelo de condicionamento cerebral é manter sua continuidade, sendo esse pensamento apenas uma reação da mecânica do cérebro. Então, toda essa vontade, esse desejo, essa volição ainda fazem parte do próprio movimento do cérebro. É assim que o cérebro condicionado funciona. </p>
<p class='blog'>Nós não nos livramos do pensamento querendo nos livrar dele. A libertação dos pensamentos implica a ciência do movimento do pensamento. Tomar ciência do movimento do pensamento sem reagir a ele é algo que o cérebro não tem qualquer disposição de fazer. Toda a disposição do cérebro é de reagir, isso é parte do condicionamento, é parte da inconsciência, é parte da mecânica de como o cérebro funciona, de como o pensamento funciona.</p>
<p class='blog'>Note que, se estamos dispostos a nos livrarmos do modelo do pensamento – que é o modelo do “eu”, do ego –, a única coisa que importa aqui, neste instante, é a presença da Consciência. Essa Consciência está presente quando há Atenção sobre esse movimento. No entanto, essa Atenção sobre esse movimento só é possível quando há uma aproximação do próprio movimento, e não um afastamento. </p>
<p class='blog'>Se você rejeita a experiência – que, no caso, é um pensamento acelerado –, você está fortalecendo o próprio movimento do pensamento. Se você se confunde com o modelo do pensamento acelerado, você está fortalecendo-o. Mas se há uma aproximação para apenas olhar, constatar, nesta proximidade, nesta comunhão direta, sem uma identificação e sem uma rejeição, há uma plena Atenção sobre o movimento. Essa Plena Atenção é a presença da Consciência.</p>
<p class='blog'>Então, colocamos Real Consciência quando há esta Atenção. Isso determina, de imediato, o fim para essa experiência, para esse movimento do pensamento acelerado, de pensamento obsessivo, de pensamento tagarela, porque não há o elemento pensador, não há o experimentador, não temos o fortalecimento da inconsciência. Isso é uma quebra do hábito, do vício, do modelo, do padrão de inquietude cerebral. Então o cérebro se aquieta, um espaço se abre, um espaço de Silêncio. Neste instante, um vazio se mostra dentro dessa Quietude, então há uma quebra dessa continuidade, desse antigo e inconsciente modelo de pensamento obsessivo, tagarela, acelerado, porque há essa Atenção. </p>
<p class='blog'>Atenção é a Natureza da Consciência. Tudo o que se faz necessário é essa Quietude interna, que ocorre naturalmente quando temos uma aproximação do movimento do pensamento. Temos uma aproximação da experiência sem colocarmos o pensador, sem colocarmos o experimentador. Essa forma de nos aproximarmos é, em si, a visão de como nós funcionamos, de como a mente funciona.</p>
<p class='blog'>Nós precisamos aprender como o cérebro funciona, como a mente funciona, como esse “eu” funciona. Com essa aproximação, temos, de imediato, um desligamento desse modelo de inquietude psicológica, de inquietude cerebral, de inquietude mental. Assim, nos aproximamos da arte do Autoconhecimento, desse aprender sobre nós mesmos, de aprender como nós funcionamos. Isso é Meditação aqui e agora, neste instante, momento a momento, é tomar ciência de cada pensamento, emoção, sentimento. Percepção sem o percebedor. Pensamento sem o pensador. Sensação sem aquele que está envolvido na sensação.</p>
<p class='blog'>Tomar ciência disso, ter uma aproximação da verdade desse “mim”, desse “eu” requer um cérebro que se aquietou, uma mente que silenciou. Veja, ela não foi silenciada, o cérebro não foi aquietado à base de uma disciplina, de uma técnica, de uma prática meditativa. Isso é outra coisa. </p>
<p class='blog'>As pessoas procuram práticas, técnicas de meditação e, de uma certa forma, elas conseguem um certo silêncio, uma certa quietude cerebral durante a prática. Mas elas não podem viver na prática, elas precisam sair, ir para o trabalho, dirigir o carro, levar a criança ao colégio, cuidar de assuntos, cuidar de negócios, trabalhar, e é nesse instante que nós precisamos da ciência da arte de Ser, que é Meditação. </p>
<p class='blog'>Então, a Real Meditação ocorre neste momento. Você está dirigindo o seu carro, você está trabalhando, conversando com pessoas, lidando com situações e, nesse momento, esse Estado de Ciência, de Presença, de Consciência está. Então, essa é a Verdade desta Atenção Plena, neste momento, sobre todo esse movimento de inquietude, sobre todo esse movimento interno do “eu”. </p>
<p class='blog'>A Ciência, a Consciência, a Visão da Verdade sobre isso é Aquilo que está presente quando nós colocamos Atenção sobre este instante, sobre este momento. Então, essa Atenção sobre este momento é o fim para essa ilusão, para esse movimento de inquietude psicológica quando o sentido do “eu”, do ego, desse “mim” é visto, é constatado.</p>
<p class='blog'>Esse “mim”, o “eu”, o ego não é outra coisa a não ser essa inquietude, esse movimento interno. Então, aquilo que funciona para movimento de pensamento, funciona para movimento de sentimento, de emoção, de modo de perceber a vida. Dessa forma, quebramos a continuidade desse movimento, que é o movimento egoico, porque trazemos para este instante a ciência de Ser, que é a Meditação. </p>
<p class='blog'>Compreendam a importância disso. Na vida, neste instante, a Realidade presente é esta Verdade de Ser, Consciência, Felicidade, Paz, Amor. No entanto, isso não está presente quando o sentido do ego, do “eu”, nesse movimento de pensamento inquieto, tagarela, acelerado, está presente. Isso explica porque nossos estados internos psicológicos são de ansiedade, angústia, depressão, medo, ciúme, inveja, ambição, conflito de desejos. </p>
<p class='blog'>Então, a nossa condição psicológica de ser alguém na vida, no viver, na experiência sem esta Realização da Verdade, deste Silêncio, desta Quietude, desta ausência do “eu”, é de sofrimento. Assim, nós estamos trabalhando com você aqui a visão da Verdade do Autoconhecimento. Não se trata de uma técnica para amenizar, para suavizar, para tranquilizar esse sentido do “eu”, do ego. Aqui se trata do fim desta condição, que é a condição do “eu”, desse “mim”, desse ego. </p>
<p class='blog'>Aqui se trata desta Realização da Natureza do seu Ser, desta Verdade que está presente quando tudo aquilo que está dentro do conhecido, desse movimento egoico, já não está mais presente. Assim, esse encontro com a Constatação d’Aquilo que somos requer uma aproximação daquilo que está aqui. Temos que eliminar toda forma de fuga, de distração, de afastamento. Temos que aprender a arte de nos aproximarmos de nós mesmos, de estudarmos a nós mesmos, de compreendermos a nós próprios dentro deste instante, deste momento presente. </p>
<p class='blog'>O que quer que esteja se passando dentro de nós, ter um contato próximo, ter um contato direto sem fugir disso, sem se identificar com isso, tomando ciência disso, trazendo ciência para este instante, trazendo essa Atenção Plena para este momento é a forma Real de nos aproximarmos do fim do “eu”, do fim do ego e, portanto, do fim desta psicológica e complicada condição de ser alguém nesse peso, nessa ansiedade, nessa depressão, nessa angústia, nesse medo e nesse sofrimento.</p>
</div><div class="localdata">Janeiro de 2024<br>Gravatá-PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-4603019526899871262024-02-20T15:04:00.001-03:002024-02-20T15:04:00.127-03:00Como a mente funciona? | A Verdade do Autoconhecimento | Ação livre do ego | Livre do experimentador<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/52ZvZ15eqYc' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Aqui, se as nossas ações nascem do pensamento – notem isso – que é como, em geral, acontece, então nós temos uma ideia, um pensamento. Um pensamento, uma ideia, é só uma lembrança, mas isso já é o suficiente para nos impulsionar a uma determinada ação. Esta ação que procede do pensamento, por detrás desse pensamento, há uma intenção, uma motivação, um desejo, uma preocupação, um medo… tudo isso surge por detrás do pensamento e nos impulsiona à ação. Então, nós temos três elementos dentro de nossas ações, acontecendo. Vejam como é importante investigarmos esta questão da ação, porque nossas vidas, toda ela, acontece dentro da ação. Nossa vida é um movimento de ação. Qual é a natureza dessa ação?</p>
<p class="blog">Nós, hoje, temos uma vida, e ela, hoje, apresenta nossas ações realizadas. Então, todo o resultado da vida que temos hoje está presente em razão de ações. Algumas ações aconteceram, algumas ações foram tomadas. A vida é esse movimento, o movimento de ação. Nós não compreendemos o que é a ação e a importância da ação em nossas vidas. O ponto é que esse tipo de ação, como até então têm sido nossas ações, são ações que nascem a partir de um centro, que é o “eu”. Esse “eu” é o experimentador, aquele que está envolvido nesse movimento de pensamento, que tem por detrás desse pensamento um sentimento, uma emoção, uma sensação, um plano, um projeto, um desejo, uma preocupação, uma forma de medo.</p>
<p class="blog">Nossas ações são ações egocêntricas. Em algum nível nem tudo foi completo, foi pleno, foi integral em nossas vidas, porque nossas ações que nascem do ego – essa é uma forma de atender ao desafio daquilo que se mostra neste instante, como o desafio para uma ação a ser tomada – essa ação não é a ação da Verdade. Reparem que coisa interessante é a questão da ação: a cada momento estamos sendo desafiados para a ação. Ou nós respondemos a essa ação a partir da Inteligência, da Compreensão, da Visão da Realidade, ou nós respondemos a partir deste centro, que é o “eu”, o ego. A partir deste ego, nossas ações baseadas no pensamento, essas ações estão baseadas no experimentador. O experimentador é o passado em nós, o passado é essa pessoa, o ego é o passado.</p>
<p class="blog">Então, notem que coisa interessante essa questão da ação: se as nossas ações elas nascem desse fundo que é o “eu”, o ego, o experimentador, são ações que nascem desse pensamento, sentimento, emoção, modo de perceber, medo, desejo. Essa qualidade de ação é a tentativa de ajustarmos este momento presente a uma ideia, a um modelo pré-determinado pelo experimentador, que é o ego, o “eu”. Assim, essa qualidade de ação é a que produz conflito, sofrimento, contradição, problema em nossas vidas. Precisamos descobrir uma ação livre do “eu”, do ego, portanto livre do experimentador, livre desse modelo de pensamento. Então, o que nós temos presente na ação incompleta, nesse atender a este instante, porque este instante é um instante onde a ação está sendo solicitada – sempre é assim, a vida é um desafio, ela pede uma ação nesse momento – mas esta ação quando nasce desse pensador que é o “eu”, o ego, é uma ação inadequada, uma ação que não é Real.</p>
<p class="blog">O que nós estamos vendo aqui, juntos, é a possibilidade de uma ação para este dado momento, para este instante, que seja uma ação completa e, portanto, uma ação livre deste fundo, deste “eu”, deste ego, uma vez que a ação deste instante requer um movimento Vivo, Real, capaz de atender a este momento a partir desta visão da Realidade agora, aqui, e não do passado. No entanto, nossas ações estão vindo do passado, porque elas estão vindo deste centro que é o “eu”, o experimentador, o ego. Assim, nossas ações estão sempre produzindo uma ou outra forma de complicação, de sofrimento, de problema. Problemas não só em nossas vidas, mas na vida das pessoas à nossa volta, porque são ações egocêntricas, são ações centradas no ego. O ego é esse modelo de separação, de dualidade, onde existe esse “eu” e o outro, “eu” e a vida; e esse “eu” tudo faz dentro de um autocentramento, de um auto-interesse, de uma busca de resultados pessoais, com base – repito – no desejo, no medo, em todas as diversas intenções desta identidade egocêntrica.</p>
<p class="blog">Então, nós estamos aqui, neste canal, investigando este assunto com você. O que é uma vida livre do ego? Isso requer a presença da Verdade do Autoconhecimento para uma vida livre do ego. A Verdade do Autoconhecimento e a ação livre do ego são algo fundamental para uma vida em Sabedoria, em Amor, onde há essa Inteligência. A presença dessa Inteligência é a presença da Paz, é a presença da Liberdade, da Felicidade. Nós temos uma playlist aqui no canal: essa questão da Verdade do Autoconhecimento e da ação livre do ego. Nessa playlist estamos aprofundando este assunto aqui, com você. Há uma outra playlist que eu quero indicar para você: a questão do Autoconhecimento, a Verdade do Autoconhecimento e da Real Meditação de uma forma prática – tomar ciência de como você funciona, de como essa mente funciona.</p>
<p class="blog">Observe, nossa mente é a mente humana. Essa mente é a base desta consciência, que é a consciência do “eu”. Então, tudo que nós conhecemos está dentro desta consciência do “eu”. Todo o nosso funcionamento está em cima desta mente egoica, desta mente condicionada, desta mente já programada para esse padrão, para esse modelo. Então, nossas ações são ações egocêntricas, meras atividades egoicas, produzindo problemas. Precisamos descobrir a Verdade de uma Ação completamente diferente desta ação. Atender a este instante, a este momento presente, a partir de uma visão livre do “eu”, do ego. Aqui temos uma Ação onde não há qualquer separação entre esta compreensão do que aqui está sendo solicitado e a própria ação.</p>
<p class="blog">A Verdade do Despertar da Consciência em nós traz essa Inteligência, um novo modo para esse cérebro funcionar, a presença de uma nova mente. Aqui a expressão “nova mente” ou “mente nova” se refere à Verdade de um estado interno onde não há qualquer separação entre a ação sendo solicitada e a resposta sendo dada. Então estamos diante de um único movimento, que é o movimento da própria vida, quando o ego não está presente. A Verdade desta ação é a presença do Amor, da Compaixão, da Inteligência. A Ação livre do ego, livre do “eu” é aquela que não traz mais conflito, problema, nenhuma desordem, nenhum tipo de sofrimento.</p>
<p class="blog">Aqui, esta aproximação que nós temos juntos, é a aproximação da compreensão de como nós funcionamos. Observe que cada pensamento em você é o resultado de uma experiência. Então, nós temos uma experiência, essa experiência nós registramos e ela se transforma num pensamento guardado em você, uma memória. Com base nessa memória nós atuamos realizando ações. Como parte desses pensamentos nós temos os sentimentos, também as emoções e o modo de sentir. Isso tudo faz parte da forma como o cérebro processa essa memória. Então, nós temos a base desse experimentador atuando, então o experimentador é o resultado da experiência. Ao registrarmos aquela dada experiência, isso está presente como memória, lembrança, recordações, sentimentos, emoções… esse é o experimentador! Diante de uma situação nova, esse experimentador que vem do passado procura atuar. É isso que não tem dado certo.</p>
<p class="blog">É isso que estamos tratando aqui com você. Será possível eliminarmos de nossas vidas esse experimentador? Esse experimentador é o ego, é o “eu”, é esse que vive registrando para agir a partir desta experiência passada. Notem como é interessante o assunto aqui: a vida está reclamando uma ação, mas uma ação integral, completa, nova. Isso não pode ser o resultado do passado. Tudo que o passado pode fazer é procurar ajustar este momento a algo que ele já compreende, que ele já tem, que ele já entende. É isso que temos feito em nossas vidas. No contato com o outro, nós não olhamos para ele ou para ela com olhos novos. Sempre olhamos através desse experimentador, que são as memórias, as lembranças, os momentos agradáveis ou desagradáveis que “eu tive” com ele ou ela. Isso é algo do passado. Na verdade, estamos sempre diante de algo novo.</p>
<p class="blog">Essa ideia de alguém é uma imagem que colocamos aqui e agora. Essa ideia de alguém é a representação de uma imagem que faço dele ou dela e que trago para este momento. Então, nesse contato, nesta relação, nossa ação baseada no passado é uma ação conflituosa. Percebam a verdade implícita aqui nesta colocação: o seu contato com a esposa, com o marido, com o vizinho, com o patrão, com o colega de trabalho, o seu contato com você mesmo, quando se baseia nesse experimentador que é o ego, é um contato onde há esta separação e, portanto, o conflito; onde o que temos presente é a tentativa de um ajustamento diante de algo novo, que é esse contato, nós estamos interpretando com base no passado. Esse é o movimento do ego, esse é o movimento do “eu” em suas relações. Assim, nossas relações são relações conflituosas, problemáticas, onde há medo, onde há desejo, onde há conflito.</p>
<p class="blog">Então, como podemos ter uma Ação livre do ego, se esta ação está se assentando no passado, no pensamento, nas imagens que “eu tenho” dele ou dela, que ela ou ele tem “de mim”? Então, o que é esse “eu”, esse “mim”? Tomar ciência desse movimento aqui é Autoconhecimento. Ao colocarmos atenção sobre todo esse movimento interno, sobre esse jogo que o pensamento faz, sobre esse jogo que o experimentador – que é o ego – faz, tomar ciência disso… apenas tomando ciência disso, trazendo ciência para este instante, consciência para este momento… a direta atenção para todo esse jogo que o pensamento sustenta, que o experimentador sustenta, que o ego sustenta para manter a continuidade dele nessas ações – que são meras reações que vêm do passado, que são meras atividades egocêntricas porque são ações centradas nesta ilusão do “eu”, nesta suposta realidade – tomar ciência disso é o fim para essa condição psicológica de ser alguém e de ver o outro como alguém, de ver a vida, as situações, as pessoas, o mundo à volta a partir desse “mim”, desse “eu”.</p>
<p class="blog">Então, nós temos a aproximação da Verdade. Assim, quando há Autoconhecimento há uma Ação livre do ego, porque ocorre a presença da Revelação da Meditação, o esvaziamento desse conteúdo, que é o conteúdo do “eu”, conteúdo do experimentador. Esse experimentador é aquele que está carregado com suas lembranças e imagens, esse experimentador é o próprio pensador, esse experimentador é aquele que está observando a partir deste centro e, portanto, se separando. Então, esse experimentador é o pensador, é o observador, é o autor das ações – que são meros ajustamentos para este instante de uma ideia que ele traz do passado.</p>
<p class="blog">Assim, este trabalho aqui consiste nesta investigação, nesta aproximação. Uma vez livres desse “eu”, deste ego, temos uma Ação completamente diferente. Esse é o nosso assunto aqui com você dentro deste canal. Nós estamos lhe convidando a investigar isso, a olharmos para isso juntos. Para esse propósito nós temos aqui encontros on-line nos finais de semana. Você encontra aqui, na descrição do vídeo, o nosso link do Whatsapp para participar desses encontros. Além disso, temos encontros presenciais e também retiros. Se isso é algo que faz sentido para você, aproveita, já deixa aqui o seu like, se inscreve no canal e vamos trabalhar isso juntos. Ok? Fica aqui o convite e a gente se vê. Valeu pelo encontro e até a próxima.</p>
</div><div class="localdata">Novembro de 2023<br>Gravatá-PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-45642785228157224972024-02-15T15:00:00.001-03:002024-02-15T15:00:00.251-03:00Qual é a Verdade sobre a Consciência? Ser-Consciência-Felicidade. Vida livre do ego. Mente inquieta.<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/UzMg9DGRih0' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Muito bem! Uma das coisas que nós estamos vendo aqui juntos com você é que, por mais que estejamos tentando organizar, programar, regularizar as nossas vidas externamente para termos sucesso, para termos realização, para sermos bem sucedidos, toda essa ação externa que nós programamos já, que nós organizamos para ter, notem que sempre estamos internamente, nessas atividades internas, sobrepujando essas ações, esses planos, esses projetos.</p>
<p class="blog">O que estamos dizendo aqui, em outras palavras, é que por mais que organizemos nossas vidas externamente, enquanto houver internamente esse modelo de atividade, que é a atividade do “eu”, do ego, a verdade dessas realizações, desses objetivos que nós temos na vida, podemos até ter alguma coisa sendo realizada, mas nada disso irá nos conferir Real Felicidade, Real Amor, Real Paz em nossas vidas. Porque sempre nossas atividades internas, ou seja, toda essa atividade de pensamento, sentimento, emoção e modo de perceber a vida, irá sobrepujar nossos alvos, nossos objetivos, nossos propósitos externos.</p>
<p class="blog">Aqui nós estamos lhe convidando para uma vida inteligente. Uma vida inteligente é uma vida livre desse sentido do “eu”, do ego. As pessoas têm alguns objetivos na vida como: “Como ser feliz?”.</p>
<p class="blog">Propósitos na vida, propósitos de como realizar a felicidade, por exemplo. Tudo com o objetivo de realizarem o sucesso. “Como alcançar o sucesso?”, “como vencer na vida?”. São alvos, são propósitos que as pessoas se determinam a realizar, a conseguir, a obter. Mas elas não compreendem que internamente, psicologicamente, elas continuarão sendo as mesmas pessoas. E aquilo que nós chamamos de sucesso, ou vencer na vida, não representa Real Felicidade, Real Amor, Real Paz.</p>
<p class="blog">Então, as pessoas são bem sucedidas. Elas têm sucesso e elas têm realização na vida, mas internamente elas continuam infelizes, com os diversos problemas internos. Essa é a condição do ser humano. O ser humano é, nesta consciência comum a todos, nesta consciência da humanidade que é a consciência de todos, ele é basicamente infeliz. Ele pode ter conforto, ele pode ter poder, ele pode ter fama, notoriedade, ele pode ter prestígio, aceitação pública, ele pode aparentar sucesso e realização e, no entanto, internamente continuar sendo quem ele sempre foi: apenas uma pessoa carregada de medo, de ambição, de inveja. Carregando esse peso de ansiedade, de depressão.</p>
<p class="blog">Então, há essa insatisfação, há esta incompletude. Este quadro de infelicidade psicológica é algo que está presente, apesar de todo o conforto, de toda assim chamada “segurança” física ou aparente segurança, apesar de toda essa assim chamada “estabilidade”, internamente podemos continuar sendo as mesmas pessoas. Então qual é a Verdade sobre quem nós somos? Qual é a Verdade sobre a Consciência? Sem uma clara compreensão da Verdade sobre quem nós somos internamente, psicologicamente, nenhuma realização externa lhe fará feliz, lhe dará Amor, lhe dará Paz, lhe dará Real Felicidade.</p>
<p class="blog">Aqui estamos trabalhando com você o fim para essa ideia de alguém presente para alcançar, para obter, para realizar. Porque todo esse movimento desse alguém é um ilusório movimento, que quanto mais se move, maior é a insegurança, a ansiedade, o medo. É sempre esse sentido do “eu” presente a não compreensão do movimento da consciência, de como nós funcionamos. Internamente, psicologicamente, nós estamos programados para ser a pessoa que somos, e aquilo que somos psicologicamente sempre sobrepuja toda e qualquer condição externa em nossas vidas.</p>
<p class="blog">Então toda a realização externa que tenhamos, que consigamos realizar, obter, conquistar, fica como que banhada por essa condição psicológica, ainda de pesar, ainda de conflito, ainda de sofrimento, ainda de insegurança e medo. A não compreensão da Verdade da Consciência – e o que é essa Consciência? Acreditamos que nós temos uma consciência individual, esta consciência da individualidade, esta consciência do “eu”, da pessoa. Esta consciência é a consciência humana, e todo o treinamento da humanidade está presente nesta assim chamada consciência “humana” em nós.</p>
<p class="blog">Se nós fomos criados, se nós nascemos numa cultura, o nosso condicionamento, a nossa programação, o nosso modo de pensar e sentir, todo ele deriva, vem, desta cultura. Se nós nascemos numa cultura cristã, judaico-cristã, o nosso modo de pensar e sentir e se comportar é dessa forma. Se nascemos numa cultura com outros princípios religiosos ou filosóficos, o nosso modo de pensar e sentir é outro. Então, em países comunistas, ou em países onde a religião é outra, o nosso fundo de condicionamento também é outro. Nós, como seres humanos, psicologicamente, emocionalmente, intelectualmente, culturalmente, religiosamente, estamos condicionados e nos comportamos com base nesse condicionamento.</p>
<p class="blog">Essa é a consciência humana, essa é a consciência em cada um de nós. Ela não é a consciência individual, então isso não é uma consciência individual. Então, isso não é uma consciência individual, isso é a consciência humana, é a consciência de toda a humanidade. Então, nós funcionamos como todas as pessoas à nossa volta: carregamos o medo, a ansiedade, a inveja, carregamos a ambição, o ciúme, o peso da insegurança, a dor da solidão, a busca pelo amor, pela paz, pela felicidade. Então, a nossa condição psicológica, interna, a condição dessa consciência humana, que é essa consciência desta mente, que é a consciência do “eu”, vive desta forma. Não compreendemos a Verdade sobre quem nós somos, porque nós não compreendemos a Verdade sobre esta Consciência.</p>
<p class="blog">Aqui estamos lhe comunicando algo a respeito da Verdade de sua Real Natureza, de sua Real Essência Divina, que é a Natureza de Deus. Esta Natureza Divina é Ser, Real Ser, é Real Consciência e é, por natureza, Felicidade, Completude, Amor, Paz. Mas isso é algo que não está dentro desta consciência, assim chamada “consciência humana”, que é o resultado da cultura, da história da humanidade. Carregamos dentro de cada um de nós esse senso de identidade presente, dentro dessa ilusão de vontade, querer, poder, controle. Falamos de uma ação livre, falamos muito de um pensamento livre, de um sentimento livre, desta capacidade pessoal e individual de alcançar, de realizar. Tudo isso é algo ilusório.</p>
<p class="blog">Carregamos esse sentido de alguém presente, o que não é real. Tudo o que temos é esse movimento da consciência e esse formato programado de pensar e sentir. Nós não gostamos de ouvir isso, mas a verdade é que nós pensamos como todos pensam, nós sentimos o que todos sentem e nós vivemos como todos estão vivendo. São comuns a todos esses quadros internos de conflito e contradições que nós conhecemos em nós mesmos: a violência, desejo, o sofrimento. Isso, por exemplo, é algo comum a todos nós. Todos nós sabemos o que é viver uma vida ainda presa a esse padrão, presa dentro desse modelo de existência.</p>
<p class="blog">Então, há uma compreensão Real sobre esta consciência. A forma de nos aproximarmos, investigarmos esse modelo de consciência que é a consciência do “eu”, do ego, que é a consciência humana, é através do Autoconhecimento. Aprender a olhar, a observar esse movimento dentro de cada um de nós. Quando nos tornamos cientes desse movimento, podemos ir além dele. Então, se torna possível a compreensão da Verdade deste Ser, desta Consciência e desta Felicidade que somos, que é a nossa Natureza Verdadeira.</p>
<p class="blog">É quando existe agora ordem nessas atividades internas. Então, se há ordem nessas atividades internas desse pensar, sentir, é possível que essa vida externa seja vista de uma outra forma. Então, termina essa ilusão de movimento externo da vida e movimento interno dentro de cada um de nós. É quando esta Presença de Ser – Consciência – Felicidade abarca essa totalidade da vida. É quando esse sentido desta “minha particular vida”, deste “meu particular ‘eu’ ”, destas “minhas particulares coisas” se desfaz, isso tudo desaparece, em razão de uma aproximação da Verdade sobre quem é você, aqui e agora.</p>
<p class="blog">Então, há um esvaziamento de todo esse conteúdo, que é o conteúdo desta assim chamada “consciência”, que é o resultado desta programação de cultura, de sociedade, de mundo, onde fomos criados. É o fim para esta consciência que eu tenho chamado de consciência egoica, que é a consciência desse “eu”. Esta mente que faz parte desse modelo de consciência desaparece. Esta mente inquieta, esta mente tagarela, essa mente desordenada, esta mente confusa, esta mente presa a esse modelo de inquietude, se dissolve, desaparece. Ela termina.</p>
<p class="blog">A Verdade do seu Ser se mostra aqui e agora. Uma aproximação da Verdade Divina é uma aproximação desse estudo de nós mesmos. Olhar esse movimento da mente, olhar esse movimento desta consciência, tomar ciência disso. Então algo real surge, que está fora desta condição, fora deste padrão, fora deste modelo. É a Realidade deste Ser, é a Realidade de Deus.</p>
<p class="blog">Esse é o nosso assunto aqui com você, dentro deste canal. Então, a aproximação disso é algo que se torna possível quando você descobre a arte de observar o próprio movimento da mente, o próprio movimento dessa consciência. Nesse esvaziamento algo novo surge, algo inteiramente desconhecido está presente. Esta é a Realidade Divina, é a Realidade de Deus.</p>
<p class="blog">Nós estamos trabalhando isso aqui com você, neste canal e também em encontros on-line nos finais de semana. Quero lhe convidar a conhecer esses encontros, a participar desses encontros conosco. Nos finais de semana nós temos encontros on-line. Você encontra aqui na descrição do vídeo o nosso link do WhatsApp para participar desses encontros. Além disso, temos encontros presenciais e também retiros. Então, fica aqui o convite para você. Se isso é algo que faz sentido para você, aproveita e deixa aí o seu “like”, já se inscreve no canal e deixa no comentário: “Sim, faz sentido.” Ok? E a gente se vê. Valeu pelo encontro e até a próxima.</p></div><div class="localdata">Setembro de 2023<br>Gravatá-PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-62219878837968523872024-02-13T15:00:00.001-03:002024-02-13T15:00:00.141-03:00Ação baseada neste ego | A Presença da Compaixão | Uma vida livre do ego | Ações egocêntricas<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/aKUDtz5uPGY' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Vamos tratar com você, aqui, da importante questão da ação. A ação é um assunto muito importante. Vamos investigar com você, aqui, a importância desta ação Livre. Observe que nossas ações, elas estão determinando a vida, essa assim chamada “minha vida”, essa assim chamada “nossa vida”. A vida consiste de ações. Agora, aqui no momento, este falar é uma ação, esse ouvir aí também é uma ação. Então, neste instante, estamos diante de um desafio: o desafio de uma ação Livre, para que esta fala lhe alcance, e para que você, de fato, tenha uma direta compreensão daquilo que está sendo aqui colocado. Então, notem que neste falar, essa comunicação, ela precisa acontecer dentro de uma simples e direta comunhão, de outra forma, não haverá comunicação, não haverá qualquer Verdade nesse encontro aqui. Então, este aqui é um exemplo de ação acontecendo.</p>
<p class="blog">Em geral, nossas ações são ações conflituosas. Elas são ações que entram em contradição, em conflito, porque não há uma disposição interna de comunhão nas ações. Nós temos um modelo de pensamento – que eu tenho chamado de mente condicionada, de cérebro preso a esse padrão de condicionamento – em que as nossas ações, elas nascem de uma vontade, de um desejo, de um querer. E boa parte dessas ações nem sempre estão de acordo com o nosso próprio bom senso. Então, há algo em nós que nos diz que se essa ação for feita, haverá sofrimento, haverá problema dentro dessa ação, durante a ação ou depois dela. E, no entanto, nós insistimos. Então, nós fazemos o que não queremos fazer, mas fazemos porque desejamos fazer, fazemos porque somos impulsionados para fazer.</p>
<p class="blog">Esse é um padrão do próprio “eu”, do próprio ego, da pessoa, como nós nos vemos, dentro desse momento, dentro de um estado de contradição. Nós pensamos uma coisa, nós sentimos uma outra coisa e, muitas das vezes, nós fazemos uma terceira coisa que discorda desse sentir e desse pensar. Então, psicologicamente, nós estamos condicionados. Há um condicionamento psicológico presente em nós que nos impede de uma ação Livre. E aqui eu chamo de ação Livre aquilo que eu vou explicar agora, aqui, nos próximos minutos. Uma ação inteligente que nasce desta compreensão direta daquilo que esse momento aqui significa. Perceba bem o que estamos colocando: este momento é um momento de desafio. Acabamos de dar um exemplo aqui: essa comunicação só é possível se houver essa comunhão. Se, por exemplo, ao falar aqui, você internamente fica simplesmente concordando ou discordando, você não está simplesmente acompanhando a fala nessa comunhão, porque você está ouvindo a fala a partir do intelecto. Então não está havendo uma comunhão, porque intelectualmente você está separando, dividindo, dissecando essa fala para ver se concorda ou discorda disso. Esse é um exemplo da ação conflituosa, porque não há comunhão.</p>
<p class="blog">A comunhão não é a aceitação da fala, mas também não é a discordância da fala. A comunhão é acompanhar e ver a Verdade daquilo que está sendo colocado, ou a não-Verdade daquilo que está sendo colocado. Mas isso é algo que está além de um intelecto que julga, que compara, que olha a partir de um fundo já de conceito pré-formado, de conceito já pré-estabelecido, do que é verdadeiro e do que é falso. Reparem que estamos diante de algo delicado: a questão da ação Livre. Isso requer que o passado não esteja presente. Então vamos aprofundar agora isso aqui e colocar isso mais claro para você.</p>
<p class="blog">Nossas ações neste momento são ações que nascem de um fundo de memória, de lembrança, de reconhecimento, como no exemplo aqui de ouvir uma fala. Nossas ações nascem em qualquer nível, a nível verbal – a nível de fala, a nível de ouvir, a nível de ação, de gestos – tudo isso nasce desse fundo, da memória, da experiência. Passamos por experiências, registramos essas experiências e quando elas se repetem, se repetem nesse formato de ação. Essa é a condição de ação que vem do passado, que vem desse fundo, que vem dessa memória. Acompanhe isso com calma. Do ponto de vista funcional na vida, nós precisamos desse conhecimento guardado, desse registro, dessa experiência passada. Ao ouvir essa fala, as palavras precisam ser compreendidas. Isso tem que estar aí, no fundo da memória. Reconhecer as palavras, ter um conhecimento da língua – da língua portuguesa ou da língua inglesa… – isso é conhecimento adquirido, isso é experiência adquirida. Nesse nível, nós estamos diante de uma ação técnica, de uma ação prática. Então, nesse nível precisamos do conhecimento.</p>
<p class="blog">Eu uso sempre o exemplo de dirigir um carro, para ir ficando bem claro para você que acompanha essas falas. Dirigir um carro é um conhecimento que você tem, mas você não tem um conhecimento sobre como pilotar um avião! Então, o avião não vai sair do lugar com você, porque você não tem conhecimento disso. Se não tem conhecimento, você não tem memória, você não tem lembrança, você não tem a experiência, porque nunca viveu a experiência. É uma experiência desconhecida. Se ela é desconhecida, ela não está aí, então não é uma informação técnica que você tem. Nesse nível nós precisamos ter a experiência, temos que ter esse que funciona ali</p>
<p class="blog">Então, essa habilidade do cérebro de guardar lembranças, informações, conhecimento, pensamentos, tudo isso é importante nesse nível. O problema é que na vida, a vida, ela não consiste apenas de ações nesse nível, ações técnicas, práticas, objetivas. Nós temos também as ações que requerem a presença de algo além desse lado técnico, prático e objetivo. Por exemplo, o contato com uma outra pessoa, para que esse contato seja um contato Real, sem conflito, sem sofrimento, sem contradição, sem problemas, sem medo, sem desejos, sem inveja, sem ciúmes, sem posse, sem controle… porque tudo isso determina sofrimento em nossas vidas, em nossas relações, porque isso consiste em uma ação baseada neste “eu”, neste ego. Assim, nossas ações são egocêntricas na relação com o outro, na relação com nós mesmos.</p>
<p class="blog">Por exemplo, na relação conosco mesmo também sentimos culpa, remorso, arrependimento, angústia, frustração, o sentimento de solidão, de rejeição. Tudo isso está presente nesse ego, nesta pessoa que acreditamos ser. E tudo isso ocorre porque a ação presente é a ação desse ilusório “eu”. É aqui que estamos lhe convidando para uma ação livre do “eu” no contato com o outro, no contato com você mesma, com você mesmo, no contato com a vida… o que representa uma vida livre do ego, o que significa uma vida livre deste “eu” que vive nesse modelo de separação, onde há “eu” e o “não eu”, onde há “eu e ele”, onde existe esse “eu quero”, “eu não quero”; “eu gosto”, “eu não gosto”. Se você me elogia, eu gosto de você, se você me critica, eu não gosto de você ou posso até te odiar. Então, nossas ações centradas nesse ego, neste “eu”, são ações autocentradas, algo que nos coloca numa condição na vida onde há problema, onde há sofrimento. É possível uma vida livre? Isso requer uma ação de outra qualidade nesse contato com o outro, nesse contato com a vida, nesse contato com nós mesmos!</p>
<p class="blog">Então, veja: do ponto de vista prático e objetivo, conhecimento técnico para assuntos bem razoáveis, bem funcionais neste sonho de existência, é perfeito. Nesse nível o pensamento se faz necessário, a memória, a lembrança se faz necessária. Mas psicologicamente viver como alguém dentro desse tempo psicológico, trazendo de ontem uma memória de insulto ou de elogio, de gostar ou não gostar do que está aqui, agora, isso é completamente conflituoso.</p>
<p class="blog">A condição do “eu” é a condição do conflito, é a condição do sofrimento. Então, a nossa vida é uma vida no ego, de angústia, de ansiedade, de depressão, de medo. Minha relação com tudo à minha volta, com base na ilusão desta pessoa… o que é esta pessoa que eu sou para mim mesmo? Uma ideia! Eu faço de mim mesmo uma imagem, uma ideia, um conceito. Eu faço de você também uma imagem, uma ideia, um conceito. A nossa relação com a esposa, com os filhos, com a família, com o mundo à nossa volta, é sempre uma relação nesta ação sem Liberdade, porque há sempre um centro ilusório que é o “eu”. É possível viver sem criar essas imagens na relação com o outro, sem ter uma imagem de si mesmo? Percebam a beleza disso, o que representa nunca mais ser ferido, magoado, ofendido, para depois ter que perdoar, se reconciliar… ou então agredir o outro e ficar inimigo dele. Viver livre dessa psicológica dependência de querer ser amado, aceito – essa é a vida do ego, é a vida desta autoimagem, que tenho de mim mesmo. Tudo bem?</p>
<p class="blog">É isso que estamos trabalhando aqui, colocando isso claro para você: uma ação neste instante, acontecendo neste momento, sem o passado, sem o fundo. É possível viver este momento e não deixar que ele cause dentro desse cérebro um registro que depois possa ficar a serviço desse centro que é o “eu”, dessa falsa identidade que é a pessoa, que é essa imagem que faço de mim mesmo. É possível viver sem registrar o que não for necessário, ficar apenas com aquilo que for importante. O seu nome é algo importante, lembrar o seu rosto é importante. Sua relação com a pessoa mais próxima dentro da sua casa, com aqueles que convivem com você diariamente, a lembrança do nome, do jeito de cada um é importante. Mas posso permanecer livre de qualquer imagem sobre quem ele é, sobre quem ela é, sobre quem eu sou? Aqui estamos dizendo pra você que isso é possível quando o cérebro começa a trabalhar de uma forma inteiramente nova, diferente. Tomar ciência de si mesmo agora, aqui, e perceber como esse mecanismo que é a mente cria imagens e registra essas imagens. Tomar ciência disso é ter uma aproximação da verdade do conhecimento de si mesmo, da compreensão de como você funciona. Então, essa é a Verdade do Autoconhecimento. Conhecer a si mesmo, tomar Ciência do movimento deste “mim”, deste eu e liberar isso de tal forma que você não registre mais essas imagens. Então sua relação com o outro, sem essas imagens, é uma relação de uma outra qualidade. É quando está presente a Verdade do seu Ser, que é a Verdade de Deus.</p>
<p class="blog">Então, é a Presença do Amor na relação com a esposa, com o marido, com os filhos, com a família, com o mundo à sua volta. Não essa coisa que chamamos “amor”, carregada de apego, desejo, controle, ciúme, medo. Há muito medo presente dentro de cada um de nós nesse senso do “eu”. O medo de perder, o medo de ser traído, de ser enganado, o medo de não ter mais. Você tem medos, diversos medos, diversos temores. Há também esse mecanismo dentro de cada um de nós, de fuga, quando o medo surge, quando perdemos algo, por exemplo, logo substituímos aquilo por uma outra coisa. Não percebemos que isso é uma forma de fuga da dor, nunca olhamos de perto quem é esse que está na dor – que é esse mecanismo, que é esse centro ilusório que está guardando essa imagem, preservando essa imagem, apegado a essa imagem. Então, estamos sempre nesse movimento, também, de fuga. São diversos os mecanismos de fuga psicológica que nós conhecemos, para escapar, por exemplo, dessa dor.</p>
<p class="blog">Assim, o nosso trabalho aqui consiste em investigarmos a natureza deste “eu” e o que é esta ação agora, aqui, sem esse “eu”. Apenas quando há esta ação sem o “eu” temos a Presença do Real Amor. A Presença do Amor é a ausência desse “eu e o outro”, é a Presença da Beleza, é a Presença da Verdade, é a Presença de Deus, é a Presença da Compaixão. O Amor está presente porque a Verdade está presente. Nesta Verdade nós temos esta Natural Inteligência. Percebam a importância desta Natural Inteligência na relação. Precisamos nos aproximar do que é esta Natural Inteligência – aqui eu não me refiro a essa inteligência humana – além desta assim chamada “inteligência humana”, nesta Inteligência de Ser Pura Consciência, que é a Presença do Amor.</p>
<p class="blog">Portanto, essa ação que é a ação livre do “eu”, do ego, que é essa Realidade desta ação em Amor, reparem: é uma ação livre do tempo. Não existe mais essa noção de passado, presente e futuro. Não existe mais esse sentido de um “eu” buscando se tornar alguém melhor ou realizar alguma coisa lá fora, porque tudo está aqui neste instante. Esse “lá fora” é a noção do tempo. Entre esse “aqui dentro” e esse “lá fora” existe essa ilusão de separação e, portanto, essa noção de espaço, de tempo. Essa é uma outra coisa: nós vivemos nessa expectativa de alcançar algo amanhã, de realizar algo depois, de ser feliz amanhã, de ter paz amanhã, de ter liberdade amanhã, de aprender a amar amanhã, de aprender a agir de uma forma correta amanhã. Essa ideação, esse projeto, esse conceito, é uma projeção do próprio ego. Esse sentido do “eu” faz isso porque ele busca escapar, ele busca fugir da Verdade, da constatação de que ele é uma fraude, então ele se projeta.</p>
<p class="blog">Podemos passar muito tempo de nossas vidas, talvez uma vida inteira nesse ideal de encontrar Deus, de encontrar a paz, de encontrar a felicidade, de encontrar a ação correta. Então a gente vive perguntando o que é a ação correta? Como agir de forma correta? Como amar? Como ser feliz? Como se livrar do medo? Tudo isso implica a ideia do tempo, algo para ser alcançado amanhã. E aqui estamos dizendo para você: está agora aqui! A Verdade da ação livre do “eu” é a ação livre desse centro ilusório, que é a pessoa, que é o ego. É a Presença do seu Ser, onde a Realidade de Deus é a única Verdade presente.</p>
<p class="blog">Então, esse é o nosso trabalho aqui com você dentro do canal. Nós também temos encontros on-line nos finais de semana. Fica aqui o convite! Você encontra aqui na descrição do vídeo o nosso link do WhatsApp para aprofundar isso, participar desses encontros. Temos encontros presenciais também, além disso, temos retiros, ok? Se isso, de verdade, faz sentido para você, deixa aí o seu “like” e já se inscreve no canal, ok? E a gente se vê. Valeu pelo encontro e até a próxima.</p>
</div><div class="localdata">Outubro de 2023<br>Gravatá-PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-22972210564966321222024-02-08T15:00:00.001-03:002024-02-08T15:00:00.248-03:00Joel Goldsmith | Vivendo entre dois mundos | A natureza do pensamento | Mestre Gualberto<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/XAqPgfIZoPw' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>GC: Olá, pessoal! Estamos aqui para mais um videocast. Mais uma vez o Mestre Gualberto se dispôs a estar aqui conosco. Gratidão, Mestre! Mestre, hoje, além de trazer algumas perguntas do pessoal que vem acompanhando os nossos videocasts, eu quero trazer também um trechinho do Joel Goldsmith, do livro chamado “Vivendo entre dois mundos”. Nesse trechinho, Mestre, o Joel fala o seguinte: “Em nossa ignorância, pensamos que há doentes e pecadores, mas não. Eles estão em nosso próprio pensamento. Esse é o único lugar. Eles não existem em outro lugar.” O Mestre pode falar um pouco mais sobre a natureza do pensamento, sobre isso? MG: Interessante a colocação do Joel, né? Ele diz “em nosso pensamento”, “em nossa visão particular”. </p>
<p class="blog">É sempre em nossa visão particular que esse mundo é visto nesse formato. É uma visão particular do “eu”, é uma visão particular desse pensamento. Aquilo que nós chamamos de “eu” aqui, esse “mim”, é um conjunto de ideias, de crenças, de memórias, de lembranças, de pensamentos. E é só no pensamento que estamos vendo doentes e pecadores, mas também estamos vendo pessoas saudáveis e esses assim chamados “santos”. Tudo isso são conceitos da própria mente. É na mente que nós estamos vendo tudo isso. Quando estamos além da mente, estamos além do tempo e além dessa noção de espaço, onde aparecem tanto os santos como os pecadores, tanto os saudáveis quanto os doentes. Qual é a Verdade sobre quem somos? É a Verdade de ser Consciência Pura. Então, o mundo é visto como uma aparição fenomênica, como um grande sonho, e não é mais um sonho pessoal. É exatamente nesse sonho pessoal que estamos vendo o mundo e interpretando o mundo através desse modelo de pensamento, que é o pensamento do “eu”, que é o pensamento egoico. </p>
<p class="blog">Sem esse modelo, o mundo, ou aquilo que vemos, que percebemos, é um grande sonho, e é só um sonho divino, um sonho de Deus, e, nele, tudo está absolutamente no lugar. É apenas o sentido de um “eu”, de uma identidade separada, que faz essas diferenciações, que se ocupa com essas interpretações. Nossa ênfase aqui, Gilson, é descobrirmos a Verdade do nosso Ser, de nossa Natureza Real, porque é Isso que lhe dá a visão desta vida segundo os olhos da Graça, segundo os olhos de Deus. Nesse olhar, não há separação, não há divisão. Então, toda essa ideia de pecadores e santos, saudáveis e doentes, e toda essa visão particular do mundo, baseada no pensamento, isso se desfaz, isso desaparece. Essa é a beleza do Despertar da Consciência, da Verdadeira Iluminação Espiritual: é que, nesse instante, o sentido ilusório de ser alguém desaparece da experiência. Então, aquilo que fica é o experimentar da Vida, dessa Vida nessa Beleza, nessa Totalidade. Sem o sentido de uma identidade, que é essa identidade do “eu”, tudo está no lugar. É o sentido de um “eu”, de uma identidade separada, que está criando situações e realizando coisas. E, nessa desordem – algo criado pelo próprio pensamento –, esse sentido de um “eu” está sofrendo, esse sentido de uma identidade ilusória está confuso, desorientado, perplexo.</p>
<p class="blog"> São muito paradoxais estas falas nossas, porque, ao mesmo tempo em que estamos dizendo aqui para você que tudo está no lugar, quando você olha para o mundo, você vê uma tremenda balbúrdia, uma tremenda confusão. Há sofrimento, sim, em toda parte, porque essa é a condição do “eu”, essa é a condição do ego. Então, nesse sonho particular de uma identidade separada, o mundo continua sendo o que o ego tem projetado para ele ser, e, nesse mundo do ego, esse sonho de vida no “eu” – confusa, desorientada, perturbada, sofrida… Aqui, o paradoxal é isso: é descobrir a beleza de ser Pura Consciência e conseguir ver, em meio a todo esse caos, a essa confusão, desordem e sofrimento, a partir deste olhar. Nós não temos um olhar do Sábio, um olhar de um Ser Realizado, para perceber que tudo isso faz parte de um grande jogo divino, onde (nesse jogo) nós temos esses aspectos também de aparente confusão, de aparente sofrimento, de aparente abandono. O ser humano olha e diz: “O mundo está abandonado, Deus não está cuidando disso, porque olha como o mundo está”, e, na verdade, essa é uma condição do próprio “eu”, é uma visão particular do próprio ego. Tentar fazer uma conciliação é impossível. Aqui, o convite é: realize Aquilo que Você é e, a partir desse lugar, olhe para o mundo. Soa muito estranho isso, e não há como, Gilson, intelectualmente, conseguirmos fazer uma conciliação do que está sendo dito aqui, porque, intelectualmente, isso é totalmente contraditório na aparência. Por isso, precisamos ir além desse intelecto condicionado, ir além desse sentido de um “eu” separado, para uma visão fora da dualidade, fora dessa ilusão que o pensamento condicionado tem dado a cada um de nós. Então, isso se desfaz nesta Realização, e a Verdade de Deus é vista como Ela é.</p>
<p class="blog">GC: Como eu já comentei em vários videocasts nossos, essas falas do Mestre são revolucionárias, porque não tem como, no intelecto dual desse “pensamento e pensador”, pegar as palavras do Mestre e querer entender, querer encaixar, porque é totalmente fora de uma crença, é totalmente fora de uma visão de um “eu” presente; porque, como bem o Mestre falou, nesse “eu” presente, nessa ilusão de ser alguém, o mundo é uma balbúrdia, é uma chafurda. Agora, como é lindo e sem palavras quando – eu vou falar desse experimentar junto com o Mestre –, em Satsang, nesse com partilhar de Consciência que daqui a pouco, por essa Graça, esse olhar do Mestre se faz presente e a gente vê que, de fato, não existe pecador, não existe santo. E é algo que é sem palavras! Era muito forte aqui, Mestre, a ideia de alguém querendo ajudar o mundo, querendo melhorar isso, contribuir... É um conceito muito forte dentro de uma espiritualidade, mas que é uma completa ilusão de alguém vendo pessoas a serem ajudadas e querendo fazer alguma diferença.</p>
<p class="blog">MG: A nossa condição psicológica, nesse sentido de ser alguém, é ver o mundo a partir desse alguém que sentimos que somos. Veja como é bem interessante isso, Gilson. Nós não podemos negar esse sentido de ser alguém quando ele está aqui. Ele não pode ser intelectualmente negado, ele tem que ser, de uma forma direta, constatado. Constatar esse sentido de um “eu”, de uma identidade presente, desse “mim”, desse alguém, constatar isso diretamente, sem colocar identidade nessa experiência... apenas nesse constatar, essa ilusão desse “mim”, desse “alguém”, se desfaz. Mas é esse constatar que torna isso possível.</p>
<p class="blog">Não podemos, intelectualmente, falar daquilo que se mostra aqui como sendo esse “eu”, como se, de fato, ele não existisse. Ele existe e a sua finalidade é confusão, é desordem, é sofrimento, porque, no ego, a finalidade de ser alguém é se manter separado da vida, separado da existência, separado de Deus, e isso representa, naturalmente, confusão. Então, no ego, sim, nós somos inveja, medo, ciúme, confusão... todo tipo de luta está presente, todos esses estados internos de infelicidade estão presentes. No entanto, tudo isso está presente na ilusão desse senso de identidade egoica.</p>
<p class="blog">Então, é aqui que está o pecador, é aqui que está o doente, é aqui que está a ilusão da separação entre santos e profanos, entre saudáveis e doentes, é aqui que existe a ilusão de ser ajudado e de ajudar. Então, o ego vive dentro dessa condição. Nessa condição ilusória de separação, estamos vivendo as nossas práticas esotéricas, espiritualistas, seguindo religiões organizadas, estamos presos a estudos, a leitura de livros sagrados, a todo tipo de coisa, nessa confusão de ser alguém nesse mundo do “eu”. Essa é a condição da pessoa na procura de algo além disso, além desse peso, além desse sofrimento.</p>
<p class="blog">Então, a nossa colocação aqui é que, sim, é possível ir além disso, desde que você descubra a Verdade de sua Natureza Real, de sua Natureza Verdadeira – é quando esse sentido de dualidade desaparece. Quando ele desaparece, desaparece também essas assim chamadas práticas, essas assim chamadas crenças espiritualistas, políticas, religiosas, porque o seu Natural Estado de Ser-Consciência é Completude, é Amor, é Felicidade, está além dessa dualidade, está além desse mundo, desse corpo e dessa mente, está além, Gilson, dessa noção de tempo e espaço.</p>
<p class="blog">Percebam o que estamos colocando: estamos sinalizando aqui algo para você além da mente egoica e, naturalmente, além do próprio intelecto. Então, não dá para alcançarmos isso ao nível intelectual. Isso explica, Gilson, por que por mais que leiamos sobre isso, estudemos isso, por mais que estejamos ouvindo palestras e ensinamentos, tudo continua do mesmo jeito: porque o trabalho real não consiste em ouvir palestras, em ler livros, em fazer estudos, e sim em constatar, em nós mesmos, aqui e agora, diretamente, através desse Autoconhecimento, dessa percepção desse movimento do “eu”, tendo uma visão daquilo que eu tenho colocado aqui como Real Meditação, na prática, o fim para tudo isso.</p>
<p class="blog">Então, esta Realização é a Ciência do seu Ser se revelando agora aqui. Gilson, não é nem mesmo um resultado a ser alcançado, é uma Realização a ser constatada agora aqui. Eu sei que isso soa louco, soa estranho para esse modelo de intelecto condicionado que nós temos, condicionado religiosamente, filosoficamente, espiritualmente, politicamente e de todas as formas, mas é assim. Tem que haver um esvaziamento de tudo isso, tem que haver um fim para essa continuidade do “eu” e, portanto, dessa condição de identidade egoica, para que essa realidade fora desse tempo e, portanto, fora desse mundo, desse sonho do “eu”, se mostre.</p>
<p class="blog">GC: Mestre, dentro desse tema, eu queria que o Mestre falasse um pouco sobre o que se fala muito dentro dos meios espirituais, sobre missão de vida, sobre propósito de vida. E isso está atrelado exatamente ao que o Mestre acabou de falar: a um resultado.</p>
<p class="blog">MG: Na nossa ideia, em razão do condicionamento que recebemos já desde a infância, nós temos sempre a ideia do “vir a ser” – escute isso –, do “se tornar”, do “alcançar”, nessa coisa de se ampliar, de melhorar, de realizar propósitos. Todo esse movimento é um movimento no tempo. Na realidade, esse tempo só existe no pensamento. Não existe tal tempo! Do ponto de vista biológico, do ponto de vista histórico, nós temos o tempo: o tempo do calendário e o tempo do crescimento de uma planta até a idade adulta, o tempo de crescimento de uma criança até se tornar um adulto. Esse é o tempo, é o tempo do relógio, é o tempo cronológico, é o tempo do calendário. Esse tempo é razoável. Nós conhecemos esse tempo, e, nesse tempo, você realiza coisas. Você pega um terreno, faz um projeto, chama um engenheiro, idealiza uma casa e, depois de dois anos ou três, a casa está pronta, ou um pouco antes. Então, nesse sentido, o tempo é real, o tempo é fundamental, o tempo tem base.</p>
<p class="blog">Então, com base nesse princípio de tempo, nós estamos tentando aplicar aqui, no sentido dessa constatação da Realidade Divina, o mesmo princípio: “Hoje, Deus não está aqui, mas vou encontrá-Lo. Só que, hoje, Ele não está por aqui, eu vou encontrá-Lo amanhã”. Então, para nós, Deus é uma entidade que vive no tempo. Ele não está hoje, mas estará amanhã. “Eu não estou vivendo isso hoje, eu não vivo isso hoje, mas viverei isso amanhã”. Então, estamos tentando aplicar a mesma regra para algo fora do tempo. Deus não é uma realidade a ser alcançada no tempo.</p>
<p class="blog">Então, veja que interessante: nós acreditamos que o Amor será encontrado, a Felicidade será encontrada, a Paz será encontrada, e o pior: nós iremos realizar Isso. “Nós” quem? A ideia de um “eu” presente que está em conflito? Ele, em conflito, pode caminhar em direção à Paz? Ele, em sofrimento, pode caminhar em direção à Felicidade? Ele, em desordem emocional, pode caminhar em direção à Liberdade?</p>
<p class="blog">O que temos agora, aqui, é esse estado, que é o estado de ser o que somos nesse momento. Se o que somos nesse momento é tristeza, a gente não pode transformar a tristeza em alegria. Tristeza nunca se transforma em alegria, ódio nunca se transforma em amor. Ódio é ódio, amor é amor, tristeza é tristeza. Conflito não é paz, e paz não é conflito. Nós estamos tentando sair de um ponto para outro psicologicamente, emocionalmente, sentimentalmente, no entanto isso não é possível, porque isso pede tempo, e esse tempo não é real.</p>
<p class="blog">Não existe esse tempo psicológico, não existe esse tempo emocional, não existe esse tempo sentimental. Só existe o tempo do relógio, o tempo no calendário e o tempo da evolução de uma planta até a idade adulta, de um ser biológico evoluindo nesse tempo, que é o tempo cronológico. Mas, psicologicamente, Gilson, inveja é inveja, isso não muda; ciúme é ciúme, e isso não muda; raiva é raiva, e isso não muda. Carregados desse sentido de um “eu”, nós queremos ser diferentes de quem somos. Esse “eu” se projeta nesse “vir a ser”, nesse “se tornar”, no entanto isso nunca acontece. O “eu” sempre será um “eu”, esse ego sempre será um ego, essa tristeza sempre será tristeza.</p>
<p class="blog">A Realidade do seu Ser não está no tempo, mas aquilo que se mostra como sendo você aqui, nessa ideia de ser alguém, é a condição psicológica de um tempo que o pensamento tem criado. Esse tempo que o pensamento tem criado está sustentando você nessa condição de medo, inveja, ciúme, e qualquer movimento que você faça, nesse estado, é só a continuidade desse estado.</p>
<p class="blog">Não há qualquer movimento real ocorrendo; é a ilusão desse tempo psicológico. É nele que estamos depositando nossa confiança, acreditando que um dia seremos diferentes: “Hoje não sou feliz, mas amanhã serei feliz. Hoje não tenho paz, mas amanhã terei paz.” E, assim, nós projetamos um ideal de paz com base em conquistas, em realizações, em projetos materiais, emocionais, em projetos físicos, em projetos sentimentais sendo realizados. Isso tudo é um movimento, que é um movimento do próprio “eu”, do próprio “ego”, para se tornar, para conseguir, para realizar algo.</p>
<p class="blog">A Verdade sobre Você é que Aquilo que é Você não está no tempo e Aquilo que é Você está completo. É o sentido de um “eu” presente nessa ilusão de um tempo, que ele mesmo está criando – formalizando essa ideia de passado, presente e futuro –, que está nessa ansiedade, nessa busca, nessa procura e em toda essa confusão! A Verdade d'Aquilo que Somos não está no tempo, nesse psicológico tempo que o pensamento tem criado, que ele chama de “futuro”, onde um dia alcançará, um dia realizará, um dia chegará.</p>
<p class="blog">Não sei se faz sentido isso para você, mas examine isso de perto, observe em si mesmo e você irá perceber o que estamos colocando. Não existe esse tempo! Esse é um ilusório tempo que o “eu” tem criado, que o “eu” tem sustentado; essa é a ilusão da egoidentidade, que acredita que veio do passado, está aqui agora, no presente, e caminha para o futuro. Tudo isso está nesse tempo psicológico, que é a pura imaginação do “eu”, do ego, nessa ilusória transformação que ele procura. Isso tem que desaparecer! Apenas quando isso termina, a Verdade que está fora desse tempo, que é Amor, que é Paz, que é Completude, que é Deus, se mostra.</p>
<p class="blog">GC: Mestre, eu acho extraordinário esse apontar do Mestre, porque o Mestre destrói com toda ideia, com toda crença, com todo conceito. Dentro de uma busca espiritual, dessa ilusão de ser alguém, na religião... daqui a pouco a gente está numa vida material, com conceitos materiais, daqui a pouco vai para uma ideia religiosa ou dentro de uma espiritualidade mais aberta, digamos assim, mas sempre muda de uma crença para outra crença, para outra crença... E sempre, bem como o Mestre falou, sempre no “vir a ser”. Dentro de um conceito espiritual, a gente quer ser melhor, a gente quer ser mais espiritual, ajudar o mundo, e o Mestre simplesmente acaba com todo esse tipo de ideia, com todo esse tipo de crença. E é algo que é aterrador para o ego, porque está exatamente fundamentado nisso, né, Mestre?</p>
<p class="blog">O sentido de ser alguém, Gilson, está numa base falsa. Você se vê como alguém porque você acredita no que o pensamento diz sobre quem você é. Todas as ideias que você faz sobre você estão assentadas em memórias, em lembranças, para uma suposta identidade que o pensamento diz que está aqui, que não é feliz hoje, mas será feliz amanhã, que cometeu erros no passado, que está tentando melhorar agora para não cometer novos erros, para amanhã ser uma pessoa melhor, uma pessoa virtuosa.</p>
<p class="blog">O que eu estou dizendo, Gilson, é que, por mais que realmente você melhore como pessoa e realize projetos, sonhos, por mais que você caminhe para esse assim chamado “futuro” idealizado pelo pensamento, você continuará sendo a mesma pessoa. Talvez, com um pouco mais de conforto, um pouco menos estressada, mas, internamente, o sentido de separação entre você e a vida, entre você e Deus, continuará presente, e, se isso continua presente, a ilusão continua presente. E nós só terminamos com isso, Gilson, quando o sentido desse tempo psicológico, que é onde esse “eu” vive, desaparece juntamente com ele.</p>
<p class="blog">Então, na verdade, precisamos ser verdadeiramente radicais no que diz respeito à Verdade. Não há meio-termo aqui: ou há Verdade, ou há ilusão. E o sentido de um “eu” presente, por mais espiritual, por mais justo, por mais bondoso, por mais feliz que ele pareça ser, ele ainda é, internamente, o que ele é: a ilusão do sentido de uma identidade presente na experiência, e, portanto, isso é sofrimento, isso é a ausência da Realidade do Ser. Isso é um fato! E, se isso não desaparece, a ilusão continua.</p>
<p class="blog">Então, não há meio-termo aqui: ou temos a Realidade, que está fora do “eu”, que está fora do tempo, que está fora do mundo, que está fora dessa noção de “vir a ser”, de “se tornar”, e que é, simplesmente é, ou estamos dentro dessa coisa toda. Ou ficamos livres da ilusão, desse senso de uma entidade separada no tempo, vivendo no espaço, e nessa ânsia e nessa procura sempre por alguma coisa... porque essa insatisfação presente está presente em todos. Não importa a condição social, não importa o que alguém já realizou na vida, se ele não realiza o seu Ser, não há Felicidade, não há Completude, não há Paz Real. Nós temos esses momentos de paz que conhecemos, esses momentos de satisfação, de prazer, esse assim chamado “amor”, mas qual é o resultado disso a curto, médio e longo prazo? Isso logo se mostra como mais um engodo, mais uma ilusão, porque o que está presente é o sentido egoico.</p>
<p class="blog">O trabalho sobre si mesmo é o fim disso. O reconhecimento dessa ilusão é o fim dessa ilusão. Então, temos presente Aquilo que já é, aqui e agora. Nesse sentido, não há o que evoluir, não há o que crescer, não há onde chegar, não há para onde ir. A Verdade – essa é uma maravilhosa notícia – já está agora e aqui. Deus não chegará amanhã, a Felicidade não é para amanhã, a Paz não é para amanhã, o Despertar não é para amanhã. Esse amanhã só existe psicologicamente, no pensamento. Nós só temos o amanhã do calendário, mas o amanhã do calendário não altera nada em nossas vidas. Daqui a vinte anos, se esse sentido egoico estiver presente, o sofrimento estará presente, a ignorância estará presente, a ausência da Verdade de Deus estará presente. Não importa daqui a vinte anos, daqui a quarenta anos. Compreendem isso?</p>
<p class="blog">O seu trabalho é constatar a Realidade agora e se tornar ciente disso. Você nasceu para descobrir que nunca nasceu, que esse sonho é um sonho de Deus. Esse sentido de um “eu” presente aí, que é o ego, interferindo, só está criando confusão. Ouviu, Gilson? (risos) É simplesmente assim. Vamos largar isso.</p>
<p class="blog">GC: Gratidão, gratidão, Mestre. Já deu o nosso tempo. Mais uma vez, muito obrigado por mais este videocast. E, pessoal que está acompanhando o vídeo: deixe o seu “like”, faça um comentário... isso ajuda o YouTube a reconhecer que o conteúdo é relevante e distribuir para mais pessoas, e também fica o convite para assistir à playlist com todos os videocasts. E para quem sentir o que está além das palavras, ao olhar nos olhos do Mestre, fica o convite para estar em Satsang, que são os encontros intensivos de final de semana, tanto encontros on-line, quanto encontros presenciais, inclusive retiros.</p>
<p class="blog">Gratidão, Mestre, por mais um videocast.</p>
<p class="blog">MG: Ok, até a próxima. A gente se vê.</p></div><div class="localdata">Agosto de 2023<br>Gravatá-PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-83896469125073263462024-02-06T15:00:00.001-03:002024-02-06T15:00:00.146-03:00Despertar da Real Consciência | Condicionamento psicológico | Atenção Plena | Uma Nova Consciência<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/_9sOQEq9jKg' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Não parece que compreendemos, ainda, muito bem o que significa uma ação na vida, uma Real ação. Para nós, a ação, necessariamente, requer a presença da luta e do esforço. Assim, não parece que nós compreendemos, ainda, claramente que a vida se torna possível completamente livre de luta, livre de esforço.</p>
<p class='blog'>Observe que todos os momentos da sua vida onde havia esse perfume de alegria, leveza, harmonia, quietude, silêncio, paz, eram momentos que estavam acontecendo de uma forma natural. Quando eu digo natural é exatamente isso que eu quero dizer, livre da artificialidade desse movimento, que ainda é o movimento do “eu”, do ego, que é o movimento do esforço e da luta. Não há luta, não há esforço quando temos a presença da Realidade, esse é o perfume da Verdade de Deus.</p>
<p class='blog'>O nosso objetivo na vida é encontrar a Paz, a Felicidade, o Amor. Temos um momento de Silêncio, de Quietude, de Alegria, de ausência de conflito, e nesse momento fica claro a presença desse perfume, o perfume da Realidade de Deus. O problema aqui surge porque nós queremos encontrar isso, então nós temos propósitos, objetivos, sonhos, ideais. </p>
<p class='blog'>E aqui eu quero lhe dizer algo, que você mesmo já sabe porque já viveu, só que esqueceu disso: esses momentos surgiram na sua vida sem busca. O momento de alegria surge, mas isso não é o resultado de uma busca, de um esforço e de uma luta; o momento de Quietude, de Silêncio, de Paz, onde temos a fragrância do Amor, da Alegria, tudo isso vem sem esforço, sem luta. Quando isso está presente, o sentido desse “mim”, desse “eu” não está, então é assim que temos que aprender a lidar com a vida. </p>
<p class='blog'>A dificuldade aqui é que esse sentido de um “eu” presente se vê separado da vida. Já que esse sentido de um “eu” presente é um movimento, dentro de cada um de nós, de um pensador cheio de pensamentos de como as coisas deveriam ser, nós estamos sempre rechaçando, tentando nos livrar, tentando anular aquilo que está aqui para encontrar isso que deveria ser. Então, vivemos sempre nesses projetos de idealizações criadas e sustentadas pelo “eu”, que é esse pensador, que é esse que está carregado de pensamentos, de ideias, de conclusões, de avaliações, de crenças. </p>
<p class='blog'>Nós estamos sempre com uma ilusão presente: a ilusão de que a nossa vida não é como deveria ser. Nós temos a ideia do que deveria ser, então, anulamos aquilo que É por uma ideia do que deveria ser, e nos lançamos nessa busca, nessa procura. Para a maioria de nós, o que deveria ser pode vir a ser um dia se, através do esforço, da luta, do trabalho árduo, alcançarmos. Então, há sempre essa projeção do “eu”, do ego, no futuro, nesse ideal. Isso é parte de todo esse treinamento que recebemos, dessa forma de sentir, de pensar e agir que nós temos. Assim, esse condicionamento da mente, esse condicionamento psicológico está norteando nossa vida dessa forma, nesse modelo. Estudar a nós próprios significa que estamos nos tornando cientes de quem somos. Nós não conhecemos a nós mesmos. </p>
<p class='blog'>Ao nascermos, nós não recebemos um manual de vida; nós recebemos um legado sobre como viver. Então, o único manual que nós recebemos é o legado da história, da cultura, da sociedade, da humanidade, e nós estamos vivendo dentro desse legado, dentro dessa herança. Nossa vida é tão invejosa, tão ambiciosa, tão ansiosa, tão preocupada, tão aflitiva, tão conflituosa, tão carregada de medo, de desejos e contradições como foram as vidas dos nossos antepassados. Nossas vidas são como a vida deles e dos que chegaram aqui antes deles. Então, nós somos a história da humanidade. Esse é o legado.</p>
<p class='blog'>Assim, nossas ações são ações que estão assentadas no tempo. O tempo é o passado. Não há tempo sem o passado, sem a ideia de presente, sem a ideia do futuro. Não há história sem passado. Então, o passado se mostra agora como o presente, e irá se mostrar amanhã como o futuro, mas ainda continua sendo o passado. É assim que nós temos vivido, é assim que nós estamos vivendo, foi assim que eles viveram. Esse é o retrato da humanidade. </p>
<p class='blog'>Então, psicologicamente, nós somos toda a humanidade, todo o ser humano que já pisou nesse planeta, a nossa condição psicológica é a mesma. Psicologicamente falando, nós somos como os homens que estavam aqui há dez mil anos atrás, há cinco mil anos atrás, há dois mil anos atrás. A violência, o medo, o sofrimento, a ignorância, a não compreensão da Verdade sobre quem nós somos aqui, nesse instante, isso também estava com eles ontem ou há dezenas ou centenas de anos atrás. </p>
<p class='blog'>Nós estamos aqui trabalhando com você o fim da ilusão dessa condição de consciência humana. É isso que nós temos chamado aqui de consciência humana, a consciência do “eu”, toda essa herança psicológica de ser alguém que caminha nesse esforço, nessa luta, nessa tentativa de deixar de ser para Ser. É possível que nós vivenciemos melhoras, que passemos por mudanças, por transformações. Já passamos por algumas transformações ao longo dos séculos, mas são mudanças e transformações no âmbito da ciência, da matemática, da física, da química, no âmbito tecnológico, no entanto, internamente continuamos os mesmos. </p>
<p class='blog'>Temos vivido em sofrimento, dando continuidade ao sofrimento, porque não resolvemos isso aqui, porque nós não nos conhecemos. Então, há todo esse movimento de luta para nos tornarmos alguém diferente de quem somos. Mas aqui estamos dizendo para você que nós não precisamos ser diferentes de quem somos, nós só precisamos tomar ciência da Verdade de quem somos, disso que demonstramos ser, porque isso que demonstramos ser é a verdade aparente daquilo que somos. </p>
<p class='blog'>Tomar ciência desse modelo de identidade egoica, de cultura humana, indo além desse sentido do “eu”, do ego, indo além dessa condição de consciência humana para uma nova Consciência, para o Despertar da Vida Real – não dessa condição de ilusória identidade nesse “eu fui”, “eu sou” e “eu serei”. “Não estou feliz com o que sou, nunca estive feliz com o que eu fui, mas um dia serei feliz com o que serei, com aquilo que irei me tornar”, isso tudo está dentro de uma formulação ideológica, algo sustentado por um conjunto de conclusões e crenças, algo firmado pelo pensamento. Pensamento esse que, por sinal, é tudo aquilo que ainda é parte daquilo que vem do passado e, portanto, isso não pode ser real, é apenas mais uma fantasia do pensamento – essa ideia de vir a ser, de se tornar, de alcançar. </p>
<p class='blog'>Toda a forma de autoaperfeiçoamento, de aprimoramento pessoal, de aperfeiçoamento pessoal, tudo isso ainda faz parte de uma educação ou de um condicionamento velho, é só um ajustamento do velho. Então, nós não temos algo novo quando há uma transformação nesse nível, porque é só um ajustamento. Nós precisamos de algo radical, precisamos do fim do “eu”, do fim do ego, do fim desse senso de separação e, portanto, dessa particular vida nesse princípio de dualidade, onde existe esse “eu e a vida”, “eu e o outro”, “eu e o mundo”, “eu e a cultura humana”, “eu a consciência humana”. Na realidade, “eu a consciência humana” é uma coisa só, “eu e a humanidade” é uma coisa só, “eu e essa – assim chamada – vida”, como o pensamento idealiza, é uma coisa só. É necessário ir além dessa condição de dualidade, de ilusão, de separação.</p>
<p class='blog'>É isso que estamos propondo aqui para você, uma aproximação da Verdade do Autoconhecimento e da Realização do seu Ser pela Verdade da Real Meditação de uma forma prática. Nós temos uma playlist no nosso canal do Youtube (Mestre Gualberto) esclarecendo o que significa isso, como trabalhar isso, como tornar isso algo real na sua vida nesse momento, para que essa, assim chamada, “minha vida” seja compreendida. </p>
<p class='blog'>Nesse Real contexto, essa particular vida é uma fraude. Tudo o que temos presente é a Realidade Divina, é a Realidade de Deus, é a Realidade da Verdade, é a Realidade d’Aquilo que está fora do conhecido, e essa dimensão livre do tempo psicológico, que é esse modelo de pensamento, de cultura, de história humana e de vida egoica como nós conhecemos, isso desaparece para essa Real Vida livre desse sentido de dualidade, de separação. Então nós temos a Verdade daquilo que somos quando o sentido desse “eu” que parecemos ser, que demonstramos ser, que é toda essa herança de consciência humana, não está mais presente.</p>
<p class='blog'>Assim, ter uma aproximação da Verdade do seu Ser é ter uma aproximação da Verdade de quem é o outro, do que é a vida. Isso é o fim dessa condição psicológica de pensar, sentir, agir nesse modelo, nessa inconsciência, nesse programa de insatisfação com aquilo que aqui está, projetando um vir a ser, um se tornar diferente disso. Tomando ciência da Realidade daquilo que É, daquilo que está aqui, é possível o fim para isso. </p>
<p class='blog'>A compreensão do que É requer uma investigação, um estudar a si mesmo, um compreender a si próprio, um compreender desse movimento, que é o movimento da separação, da dualidade, que é o movimento do “eu". Então, a visão daquilo que É é a compreensão, e quando há essa compreensão, isso que É passa por uma radical, profunda e verdadeira transformação. Não uma parcial mudança superficial como, em geral, o ego se propõe a fazer através de alguma técnica, através de alguma autodisciplina, através de alguma prática, assim chamada, “espiritual". Estamos falando de outra coisa aqui. </p>
<p class='blog'>Estamos falando dessa ciência do próprio movimento do “eu”. Isso está presente quando há essa Atenção Plena sobre todo esse movimento. Essa Plena Atenção do movimento do “eu” é a ciência daquilo que É agora e aqui. Quando não há essa separação para tentar mudar, alterar ou fazer algo com aquilo que É, quando não há mais esse movimento do futuro, que é só um movimento de projeção do próprio pensamento nessa ideia de um tempo psicológico, se isso não está mais presente, aquilo que É sofre uma radical e profunda alteração. É quando isso se desfaz, então temos a Revelação de Algo novo, fora do tempo, fora do conhecido, fora do “eu”, fora do ego, fora dessa história da consciência humana. </p>
<p class='blog'>Esse é o Despertar do seu Ser, é o Despertar dessa nova Consciência. Essa nova Consciência é, na realidade, o Despertar da Real Consciência. Nós usamos a expressão “nova Consciência” como sinônimo de Real Consciência. A única Realidade Divina é a Realidade dessa Consciência. Quando essa Consciência está, não existe mais o sentido de um “eu” que se separa do outro, da vida, que carrega todo esse movimento de infelicidade, de inquietude e sofrimento. Então temos a Revelação da Felicidade, do Amor, da Liberdade. Eu tenho chamado isso aqui de o Despertar da Inteligência, é o Despertar desse Ser, dessa Verdade Divina.</p>
</div><div class="localdata">Janeiro de 2024<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-85174757687683119942024-02-01T15:00:00.002-03:002024-02-01T15:00:00.154-03:00Tempo psicológico | A visão do Autoconhecimento | A natureza do pensamento | Autoconhecimento<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/OWl_6RPbJBE' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>O que, na verdade, nós estamos procurando: a felicidade ou a satisfação? Parece que a maioria de nós não tem a menor ideia do que a felicidade, de verdade, representa. Nós temos uma projeção, nós temos uma ideação, nós temos uma imaginação a respeito dessa coisa misteriosa chamada felicidade. Eu digo “coisa misteriosa” porque nós não estamos lidando com algo que o pensamento consiga esclarecer, ter uma ideia, uma noção da verdade do que isso representa. Tudo que nós temos feito é idealizar, é pensar a respeito, é imaginar alguma satisfação que nos dê essa coisa chamada felicidade. Assim, qual será a verdade desse encontro? Qual será a verdade dessa constatação? </p>
<p class='blog'>Primeiro, antes de tudo, vamos ver uma coisa aqui. É possível encontrar a felicidade? É possível encontrar essa “coisa misteriosa” ou o que nós podemos encontrar é apenas satisfação? Ao longo das nossas vidas, nós temos encontrado muitos momentos de satisfação. Em algum nível de preenchimento e realização, nós nos deparamos temporariamente satisfeitos; logo depois essa satisfação desaparece. Mas o ser humano está projetando, idealizando, imaginando uma satisfação que seja permanente, e nós estamos dando nome a esse nível de satisfação de “felicidade”. E aqui estamos dizendo para você que isso não é encontrável. Você não pode encontrar uma satisfação que seja permanente, muito menos pode se deparar com esse encontro com a felicidade, uma vez que fique claro o que a Felicidade, de verdade, significa. </p>
<p class='blog'>Felicidade é aquilo que está presente agora, aqui. Não é algo dentro do tempo e, portanto, não é algo que você encontra numa busca, numa procura. No entanto, essa Felicidade está presente quando o sentido desse "eu" não está mais. Então, nessa procura ou nessa busca nós não estamos investigando a natureza daquele que busca, daquele que procura. Então, nesse pensamento sobre a felicidade nós não estamos investigando a natureza desse pensador. O pensamento da felicidade, será que isso é algo que se separa desse que pensa, que é o pensador? Há uma separação entre o pensador e o pensamento? Há uma separação entre esse que busca e aquilo que ele idealiza como seu propósito para ser encontrado?</p>
<p class='blog'>Então, notem, nós não temos uma visão da Verdade sobre nós mesmos. Nós desconhecemos quem somos, desconhecemos esse que busca, desconhecemos esse que pensa, não compreendemos a natureza do pensamento, a estrutura desse pensador. Não conhecemos a natureza daquilo que está sendo procurado ou buscado, que damos o nome de felicidade, e que, na verdade, é a busca da satisfação permanente, que nós estamos dando o nome de felicidade, e não compreendemos a estrutura desse buscador. </p>
<p class='blog'>Então, o nosso momento aqui é um momento de investigação da Verdade, daquilo que se passa agora, aqui, dentro de cada um de nós. Tomar ciência desse buscador, tomar ciência desse pensador, compreendendo a estrutura desse pensador, desse buscador, compreendendo a natureza desse pensamento, a natureza dessa, assim chamada, “felicidade” para esse "eu", para esse “mim”, é o que estamos fazendo agora, aqui. </p>
<p class='blog'>Ter uma aproximação de si mesmo, percebendo que esse pensamento está presente em razão desse pensador, e que essa busca está presente em razão daquele que busca, tomando ciência que não há qualquer separação entre a busca e o buscador, entre o pensamento e o pensador, isso nos coloca numa posição nova, aqui, nesse instante. Agora não há mais esse movimento de busca, não há mais esse movimento de pensamento. E quando isso termina, porque ao olharmos para aquilo que está aqui presente nos tornamos cientes dessa divisão, dessa separação, a ciência disso é o fim dessa separação, é o fim dessa divisão entre pensamento e pensador, entre esse buscador e aquilo que ele está buscando. Quando isso ocorre aqui, nesse instante, se revela a visão do Autoconhecimento. </p>
<p class='blog'>Então, o Autoconhecimento é a única coisa que se faz necessária nesse momento para a compreensão da Verdade de onde se encontra a Felicidade, de onde se encontra a Verdade, de onde Deus se encontra. A Verdade da Felicidade, a Verdade de Deus, a Verdade sobre isso está na constatação de que esse sentido desse "eu", desse “mim”, desse que é o próprio buscador, que é o próprio pensador, o descarte desse sentido do “eu” – notem que coisa importante temos aqui – é o descarte desse movimento que é o movimento do tempo. </p>
<p class='blog'>O pensador é algo que vem do passado. Observe isso em você: todo pensamento em você é o pensamento que está presente em razão desse pensador. Então, o pensador está produzindo pensamentos – ao menos essa é a ideia que fazemos a respeito de quem nós somos: nós somos o pensador produzindo pensamentos. A realidade sobre isso, a verdade disso é que esse pensamento, que é o "eu", é o próprio pensador. Se não houvesse pensamento agora, se mostrando nesse instante, não haveria qualquer pensador. </p>
<p class='blog'>Observe isso: quando não há pensamento, não há pensador. Então, o pensamento surge em razão do pensador presente, e o pensador surge em razão do pensamento presente, e eles aparecem nesse instante em razão do passado. Essa é a verdade sobre o "eu", sobre o “mim”, sobre o pensador. Ele é o resultado do passado. Então, é o sentido de “alguém” presente, que vem do passado; esse passado é o movimento do tempo, da experiência guardada, da experiência adquirida. Então, a memória é pensamento. Esse pensamento é o pensador, e isso é o passado. Quando o sentido do “eu” é eliminado, o movimento do passado, que é tempo, desaparece. </p>
<p class='blog'>Então, a vida é algo que se revela agora, aqui, sempre nesse instante, sem qualquer necessidade de um experimentador que vem do passado, que é um pensador que vem do passado, que é esse “eu” que vem do passado para estar presente nesse instante. Podemos viver uma vida livre desse “eu” e, portanto, desse pensador, desse que guarda essas lembranças, desse que é o próprio movimento do pensamento, que é o próprio pensamento em movimento? Podemos aqui, nesse instante, ter a Revelação da Vida como ela se mostra sem esse sentido de um “eu” presente?</p>
<p class='blog'>Então, percebam a beleza disso, nós temos o fim para o pensador; e se não há esse pensador, porque o tempo não está presente, não há mais esse movimento do buscador, então essa ideia da felicidade se desfaz, porque esse buscador também não está mais presente. Então, com o que nos deparamos agora? Nos deparamos com a Vida, a Vida como ela, nesse instante, se Revela: sem o tempo, sem esse passado, sem esse “mim”, sem esse pensador, sem esse buscador. Então, nesse instante, a Realidade, que é Deus, se Revela. Veja, não é algo encontrável. É uma Realidade constatável nesse instante. Essa constatação está nesse perceber; perceber a Vida sem o percebedor, sentir a Vida sem esse elemento que é o "eu" nesse sentir.</p>
<p class='blog'>Então, nós não precisamos desse pensamento, desse movimento de pensamento que vem do passado, que vem da memória, resultado da experiência, algo que deu formação a esse “mim”, algo que sustenta e estabelece esse pensador. Todo movimento do ego é um movimento de continuidade. Para o ego se manter, ele precisa da continuidade, e a continuidade desse ego está na presença desse pensador, e essa continuidade é estabelecida pelo próprio pensamento. Assim sendo, é o pensamento, em sua continuidade de memória, que estabelece sempre a presença desse "eu" nesse instante como sendo uma identidade real, como sendo uma identidade verdadeira, como tendo uma vida própria, pessoal, particular. </p>
<p class='blog'>Então, aqui nós estamos lhe mostrando como esse "eu", como esse ego, que é o pensador, se sustenta, se mantém. Ele se mantém exatamente nessa busca. Nessa insatisfação, ele carrega essa busca, a busca de uma satisfação permanente naquilo que ele chama de “felicidade”, que ele chama também de “paz”, de “amor”. Ele carrega esse movimento, também, de pensamento para produzir essas imagens, que são os símbolos que esse "eu" tem do que felicidade, amor, paz representam.</p>
<p class='blog'>Nesse momento estamos eliminando esse elemento, que é o elemento do tempo. Então, nós temos o fim para o tempo. Se temos o fim para o passado, nós temos o fim para o futuro. É muito claro isso, é sempre o passado que se projeta, então, o futuro ainda é o passado se projetando. Esse é o movimento do próprio pensamento para sustentar esse "eu" em sua continuidade. Então, nós temos aqui o fim para o pensamento psicológico, que é esse pensamento de memória egocêntrica, de identidade egocêntrica, de identidade do "eu". Esse é o tempo que nós temos chamado de tempo psicológico, o tempo sustentado por essa identidade, que é o pensador, que para se manter está sempre sustentando o futuro com base no passado. </p>
<p class='blog'>Então, o que é esse "eu"? O que é o ego? O que é esse pensador? Quem é esse que está presente sendo o experimentador, aquele que está transformando esse momento presente em algo para ele, pessoal? Que está olhando para esse momento presente e vendo nesse momento presente apenas uma oportunidade de novo e de novo e de novo se projetar no futuro, se projetar para o futuro? </p>
<p class='blog'>Então, a compreensão do sentido do "eu", a compreensão do sentido do ego, desse ilusório estado de identidade de “alguém” presente, o fim disso é o início de algo desconhecido, que é a Realidade Divina, que é a Realidade de Deus. Essa Realidade é a Felicidade, é Aquilo que está presente agora, aqui quando esse tempo psicológico não está, quando o sentido do “eu”, do ego, não está.</p>
<p class='blog'>Aqui nesse trabalho, nós estamos explorando esse assunto com você, tomando ciência dessa Verdade, que é a Verdade Divina, Algo que está presente agora. É agora, aqui. A Realidade de Deus é a Verdade do Amor, é a Revelação da Felicidade. Então a Vida se Revela com um experimentar livre do “eu”, do ego, livre desse movimento de psicológico tempo que o pensamento está sustentando, tem sustentado.</p>
</div><div class="localdata">Janeiro de 2024<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-92171215416170942072024-01-30T15:00:00.001-03:002024-01-30T15:00:00.261-03:00A Observação sem o observador. Como me livrar do sofrimento? A beleza da Atenção Plena. Dualidade.<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/ZH1cX3CERBo' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Existe algo que nós precisamos ver aqui juntos. O ser humano não está à procura da Verdade, ele está numa procura para o fim dessa velha condição em que ele se encontra. O que nós temos percebido é que as pessoas nos procuram para lamentar, se queixar, olhar para a dor que estão sentindo e dela querendo se livrar. </p>
<p class='blog'>As pessoas não nos procuram para investigar a Verdade, e isso se explica de uma forma muito simples: nós desconhecemos a Verdade sobre quem nós somos. Nós desconhecemos essa estrutura e natureza desse “eu”. A ilusão, a ignorância, a não compreensão disso nos coloca numa condição onde não temos qualquer anelo pela Verdade. Tudo o que queremos é nos livrar da dor, e aqui nós nos deparamos já com a primeira dificuldade. </p>
<p class='blog'>Não podemos nos livrar da dor querendo nos livrar da dor. Querer se livrar da dor não é suficiente para se livrar da dor. É necessário ter a compreensão do que essa dor representa. Não é o entendimento verbal, não é uma compreensão intelectual. A compreensão intelectual é um entendimento verbal; você entende se analisa. Mas aqui analisar não resolve, ter um entendimento intelectual do assunto não resolve. </p>
<p class='blog'>É necessário ter um constatar direto, um perceber direto, um olhar direto para essa questão da dor; é quando percebemos o elemento de dualidade presente dentro da experiência da dor, esse elemento que sustenta essa dualidade. E aqui a dualidade é esse “eu e a dor”, esse “mim e essa situação que surge, que se mostra”. </p>
<p class='blog'>A ciência nesse olhar para a dor lhe mostra essa dualidade. Esse elemento em dualidade é o “eu”, é o ego, é ele que se separa daquilo que se mostra aqui, daquilo que está agora, aqui. Ele se separa querendo se livrar, fazer algo, querendo eliminar essa dor, não compreendendo claramente que essa dor está sustentada exatamente porque esse “eu”, esse ego está presente. Não há qualquer separação entre aquele que está na dor da própria dor.</p>
<p class='blog'>Então, essa primeira dificuldade é a crucial dificuldade, a mais relevante dificuldade que nós temos. Por não compreendermos a nós mesmos, por nunca termos estudado a nós próprios, nunca entramos em contato direto com esse “eu”. Nós estamos sempre olhando para a experiência a partir do “eu”, mas nunca investigamos a natureza do “eu”, que é esse que está observando a experiência, então há essa separação.</p>
<p class='blog'>Por exemplo, quando você está triste, você nunca suspeita que não há qualquer separação entre você e a tristeza, mas, repare, é tão simples: não pode haver tristeza sem alguém triste. Notem que coisa interessante temos aqui. Você nunca viveu uma tristeza sem estar presente, você não pode ter uma lembrança sem estar presente, você não pode ter uma alegria sem estar presente. Então, não há separação entre você e a alegria, você e a lembrança, você e a dor, você e essa tristeza. Não há qualquer separação. Nós temos sempre dois elementos, sendo dois elementos que estão ilusoriamente separados, supostamente separados, porque o que temos é uma experiência. </p>
<p class='blog'>A Real aproximação da Verdade requer uma aproximação que lhe mostre que não há qualquer separação. Portanto, essa dualidade está sendo a base para a desordem, para a confusão, para o sofrimento, e isso está presente em razão da ignorância, da ilusão. Então, nós não temos uma inclinação para descobrir a Verdade e, sim, para nos livrarmos do sofrimento. </p>
<p class='blog'>No entanto, repare bem claramente isso aqui: não podemos nos livrar do sofrimento, porque você é o sofrimento. Não podemos nos livrar da angústia, do medo, da ansiedade, da depressão, porque não há separação entre esse deprimido e a depressão, entre a angústia e esse angustiado, assim como não há separação entre essa tristeza e esse que está triste. </p>
<p class='blog'>A compreensão disso é o contato com a Verdade. O contato com a Verdade liberta. A Verdade é a ciência daquilo que está agora, aqui. A ciência disso que está agora, aqui é a ciência do que É, do que se mostra, do que está presente. Então, o sentido do “eu”, do ego, desse “mim” nunca está separado de sua experiência e, no entanto, ele está o tempo inteiro se separando de sua experiência. É fascinante essa descoberta. Ele se separa da experiência querendo se livrar.</p>
<p class='blog'>Como vencer a depressão? Como vencer o medo? Como me livrar do sofrimento? São as perguntas, mas, reparem: a separação está presente, e se essa separação está presente, está presente a ignorância, a ilusão, está presente a dualidade, então, não há Verdade, não há compreensão, não há um contato direto com a experiência. O que temos presente é esse modelo de separação, de dualidade. Então, porque não há Verdade, não há Libertação e nós não temos o fim para essa condição, que é a experiência.</p>
<p class='blog'>Vejam como é simples isso; ao mesmo tempo, é muito novo para a maioria de nós ouvir algo assim. Você não pode se libertar, você pode tomar ciência do experimentador na experiência, e essa ciência do experimentador na experiência é o fim para esse experimentador, isso é o fim para essa experiência. Então há uma Libertação, mas não é o “eu” se libertando, é só uma Libertação acontecendo. A Libertação está presente quando o “eu” não está, quando a experiência não está. </p>
<p class='blog'>Quando não há mais essa separação, quando o experimentador é a coisa experimentada, quando o pensamento depressivo é o próprio deprimido, quando essa separação desaparece, quando há só uma Realidade presente, que é a experiência, o que ocorre? Quando não há resistência, quando não há luta, quando não há o desejo de modificar, de alterar, de se livrar, nós temos nesse momento a ausência da separação, da dualidade, e quando a dualidade termina, a experiência passa por uma radical transformação, porque não há mais o elemento experimentador.</p>
<p class='blog'>Diante de um pensamento, não coloque o pensador, aquele que quer se livrar, ajustar, modificar, agarrar, se envolver com o pensamento. Então, quando não há mais o elemento de separação, não temos mais a dualidade, então, nesse instante estamos diante do que É. O que É é a presença da Vida, é a presença da experiência sem o experimentador, então nesse experimentar está a Vida, está o que É. Nesse momento ocorre Algo fora do conhecido, Algo fora dessa dualidade. Essa dualidade, vou repetir, é resistência, é luta, é o desejo de se livrar, de fazer algo com aquilo que aqui está presente. </p>
<p class='blog'>O que estamos relatando para você aqui é o contato com o Autoconhecimento. Esse Autoconhecimento é, simultaneamente, a presença da Meditação, do contato Real da Meditação, da Real Meditação presente. Então, estamos diante do fim, de verdade, para o sofrimento quando há o fim para esse sofredor; estamos em contato direto com toda essa representação que vem do passado, que diante desse momento, que é o momento da experiência, esse passado está sendo visto, porque estamos diante da pura observação sem o observador. Notem que isso requer a presença de uma Atenção sobre todo o movimento do sentimento, da emoção, do pensamento, da percepção.</p>
<p class='blog'>A direta Atenção sobre esse movimento é o fim para essa dualidade, isso é o fim do “eu” e de sua experiência. É o fim para o medroso e o medo, para o sofredor e o sofrimento, para aquele que está triste e a sua tristeza, é o fim para o pensador e o pensamento. Investigar isso, olhar isso, tomar ciência disso é possível quando há esse “olhar” para todo esse movimento interno dentro de você. Um olhar que requer a presença dessa Atenção sem qualquer escolha, sem qualquer desejo, sem qualquer motivo, sem qualquer intenção. </p>
<p class='blog'>Estamos lhe mostrando aqui o fim para a ansiedade, para a depressão, o fim para a angústia, o fim para o medo, o fim para a contradição dos desejos. Observe que tudo isso produz muito sofrimento. Onde há contradição entre os desejos, quando eles se opõem, quando há esse conflito de contradição interna dentro de cada um de nós em razão dessa dualidade, nós temos o sofrimento. Estamos lhe dizendo que o fim do sofrimento é possível, o fim da depressão é possível, o fim da ansiedade é possível, o fim da angústia é possível. </p>
<p class='blog'>Tomar ciência de todo o movimento do “eu”, do ego, apenas colocar ciência nisso, sem se separar, sem se dividir pela intenção, pela motivação, pelo julgamento, pela vontade de fazer algo. Apenas constatar isso. Constatar a experiência, tomando ciência desse movimento que vem do passado para julgar, comparar, avaliar, rejeitar, querer fazer algo com isso. </p>
<p class='blog'>Tomar ciência disso é o fim dessa separação, é o fim dessa dualidade. Isso requer essa presença dessa Atenção Plena. A beleza da Atenção Plena, a Verdade da Atenção Plena é que nela não está presente o elemento “eu”, o “mim”, o ego, aquele que quer manter a continuidade da experiência e aquele que também quer se livrar da experiência, que é o experimentador.</p>
<p class='blog'>Então, o nosso propósito aqui nesses encontros é tomarmos ciência da Verdade, porque a Verdade liberta. A Verdade traz essa Liberdade; é a Liberdade da ausência do “eu”, da ausência do ego.</p>
</div><div class="localdata">Janeiro de 2024<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-50589596149102271592024-01-25T15:00:00.001-03:002024-01-25T15:00:00.251-03:00Quem é Deus? Onde está a felicidade? A realidade da consciência do eu. Condicionamento psicológico. <div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/Gjn0rHYKCFE' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>É comum a pergunta: “Onde está a felicidade?” Uma outra pergunta é: “Quem é Deus?” Uma outra pergunta é: “Quem sou eu?” Então, reparem que coisa interessante: “Onde está a felicidade”, “Quem é Deus” e “Quem sou eu” parece que são perguntas diferentes. Na verdade, a resposta é a mesma; você tem a mesma resposta para essas perguntas, aparentemente, diferentes. </p>
<p class='blog'>É muito interessante a questão da linguagem. É bem interessante a questão da fala e das palavras. Você sabe que nós temos palavras que são sinônimas, elas carregam o mesmo significado. E existem palavras que não são sinônimas e, curiosamente, trazem o mesmo significado. As palavras “Deus” e “Amor” não são sinônimas, as palavras “Felicidade” e “Verdade” não são sinônimas, mas, uma vez que você compreenda o que isso significa, você compreende que são só palavras. É bem interessante notarmos que palavras não declaram o que é a coisa, elas apenas são símbolos, são imagens, são figuras que representam a própria coisa. </p>
<p class='blog'>Então, quando alguém pergunta onde está Deus, o pensamento logo se projeta com um símbolo, com uma imagem, com uma fotografia do que Isso representa, e isso é completamente equivocado. Uma vez que a realidade não é a palavra, a coisa real não é a palavra, pegar esse símbolo, essa imagem, essa fotografia e colocar ela no lugar da própria coisa é um equívoco. E é isso que nós temos feito com a palavra “felicidade”. </p>
<p class='blog'>Qual é o símbolo da felicidade para a maioria de nós? São os sonhos, as realizações, a conquista do prazer, o preenchimento nisso ou naquilo; isso é sempre de ordem pessoal. Então, para nós a felicidade está no preenchimento pessoal, no prazer pessoal, na realização pessoal, no sonho pessoal. Então, para nós a felicidade está na realização de coisas; para nós a Verdade de Deus está num símbolo emocional, sentimental, espiritual. Tudo isso são representações de imagens que o pensamento cria, que o pensamento formula. A Verdade de “quem sou eu” é a mesma coisa. </p>
<p class='blog'>Qual é a ideia que você faz sobre você? Essa ideia é um símbolo, é uma fotografia, é uma imagem, uma construção do pensamento sobre você. Então, nós não sabemos a verdade desse "quem sou eu". Temos imagens, temos crenças, temos ideias, podemos fazer uma biografia desta pessoa. Tudo que temos em uma biografia de alguém são descrições de memórias, lembranças, imagens, o que representa apenas pensamentos, ideias. Uma autobiografia ou a biografia não representa a verdade daquele que ali está sendo descrito; tudo o que temos ali são pensamentos, memórias, histórias, ideias. </p>
<p class='blog'>Qual é a verdade sobre esse “eu sou”? Qual é a verdade sobre Deus? Qual é a verdade sobre a Felicidade? Observar o próprio movimento do pensamento em você. Você irá, nesta observação, tomar ciência de como você funciona e, assim, perceberá que esse “você” é apenas um conjunto de lembranças, de recordações, de memória. </p>
<p class='blog'>Qual é a verdade desse “eu”? Observem isso aqui, agora. Quando você descreve quem você é, o que você está descrevendo? Quando você escreve sobre esse “você” que você é, o que você está escrevendo? Pensamentos, memórias, lembranças, imagens. Então, o que é o eu? O "eu" é aquele que está presente em razão da memória. Sem a memória, não há esse "eu". Se você não pode ter uma lembrança clara do seu próprio nome, você não tem nome. Alguém pode ter a ideia, a imagem, a lembrança do seu nome, mas isso é uma memória dele ou dela. Se você não tem a memória, a lembrança do seu nome, você continua sem nome. </p>
<p class='blog'>Esse sentido de um "eu" presente é apenas uma história que se pode lembrar. Se você pode lembrar, você tem história. Se você não pode lembrar, você não tem história. É simples. Se você pode lembrar o seu nome, você tem um nome; se você não pode lembrar, você não tem nome. Essa é a realidade dessa consciência do "eu" em você. Assim, esse sentido de um “eu” presente é um conjunto de lembranças, memórias, recordações. Isso demonstra a presença do experimentador. </p>
<p class='blog'>O experimentador é esse presente que, ao passar por experiências, registrou isso em algum momento – registrou o nome, registrou a história. É isso que nós chamamos de “consciência”, a consciência do “eu”, é apenas isso. Você não pode ter consciência do que não se lembra. Você não pode ter consciência do que não se recorda. Assim, a presença da consciência é a lembrança, é a recordação. Esse é o sentido de consciência que nós conhecemos, de autoconsciência, de ego consciência, de "eu" consciência.</p>
<p class='blog'>Assim, reparem como é interessante tudo isso: o que você pode ter sobre Deus é apenas uma imagem, uma ideia, uma crença. Isso é memória, algo que você aprendeu, que você tem como um pensamento presente, mas você não conhece a Realidade além do pensamento, a Realidade chamada Deus. Essa Realidade que nós chamamos de Deus, Ela não tem nome, Ela não faz parte da história, não faz parte da memória, não faz parte da lembrança ou do esquecimento, Ela não faz parte dessa consciência, que é só lembrança. </p>
<p class='blog'>Então, qual é a Realidade de Deus? Qual é a Realidade da Verdade deste Ser que somos quando essa consciência do "eu" não está, quando esse nome não está, quando essa história não está? Percebem o que queremos colocar aqui para você? Então, onde está Deus? Onde podemos encontrá-Lo? Podemos encontrá-Lo ou a Realidade de Deus é a Única Realidade?</p>
<p class='blog'>A presença desse "eu" é uma coisa aprendida, faz parte da memória. Esse nome, essa história, essa consciência do “eu”, tudo isso apareceu no tempo e, também, no tempo isso desaparece, enquanto que a Realidade de Deus é Aquilo que aqui está, fora do tempo, fora da história, fora da memória. Percebam para onde estamos sinalizando, para onde estamos apontando. Então, para a resposta “Onde está Deus?”, temos a Verdade de que só há Deus. Para a resposta desse “Quem sou eu?”, qual é a verdade desse "eu"? O fim para a ilusão desse “eu” é a resposta de onde está Deus, onde Deus se encontra”.</p>
<p class='blog'>Então, estamos falando da mesma Realidade, da mesma Verdade. E aqui, a palavra “Deus” e a palavra “eu” não são sinônimos, mas a Verdade da Realidade Divina, a Realidade da Verdade Divina é a Realidade que está aqui, nesse instante, além desse sentido do “eu”, do ego, além desse sentido de uma identidade separada, se vendo separada do outro, do mundo, da vida e de Deus. Tudo isso faz parte das crenças, tudo isso é parte, ainda, do pensamento. </p>
<p class='blog'>Assim, descobrir a Verdade d’Aquilo que somos é descobrir a Verdade de onde Deus está. A compreensão disso é a compreensão do Amor. Para nós, amor é sensação, é prazer, é alegria de estar com o outro. Há nesse, assim chamado, “amor” a relação entre duas coisas: aquele que ama e aquilo que é amado. Então, amor pra nós é sensação, é prazer, é relação sempre entre duas coisas. Não compreendemos a Verdade do Amor. </p>
<p class='blog'>Aquilo que nós chamamos de “amor” está carregado de ciúme, de posse, de controle, de desejo e, portanto, de medo, de violência, de sofrimento. Isso não é amor, mas nós chamamos de amor porque de alguma forma isso dá um certo preenchimento para esse “eu”, isso traz algum nível de sensação para esse “eu”. A verdade é que esse “eu” depende sempre da outra coisa para se sustentar como sendo uma identidade separada. </p>
<p class='blog'>Assim sendo, a presença desse “eu” é a ausência do Amor, porque quando o Amor está presente, não fica o outro, não fica a busca dessa ou daquela sensação, desse ou daquele preenchimento. É algo completamente diferente daquilo que o “eu”, o ego, a pessoa conhece. A questão da felicidade é a mesma coisa. A Felicidade não é algo no tempo, não é algo alcançável, realizável, não é a felicidade para “mim”, não é a felicidade para o “eu”. A presença da Felicidade é a Verdade do Amor, que é a Verdade de Deus, que é a Verdade desse Não eu.</p>
<p class='blog'>A presença do seu Ser, desse Ser Real, que está fora do conhecido, que está fora dessa limitação do pensamento é a Verdade de Deus, é a Verdade da Felicidade, é a Verdade do Amor. Se aproximar disso é possível, sim, quando há uma compreensão de todo esse movimento, que é o movimento do “eu”, e quando há um esvaziamento de todo esse interno movimento que sustenta a ilusão desse experimentador, desse que está sempre cultivando o movimento do pensamento e se sustentando como sendo experimentador de suas experiências pessoais e particulares.</p>
<p class='blog'>Aqui estamos lhe dizendo que existe uma qualidade de vida nova, livre do senso do “eu” e nessa plena ciência da Realidade do Amor, da Realidade de Deus, da Realidade da Felicidade. Essa Realidade de Deus, essa Realidade do Amor, a Verdade da Felicidade é a Natureza de Deus, é a Natureza desse Ser que somos. Isso se torna possível quando há um esvaziamento de todo esse conteúdo psicológico, de todo esse condicionamento psicológico que trazemos, que tem nos dado essa ilusória identidade, que é a ilusória identidade do “eu”. </p>
<p class='blog'>Percebam que esse "eu" está sempre vivendo dentro de sua insatisfação, dentro de seu conjunto de crenças, ideias, conceitos, opiniões, julgamentos e avaliações do que é a vida, de quem ele é, de quem é o outro. Esse sentido do “eu”, que é o ego, está carregado de inveja, medo, ciúme, vivendo nessa insatisfação, porque lhe falta a clara compreensão de que a Única Realidade não é ele. Quando a mente se torna pronta, quando aprendemos a tomar ciência do próprio movimento do “eu”, quando a mente começa a se auto-observar, começa a ficar claro essa interna confusão, essa interna desordem. </p>
<p class='blog'>Quando há essa Atenção Plena, essa Plena Atenção para essa observação do próprio movimento do “eu”, esse ego, esse sentido de separação, esse experimentador perde relevância, então há um esvaziamento de todo esse conteúdo psicológico. Esse experimentador, esse pensador, esse que se coloca na ação para buscar, para realizar coisas, isso perde relevância. Então, o sentido do "eu" se desfaz quando há ciência da Verdade do Autoconhecimento. </p>
<p class='blog'>Quando há uma verdadeira aproximação da Verdade da Real Meditação, que é essa ciência de todo esse movimento interno, então, o cérebro se aquieta, a mente de uma forma muito natural silencia e Algo novo, indescritível, inominável se revela. Esse Algo novo está além de todo o nome, de toda a formulação verbal, embora nós também chamamos de Deus, de Verdade, de Consciência, mas é Algo indescritível, inominável. Essa é a Realidade do seu Ser, da Felicidade, do Amor.</p>
</div><div class="localdata">Dezembro de 2023<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-89294500974545095832024-01-23T15:00:00.001-03:002024-01-23T15:00:00.151-03:00Despertar Espiritual | Ação livre do ego | Uma vida livre do ego | Individual consciência<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/bxqfWylha0w' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>A questão aqui é: qual será a natureza das nossas ações? O que é uma ação livre? Uma ação que corresponde a este instante, que atende a este momento de uma forma tão completa, tão integral, tão real, que não produza mais sofrimento, nem para você, nem para o outro? Aqui no canal estamos falando da Beleza da Compaixão, desta Verdade que é a expressão deste Ser que somos, quando o sentido do “eu”, do ego, não está mais presente.</p>
<p class="blog">Então, nós estamos aqui apontando, sinalizando, tornando conhecida para você, a possibilidade de uma ação livre do ego, lhe mostrando que existe, sim, a possibilidade de uma ação livre deste sentido do “eu”, da pessoa, desta individual consciência, como você acredita ser, como você acredita ter, nesta ilusão de ser alguém presente.</p>
<p class="blog">Observem que as nossas ações são ações contraditórias, são ações que produzem sofrimento, são ações que nascem de um fundo, em nós, de inconsciência, de padrão egoico. Então, não há Amor em nossas relações, não há Paz em nossas relações, não há Liberdade em nossas ações, porque elas nascem deste “eu”, deste ego.</p>
<p class="blog"> Aqui no canal estamos dizendo para você que há esta possibilidade, sim, do Despertar Espiritual e do Florescer desta Inteligência Natural. Eu prefiro chamar de Real Inteligência. Esta Inteligência Real, esta Verdade do seu Ser, quando floresce, uma ação de outra qualidade surge. Então, vamos investigar com você, aqui, nos próximos minutos, por que nossas ações estão produzindo sofrimento no mundo. Observe que nós estamos sobrecarregados de problemas. No mundo, como seres humanos, nesse sentido nós não somos diferentes do mundo à nossa volta. Na verdade, esse mundo à nossa volta somos nós mesmos, e quando a gente olha para o mundo, vê todos os problemas no mundo presentes dentro de nós. Então, o ser humano carrega problemas de diversos tipos. As diversas áreas de nossas vidas estão carregadas de problemas. Nós temos problemas políticos, temos problemas econômicos, temos problemas de saúde, temos problemas religiosos, temos problemas de relacionamentos… nós temos problema em lidar com nós mesmos, naturalmente, com o outro… Então, nossas ações, elas não carregam esse perfume desta Inteligência Natural, ou desta Real Inteligência. Então, essa Inteligência Real não se faz presente em nossas relações. Então, os problemas estão presentes: os problemas políticos, os problemas econômicos, os problemas de relação com o outro, de relação com nós mesmos, de relação com a vida…</p>
<p class="blog"> Nós temos o anseio de Paz, o anseio de Liberdade, o anseio de Amor, mas usamos essas palavras sem compreender o significado real delas. Se a nossa relação com o outro está, de uma certa forma, tranquila, porque nós estamos nos ajustando em termos de opiniões, de ideias, de crenças… não estamos em desacordo muito frontal, muito patente, muito claro, nós chamamos de “paz” essa relação. Então, para nós, a relação é, na verdade, um acordo. Estamos numa paz de acordo, então num acordo mútuo nós estamos em “paz”, num acordo mútuo nós temos esse assim chamado “amor”: “Eu te amo se você me ama. Eu gosto de você se você gosta de mim. Eu te aceito se você me aceita.” Quanto à questão da Liberdade, a nossa relação com o outro, de amizade, é um acordo. Se há um ajustamento nesta relação, nós estamos em “paz” um com o outro, nós estamos em “amor” um com o outro, nós estamos em “liberdade” um com o outro. Então, é tudo uma questão de acordo.</p>
<p class="blog"> Nossas ações, como elas nascem deste centro que é o “eu”, o ego, não há a Presença da Real Inteligência, não há esta Presença da Verdade do Amor, da Verdade da Liberdade, da Verdade da Paz. Então, não há Liberdade, não há Amor, não há Paz, não há ausência de problemas. Nós, aqui, estamos sinalizando a Beleza, a Importância de uma vida onde há uma ação em um agir a partir desta Liberdade. Uma ação livre do “eu”: notem como isso é importante, porque a nossa vida consiste de ações, ações sendo realizadas, ações sendo tomadas, ações acontecendo, e como essas ações estão presentes em nossas relações, não há como escaparmos dessas relações e, portanto, não há como nos distanciarmos da ação. Assim sendo, se não há esta Liberdade, esta Verdade, esta Beleza de ação livre do ego, nossas relações, naturalmente, estarão sempre produzindo essa ou aquela forma de contradição, esse ou aquele problema. Então, sempre haverá conflito, sempre haverá dilemas, sempre haverá problemas.</p>
<p class="blog"> Então, vamos descobrir aqui de onde provêm essas ações, qual é a dimensão de onde nascem essas ações. Por que elas produzem sofrimento, por que elas produzem conflito, por que, nelas, nós temos ausência da Real Paz, da Real Liberdade, do Real Amor? Observe que nossas ações nascem das nossas predisposições internas, elas nascem dos nossos pensamentos. Primeiro, antes de tudo, vamos compreender – quero repassar isso aqui – nossa ação no mundo é inevitável. A vida é um movimento de ação: falar aqui é uma ação; estar com você é impossível sem uma ação; lidar com as situações da vida é a presença da ação; pensamento é ação; sentimento é ação; emoção é ação; ouvir você falar, falar com você, trabalhar tudo isso requer ação. A ação está presente em nossas vidas, em todas as áreas, em todas as esferas de nossas vidas. A questão é: de onde nascem essas ações? Qual é a dimensão da qual elas estão surgindo?</p>
<p class="blog"> Observe que toda a ação em você nasce de uma disposição interna de pensamento, de sentimento, de emoção, de percepção, de sensação… então, essa ação nasce de uma experiência. Assim, essa experiência é, por natureza, o resultado de algo pelo qual você já passou e registrou. Assim sendo, esse registro que é essa experiência se expressando agora, aqui, neste momento, ela nasce desse fundo. Esse fundo é o “eu”, a pessoa, o experimentador. Então, qual é a dimensão de onde nascem nossas ações? Nossas ações nascem desse fundo, que é o “eu”, o experimentador, a pessoa. Haverá uma outra qualidade de ação possível para as nossas relações com o outro, com nós mesmos, com o mundo? Haverá uma qualidade de ação que possa nascer, que possa surgir, de uma outra dimensão, que não seja essa dimensão que é a dimensão da experiência, daquele que passou por uma determinada situação e registrou aquilo?</p>
<p class="blog"> O pensamento em nós é a presença da memória. A ação em nós é a presença desse experimentador, que é memória, se expressando no falar, no ouvir, no “se relacionar”. Haverá uma qualidade de ação de uma outra ordem? Enquanto nossas ações estiverem, neste momento, sendo apenas a representação – observem isso – sendo apenas o padrão de repetição já de uma programação que vem desse experimentador e, portanto, do passado; enquanto nossas ações neste instante forem apenas um ajustamento, uma representação, uma correspondência para este instante com base nesse passado, esta ação será uma ação que vem do passado e, portanto, uma ação que não representa a Liberdade deste momento presente, do desafio para esse instante. Então, esta qualidade de ação está prisioneira do tempo, prisioneira do passado. Esse passado é o experimentador. Esse experimentador é esse sentido do “eu” presente aqui, neste instante. Nesse contato com você eu tenho o seu rosto, eu tenho o seu nome… então, do ponto de vista muito prático e objetivo, eu preciso deste reconhecimento, eu preciso desta memória, mas apenas neste simples contato dentro desse padrão de conhecimento, de memória objetiva e funcional. Mas as nossas ações são todas com essa base: gostar de você, não gostar de você; estar em acordo com você ou em desacordo com você; aceitar você ou rejeitar você… as minhas opiniões são diferentes das suas opiniões. Nesse nível, nossas ações são conflituosas. No nível objetivo e prático, saber o seu nome, reconhecer o seu rosto e ter o contato com você de uma forma prática e objetiva é algo muito simples.</p>
<p class="blog"> Então, nesse nível, esta ação é uma ação objetiva, mas, também, nós temos uma outra qualidade de ação, que é esta ação que nasce desse fundo psicológico, que é o “eu”, o ego, que tem por princípio o “gostar” ou “não gostar”, o “aceitar” ou “rejeitar” suas ideias, ou impor as minhas. Então, está presente uma qualidade de ação que separa, que divide, que tem por princípio a identidade do “eu”, do ego. Nesse sentido, estou separado de você. Minha crença, minha ideia, meu conceito, meu julgamento, é muito mais valioso, muito mais importante, minha consideração é algo muito significativo para mim. Nesse sentido, não me importo com outra coisa a não ser com esse “eu” que acredito ser. Então, nesse nível de ação temos o conflito, temos a ausência da Verdade do Amor, a ausência da Verdade da Paz, a ausência da Verdade da Liberdade. Então, será possível uma vida livre do ego, livre do “eu” e, portanto, uma ação livre deste centro particular, deste “eu” particular, desta pessoa que acredito ser, para que, nesta relação com o outro, com a vida, comigo mesmo, com o mundo, não haja mais conflito? Esta qualidade de ação é a ação que nasce desta Real Inteligência, desta Natural Inteligência. Então, quando está presente essa Inteligência Natural, essa Inteligência Real, nós temos uma ação livre do ego, livre do “eu”. Esta ação não vem desta dimensão, que é a dimensão do conhecido, que é a dimensão do experimentador, que é a dimensão deste centro, que é o ego.</p>
<p class="blog"> Então, é disso que estamos tratando aqui com você dentro do canal, lhe mostrando que é possível, sim, uma vida onde há esta Real Inteligência livre de problemas. Este é o nosso trabalho aqui, com você, dentro do canal. Para esse propósito nós temos encontros on-line, que ocorrem nos finais de semana. Você encontra aqui, na descrição do vídeo, o nosso link do WhatsApp para esses encontros. Nós temos encontros, também, presenciais e, também, retiros. Assim, estamos investigando com você a Realidade deste Ser que somos, desta Verdade Divina que trazemos. Portanto, se isso é algo que faz sentido para você, aproveita, já deixa o seu like, já se inscreve no canal, ok? E a gente se vê! Valeu pelo encontro e até a próxima.</p>
</div><div class="localdata">Novembro de 2023<br>Gravatá-PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-41816274432297780442024-01-18T15:00:00.001-03:002024-01-18T15:00:00.237-03:00A Verdade do Autoconhecimento e a ação livre do ego | Despertar Espiritual | Mente tagarela<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/Czt29g0t830' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Aqui neste canal, nós estamos lhe mostrando a forma real de termos uma aproximação d’Aquilo que nós somos. Uma Compreensão real d’Aquilo que somos é algo fundamental, é algo que irá representar uma ação livre de conflito, livre de contradição, livre de sofrimento. Por isso, esse assunto da Revelação d’Aquilo que somos, desse estudo de nós mesmos, que é Autoconhecimento, é a coisa mais importante que nós temos na vida. E aqui eu tenho procurado lhe mostrar como isso se torna possível, como realizar isso, como ter uma visão daquilo que se passa aqui conosco.</p>
<p class="blog">A ação, agora, aqui, neste momento, ela pede uma resposta adequada. Você não pode dar a este instante, a este momento, a esta ação uma resposta adequada, sem compreender a Verdade sobre quem você é. As pessoas podem ficar surpresas. Percebam como isso é importante em nossas vidas: uma direta compreensão da verdade de como pensamos, de como sentimos, de como atuamos na vida. Nossa ação, por exemplo, aqui neste instante, ela tem por princípio nossos pensamentos. Assim, todo o nosso conhecimento, lembrança, experiência, nos dá a diretriz para essa ação. Se essa ação nasce da confusão desse estado interno psicológico em que nós nos encontramos, essa ação será uma ação conflituosa. É isso que temos dito aqui. Observe que sua ação quando nasce do pensamento – porque ela nasce de uma ideia – ela está nascendo de uma programação, de um cálculo. Essa ideia, cálculo, programação, é algo que vem do passado. Você jamais terá uma Ação livre do passado enquanto sua ação for a ação que se baseia em ideias e, portanto, nesse movimento, que é o movimento do pensador.</p>
<p class="blog">Deixa eu falar um pouco sobre o que é o pensador para nós. Você tem uma sensação muito clara de que está pensando, esse movimento de pensamento em você, esse interno movimento de pensamento lhe dá uma sensação muito forte da presença do pensador. Todas as vezes que um pensamento surge, ele é um pensamento que aparece, e a ilusão presente em nós é a ilusão de alguém que está originando esse pensamento, produzindo esse pensamento. Então, nós temos uma ilusão: a ilusão da presença desse pensador. Isso faz com que esse pensador seja muito verdadeiro nesse movimento de ordenar, pré-ordenar, manipular, fazer algo com esse pensamento que surge.</p>
<p class="blog">A intenção do pensador é sempre orientar o pensamento, fazer algo com o pensamento. Então, nós fazemos os planos com base no pensamento. Esse é o trabalho do pensador, desse sentimento de alguém por detrás do pensamento. Ele faz o plano, idealiza o plano e se põe para agir. Essa ação é a ação do ego, é a ação do “eu”. As nossas ações baseadas neste ego são ações baseadas nessas ideias, têm por princípio esse pensador. Então, essa é a vida do “eu”, do ego, esse é o pensador. A ação neste momento, agora, aqui, é algo que pede uma expressão viva, uma expressão da própria vida, uma expressão real neste instante. Quando trazemos do passado nossas ideias, quando o pensador faz isso, nós estamos tentando ajustar, moldar, manipular esse instante. Então, falseamos a Verdade da ação, porque estamos com o passado tentando lidar com o momento presente. Esta é a ação do “eu”, do ego.</p>
<p class="blog">Acompanhe isso aqui com calma. Qual é a verdade da ação no presente momento quando o ego não está? Nós desconhecemos isso, porque todas as nossas ações centradas no ego são ações que nascem do passado, nascem do pensamento, então são meras reações da memória. Essa é a vida egoica, essa é a vida do “eu”. Não há um mover de Inteligência neste instante, porque não temos uma ação livre do ego, o que representa uma ação livre do passado. Nossos cérebros estão entorpecidos, viciados nesse modelo, viciados nesse antigo e velho modelo de ação pré-ordenada, pré-calculada, motivada pelo “eu”. Compreendam isso: uma ação que nasce do desejo, que nasce do medo, uma ação que está dentro do pensamento, é uma ação que nasce do passado.</p>
<p class="blog">Esse tipo de ação, eu tenho dito, eu tenho chamado isso de “qualidade de ação”. Essa qualidade de ação é a ação presa ao modelo desse tempo psicológico, presa a essa programação de sofrimento, de contradição, de medo e de desejo. Uma ação livre do pensamento e, portanto, livre do passado, é uma ação que atende a este instante na mais alta Inteligência. A energia presente é a energia da Sabedoria, da Compreensão. Então, nos deparamos com a Verdade, a Verdade se revela agora, neste instante, quando o passado, que é o pensamento, não está. A nossa vida tem sido moldada pelo pensamento, toda a estrutura de nossa existência está sendo sustentada pelo programa do pensamento e, portanto, do passado.</p>
<p class="blog">Note que você funciona internamente, psicologicamente, preso ao tempo. Suas ações são sempre orientadas para adquirir ou se livrar, para obter, conquistar, ou afastar e se ver livre. Nossas ações calculadas, programadas no pensamento, como nascem do passado, nascem do conflito. O esforço é parte disso. Tomando ciência de que sua ação que nasce do esforço está vindo dessa intenção de alcançar ou se livrar. Nesse esforço temos o conflito, temos a presença do ego. Uma vida livre do ego é uma vida livre desta ação egocêntrica, desse formato de ser alguém. Nós desconhecemos isso.</p>
<p class="blog">Assim, nosso trabalho aqui consiste nessa descoberta, na descoberta da verdade sobre todo esse processo, que é o processo do “eu”, que nos impulsiona a esse padrão de ação, padrão de ação egocêntrica e, portanto, a uma ação que está produzindo em nossas vidas toda forma de desordem, de confusão, de sofrimento. Nossa relação com a esposa, com o marido, com os filhos, com a família, com amigos do trabalho, com o chefe, nossa relação com as pessoas, assim como nossas relações com objetos. Estamos sempre em relação com pessoas e também com objetos, com situações, estamos numa relação com o lugar onde moramos. Nossa vida é uma vida de relação, temos também a relação com os pensamentos que surgem, as emoções que surgem, as ideias que surgem… tudo isso representa uma forma de ação.</p>
<p class="blog">A ação é algo constante, é algo presente em nossas relações com pessoas, objetos, lugares, situações internas, situações externas… A vida consiste nesse movimento desafiador, nos colocando sempre em um novo momento, e estamos sempre nos deparando com esse novo momento com esse velho ego, com esse velho “eu”, que é esse movimento de pensamento não compreendido, no qual estamos escravizados em razão dessa mente inquieta, dessa mente tagarela, dessa perturbação interna que é esse movimento de pensamento do qual nós não temos ciência, consciência, dele se processando dentro de cada um de nós. É com base nisso que nós estamos dando respostas para este momento, respostas para a vida.</p>
<p class="blog">Ter uma aproximação de si mesmo, ter uma visão do Autoconhecimento, isso lhe dá a possibilidade de uma Ação livre do ego. Você descobre olhando para o próprio movimento interno do pensamento, como ele se processa nesse mecanismo, nesse corpo-mente. Tomar ciência de cada pensamento, sentimento, emoção, sensação, percepção, sem se confundir com isso, sem colocar nessa experiência que é o sentimento, o pensamento, a emoção, o pensador, o experimentador, o sentido de alguém presente para fazer algo com isso. Apenas se tornar ciente daquilo que se passa dentro de cada um de nós, colocando neste instante um olhar para todo esse processo, dando atenção sem intervir, sem interferir. Então, há o fim para essa continuidade do “eu”, do pensador, do experimentador, desse ego.</p>
<p class="blog">Isso é a aproximação da Verdade da Meditação. Isso, por si só, é a base da Compreensão do estudo de nós mesmos. Esse estudar a si mesmo é Autoconhecimento, ter essa Revelação é a Verdade da Meditação se mostrando. Então, uma resposta para este momento, agora ela não vem mais do passado, mais desse movimento que é o movimento do pensador, que é o movimento do “eu”. Examine isso comigo aqui, descubra o que é olhar para si mesmo, olhar para todo e qualquer movimento interno surgindo, apenas olhar sem colocar alguém nesse olhar. Há uma forma de olhar sem o observador, de perceber sem esse percebedor. Há uma forma de se aproximar do pensamento sem esse pensador, assim como há uma ação, agora, se tornando possível sem o autor desta ação. Esse autor da ação, esse “eu”, esse que faz, é o pensador. Aquele que calcula, aquele que faz algo a partir dessa memória que é o pensamento, é o fazedor. Uma ação que agora, aqui, acontece sem plano, sem projeto, sem ideia, sem pensamento, é a ação da própria Inteligência.</p>
<p class="blog">Apenas acompanhe esta fala, talvez isso soe um pouco estranho demais para você a princípio, mas apenas escute. Escutar é a chave para a Compreensão de um assunto como este. Não se trata de acompanhar intelectualmente isso, apenas. É necessário algo além desse padrão intelectual de acompanhar uma fala, como geralmente nós temos, que é avaliando, comparando, julgando, se esforçando para compreender na intenção de capturar isso, de adquirir esse conhecimento. Aqui não se trata de um conhecimento para ser adquirido, mas de uma compreensão lhe atingindo. Então você é tocado aí, aqui, neste instante, num nível novo… Então algo surge, sua mente silencia, há um espaço de quietude. Então, nasce essa Compreensão, a Compreensão daquilo que estamos aqui sinalizando, apontando para você. Tudo bem?</p>
<p class="blog">Neste encontro nós estamos investigando a natureza da ação livre do ego. Você não faz uso do intelecto para compreender isso, você apenas escuta. Esse intelecto condicionado em nós já é um intelecto programado para uma ação reativa, para uma ação calculada pelo pensamento, e aqui estamos apontando para uma nova forma de agir, para uma nova forma de ação. O intelecto condicionado não alcança isso. Há Algo em você que torna possível a Compreensão de uma fala como esta, sinalizando para Algo além do intelecto condicionado. Compreendam isso.</p>
<p class="blog">Assim, uma aproximação da Verdade do seu Ser está nesta Atenção, nesse olhar para todo e qualquer pensamento que surge neste instante. Então, estamos aqui lhe dizendo que uma ação nesse momento se torna possível, uma ação livre desse modelo, desse intelecto programado, desse pensamento programado, desse pensador que se move a partir do desejo, do medo, a partir dos seus motivos egocêntricos. Tomar ciência dessa Verdade é o Despertar dessa Inteligência, dessa Visão da Vida, a partir da Realidade do seu Ser. Alguns chamam isso de “o Despertar Espiritual”, algo que se refere a essa Verdade da Revelação do Autoconhecimento e dessa ação livre do ego. Isso é a Verdade sobre o Real Despertar Espiritual.</p>
<p class="blog">Para esse propósito nós temos encontros aqui, nos finais de semana, encontros on-line. Você encontra o nosso link do WhatsApp aqui na descrição do vídeo para participar desses encontros nos finais de semana. Além disso, temos encontros presenciais e também retiros. Se isso é algo que faz sentido para você, aproveita, já deixa aí o seu like, se inscreve no canal, ok? E a gente se vê. Valeu pelo encontro e até a próxima.</p>
</div><div class="localdata">Dezembro de 2023<br>Gravatá-PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-61208034971982561222024-01-16T15:00:00.002-03:002024-03-07T13:15:35.557-03:00Joel Goldsmith | O coração do misticismo | Deus em ação | A ação de Deus | Mestre Gualberto<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/q0wv5hluKkw' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>GC: Olá, pessoal! Estamos aqui para mais um videocast. Novamente, o Mestre Gualberto conosco! Gratidão, Mestre, por mais esta oportunidade.</p>
<p class="blog">Mestre, hoje eu vou ler um trecho do livro do Joel Goldsmith chamado “O coração do misticismo”. Nesse livro, o Joel, nesse trecho que eu vou ler, fala o seguinte: “Alcançando o sentimento consciente da Presença, há garantia de bem-estar ou o ‘clique’ que anuncia Deus em ação. Você alcançou uma atmosfera do Cristo, que cumpre a coisa que foi designada e aperfeiçoará o que me cabe”. Sobre a ação, Mestre… O Mestre pode falar para nós o que é essa real ação, essa ação de Deus?</p>
<p class="blog">MG: Essa ação, essa ação de Deus, é a ação presente quando o “eu” não está, quando não há mais o sentido de alguém presente sendo, naturalmente, aquele que está diretamente envolvido no papel de experimentador, no papel de autor das ações. Vejam como isso precisa ser compreendido! Nossas ações são ações que podem estar centradas no “eu” ou podem ser ações livres desse centro, que é o “eu”.</p>
<p class="blog">Há dois tipos de ações, Gilson. A primeira ação é a ação que nós conhecemos, então vamos falar sobre essa ação. Até porque é essa a qualidade de ação que nós precisamos investigar. É bem interessante essa ideia em nós – porque é só uma ideia – que tenta explicar a ação divina, que tenta explicar a ação de Deus, e isso é algo completamente absurdo. Tudo que podemos fazer, e precisamos fazer, é investigar aquilo que representa nossas ações, que são as ações nesse “eu”, nesse “ego”, nessa “pessoa”. Então, há dois tipos de ação: a primeira é uma ação sobre a qual não podemos falar até que antes tenhamos uma compreensão do que é essa ação do “eu”, da “pessoa”, que é a ação do ego. Então, essa ação divina… podemos ter uma aproximação disso, mas primeiro temos que limpar o terreno, descobrir o que é esse “eu”, esse “mim”, essa “pessoa” em ação, essa “pessoa” em operação.</p>
<p class="blog">Nossa ação nasce de uma experiência, sempre, do passado. Nós gostamos de exemplificar isso, para ficar mais fácil para todos nós: falar é uma ação, é uma ação que nasce de uma experiência. Toda fala nossa nasce de um fundo de conhecimento, memória, que é lembrança, que tem por base uma experiência passada. Então, a linguagem que nós aqui usamos é reconhecida, quando ela é ouvida, em razão da memória, da experiência, da lembrança. Então, a nossa ação – por exemplo, agora aqui a ação de falar e essa ação de ouvir… a vida é esse movimento de ação –, isso requer experiência.</p>
<p class="blog">Então, a ação, como nós a conhecemos, é o resultado do passado, daquilo que foi adquirido.</p>
<p class="blog">Há dois tipos de ação, vou repetir mais uma vez: uma ação de qualidade completamente estranha a esse modelo de ação, que é o segundo tipo de ação, que é a ação conhecida de todos nós. Então, essa ação conhecida de todos nós é a ação que tem por princípio o conhecimento, a lembrança, o passado.</p>
<p class="blog">Essa ação em nós é uma ação que, neste instante, acontece de uma forma muito simples, muito natural, mas fora essa ação natural, ainda ligada a esse fundo de conhecimento, memória, lembrança e experiência, nós temos a ação do “eu”, a ação do ego. Não é uma ação de simplesmente falar, aprontar um prato ou escrever uma carta, levar a criança para o colégio… Aqui, estamos falando de uma ação centrada no “eu”, na pessoa.</p>
<p class="blog">A ação da pessoa é a ação de separação, de divisão, uma ação que produz, em nossas relações, em nosso mundo, em nossa vida, confusão, problemas. “Eu não gosto de você” ou “eu gosto de você”, “nós não nos damos bem”, “eu não vou com aquela pessoa”, “ela não gosta de mim”, “eu não quero nada com fulano, porque ele age assim”, “ele não me aceita”, “ele não me compreende”, “ele não me reconhece”, “eu tenho um sério problema com a minha esposa”, ou “com o meu marido”, ou “com meus filhos”, ou “com o meu chefe”... Tudo isso está acontecendo em razão da ação no “eu”, da ação no ego. Essa não é mais uma ação simples, prática, objetiva, como levar a criança para o colégio, como dirigir o seu carro ou abrir o seu computador e acessar o e-mail. Essa já é uma ação conflituosa, que é a ação desse senso de divisão, de separação e, portanto, de sofrimento.</p>
<p class="blog">Nossas ações, ações centradas no ego, nós conhecemos muito bem. O sofrimento acontece, a disputa acontece. A inveja está presente em nossas relações, a posse está presente em nossas relações, o controle, a dependência emocional, a vaidade, o orgulho, a arrogância, a violência, a agressão verbal, a agressão física, tudo isso está presente entre nós. Então, quem nós somos nessa ação? O “eu”, o ego, esse sentido de pessoa, de identidade separada, com um centro particular, com seus próprios desejos, interesses, objetivos, propósitos e medos. Então, essa ação é a ação ilusória do “eu”, é a ação ilusória do ego. Veja: dizemos que é uma ação ilusória, mas, na realidade, é uma ação ilusória muito objetiva, com um propósito muito bem específico e produzindo um resultado nada ilusório.</p>
<p class="blog">O sentido de uma identidade presente, que é o “eu”, o ego, esse sentido de identidade ilusória presente, esse “eu”, esse ego, é o sentido ilusório de identidade, mas, apesar de ilusório, ele existe dentro dessa “realidade”, que é a “realidade” desse sonho de mundo, desse sonho de separação, desse sonho de relação com o outro, desse sonho de uma identidade que se vê presente, sendo agressiva, violenta, possessiva, ambiciosa.</p>
<p class="blog">Sim, nós temos no ego alguns momentos de prazer, de alegria, de afeição, de carinho, de cuidado com o outro, mas nada disso representa a Verdade do Amor. O Amor é algo que está fora desse modelo desse assim chamado “amor” em nossas relações. Essas relações são relações do ego, do “eu”, são relações dentro desse sentido ilusório de identidade presente, mas, de uma certa forma, paradoxalmente, isso é muito “verdadeiro”. No entanto, não há Verdade nenhuma nisso! Isso “existe”.</p>
<p class="blog">Quando olhamos para o mundo, nós percebemos a confusão dessas ações. E por que tudo isso ocorre, Gilson? Porque a vida representa um momento novo, sempre um momento novo. Só que estamos entrando – nesse sentido do ego, do “eu” presente – em contato com a vida, nesse momento novo, com o passado dessa representação do “eu”, dessa representação do ego, que está em sofrimento, que está em contradição, que está em conflito há milênios. Então, o nosso fundo psicológico de “ser alguém” é o resultado de um condicionamento de cultura humana, que está em confusão, em sofrimento, que está vivendo nessa condição desse passado há milênios, desse psicológico passado, nesse tempo psicológico, que é o tempo do “eu”.</p>
<p class="blog">Estamos em contato com este momento presente tentando ajustar aquilo que aqui está presente com esse fundo. Um exemplo disso, que sempre temos dado, é essa questão dessa ilusão de acreditar… de acreditar que sei quem é o outro, porque tenho a ilusão de que sei quem eu sou. Então, acho que conheço a esposa, que conheço o marido, que conheço o chefe, que conheço os filhos… acho que conheço a mim mesmo. Com base nessa ilusão, o nosso contato com o outro, que é sempre novo… nós estamos sempre, nesse ego, diante de um contato de passado, de reconhecimento de imagem, de reconhecimento de memória. Então, o ego está envolvido nessa relação com o outro. Ele se vê separado e tendo do outro uma ideia sobre quem o outro é. Uma crença!</p>
<p class="blog">Então, o contato com o momento presente é o contato com algo novo, mas o elemento que trazemos para esse contato é um elemento velho, que é o ego, o “eu”. Então, o que é essa ação divina? É a ação livre desse ego! Podemos tomar ciência disso, mas não há como descrever isso em palavras. O que podemos dizer sobre isso é que, quando isso está presente, o conflito não está mais, a inveja não está mais, o ciúme não está mais, o peso da divergência, da contradição, da disputa, do conflito de opiniões, não está mais, e assim por diante. Então, é algo novo surgindo quando o momento presente é visto a partir de uma ação de uma outra ordem, de uma outra qualidade, que é a ação livre do ego.</p>
<p class="blog">Então, nós temos essa ação no ego e temos a possibilidade de uma ação livre do ego. O nosso trabalho aqui consiste em tomarmos ciência da ilusão desse ego e nos desfazermos dessa identidade ilusória presente. Então, uma ação real surge, que não é mais a ação de alguém; é a ação do Mistério, do Desconhecido, é a verdadeira ação da Graça Divina, mas não é nada que o pensamento possa idealizar, imaginar ou simplesmente acreditar, dentro de princípios assim chamados “religiosos”, como são nossas crenças, que não são outra coisa a não ser crenças também. Precisamos é vivenciar isso neste instante, neste momento presente. Isso é algo fora desse modelo conhecido. É isso.</p>
<p class="blog">GC: Mestre, a gente tem uma pergunta de um inscrito aqui no canal, da Genilza. Ela pergunta o seguinte, dentro dessa temática da ação: “Fale de como lidar com um problema de agora, ou seja, dívida que me atormenta no agora”.</p>
<p class="blog">MG: O que nós temos presente é o modelo do pensamento. Esse modelo do pensamento está criando uma identidade presente agora aqui. Essa identidade presente não tem só dívidas, ela tem muitos problemas, são inumeráveis problemas. A questão é: o que é essa identidade presente agora aqui? Lidar com algo prático, com algo direto… nós lidamos com algo prático e com algo direto tomando a ação e não idealizando uma ação. A idealização de uma ação ou a programação psicológica do que deve ser feito para uma tomada de ação ainda é uma aproximação ideológica, ainda é uma crença, ainda é um conceito, ainda é uma ideia. Isso está dentro desse modelo ainda, que é o modelo do “eu” presente. A ideia de um “eu” presente com problemas de toda ordem é algo que está acontecendo dentro dessa ilusão: a ilusão de alguém presente agora aqui… a presença de alguém presente agora aqui idealizando se livrar de alguma coisa.</p>
<p class="blog">Então, estamos sempre projetando o futuro para esse “alguém” que acreditamos estar aqui agora, tendo esse ou aquele problema, e isso está presente apenas no pensamento. É quando o pensamento surge que a pessoa surge. É quando o pensamento surge que esse problema ou aquele outro problema surge.</p>
<p class="blog">O que temos colocado aqui, Gilson, é que, enquanto houver o sentido de uma pessoa presente, essa pessoa terá problemas. Não existe nenhuma pessoa no planeta sem problemas. O próprio sentido de pessoa é um grande problema! Ele se vê separado da vida, ele se vê separado do outro, ele se vê separado do que ele deseja no futuro, ele se vê separado da possibilidade de resolver uma situação, porque ele se vê dentro de uma limitação sempre egoica, sempre pessoal: “eu não tenho dinheiro”, “eu não tenho tempo”, “eu não tenho a pessoa amada”... Então, são inúmeros os problemas para o “eu”, para o ego.</p>
<p class="blog">Sua pergunta é “como lidar?”. A ideia é como lidar com a dívida, e aqui a proposta é como lidar com esse senso de um “eu” dentro da experiência. Isso é o fim para todo tipo de problema. Então, estamos lidando com a Verdade d’Aquilo que somos quando descartamos a ilusão daquilo que acreditamos ser; então, sim, temos o fim dessa ilusória pessoa que causa dívidas e que, depois, se vê em apuros para resolver essas dívidas, porque estamos livres do problema do “eu”, do ego. É sempre quando o pensamento está presente que esse ou aquele problema está presente.</p>
<p class="blog">Então, nós passamos uma vida inteira nesse modelo de uma identidade, que é o “eu”, o ego, aqui, tendo problemas. E quando uma dívida é resolvida, uma outra surge; quando uma falta termina, é suprida, uma outra aparece; quando um problema parece que se resolveu, o outro começa a se mostrar, ou, antes mesmo de um problema desaparecer, nós já temos diversos outros surgindo.</p>
<p class="blog">O problema, Gilson, é que tudo isso está dentro da mente. A mente é a razão disso, a causa disso. Então, o grande problema é a mente. Uma aproximação da Realidade do seu Ser é uma aproximação do fim para o “eu”. Isso é o fim para as dívidas, é o fim para o desejo, é o fim para o medo, é o fim para aquele que se endivida, é o fim para o ego!</p>
<p class="blog">Então, como se aproximar de si mesmo? Essa é a pergunta. Como reconhecer a ilusão dessa identidade, que é o “eu”, nessa ilusão desse “eu” devedor, desse “eu” com um problema, desse “eu” com medo, desse “eu” com desejos... Abandone esse “eu”, entregue esse senso ilusório de uma identidade presente, que está aparecendo aqui, neste instante. Quando esse sentido do “eu” não está, quando esse modelo de pensamento não está, algo novo está presente. Isso é o fim para todo o sofrimento, para todo o sentido ilusório de identidade com problemas.</p>
<p class="blog">GC: Mestre, a gente tem outra pergunta de uma inscrita aqui no canal. Ela fala o seguinte: “Gratidão, Mestre Gualberto. Vídeos preciosos! Eu gostaria de fazer uma pergunta: é o pensamento que diz o que devo falar ou não?”.</p>
<p class="blog">MG: Percebam que coisa interessante a pergunta: “É o pensamento que diz o que devo falar ou não?” Notem, é sempre o pensamento que diz coisas. Nessa resposta que foi dada agora, foi claramente colocado que aquilo que a gente chama de “dívida” está dentro da mente. O devedor está dentro da mente, o pensador está dentro da mente e o pensamento está dentro da mente. Então, aqui temos que descobrir como lidar com a mente, que é esse devedor, que é esse pensador, que é esse senso do “eu” em apuros, com problemas. Aprender a lidar com isso é tomar ciência, aqui e agora, desse movimento, que é o movimento do “eu”.</p>
<p class="blog">Reparem que tudo é, como temos colocado, um movimento. Esse movimento é ação. Essa inadequada ação, que é a ação do “eu”, é a que sustenta o problema. Há sempre implícita, em nossas questões, uma ilusão, da qual a gente não toma ciência, que é a ilusão de um “eu” – um “eu” para se livrar das dívidas, um “eu” para tomar ações, um “eu” para fazer ou um “eu” para deixar de fazer. Assim, ficamos presos a uma noção completamente ilusória de tempo, que o próprio “eu” está introduzindo, para resolver problemas. Repare que essa segunda pergunta se liga àquela primeira. Nós estamos sempre introduzindo o elemento “eu”, “ego”, e o elemento “tempo” para nos vermos livres de problemas. Problemas que, por sinal, o próprio pensamento cria, e ele fica girando em torno de um pensador que, na verdade, é uma produção dele próprio, para resolver um problema que ele mesmo está criando.</p>
<p class="blog">Aqui, estamos convidando-o a ir além desse senso, que é o senso do “eu”. Assim sendo, uma ciência da Verdade do que é Você, fora desse senso do “eu”, não tem pensamentos para saber o que fazer com eles, nem tem dívidas para delas se livrar. Então, é fascinante, Gilson, uma aproximação da Verdade da ação. Você só pode responder à ação, neste momento, quando esse elemento, que é o “eu”, que é o conhecido, desaparece. Nós não temos agora muito tempo para explorar isso, mas há, sim, a possibilidade de uma ação livre do conhecido; é a ação do Desconhecido, é a ação não premeditada, não calculada, não programada, não idealizada pelo pensamento. É a ação nela própria, por ela mesma.</p>
<p class="blog">O interessante nessa ação, Gilson, é que não há um autor, não há um fazedor, não há alguém envolvido nisso. É a própria ação em expressão. A arte de se aproximar dessa qualidade de ação é Autoconhecimento. A gente percebe a Verdade disso quando já descobre o que é olhar sem intervir, sem tentar fazer algo com aquilo que olha, observar sem esse senso de um “eu” que é o observador, tomar ciência de pensamentos, de emoções, de percepções e lembranças, sejam elas boas, como boas lembranças, ou péssimas lembranças, como a lembrança de uma dívida.</p>
<p class="blog">Tomar ciência desse movimento surgindo, colocando atenção sobre este instante, sem esse elemento que se envolve, que é o “eu”, o ego, de uma forma sentimental, de uma forma emocional, de uma forma imaginativa ou imaginária, com um pensamento, é estar em contato já com uma ação de uma outra ordem. Isso é uma aproximação dessa Atenção, que é a Verdade do seu Ser se revelando, quando há esta Presença da Real Meditação. É isso que estamos trabalhando aqui com você, sinalizando para você uma vida livre, em uma ação onde esse sentido do “eu” não está. Então, estamos diante d’Aquilo que é indescritível, d’Aquilo que é inominável, d’Aquilo que está fora daquilo que o ego conhece, dentro desse antigo modelo dele.</p>
<p class="blog">GC: Impressionante como é totalmente fora do que é conhecido, do que é entendível pelo “eu”, o que o Mestre traz, essa ação real, essa Liberdade, porque ele, por mais que se tente, não tem como entender o que é esta Realidade e o que é essa ação livre, porque o ego está sempre na memória, nessa memória psicológica, e agindo conforme as crenças, conforme o que conhece. E só em Satsang, só com o Mestre, que, nesse compartilhar de Consciência, daqui a pouco fica tudo muito leve e vem uma compreensão dessa Natureza Real, desse Estado Natural, como o Mestre diz.</p>
<p class="blog">MG: Agora, esse aqui é o ponto, Gilson: é algo natural, sim! Essa é que é a beleza dessas colocações aqui. Aqui, nos encontramos diante da beleza daquilo que aqui é colocado, porque estamos falando de algo que é natural. Essa ação livre do ego é algo natural. A verdade é que, nesse condicionamento de cultura social humana, não temos ciência disso, porque estamos envolvidos nessa condição artificial de identidade egoica, numa ação movida pelo ego. Estamos assim há milênios! E aqui estamos sinalizando uma ação espontânea, natural, livre desse senso de separação. Isso começa a acontecer de uma forma muito simples, muito direta, quando nos aproximamos da Verdade do nosso Ser pelo Autoconhecimento, pela Real Meditação.</p>
<p class="blog">Por isso nós temos convidado vocês para uma aproximação em Satsang, porque há algo presente em Satsang capaz de tornar isso possível, neste instante, para você; porque, na verdade, isso é naturalmente já Você, mas se faz necessário um esvaziamento de todo esse conteúdo egoico, que é o que ocorre dentro da Verdade da Real Meditação, de uma forma vivencial, de uma forma prática. Diante do Poder desta Graça, desta Presença, em Satsang, algo novo se revela, algo fora do “eu”, essa ação livre, indescritível, inominável, que é a ação do Desconhecido, que é a ação divina.</p>
<p class="blog">GC: Mestre, chegou nosso tempo aí. Gratidão por mais esse videocast. E, para você que está assistindo ao vídeo, se existe um desejo sincero por conhecer essa Realidade desse Estado Natural, como o Mestre acabou de comentar, fica o convite para vir para Satsang. São os encontros intensivos on-line e, também, presenciais. No primeiro comentário, fixado, vai ter o link do grupo do WhatsApp de informações sobre os encontros, e também já aproveita e deixa o “like”. Se não é inscrito no canal, já se inscreve, compartilha também o vídeo, e a gente se vê na próxima. Abraço, Mestre!</p>
<p class="blog">MG: Ok, pessoal! Até a próxima.</p>
</div><div class="localdata">Dezembro de 2023<br>Gravatá-PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-61432532028199673822024-01-11T15:00:00.000-03:002024-01-11T15:00:00.147-03:00O que é a vida? O que é o pensamento? Vida no ego: confusão, desordem, sofrimento. Tempo psicológico<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/UaUwPi6OO1g' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>O assunto com você aqui é: o que é o pensamento? Há uma outra pergunta: o que é a vida? Vamos nos aproximar disso mais uma vez aqui dentro do canal, vamos investigar isso com você. Estamos diante de algo que é realmente fascinante ser investigado e, no entanto, é algo que se mostra bastante simples, termos uma aproximação disso. É bem paradoxal, há uma forma de nos aproximarmos disso e termos uma visão muito simples, muito básica dessa coisa chamada “vida”, dessa coisa chamada “pensamento”. E, no entanto, nos deparamos com algo paradoxal, porque não estamos diante de algo tão simples, essa questão do que é a vida e do que é o pensamento.</p>
<p class="blog">Então, é simples e não é simples; então é algo paradoxal. Paradoxal no sentido de que você precisa tomar ciência disso de uma forma direta. Colocar isso em palavras não é algo complicado. A coisa que se complica – e por isso é paradoxal – é a tomada de ciência direta disso. Isso requer um trabalho em si mesmo porque, teoricamente, conceitualmente, verbalmente, nenhuma resposta para essas duas perguntas se mostra suficiente. Nós precisamos tomar ciência de uma forma direta, disso, vivencialmente, compreendendo como nós funcionamos.</p>
<p class="blog">Então, vamos começar pelo pensamento: o que é o pensamento? Colocado de uma forma muito simples, esse momento agora, aqui, por exemplo, é um momento. Essas palavras estão sendo colocadas diante dessa experiência, desse momento de ouvir essa fala, você registra uma parte dessas palavras. Quando passamos por experiências, nós registramos essas experiências, sobretudo se elas nos interessam, nós as registramos. Então, o que é o pensamento? O pensamento é um registro, um registro que você tem dentro de você, um registro de lembranças, de memórias, de imagens. Então, você registra imagens e registra ideias. Pensamentos são registrados, palavras são registradas, imagens são registradas – isso é o pensamento.</p>
<p class="blog">Então, o que é o pensamento? É o registro de imagens e de ideias, de palavras e percepções de movimento de objetos. Então, esse registro de memória, na memória, esse acervo guardado é o pensamento. Então, o que é o pensamento? O pensamento é aquilo que está em você, registrado. Esse pensamento se manifesta; uma vez que se mostre a oportunidade ou ele se vê desafiado, ele se apresenta. Então se, por exemplo, eu pergunto qual é o seu nome. Essa é uma memória muito nova, muito recente. Você tem muita habilidade, muita prática em responder o seu nome, porque muitas das vezes isso ocorre durante o mês: você assina papéis, alguém lhe pergunta o seu nome, você está sempre em contato com pessoas lhe chamando pelo nome, e tudo isso é um reforço de lembranças, de memória. É assim que essa memória recente funciona. Quando isso ocorre, o pensamento é desafiado e o pensamento como é um registro, já guardado aí, se mostra.</p>
<p class="blog">Então, é assim que reagimos psicologicamente, através do pensamento, através da memória, com esse modelo. O pensamento é a expressão do registo da memória. Quando esse registro reage, nós temos o pensamento sendo expresso. Então, nós funcionamos na vida com base no pensamento, nosso movimento de existência está baseado no pensamento. Então, isso é o pensamento.</p>
<p class="blog">Agora, nós temos aqui um problema com a questão do pensamento. Fora esse pensamento objetivo, prático, que acabamos de colocar aqui, que não apresenta nenhum problema nele, não há nenhum problema com ele para cada um de nós, nós temos um modelo de pensamento que sustenta esse “mim”, esse “eu”, esse ego, essa identidade que acredito ser. Quando você me magoa, me aborrece, me ofende, isso é registrado nesse “mim”, é esse “eu” que está registrando essa mágoa, essa ofensa, essa dor, essa tristeza. Esse “mim”, esse “eu”, está sempre, também, reagindo quando desafiado. Então, nós agora aqui nos deparamos com um problema. O pensamento não é só registrado de uma forma objetiva, prática e direta e quando ele atua, ele pode atuar de uma forma prática, direta e objetiva para propósitos bem simples na vida, mas ele também pode atuar a serviço desta proteção do “eu”, do ego, dessa entidade que acreditamos ser. Então, aqui já nos deparamos com um problema, e muito sério o problema, na verdade com o maior de todos os problemas, que é a existência desse “mim”, desse “eu”, que tem sua existência baseada no pensamento. Um pensamento de autoproteção pessoal, particular, centrada em um centro ilusório que chamamos de ego. Esta é a identidade da pessoa. Você acredita ser alguém, esse alguém é o ego, é esse “mim”, é esse “eu”.</p>
<p class="blog">Então, notem que coisa estranha, ao mesmo tempo que coisa interessante ocorre conosco: o pensamento nos fala – como sendo uma memória – ele nos relata, ele nos dá a certeza de uma identidade que é esse “mim”. Na verdade é só o próprio pensamento criando essa identidade e protegendo essa identidade, que é esse pensador. No entanto, esse pensador é uma projeção do pensamento e com isso estamos nos identificando. Então, existe essa ideia de alguém presente que é o pensador, que é o “eu”, que é esse experimentador, que é esse que tem um nome, que tem uma história. No entanto, estamos diante de um equívoco porque esse “eu” é a ilusão de uma identidade presente no viver, na experiência, que sustenta a sua identidade através do pensamento, nessa ideia de ser o pensador, de ser o experimentador, de ser alguém presente. Isso é confusão, isso é desordem, isso é sofrimento.</p>
<p class="blog">Aquele em você que se angustia, que se deprime, que carrega desejos, medos, que se estressa, que carrega todo tipo de desordem psicológica, é o “eu”, o “mim”, o ego, esse centro. Então, fora os pensamentos práticos que temos em nós, que são lembranças muito objetivas – o endereço de sua casa, seu nome, a habilidade profissional – tudo isso é parte do pensamento, de um conhecimento, de uma memória guardada nesse mecanismo, nesse corpo-mente. Mas existe também essa ilusória identidade, que é o “eu”, que tem uma enorme quantidade, uma extraordinária quantidade de memórias e lembranças de um centro completamente ilusório, que é o centro chamado “mim”, o pensador, o experimentador, que está sempre procurando manter sua continuidade através do pensamento, se projetando em um tempo idealizado pelo próprio pensamento. Então, a expressão “eu fui”, “eu sou” e “eu serei”, está dentro desse centro que é o “eu”, o ego.</p>
<p class="blog">A nossa vida no ego é confusão, é sofrimento, é desordem, é miséria, é angústia, é medo. Então, investigar a natureza do pensamento, abandonar a ilusão de uma identidade presente nesse modelo de pensar, sentir e agir, de se emocionar, de se mover, abandonar isso é ir além do “eu”, do ego. É descobrir algo fora do movimento equivocado deste ser psicológico que acreditamos ser. Quando perguntamos “o que é a vida?” só há uma resposta real para essa pergunta quando descobrimos que a vida está presente, a Verdade da vida está presente quando o sentido desse “eu”, deste centro ilusório, deste personagem que é o ego não está mais.</p>
<p class="blog">Então, não existe uma resposta para o que é a vida enquanto esse sentido do “eu”, do ego está presente. Sim, nós temos uma resposta para o que é a vida nesse sentido do “eu” e do ego: é a vida do equívoco desse personagem, é a vida da ilusão desse personagem, é a vida desta falsa identidade, é a vida desse personagem. Então, o que é a vida como no ego nós conhecemos? Propriedades, bens, o nome, o título, a inveja, o ciúme, o desejo, a posse, a dor da solidão, a depressão, a angústia… o desejo, o medo, a confusão, a miséria, a desordem, a violência… isso é a vida do “eu”, do “mim”, do ego, dessa falsa identidade. É isso que conhecemos por vida.</p>
<p class="blog">É bem curioso, porque nós tememos perder esta vida. Essa vida é a vida do conhecido. Evidente que nesta vida também temos prazer, satisfação, realização… temos alguns momentos de muito preenchimento, mas tudo isso ocorre a nível do “eu”, do ego, que vive sempre depois disso numa sede por mais, numa busca por mais, nesse desejo de ter mais e nesse medo de perder tudo isso. Então, nós temos também uma outra coisa nesse aspecto desta vida como nós conhecemos, que é a vida do conhecido no ego, no “eu”, que é o medo. O medo de não ter mais, o medo de não alcançar, o medo de ser enganado, de ser traído, o medo de perder, o medo de morrer, o medo disso não estar aqui depois.</p>
<p class="blog">Então, existe esse elemento no ego, no “eu”. O medo é algo que se sustenta dentro deste apego, desta posse e dessa sujeição a essa busca por mais ou essa preocupação por não ter mais. Tudo isso sustenta o medo para esse “mim”, para esse ego. E isso ocorre porque o ego não é outra coisa, a não ser esse nome, essa posse, isso que ele tem, controla, domina, teme ou deseja. Isso é parte integrante desse elemento que é o “eu”, o ego. Então, o medo está presente. Na verdade, o medo e o desejo são uma única coisa para esse “mim”, para esse ego. Eu não sei se isso está claro aqui para você ou se está muito confuso. Tudo o que nós chamamos de vida no “eu”, no ego, é esse movimento dentro do conhecido.</p>
<p class="blog">Aqui estamos sinalizando a Real Vida se revelando quando o “eu”, o ego, nesse movimento, não está mais presente. Então, há uma vida, sim, possível, assim como há, sim, uma possibilidade desta Libertação desse movimento que é o movimento do pensamento, que sustenta esse tempo psicológico. É quando o pensamento está apenas no lugar dele, então esse sentido de um “eu” psicológico, que é o ego, não está mais presente. Então temos um contato Real com a Verdade, daquilo que eu tenho chamado de “o Real Pensar”. O Real Pensar está presente quando o modelo do pensamento do “eu” não está, então temos o Real Pensar. Nós desconhecemos isso, na realidade isso está fora do conhecido. Esse Real Pensar é a presença da Verdade da Inteligência, a Verdade do Amor, a Verdade da Paz, a Verdade da Vida, a Verdade de Deus. É Aquilo que está presente quando o sentido do “eu”, do ego, não está.</p>
<p class="blog">Então, investigar a Verdade sobre quem nós somos é compreender como a mente humana funciona. Isso é o fim para esse pensador, para esse experimentador, para esse que observa o mundo a partir de conclusões, crenças, ideias, pensamentos. Isso é o fim para o observador. Então temos a possibilidade do Despertar da Verdadeira Consciência deste Ser Real que somos, nesta Vida Real que o “eu”, o ego, não conhece.</p>
<p class="blog">Esse é o propósito aqui dentro deste canal: estamos apontando para você a possibilidade do Despertar da Sabedoria, do Despertar de Deus, do Despertar da Vida, de sua Natureza Real, da Verdade do seu Ser. Esse é o nosso trabalho aqui dentro deste canal. Nós temos esses encontros aqui nos finais de semana, você tem aqui na descrição do vídeo o nosso link do WhatsApp, para aprofundar isso. Nos finais de semana estamos nos encontrando para trabalhar isso. Você tem aqui o link do WhatsApp para participar desses encontros. Além disso, temos encontros presenciais e também retiros. Se isso é algo que faz sentido para você, aproveita agora, aqui, deixa o seu like, já se inscreve no canal, Ok? E a gente se vê. Valeu pelo encontro e até a próxima.</p>
</div><div class="localdata">Dezembro de 2023<br>Gravatá-PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-8223865538873926232024-01-09T15:00:00.001-03:002024-01-09T15:00:00.136-03:00Autoconhecimento e a ação livre do ego | A Real Meditação | Real ação e a atividade egocêntrica<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/doL9zo-rN38' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>A Verdade do Autoconhecimento e a ação livre do ego. Por que ação livre do ego? Nós não compreendemos a natureza, a verdade sobre a ação. Não temos a ciência da estrutura da verdadeira ação. E por que eu coloco aqui verdadeira ação? Porque é a ação que nós precisamos dela na vida. </p>
<p class='blog'>Nossas ações até esse momento, em razão da ignorância em que nós, psicologicamente, internamente, nos encontramos têm sido ações conflituosas, problemáticas, confusas, desorientadas, nos levando sempre a complicações, a dilemas, a adversidades, a problemas porque são ações centradas no “eu”, no ego. Notem, nossas ações não são reais, são meras atividades egocêntricas. </p>
<p class='blog'>Aqui, ação é o movimento que atende a esse instante, a esse momento presente com precisão, com habilidade, com Verdade, com Inteligência. Isto é ação. Há uma diferença entre esta ação e essa mera atividade do “eu”. A atividade egocêntrica da pessoa é a atividade da confusão. </p>
<p class='blog'>As pessoas querem acertar, então perguntam: “Como fazer a coisa certa?”, “Como agir sob pressão?”, “Como acertar?”, “Como não errar novamente?” São perguntas que as pessoas fazem na intenção de descobrirem uma ação que seja, para elas, a melhor ação possível. No entanto, nós nunca investigamos essa questão da ação e de onde procede essa ação.</p>
<p class='blog'>Enquanto nossas ações estiverem firmadas no pensamento, serão ações incompletas. Esse é o ponto. Aqui, esse momento, a vida como ela se mostra nos coloca diante de um desafio sempre, a todo o momento, a cada instante. O que temos colocado aqui para você é muito simples. Observe. Agora mesmo está sendo solicitado de você uma ação. Sim, ler aqui requer um olhar, uma precisão muito real para atender esse momento nesta ação, nesse ato de ler ou, simplesmente, tudo aquilo que estará sendo colocado aqui ficará apenas a nível intelectual, verbal, quando muito, porque talvez você nem intelectualmente consiga acompanhar em razão das distrações psicológicas que, em geral, nós temos.</p>
<p class='blog'>Ao ler um texto como esse, uma ação está sendo solicitada, e essa ação é uma sem comparação, sem avaliação, sem julgamento. Porque, quando você faz isso, aquilo que está sendo colocado começa a passar por um filtro de aceitação e rejeição. Atender a esse momento requer essa ação, a ação livre desse fundo psicológico de conceitos, preconceitos, opiniões, julgamentos. </p>
<p class='blog'>Reparem, é sempre a mente egoica, a mente que nos impulsiona a uma ação centrada nesse fundo psicológico de condicionamento, de história, de padrão de cultura. Então, lemos a partir, no caso aqui, dos nossos preconceitos, conceitos, ideias, desejos e medos.</p>
<p class='blog'>Na vida, a cada momento estamos sendo desafiados para a ação. Precisamos descobrir o que é uma mente livre do ego e, portanto, uma mente livre de toda a forma de condicionamento psicológico. Essa mente livre poderíamos chamar aqui de “não mente”. </p>
<p class='blog'>Em geral, nós compreendemos a mente como um movimento de pensamento: pensamento inquieto, pensamento tagarela, pensamento preconceituoso, cheio de conceitos, de imagens. Então, para nós, “mente” é sinônimo de movimento de pensamento. Esse movimento de pensamento, como é algo que vem do passado, é um condicionamento. Então, nós vivemos dentro de uma mente condicionada. Não conhecemos essa Verdade da “mente livre”, desse Natural Estado livre da mente egoica, portanto, livre da mente. Então, nossas ações são ações centradas no pensamento. </p>
<p class='blog'>Pensamento é memória, são lembranças, recordações, experiências. A partir dessas experiências, memórias, lembranças, a partir dessa mente condicionada para agir a partir da intenção, da motivação, do desejo e do medo, nossas ações são atividades egocêntricas, autointeresseiras, centradas nesse egoísmo dessa pessoa como nós nos vemos. Nos vemos como pessoas separadas umas das outras. Carregamos inúmeros desejos, medos, inúmeras contradições internas, inúmeros conflitos de ordem emocional, sentimental, e isso tudo nós expressamos, também, nas ações, nessas ações físicas. </p>
<p class='blog'>Então, psicologicamente, nós vivemos em conflito, em sofrimento, carregados de problemas, angústias, frustrações, decepções. O movimento psicológico, que é o movimento do “eu” em nós, dessa mente condicionada, é sempre nessa intenção de alcançar, de obter, de realizar alguma coisa – isso sempre no futuro –, ou se livrar, afastar de nós alguma coisa. Ganhar alguma coisa ou se livrar de alguma coisa. Então, o medo é algo presente. </p>
<p class='blog'>Quando nossas ações nascem desse condicionamento psicológico, desse modelo de mente programada na ação egocêntrica, na ação do autointeresse, na ação do egoísmo, essa é a ação da dualidade; isso porque existe esse “eu e o mundo”, “eu e o outro”, “eu e a vida”, “eu e o agir”, “eu e a ação”, “eu e o pensamento”, “eu e minhas emoções e meus sentimentos”. Reparem, essa é a dualidade.</p>
<p class='blog'>Então, vivemos dentro de um princípio de separação, de dualidade, onde existe esse “eu e a outra coisa”. A ação centrada nessa intenção, nessa motivação é a ação da separação, é a ação do autointeresse, é a ação do problema. Eu tenho dado o nome a essa ação de atividade egocêntrica. Vivemos dentro de um modelo onde não há real ação e, sim, atividade egocêntrica. </p>
<p class='blog'>Haverá uma ação livre do “eu”, do ego? Em alguns momentos na vida isso ocorre. Ficamos surpresos de uma ação que ocorre em um dado momento conosco e a gente percebe que foi simplesmente uma ação desinteressada, uma ação que nasceu de uma qualidade de Ser completamente diferente do que nós, em geral, temos visto em nós mesmos. Foi uma ação amorosa, foi uma ação compassiva, foi uma ação desinteressada, foi apenas uma expressão que nasceu de dentro de nós de uma dimensão que nós nem mesmo sabemos de onde isso veio. Algumas vezes nos pegamos depois da ação nos lembrando daquilo dizendo: “Que coisa estranha! Simplesmente aconteceu.” </p>
<p class='blog'>Então, há, sim, alguns momentos em nossas vidas que uma ação livre do ego acontece. Por exemplo, dar um sorriso para alguém. De uma forma muito simples e natural, um sorriso brota do rosto. Não há qualquer intenção, motivação, interesse por trás desse sorriso, é só uma ação, um simples e direto sorriso. Um olhar compassivo, um olhar amoroso. Ao nos depararmos com uma criança, ao nos depararmos com a natureza, ao nos depararmos com um rosto de uma pessoa, nós nunca a vimos, nós não sabemos o nome dela e, de repente, você se pega sorrindo. Não houve nenhuma premeditação, nenhuma intenção, simplesmente aconteceu. Esse é um exemplo de uma ação, de uma ação livre desse centro pessoal do “eu”, desse movimento egocêntrico.</p>
<p class='blog'>As ações em nós são problemáticas porque nascem desse fazedor. Esse fazedor vem à existência com base num movimento de pensamento. Esse movimento de pensamento é um movimento de autointeresse. Esse pensador, esse fazedor se move na ação com base, portanto, no passado. Atender a esse instante, a esse momento presente sem o modelo do pensamento é sem o modelo do passado, então, uma ação Real ocorre. A verdadeira ação nasce dessa dimensão desconhecida quando o “eu”, o ego não está.</p>
<p class='blog'>Então, o convite aqui é para descobrirmos a Verdade sobre quem nós somos quando esse “eu” que parecemos ser, que demonstramos ser, que queremos ser, não está mais presente. O que estamos dizendo aqui para você é que há Algo presente agora e aqui que pode atender a esse instante sem esse fundo de condicionamento psicológico que é o experimentador, o pensador, o “eu”; esse movimento de pensamento premeditado, calculado, algo que vem do passado e se mostra, nesse momento, se movendo, criando situações. Essa ação é a do estresse, é a do medo, é a do desejo, é a da busca de algum resultado para alcançar alguma coisa.</p>
<p class='blog'>Esse movimento de atividade egocêntrica desaparece quando a Realidade desse Ser, dessa Verdade Divina agora, aqui presente se mostra. Precisamos descobrir a ação livre do ego. O Autoconhecimento, a compreensão do próprio movimento do “eu”, apenas olhar para esse movimento, se tornar ciente desse movimento nesse instante, isso faz com que esse movimento termine, com que essa ação termine, porque o “eu” desaparece. Tomar ciência do movimento do “eu” é o fim para esse movimento e, portanto, é o fim para esse “eu”.</p>
<p class='blog'>Temos que investigar a natureza do pensamento e como viver livre do pensamento. O pensamento em algum nível se faz necessário. A nível de memória, de lembrança, de reconhecimento, de algo prático e objetivo. O pensamento se faz necessário para um movimento técnico, para uma ação funcional ou trabalhar numa dada profissão. Mas nesse contato com o outro, com nós mesmos, com a vida, a presença do pensamento sendo a base da ação é conflito, é problema, é sofrimento, é a ação centrada no “eu”. </p>
<p class='blog'>Olhar para você e reconhecer seu rosto e o seu nome é algo muito simples, mas carregar uma imagem psicológica sobre quem é você, tendo a ilusão de que eu conheço você com base nesse conceito, nessa imagem, nessa ideia que faço sobre você, nesse gostar ou não gostar, esse é o equívoco. Nossas ações na relação com família, com esposa, filhos, patrão, colega de trabalho, nossa ação no mundo tem sido desse tipo, uma ação centrada nesse fundo psicológico, nesse condicionamento psicológico.</p>
<p class='blog'>Esse é o nosso assunto aqui com você. Descobrir a Verdade da compreensão desse movimento interno, que é o movimento do “eu”, isso é Autoconhecimento. Então, naturalmente, surge a Verdade da Real Meditação. A compreensão desse movimento é o fim para o “eu” e o surgimento da verdadeira ação, que é a ação da Consciência, que é a ação da Inteligência, que é a ação da Verdade desse Ser, dessa Realidade Desconhecida.</p>
</div><div class="localdata">Dezembro de 2023<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-26062980518060952212024-01-04T15:00:00.003-03:002024-01-04T15:00:00.138-03:00Introspecção, autoanálise, autodisciplina | A Verdade da Atenção Plena | Iluminação Espiritual<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/jLXLJF-1Vlw' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Existe uma coisa bastante interessante nas relações humanas, em nossas relações uns com os outros. Me parece que uma das coisas mais difíceis dentro destas relações consiste na comunhão. Comunhão requer a presença de uma comunicação livre; nós não temos essa liberdade para a comunicação. Parece que nós não nos alcançamos quando falamos, quando dialogamos, quando nos aproximamos uns dos outros. Por que isso ocorre? Por que é que isso acontece?</p>
<p class='blog'>Parece que compreendemos, sim, o significado verbal da palavra, mas nós escutamos através de uma ideia, de um conjunto de crenças, de opiniões, de conclusões aquelas palavras. Assim, estamos sempre atrás dessa cortina de ideias. Quando isso ocorre – e isso frequentemente ocorre –, não há comunicação. A ausência dessa comunicação é, naturalmente, a ausência da comunhão. Então, reparem como se torna importante termos uma nova aproximação aqui também, nesses encontros. </p>
<p class='blog'>Aqui nós estamos fazendo uso de palavras bastante conhecidas de todos nós e, no entanto, o que eu tenho percebido é que as pessoas não conseguem compreender essas palavras porque elas escutam através dessa cortina de ideias que elas têm. Aqui fazemos uso de expressões como: "o Despertar da Consciência", "Iluminação Espiritual", "a Realização de Deus" – essas palavras e diversas outras que usamos aqui –, e a dificuldade que temos é acompanharmos essa leitura para que aconteça, dentro desse encontro, a verdade da comunicação e a comunhão se torne possível. </p>
<p class='blog'>Se houver entre nós Real comunhão, de coração, até as palavras são dispensáveis. Reparem que coisa interessante: se houver, de verdade, uma comunhão, e essa comunhão está acontecendo em um nível diferente do intelecto, naturalmente, ela dispensa as palavras, ela dispensa a linguagem. Então, a verdadeira comunicação ocorre quando há comunhão. </p>
<p class='blog'>Na vida, nós precisamos de comunhão; comunhão dentro da comunicação, comunhão na relação com o outro dentro de uma determinada atividade, comunhão no contato com o sentir, com o movimento da ação também acontecendo, com esse falar. Esse encontro de comunhão é essencial. Nós, como seres humanos, precisamos descobrir a Vida. A Vida é constatada quando há esse descobrimento. Nessa constatação existe um nível de imersão na vida, de imersão na existência, onde todo o sentido de separação entre esse "eu” e a própria vida se desfaz, desaparece, não está presente. </p>
<p class='blog'>Então, se nós estamos aqui trabalhando essa questão da busca da verdade sobre quem nós somos, isso é o que se torna possível quando nós nos aproximamos de uma compreensão a partir dessa comunhão. Precisamos ter uma comunhão com aquilo que se passa agora, aqui. A fala é algo que requer comunhão, o sentir é algo que requer comunhão. A ação acontecendo ocorre de uma forma completa, única, Real – eu tenho chamado de Verdade da ação, de ação Real – quando há comunhão. </p>
<p class='blog'>Nós estamos, internamente, em contradição. Nós vivemos, internamente, em conflito dentro de nós mesmos. Precisamos estudar isso, compreender isso, e isso se torna possível quando temos uma aproximação de nós mesmos, daquilo que se passa dentro de cada um de nós. Ter uma aproximação dessa requer que você aprenda a olhar, que aprenda a escutar, que aprenda a perceber a si mesmo; olhar, escutar a si mesmo é algo que se torna impossível quando o pensamento está presente, quando essa cortina de ideias está presente. </p>
<p class='blog'>Então, reparem que coisa curiosa como nós funcionamos: nós temos ausência de comunicação porque interpretamos as palavras segundo as nossas crenças, opiniões, ideias e conclusões pessoais quando estamos em um diálogo ou quando estamos ouvindo, temos, neste momento, a dificuldade de acompanhar um texto como este, assim como temos a dificuldade de olhar para nós mesmos porque olhamos através de conceitos, de opiniões, de julgamentos, de crenças. </p>
<p class='blog'>Eu quero tocar aqui com você na importância desse escutar a nós mesmos, de aprender a ter essa comunhão; uma comunhão que se torna possível quando você aprende a escutar, a olhar e a perceber aquilo que se passa dentro de você, sem essa cortina de ideias, sem essas conclusões, sem essas crenças, sem essas punições, sem esse autojulgamento, sem essa autoavaliação, sem essa autocrítica. Observem que é assim que, na maioria das vezes, nós olhamos para nós mesmos. Quando fazemos isso, há uma separação. </p>
<p class='blog'>Compreender a verdade sobre você é algo que requer um olhar sem julgamento, sem avaliação, sem comparação, sem crítica, sem medo. Então nós temos a presença de uma Real comunhão, que se torna possível, também, agora, aqui se deixarmos de lado nossas crenças, nossas conclusões, nossas ideias, se deixarmos de lado o significado que temos dado a essa ou aquela palavra com base em nossos preconceitos, em nossos conceitos pré-formados. Então, o nosso encontro aqui tem como propósito essa autodescoberta.</p>
<p class='blog'>Assim, nossa ênfase aqui, dentro dessa fala, será sobre essa questão da Atenção, da Verdade da Atenção Plena. Apenas quando há essa Atenção Plena se torna possível uma aproximação da revelação daquilo que se passa dentro de cada um de nós. </p>
<p class='blog'>Se olharmos através dessa cortina de ideias, nós estaremos fazendo aquilo que uma boa parte das pessoas fazem na tentativa de melhorarem a si mesmas, de modificarem a si próprias através do esforço, da autodisciplina, dessa, assim chamada, “introspecção”. Reparem o que estamos colocando, acompanhem isso com calma. </p>
<p class='blog'>Introspecção é uma forma de olhar para dentro de si mesmo através dessa cortina de ideias. As pessoas querem se livrar daquilo que elas não gostam de ver em si mesmas. Então, elas praticam, pela autodisciplina, pelo esforço, essa introspecção. Essa tentativa de mudança, de transformação com base no esforço, na disciplina, que tem por princípio já uma análise de si próprio, um olhar para si mesmo com base em ideias, pode criar uma mudança, sim, isso pode melhorar a pessoa, mas a pessoa melhorada ainda é a melhora do sentido de um "eu" presente, de uma identidade egoica presente. </p>
<p class='blog'>Aqui nós estamos lhe propondo uma vida livre desse “eu”, desse ego, algo que se torna possível quando há essa inteira Verdade se revelando em razão dessa comunhão, e esta comunhão não vem pela introspecção. Essa comunhão nasce de uma forma muito natural quando estamos dando Atenção a nós mesmos, quando estamos nos tornando cientes de todo esse movimento interno de pensamento, de sentimento. </p>
<p class='blog'>Esses pensamentos, esses sentimentos são aqueles em nós que nos impulsionam às ações. Nossas relações se assentam nestes pensamentos e sentimentos. Essas relações são ações que ocorrem tendo por princípio esses sentimentos, esses pensamentos. Tomar ciência desse movimento interno – essa simples tomada de consciência desse movimento, que é o movimento do “eu”, dessa pessoa, dessa identidade que se separa do outro para se relacionar – requer essa aproximação de comunhão, requer essa Atenção sobre si mesmo. </p>
<p class='blog'>Portanto, nossa aproximação aqui é lhe mostrando a importância desse contato consigo mesmo, esse contato com aquilo que se passa dentro de você, um contato possível quando há essa Atenção. Não se trata de fazer algo com aquilo que você percebe, com esses sentimentos, pensamentos, com esse modelo de comportamento. Aqui se trata apenas de tomar ciência disso. A ciência disso rompe esse padrão de existência do “eu”, esse padrão de existência egoica, porque nesse momento ocorre essa comunhão: comunhão Real com o outro, comunhão Real com a Vida, comunhão Real em si mesmo. Então a contradição desaparece, o conflito desaparece, o medo desaparece, o sofrimento desaparece.</p>
<p class='blog'>Percebam a beleza do que estamos colocando aqui para você. Repare, por exemplo, que o seu contato com o outro é um contato através de uma cortina de crenças, de ideias, de conclusões, de imagens que você tem sobre ele ou ela. Então, repare: não há verdade de comunhão nesse contato, porque aquilo que está presente é esse elemento, que é o “eu”, o ego, esse “mim”. </p>
<p class='blog'>Há esse estado interno de contradição nesse encontro com o outro quando estamos dentro desse princípio de separação, de dualidade, então temos esse "eu" e esse "você". Esse “você” é uma imagem que eu faço sobre quem você é, além de uma imagem que tenho sobre quem “eu” sou, e isso é contradição, isso é conflito, isso irá, naturalmente, produzir nessa relação algum nível de conflito, algum nível de problema, algum nível de medo, de violência, de desejo, de sofrimento. </p>
<p class='blog'>Quando colocamos Atenção sobre esse movimento, que é o movimento do "eu", essa comunhão com a Verdade daquilo que se mostra aqui, nesse instante, isso rompe com esse padrão, com esse modelo de identidade egoica. Isso é o fim dessa imagem, conclusões, crenças e opiniões sobre o outro. Isso é o fim dessa autoimagem em contradição, em conflito, carregada de desejos e medos dentro desse “mim”. </p>
<p class='blog'>Percebam que isso é algo que se torna possível quando nós colocamos essa Atenção, esse olhar para esse movimento interno. Apenas o olhar nos mostra isso completamente se revelando, e quando isso tudo se revela, nesta própria revelação, isso se desfaz. Não temos que fazer algo com isso que está sendo visto, não temos que mudar isso que está sendo visto, não temos que coordenar isso que está sendo visto ou percebido. </p>
<p class='blog'>Esse próprio olhar, esse próprio observar sem escolha, sem esse elemento, que é o "eu", o ego, sem essa cortina de conclusões do que é certo ou errado, é o fim para isso, é o fim para essa condição, que é a condição do “eu”, do ego, porque nesse momento temos presente esse escutar a nós mesmos, esse perceber a nós mesmos, esse estar ciente desse "mim". A ciência disso é o fim para essa condição automática, inconsciente, repetitiva, para esse movimento que, na realidade, é um movimento que já vem do passado, que já vem dessas crenças, conclusões. Ter uma aproximação de si mesmo desta forma não é introspecção, não é autoanálise, não é autodisciplina, é Atenção.</p>
<p class='blog'>A ciência da Atenção sobre todo o movimento do “eu”, do “mim”, do ego, a ciência dessa cortina de ideias, dessas crenças e conclusões é o fim para tudo isso. Então, essa é a forma da Real aproximação da Verdadeira Meditação, da Real Meditação. Naturalmente, essa Real Meditação é Autoconhecimento. </p>
<p class='blog'>Assim, aqui temos como propósito essa aproximação; esta aproximação lhe coloca nessa nova visão da Vida, nessa nova visão de Ser, nessa nova visão do mundo, do outro, numa Real visão da Verdade deste Ser que somos. Então, a Verdade da Atenção sobre esse movimento do "eu" é o fim para esse movimento; isso é Autoconhecimento, isso é a Verdade da Real Meditação – compreendendo que aqui Meditação e Autoconhecimento são palavras com um significado bem peculiar.</p>
</div><div class="localdata">Dezembro de 2023<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-37166599649865957692024-01-02T15:00:00.004-03:002024-01-02T15:00:00.152-03:00Ação egocêntrica. Autoconhecimento: ação livre do ego. Como o pensamento funciona? Verdade da ação.<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/TAqeMwAulg0' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Aqui nesse trabalho nós estamos lhe convidando para uma ação de uma qualidade, de uma natureza e de uma realidade diferente de tudo o que nós conhecemos. Em geral, nossas ações são ações que estão ocorrendo, acontecendo centradas nesse “eu”, nesse ego. Esse tipo de ação em nossas vidas está produzindo contradições, problemas, dilemas, dificuldades e conflitos. Se o seu interesse aqui é descobrir a Verdade da ação, o que implica em uma ação livre do “eu”, do ego, nós precisamos investigar isso.</p>
<p class='blog'>É muito comum essa procura ou busca das pessoas por Deus. Assim, há uma busca por Deus, uma procura pela Verdade, mas as pessoas não compreendem que a Verdade se encontra neste instante, neste momento. Sem uma ação livre do ego, não há uma Revelação da Verdade. O ponto aqui é investigarmos qual é a natureza Real, qual é a estrutura verdadeira dessa ação de cada um de nós, uma ação que não produza mais sofrimento, que não produza mais conflito, uma ação livre e, portanto, livre do ego. O que é essa ação?</p>
<p class='blog'>Aqui nós estamos colocando para você a importância de uma ação livre. A ação livre do ego é a ação livre da intenção, da motivação, da proposta dos conceitos, das ideias, dos motivos pessoais. Será que essa ação é possível? Ou será que estamos condenados a uma vida de ação sempre presa dentro desse padrão de egocentrismo – o que representa, na verdade, uma vida de mera atividade egoica?</p>
<p class='blog'>Então, nós aqui estamos lhe convidando, apontando para você, sinalizando para você a Verdade da Revelação d’Aquilo que nós somos, da Revelação do nosso próprio Ser. Este Ser se revela na ação, na ação livre das ideias. Repare como é importante essa investigação aqui, observe como é interessante nós estudarmos essa questão da ação. Toda a nossa ação nasce de um objetivo, de um propósito, nós temos um alvo. Primeiro nós temos uma ideia, temos um objetivo, um propósito, uma intenção, e tomamos a ação. Essa ação que nasce da ideia, desse propósito é a ação que nós conhecemos. Essa ação é a ação egocêntrica, é a ação centrada no “eu”. </p>
<p class='blog'>E por que isso é muito importante nós investigarmos aqui juntos? Porque sua vida é uma vida que está assentada na ação. Tudo na nossa vida são ações. Nós estamos tomando ações a todo o momento. As ações não estão apenas no comportamento físico de cada um de nós, como também nas intenções internas. Ideias são ações. O movimento de pensamento em nós é um movimento de ação. Ler aqui é uma ação, a gesticulação é uma ação, ouvir é uma ação. Tudo em nossas vidas consiste em ações: ações acontecendo, ações se realizando, ações sendo tomadas. </p>
<p class='blog'>Aqui o ponto é que quando essas ações nascem das ideias, elas já carregam a semente do conflito, do dilema, do problema, da dificuldade. Nós não percebemos que nossas ações precisam ser tomadas a partir desse espaço, que é o espaço da verdadeira Inteligência em nós. Esse espaço de Real Inteligência, de verdadeira Inteligência em nós é o espaço do Silêncio. Esse Silêncio é a Verdade da Compreensão. Quando há Compreensão, existe uma ação acontecendo. Não é uma ação com base nas ideias, mas é uma ação com base na Inteligência. Quando há Inteligência, há Liberdade. Como essa Liberdade é o fruto dessa Compreensão, essa Compreensão nasce desse Silêncio e nesse Silêncio está a Verdade.</p>
<p class='blog'>Talvez soe um pouco estranho tudo isso, porque as ações que nós conhecemos são ações centradas no pensamento, portanto, ações centradas nas ideias, na motivação. Nossas ações nascem do desejo, nascem, também, como um impulso para fugirmos de alguma coisa, o que representa medo. Portanto, as ações em nós vêm do desejo, elas vêm do medo, elas têm origem num propósito meramente pessoal de ideias, de conceitos pré-formados, preestabelecidos em nós. </p>
<p class='blog'>O ponto aqui é que nós não investigamos a natureza do pensamento. Esse pensamento em nós nos limita a uma condição de ação controlada pelo desejo, pelo medo, por nossos motivos e razões pessoais; essas razões pessoais são egocêntricas. Assim, a nossa ação que tem por base a ideia, o pensamento, é uma ação limitada e, portanto, conflituosa.</p>
<p class='blog'>Notem, nós não sabemos o que é o pensamento. Não percebemos a limitação que implica esse modelo de ação, então, nós não sabemos também o que é essa ação e o quanto esse pensamento está limitando essa ação. Nós temos, em geral, algumas perguntas do tipo: “Como agir sob pressão?” ou “Como fazer a coisa certa?” Por que há essa preocupação? Nós temos essa preocupação porque sentimos a necessidade urgente de tomarmos ações com Inteligência, com Verdade, com Sabedoria. Então, vamos com calma olhar para isso aqui.</p>
<p class='blog'>Aqui nós estamos investigando a Verdade sobre quem nós somos e o que representa uma ação, portanto, livre da ilusão desse centro que é o ego, que é o “eu”, esse pensador como nós acreditamos ser, esse fazedor das ações como nós acreditamos ser. A Compreensão da Verdade sobre nós mesmos, essa aproximação daquilo que se passa dentro de cada um de nós, de como nós funcionamos, de como o pensamento funciona, a clareza sobre o que é o pensamento, sobre como ele funciona e a limitação que ele representa, isso é algo fundamental porque é algo que nos liberta dessa qualidade de ação centrada no ego. Essa ação egocêntrica é aquela que está produzindo problemas, é aquela que jamais irá acertar, é aquela que jamais irá atender ao momento presente. </p>
<p class='blog'>Vivemos como criaturas ansiosas, estressadas, angustiadas, preocupadas, aflitas, duvidosas, querendo acertar e tomando ações com base no pensamento, sem a compreensão do que é esse pensamento. É evidente que enquanto estivermos agindo nessa ansiedade, nessa angústia, nessa preocupação, enquanto estivermos agindo a partir de uma mente preocupada, ansiosa, estressada, duvidosa, carregada de desejos e medos, nossas ações serão ações que irão produzir exatamente isso, porque elas nascem desse estado interno de confusão. O ponto é que tudo isso está assentado nessa condição psicológica, nesse modelo de programa que aqui eu tenho chamado de condicionamento psicológico, que é esse modelo de pensamento. Então, temos que investigar a natureza do pensamento.</p>
<p class='blog'>Primeiro, as ideias estão presentes em nós. Essas ideias são o resultado do conhecimento adquirido ao longo dos anos, toda a informação, toda propaganda, todas as ideias presentes em nossos pais, em nossos antepassados, dentro de nossa cultura. O modelo da ação com base no pensamento tem por princípio a experiência. A questão é: o que é essa experiência guardada em nós? É o resultado da memória. Assim, nossas ações são sempre impulsionadas por essas ideias, por esses padrões. </p>
<p class='blog'>Enquanto não houver Silêncio, Clareza, Compreensão e Liberdade interna, em nossa mente, em nosso coração, enquanto esse cérebro em nós não compreender a Verdade da Quietude, do Silêncio, enquanto essa compreensão não estiver presente, nós estaremos atendendo a este instante, a este momento, a esta ação com base nessa experiência – nessa experiência passada. Nesse experimentador está essa experiência passada. </p>
<p class='blog'>Qual é a verdade desse experimentador? Qual é a verdade desse “eu” que “sou”, desse “mim”? Qual é a verdade sobre esse pensador? Nossas ações estão nascendo desse pensador. A pergunta aqui é: o que é esse pensador que pensa e toma ações?</p>
<p class='blog'>Observe que o que nós temos presente, sempre, é o pensamento surgindo. Há um propósito, há um motivo, há uma intenção com relação a esse pensamento e, com base nessa intenção, surge essa ação. Então, notem, há um intervalo entre esse pensador e essa ação, e esse intervalo é esse propósito. Então, essa ação é uma ação centrada no “eu”, uma ação particular. Tudo isso pode parecer muito razoável. Do ponto de vista técnico, nós precisamos do conhecimento, da informação, no entanto, essa elaboração do pensamento é algo muito natural. </p>
<p class='blog'>O cérebro tem o registro do conhecimento, da experiência e de como agir. Por exemplo, para dirigir um carro o conhecimento se faz necessário, a experiência se faz necessária, a elaboração do pensamento se faz necessário, mas isso ocorre de uma forma muito natural. Então, essa informação técnica, esse conhecimento técnico, essa experiência técnica, essa memória técnica é algo importante. Então, a ação ocorre de uma forma muito natural. Dirigir um carro não requer a presença do sentido de uma identidade que se separa da própria experiência, como ocorre no caso desse ego. </p>
<p class='blog'>O sentido do ego presente é aquele que está em uma ação com base no pensamento, também com base numa informação passada, com base numa experiência passada, mas agindo a partir desse sentido de dualidade. Por exemplo, nesse contato com você, eu estou vendo você a partir de uma ideia que faço sobre quem você é. Assim, a minha ação nasce a partir dessa ilusória separação, dessa psicológica separação; isso está assentado no pensamento, numa imagem: a imagem que eu tenho sobre você, a imagem que você tem sobre mim. Assim, nossas relações estão acontecendo em razão dessas ações ocorrendo, mas são ações centradas no ego, são ações egocêntricas. </p>
<p class='blog'>Assim, a nossa vida nesse modelo de ação, que é a ação a partir deste ego, desse centro, desse “eu” se separando do outro, se separando da vida, se separando das situações é uma ação autocentrada, egocentrada. Assim sendo, não há Verdade Divina, não há Verdade de Deus, não há Inteligência, não há Sabedoria, não há Compreensão. Nós usamos expressões como “amor”, “paz” “liberdade”, “felicidade”. </p>
<p class='blog'>Há uma urgente necessidade, sim, de Felicidade, de Paz, de Amor em nossas relações e, portanto, em nossas ações, e isso é algo que se torna impossível quando essa ação não nasce dessa Compreensão, não nasce dessa Inteligência, não nasce dessa Verdade do Silêncio. Quando está nascendo desse ego, temos uma ação que tem por princípio a ideia, o plano e depois a ação, então há sempre o autor da ação presente, o fazedor, que é o ego, o “eu”. </p>
<p class='blog'>O nosso trabalho aqui consiste em irmos além desse ego, além desse “eu” e, portanto, além dessa ação egocêntrica; a ação livre do pensador, livre do experimentador, livre desse sentido de um “eu” com todas as imagens que ele tem sobre quem é o outro, sobre o que é a vida, sobre quem ele mesmo é. Reparem como é interessante isso: toda a ideia que você tem sobre você é uma imagem, que você tem sobre o outro é uma imagem, que você tem sobre a vida é uma imagem, que você tem sobre as situações são imagens criadas e sustentadas pelo pensamento. </p>
<p class='blog'>A vida consiste de ações acontecendo, elas acontecem quando o sentido do “eu”, do ego não está, dentro de um novo modo de agir, de se mover, de falar, de sentir, de lidar com o outro, de lidar com nós mesmos, sem esse centro que é o “eu”, o ego. Esta é a ação da Verdade. Com base na Revelação do Autoconhecimento, da ciência da Verdade do seu Ser, Algo novo surge. Esse Algo novo é ação livre do ego. É isso que alguns chamam de Realização de Deus, Iluminação Espiritual, a Compreensão da Verdade Divina.</p>
</div><div class="localdata">Dezembro de 2023<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-61261801236671298852023-12-28T15:00:00.003-03:002023-12-28T15:00:00.132-03:00A Verdade do Autoconhecimento e a ação livre do ego | Condicionamento psicológico | A ação livre<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/tJ6vJCuKWzg' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>As questões da vida. É necessário que você compreenda que essas questões da vida são questões que ainda se mantêm como questões porque nós não temos uma visão, uma compreensão direta da Verdade sobre quem nós somos. O propósito aqui é investigar isso. Assim sendo, aqui não será aqui apresentado para você uma simples, teórica, conceitual, intelectual resposta para essas questões. Nós estamos juntos para investigar, para explorar isso, para estudar isso. Não podemos estudar isso com alguém, não podemos estudar isso em livros. </p>
<p class='blog'>Só há uma forma de nos aproximarmos da Verdade da Sabedoria, da Verdade dessa clareza de percepção de Realidade, de visão integral da Vida: é pelo Autoconhecimento. Apenas quando há uma aproximação da Verdade sobre quem você é é que isso se torna possível, e essa é uma descoberta que você faz. A compreensão de si mesmo, que tem por princípio o Autoconhecimento, que tem por base o Autoconhecimento, é a base Real para a Sabedoria, para a solução final dessas questões da vida. </p>
<p class='blog'>Nós temos inúmeras questões. Uma dessas questões é a questão da ação livre. Nós precisamos descobrir o que é uma ação que represente, de fato, para as nossas vidas uma ação livre, inteligente, uma ação onde haja essa Presença, essa Ciência, essa Realidade Divina. Apenas quando temos a ciência da Realidade de Deus na ação, temos a Verdade da Inteligência, temos a Real Inteligência, então se torna possível uma vida livre de contradições, de dilemas, de conflitos, de problemas.</p>
<p class='blog'>Reparem que é muito comum essa tentativa nossa de acertar. Nós estamos tentando acertar, então nós temos perguntas do tipo: “Como fazer a coisa certa?” Ou: “Como agir sob pressão?” A nossa tentativa é de atender à vida, de atender a esse momento presente com uma ação que não produza sofrimento, uma ação que produza, de fato, resultados. Mas nós precisamos investigar claramente essa questão da ação.</p>
<p class='blog'>O que é a ação livre? O que é a ação inteligente? O que é a ação verdadeira? O que eu tenho dito aqui é que nossas ações não são ações reais, elas são ações falseadas pelo pensamento. Assim, quando nós temos ações que são impulsionadas pelo pensamento, nós temos ações conflituosas. Nossas ações são, basicamente, egocêntricas porque são ações que se baseiam no pensamento. Haverá uma outra qualidade de ação, que não se baseia no pensamento? </p>
<p class='blog'>Nossas ações têm sempre por detrás delas uma motivação, uma intenção, um desejo, um medo, uma apreensão. Há sempre o sentido de um "eu" presente em um movimento autocentrado, autointeresseiro, que se move com base no medo, com base no desejo, com base em escolhas. Tudo isso algo determinado pelo pensamento. Então, nós temos primeiro o pensamento, temos esse objetivo, que está centrado no próprio "eu", e depois temos a ação. Essa é a qualidade de ação que nós conhecemos, a ação centrada no pensamento, baseada no pensamento.</p>
<p class='blog'>Então, temos que investigar a natureza desse que age, desse que se move, desse que está sendo o fazedor das coisas, que é o "eu", o ego. A “pessoa”, como nós nos vemos, é aquela que está se movendo no mundo a partir do pensamento. A vida está a todo momento nos trazendo situações novas, novos desafios. Tudo na vida se constitui num movimento; esse movimento é a ação. Não há como, nessa vida, estarmos livres da ação. </p>
<p class='blog'>A todo momento nós estamos dentro de um movimento; esse movimento é a ação. O falar é uma ação, o gesticular é uma ação. Da manhã até à noite, desde que você sai da cama até a hora de dormir, você está sempre no movimento, e esse movimento é ação. Então, a todo momento nós estamos atendendo às solicitações da vida, na vida. A vida é esse desafio. A questão é como estamos atendendo a isso. </p>
<p class='blog'>O que tenho dito aqui – e você pode investigar isso, não apenas ficar nessas palavras concordando ou tendo uma inclinação para ler e discordar – é que nossas ações são egocêntricas, e por serem egocêntricas, por estarem centradas em uma identidade egoica que se vê separada do outro, da vida, das situações, nossa relação com tudo isso é uma relação de separação, de dualidade. E onde há separação, onde há dualidade, nessa noção "eu e o mundo", "eu e o outro", “eu e essa ou aquela situação", há, naturalmente, conflito, sofrimento, desejo, medo, autointeresse. </p>
<p class='blog'>A nossa vida no ego é uma vida nesse princípio de separação, dentro dessa dualidade. Nesta dualidade, nessa separação, há conflito. Assim, nossas ações são ações centradas no "eu", no ego. Aqui, nós precisamos investigar a natureza desse ego, desse "eu". O que é o “eu”? Quem sou eu? Então, qual é a verdade desse “eu”? </p>
<p class='blog'>Observe que esse “eu”, esse sentido do “eu” é um conjunto de lembranças, memórias, imagens. Se eu lhe perguntar: quem é você? Você vai dizer o seu nome e contar a sua história. Nós estamos identificados com a história que trazemos e com o nome que nós conhecemos a respeito de quem somos, porque nos identificamos com essa história, com esse corpo, com essa mente. Então, essa é a descrição desse “eu”. </p>
<p class='blog'>Esse “eu”, portanto, é um conjunto de lembranças, imagens, recordações, memórias, história – a história da família, a história da sociedade, a história do mundo. Tudo isso faz parte desse “eu”. A educação que recebemos, a religião onde fomos criados, o sistema político onde fomos educados. A sociedade nos educou, a cultura nos deu essa formação, e tudo isso é hoje parte desse movimento interno de memórias, de lembranças, de recordações, algo guardado nesse cérebro. Então, nós vivemos como uma entidade presente no mundo com um cérebro condicionado, numa vida já programada fisicamente, psicologicamente.</p>
<p class='blog'>Assim, nossa atuação no mundo, nossa atuação na ação, na relação com o outro, com nós mesmos, com objetos, com situações são ações programadas pelo pensamento; esse movimento é o movimento do "eu", do ego. Será essa a Verdade sobre quem realmente somos? Isso é o que realmente apresentamos ser, o que demonstramos ser, o que parecemos ser, o que a sociedade, a cultura, o mundo, a família, a história humana nos faz ser. Haverá alguma coisa além disso? </p>
<p class='blog'>Enquanto nós não descobrirmos a Real Verdade desse Ser que trazemos, nossas ações serão ações centradas no "eu", no ego, nessa “pessoa”. O ego é essa ignorância, a pessoa é essa ignorância. Esse "eu" vive nessa ignorância, com base num condicionamento psicológico, se movendo no mundo e agindo. Nós estamos criando problemas, vivendo com sofrimento, vivendo em problemas, produzindo problemas. Olhe para a situação do mundo, o caos em que nós nos encontramos, porque, na realidade, esse mundo externo é só uma expressão externa de nossa confusão interna. </p>
<p class='blog'>Vivemos, psicologicamente, nesse "eu", nesse ego presos à inveja, ciúmes, conflitos; há essa contradição entre os desejos dentro de cada um de nós, e isso se reflete nessa relação também com o outro. O estado psicológico do ser humano é de confusão, é de desordem, é de sofrimento, estresse, ansiedade, depressão, angústia, a dor da solidão, esse egocentrismo sendo expresso em atividades egocêntricas a cada momento. </p>
<p class='blog'>Então, a nossa forma de atender a esse desafio, que é a Vida acontecendo nesse instante, com base nesse pensamento, nesse modelo que vem do passado, nesse condicionamento que é o resultado de toda essa cultura, algo que vem do passado, uma ação desse tipo está criando confusão para nós, para o outro, no mundo. Aqui nós estamos descobrindo a arte de Ser Consciência, esse é o nosso trabalho com você. Estamos trabalhando com você o Despertar desse Ser Real que somos, que é o Despertar da Real Consciência. </p>
<p class='blog'>Nós conhecemos essa consciência comum. Temos falado muito disso aqui , da diferença entre essa consciência como nós nos vemos, como nós nos conhecemos, centrados dentro dessa mente condicionada, e de uma Realidade além disso: é essa Real Consciência. E nós estamos trabalhando com você aqui o Despertar dessa Real Consciência, desse Ser Real que somos. Alguns chamam isso de o Despertar Espiritual, a Iluminação Espiritual; é a ciência do seu Ser se revelando. </p>
<p class='blog'>A verdadeira ação é a ação da Inteligência, que nasce dessa visão da Realidade. Não há qualquer separação nesta ação. Nossa ação, quando nasce do pensamento, está carregada de uma intenção egoica. Há uma qualidade de ação livre desse pensamento condicionado, dessa mente condicionada, e esse é o assunto nosso aqui: lhe mostrar que, sim, é possível uma ação livre desse condicionamento psicológico.</p>
<p class='blog'>Temos que investigar a natureza desse "eu", desse experimentador, desse que cultiva esse modelo de pensamento condicionado, então podemos ir além do pensamento, então o pensamento cessa, essa condição psicológica, condicionada de ser desaparece. Algo novo surge para uma vida em Amor, em Felicidade, dentro dessa ciência de Deus, dessa ciência da Verdade.</p>
<p class='blog'>Nós aqui estamos aprofundando isso com você, explorando isso com você, lhe mostrando a possibilidade de, nesta vida, assumir a Realidade que você nasceu para assumir, que é a Realidade desse Ser, que é a Realidade de Deus, que é a Realidade de sua Natureza Essencial, de sua Natureza Divina.</p>
</div><div class="localdata">Dezembro de 2023<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-35303685530475794712023-12-26T15:00:00.001-03:002023-12-26T15:00:00.138-03:00Vida Divina | Iluminação Espiritual: uma questão da vida | A morte e o Estado de Turiya<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/oomXjp2S-w8' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Como questão da vida nós temos presente a questão da morte. Vamos trabalhar com você aqui essa questão, a questão da vida e da morte. Será que existe uma linha de demarcação, será que existe uma fronteira entre essa, assim conhecida, “vida” de todos nós e essa “morte”? </p>
<p class='blog'>Tudo o que nós temos como vida – observe isso de perto e você verá – é a continuidade da memória. Aquilo que nós chamamos de vida é a continuidade do nosso nome, da nossa história, dos nossos móveis, dos nossos imóveis, das pessoas com quem nós nos relacionamos, a história que conhecemos delas, a história que conhecemos sobre quem somos. </p>
<p class='blog'>Então, aquilo que nós temos chamado de vida consiste em ganhar, perder, obter, acumular, buscar mais, a procura da satisfação, da paz, da felicidade, tudo isso nós chamamos de vida. Estamos diante da continuidade da memória. Assim, aquilo que nós chamamos de vida, que nós consideramos vida é, simplesmente, a continuidade dessa “pessoa”, dessa entidade que acreditamos ser. Assim, tudo o que nós temos dentro dessa memória, dessa continuidade é a continuidade do “eu”, do ego. É isso que nós chamamos de vida. </p>
<p class='blog'>Quando nos deparamos com o fim disso nessa, assim chamada, “morte”, nós criamos uma separação. Já percebemos que nessa conhecida morte nós temos o fim para essa memória, temos o fim para essa continuidade, e isso nos causa medo. Então, para nós a morte é, na verdade, o desconhecido. </p>
<p class='blog'>Nós não sabemos o que, na verdade, é a morte. Em razão desse medo de perder essa continuidade, de perder esse conhecido, nós temos criado crenças. As crenças religiosas nos dão conforto, nos dão consolo, nos mostram a possibilidade da continuidade, da continuidade exatamente dessa memória nessa, assim conhecida, “pós-morte”. </p>
<p class='blog'>Então, o que nós temos aqui? Uma ponte, ou procuramos criar uma ponte entre esse nosso conhecido, que é a história, a memória, a continuidade do “eu”, do ego com aquela outra coisa desconhecida chamada morte. Assim, nós projetamos nesse “pós-morte” a continuidade desse “eu”. É isso que nas religiões nós temos como a questão do “pós-morte". Então, nós temos a ressurreição, temos a reencarnação, temos céu, temos inferno. Nós ficamos para escolher ou para ver o que mais convém para nós em termos de aceitação no que acreditar. Tudo isso fazemos porque, na verdade, nós temos “medo”, o medo do fim dessa continuidade. </p>
<p class='blog'>Então, na verdade, não sabemos o que é a vida sem a continuidade do ego, e não sabemos o que é essa, assim chamada, “morte” sem essa continuidade do ego. Assim, nós projetamos um ideal de futuro nessa coisa chamada “pós-morte” para isso que está aqui, agora, nesse momento, dentro dessa continuidade. Então, nós temos no “pós-morte” a continuidade dessa, assim conhecida, “vida”. Será que isso tem realidade? Ou essa realidade ainda está dentro do conhecido? </p>
<p class='blog'>É isso que temos dito aqui para você. Estamos investigando esse assunto aqui com você. Nós estamos aqui interessados na compreensão do que representa o fim do conhecido, portanto, o fim do ego, dessa, assim chamada, “continuidade”, que é a continuidade de vida do “eu”, do ego. Então, o que ocorre com o ser humano é que ele não está interessado em investigar a natureza da Verdade da vida, o que significa a Realidade de uma vida livre do conhecido. Ele se mantém dentro desse modelo do conhecido nessa, assim chamada, “vida”, e projetando esse conhecido para essa, assim chamada, “morte”. Então, nós temos essa, assim conhecida, “vida” no presente e essa projeção desta vida em sua continuidade no futuro, nessa chamada “morte”. </p>
<p class='blog'>A pergunta aqui é: será que podemos descobrir a Verdade da vida livre dessa continuidade do “eu”, do ego, com seus medos, desejos, apegos, bens materiais, relacionamentos com pessoas? Podemos descobrir a Verdade do fim dessa continuidade da memória? Eu me refiro a essa memória psicológica, isso aqui em nós que sustenta essa entidade, que é “eu”, o ego, que mantém essa continuidade do “eu”, do ego. Esse ego vive no medo, e o medo dele é perder o que ele conhece. Então, é muito interessante tudo isso. </p>
<p class='blog'>A questão do medo da morte, que tem criado essas projeções da continuidade, é uma projeção do ego. É a busca desse ego dentro dessa continuidade em se encontrar no futuro com tudo o que ele já conhece, seus entes queridos, uma vida melhor. Essa “vida melhor” está dentro da continuidade daquilo que já se conhece. Tudo o que se pode descrever no “pós-morte” está dentro do conhecido, então se trata de uma continuidade do ego, se trata de uma continuidade de uma vida ainda presa à condição do passado, do tempo. </p>
<p class='blog'>Haverá uma Real Vida fora da continuidade do “eu”, fora da continuidade desse tempo psicológico, dessa busca de segurança psicológica em projetos do futuro do “pós-morte”, em ideais, em crenças? O trabalho do Despertar da Consciência, da Revelação do seu Ser é o contato com a vida, com a morte. Mas morte é vida, vida é morte, não há qualquer transição, não há qualquer mudança, porque não estamos tratando aqui, agora, de algo que está dentro do tempo. </p>
<p class='blog'>A Realidade deste Ser que somos não nasceu, não está vivendo no tempo e não irá morrer. A ciência do Despertar da Verdade, do Despertar da Consciência, da Verdadeira Iluminação Espiritual é o fim da continuidade do “eu”, do ego, portanto, é o fim da continuidade dessa, assim chamada, “vida” e dessa, assim chamada, “morte”. </p>
<p class='blog'>A pergunta aqui é: podemos entrar em contato com a beleza da morte agora, aqui? A morte como o fim da continuidade de tudo aquilo que conhecemos. Morrer nesse instante para nossos desejos, medos, apegos, experiência com objetos, com pessoas, nossas fixações nos relacionamentos de prazer e de dor, relacionamento com objetos, numa relação também com lugares, num relacionamento também com pessoas. </p>
<p class='blog'>O fim da ilusão da pessoa, do “eu”, do ego aqui é o fim da pessoa desse “eu”, desse ego aí. Então, estamos diante de Algo desconhecido. Esse Desconhecido é a Verdade da morte. Então, a Realidade do Desconhecido, a Realidade da morte pode ser compreendida agora, aqui, quando não há mais essa continuidade para esse conhecido, que é o “eu”, o ego. </p>
<p class='blog'>Esse é o nosso assunto aqui com você. Estamos investigando a Natureza da Verdade desse Ser que está fora dessa conhecida vida e dessa projetada, idealizada morte ou “pós-morte”. A Verdade Divina, a Verdade que somos, a Verdade de uma vida livre do ego é a Verdade dessa morte do tempo psicológico, desse tempo que sustenta essa continuidade. Compreendam isso aqui. Toda essa continuidade do ego está nesse movimento desse tempo psicológico, uma idealização do pensamento, algo assentado na memória. </p>
<p class='blog'>Repare que tudo aquilo que você conhece está dentro da memória. Tudo isso faz parte dessa consciência, que é a consciência do “eu”. Não há qualquer consciência sem memória. Você não pode ter consciência daquilo que é desconhecido. A referência da consciência é a relação da ciência do conhecido. Você tem ciência do que conhece. Você pode imaginar o desconhecido; essa imaginação do desconhecido é o conhecido ainda sendo projetado, então, não se trata do desconhecido, mas de uma ideia ainda, de um pensamento, de uma projeção do próprio pensamento. Reparem como é fascinante a compreensão clara disso aqui.</p>
<p class='blog'>Nossa esperança é algo dentro do conhecido, é parte daquilo que o pensamento constrói. Se aqui estamos tratando da Realidade Divina, da Realidade de Deus, da Real Vida, não podemos estar sinalizando Ela ou marcando Ela com as marcas do conhecido. A Real Vida não tem o sinete ou selo do conhecido. O convite para a Realização do seu Ser é para a Verdadeira Vida. A Verdadeira Vida está presente quando o “eu” não está, quando o conhecido desaparece, quando existe a morte para tudo isso. </p>
<p class='blog'>Assim, a coisa mais importante na vida é descobrir a beleza de morrer psicologicamente. A grande beleza na vida consiste em morrer a cada instante para o passado, para o tempo psicológico, para o movimento da mente, para esse movimento que é a ação da continuidade. Nossas ações egocêntricas se processam nesse movimento da continuidade do “eu”. Apenas quando o ego em seu movimento dentro do conhecido não está mais presente é que essa Real Vida Divina, essa Verdadeira Vida Real se revela, então, não há nenhuma separação aqui, nesse instante entre esse contato com a Realidade do fim do “eu”, do ego, dessa continuidade e a própria Vida.</p>
<p class='blog'>Esse encontro com a Realidade de Deus é o encontro com a Realidade que está além do conhecido. Então, as expressões “vida” e “morte” desaparecem. A noção desse “estar vivo” ou desse “estar morto” não está mais presente para aquilo que aqui é Real e que está além de tudo aquilo que é conhecido, e de tudo aquilo que o pensamento também projeta, ainda, para o desconhecido, o que ainda é parte do movimento dele, o que ainda é parte do movimento do conhecido.</p>
<p class='blog'>Há uma Realidade Divina presente quando o seu Ser, que é a Verdade de Deus, se revela, e isso é o fim para todo o conhecido. Então, esse é o fim para a morte, assim como é o fim para essa conhecida vida, assentada, psicologicamente, no pensamento, na memória. Percebam a beleza do que estamos colocando aqui para você. A Verdade do Samadhi é a Verdade dessa Realidade Divina. Os Sábios na Índia têm uma expressão para essa Realidade fora do conhecido, fora daquilo que o pensamento projeta como vida e morte, é Você em seu Estado Divino, em seu Estado Natural, que é o Estado de Turiya.</p>
<p class='blog'>O Estado de Turiya é o Natural Estado de Ser Pura Consciência, além de vigília, sonho e sono profundo, além de nascimento e morte. O seu Natural Estado de Ser é o verdadeiro Estado de Pura Consciência, de Pura Presença. Então, isso é o fim para o conhecido, isso é o fim para todo esse movimento do ego, do “eu”. Não é a inabilidade de lidar com o sonho. Neste sonho, tudo ainda continua presente: relacionamento, família, casa, móveis, imóveis, mas não há mais essa ilusão de uma identidade presente, que é o “eu”, o ego tendo essa continuidade.</p>
</div><div class="localdata">Dezembro de 2023<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-27664406249280756862023-12-21T15:00:00.000-03:002023-12-21T15:00:00.141-03:00Ação livre do ego | A Verdade do Autoconhecimento | Real Atenção Plena | Condicionamento psicológico<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/AlRDxgAxVUI' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>Nós vamos trabalhar com você aqui a questão da ação. Temos aqui um assunto muito importante para investigarmos juntos: a origem da ação. O que são nossas ações? De onde elas procedem? Por que temos a intenção de acertar fazendo a coisa certa? </p>
<p class='blog'>Nós também perguntamos: como agir sob pressão ou como agir com calma? Essas perguntas nós fazemos porque temos a intenção de acertar. Vejam como é importante essa questão da ação. O que são nossas ações? Por que, apesar disso, nós não temos uma ação completa? </p>
<p class='blog'>Aqui eu me refiro a uma ação que seja, de verdade, harmoniosa, feliz, inteligente. O que ocorre conosco no que diz respeito à ação? Nós queremos acertar, e muitas das vezes percebemos que nossas ações trazem exatamente os frutos que nós não esperávamos, nos deparamos com os resultados que nós não aguardávamos. </p>
<p class='blog'>Por que não temos uma ação sábia, uma real ação, uma inteligente ação? Esse é o nosso assunto aqui com você. A resposta para isso é porque nossas ações – observem – ou nascem do desejo – o desejo de alcançar, de realizar, de obter, de fazer, de conquistar – ou nascem do impulso, da sugestão, da implicação da presença do medo. Então, nós temos tanto o medo, como o desejo. </p>
<p class='blog'>Em geral, não percebemos que somos impulsionados também pelo medo para uma linha de comportamento, de conduta, de ação. É natural que nossas ações, quando nascem desse medo – o medo de não conseguir, de não obter ou pelo medo para se livrar, para rechaçar uma determinada coisa –, quando elas têm por princípio o desejo e o medo, nós temos presente a ação que tem por princípio um elemento, esse elemento é o "eu", o ego. </p>
<p class='blog'>Como surgem nossas ações? Surgem os pensamentos, esses pensamentos estão assentados em nós com base em lembranças, recordações, imagens guardadas, memórias. Então, essas memórias, lembranças, recordações são os pensamentos; esses pensamentos nos impulsionam, pelo desejo ou pelo medo, a tomarmos ações. Essas ações são ações egocêntricas. Assim, nossas ações são meras atividades egoicas, meras atividades egocêntricas. Essas ações não são completas, não são íntegras, não são verdadeiras. O ponto é que não há inteligência nesse tipo de ação. </p>
<p class='blog'>A verdade de nossas ações é que noventa e nove por cento delas são impulsionadas por esse modelo, que é o pensamento. Pode não estar tão clara essa questão do desejo por detrás da ação ou o medo por detrás da ação, mas, notem, há sempre uma intenção, uma motivação, uma emoção, um sentimento, uma sensação nos impulsionando à ação. E de onde isso provém? Qual é a natureza disso?</p>
<p class='blog'>Reparem, a natureza sempre é do experimentador, daquele em nós que está vivendo com base em lembranças. Essa é a vida da “pessoa”, essa é a vida do "eu" em cada um de nós. Aquilo que somos, aquilo que apresentamos ser, aquilo que demonstramos ser é a base do nosso comportamento, e isso é, basicamente, pensamento, memória, lembranças, experiências. </p>
<p class='blog'>Então, o que são nossas ações? São ações centradas no ego. Esse modelo de atividade egoica, de ação egocêntrica vem sendo o nosso comportamento. A humanidade, ao longo de todos esses séculos, está vivendo assim. Nós aprendemos isso, nós temos isso como uma herança. Nós carregamos esse comportamento em razão de nossa cultura. Nossas ações são ações centradas no "eu". </p>
<p class='blog'>A pergunta é: o que é esse "eu", o que é esse ego? Condicionamento. Um padrão de ação, de pensamento, de sentimento, de emoção, desejo, medo, que é o resultado de uma cultura humana, de uma sociedade, de um mundo que recebemos por herança. Nós estamos aqui apenas dando continuidade às velhas ações, aos velhos comportamentos, a esse velho modelo de existência dos nossos pais, avós, bisavós, das gerações que chegaram aqui antes de nós. </p>
<p class='blog'>Então, o que estamos investigando aqui com você? Nós estamos, primeiro, nos tornando cientes disso. Precisamos nos tornar plenamente cientes da confusão em que nós nos encontramos fisicamente, emocionalmente, psicologicamente. Aqui a confusão é o resultado de um programa de condicionamento, esse modelo programado onde há essa forma de sentir, de pensar e de agir dentro desse condicionamento psicológico, emocional e físico. Esse tem sido o nosso padrão, esse tem sido o nosso condicionamento. </p>
<p class='blog'>Haverá uma outra forma de atuarmos no mundo? O ponto é que, enquanto houver a presença desse "eu", desse ego – o que representa todo esse condicionamento humano em nós –, tudo continuará da mesma forma. Nossa ênfase aqui está em estudarmos a nós mesmos, irmos além dessa condição, que é a condição do ego. Esse ego é esse elemento em nós que nos separa, nos divide, que sustenta sempre a separação, que está sempre se movendo dentro de um padrão comum a todos. </p>
<p class='blog'>Nossas ações são ações conflituosas, são ações egocêntricas, que produzem sofrimento, desordem, confusão, porque são ações egoístas. Será possível uma vida neste mundo livre desse ego? Então teremos uma nova qualidade de ação, totalmente diferente da ação que nós conhecemos. </p>
<p class='blog'>Não é possível viver a vida isolado, separado. A nossa vida é uma vida, sim, de relações. Estamos sempre em relação com o outro, relação com as próprias ideias particulares, relação com os pensamentos, com os sentimentos, com as emoções. Estamos sempre em relação com objetos, com situações, com circunstâncias surgindo. É impossível uma vida isolada, sem uma relação, sem essas relações. E a presença dessas relações implica a presença da ação. Então, não há como escaparmos das ações; elas irão ser tomadas, elas acontecerão, elas surgirão em meio a essas relações. </p>
<p class='blog'>Assim, se não compreendermos a verdade de nossas ações, o que requer a compreensão das nossas relações, o que requer a visão da verdade desse "eu" que está em contato com tudo isso, não haverá a Verdade em nossas vidas, e sem a presença da Verdade, não pode haver Paz, Liberdade, Amor. Então, vejam como é delicado tudo isso. </p>
<p class='blog'>Nós estamos na vida, e a vida implica em relações, em ações, a cada momento nós nos deparamos com uma nova situação. Reparem como é intrigante isso: a cada instante este instante é um novo momento, ele tem uma nova representação, o que implica a presença de um novo desafio. </p>
<p class='blog'>A forma como atendemos a esse desafio, a forma como atendemos a essa relação representa a qualidade de ação acontecendo. Se esta ação nasce do desejo, do medo, do motivo, da intenção, da ideia, do plano, do propósito, do sentimento, da emoção, ela está nascendo desse centro que é o "eu", o ego. Talvez você diga: “Mas como é possível uma ação diferente dessa?” Uma ação diferente dessa é uma ação livre do ego, portanto, é uma ação livre desse centro que é o "eu". </p>
<p class='blog'>Qual é a verdade desse “eu”? A verdade desse “eu” é que este “eu” é um condicionamento, é uma forma de lidar com o outro na relação e, portanto, com o outro na vida. Então, o que temos aqui é uma forma de sentir, de perceber e de se relacionar com o outro. Isso vem se repetindo em nossos cérebros, porque temos um cérebro condicionado dentro da cultura para sempre repetirmos os mesmos velhos padrões de nossa civilização, de nossa humanidade. </p>
<p class='blog'>A compreensão do movimento do “eu” é o fim para esse movimento, então nós temos a possibilidade de uma ação de outra ordem, de uma qualidade nova: a ação da Inteligência, dessa Real presença Divina, que é a Verdade desse Ser quando esse “ser” que parecemos ser não está mais presente, é a Verdade de uma ação livre de todas essas complicações criadas pelo pensamento. </p>
<p class='blog'>O nosso pensamento nos impulsiona à ação. Essa ação está centrada no “eu” por diversas razões, mas quando esse “eu” não está mais presente – quando há o fim para essa dualidade, que é a noção de um “eu” na relação com o outro, com a vida, com nós mesmos, com objetos, com situações – nós temos uma ação Divina, a Verdade da ação livre do ego.</p>
<p class='blog'>Então, o propósito do Autoconhecimento é a ação livre do ego. Aqui eu me refiro à Verdade do Autoconhecimento, não o que alguns chamam aí fora de “autoconhecimento”. A base para uma vida livre do ego está na compreensão da Verdade do Autoconhecimento e da Real Meditação de uma forma prática.</p>
<p class='blog'>Então, esse é o nosso trabalho aqui com você. Estamos insistindo nisso, na possibilidade de uma vida sem sofrimento, onde temos a presença do Amor, da Liberdade, da Paz, da Verdade. Alguns chamam isso de o Despertar Espiritual, o Despertar da Consciência, a Realização de Deus. O ponto é que esses nomes não importam, o que realmente importa é compreendermos o que é essa ação. </p>
<p class='blog'>Uma vez que você tome ciência de como esse “eu”, esse ego funciona, essa Atenção – a simples e direta Atenção sobre esse movimento – é o fim para esse movimento. Não se trata de um esforço, de uma dedicação. O esforço implica a presença de “alguém” no esforço; a dedicação implica a presença de “alguém” na dedicação. Aqui, no entanto, se trata da simples disposição de observar, de se tornar ciente desse "mim", desse "eu". Então temos uma aproximação da Verdade dessa Atenção, dessa Plena Atenção sobre nós mesmos. Essa Atenção Plena, esse olhar é algo extraordinário. </p>
<p class='blog'>Nessa Real Atenção Plena não há o esforço, não há a autodisciplina, porque o “eu” não está envolvido para traduzir, interpretar ou tentar ajustar aquilo que está sendo constatado, para transformar isto em alguma outra coisa. É necessário compreendermos essa questão do controle, do ajustamento, da autodisciplina. Nada disso é real dentro de uma Atenção onde há simplesmente o interesse Real de olhar, de observar o movimento do “eu”, que se move pelo desejo, pelo medo, pela intenção, pela motivação, pelo pensamento. Então nós temos o fim para essa ação egocêntrica, temos a Revelação da Verdade de Algo além do "eu" aqui e agora.</p>
<p class='blog'>Assim, aqui estamos apontando esse assunto aqui pra você, a importância de uma vida livre do ego, de uma vida livre de toda forma de sofrimento, uma vida onde haja a presença da ciência da Realidade de Deus, que é esse Ser, Isso é o fim da dualidade. A Realidade d’Isso é aquilo que os Sábios na Índia chamam de Advaita, a Não dualidade, a Não separação.</p>
</div><div class="localdata">Novembro de 2023<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4827514572404507805.post-77146212220395799612023-12-19T15:00:00.002-03:002023-12-19T15:00:00.134-03:00Autoconhecimento e ação livre do ego | Real Meditação | Não há dualidade | Despertar Espiritual<div class='video-responsive'><iframe src='https://youtube.com/embed/jk6BvxwXsKE' frameborder='0'></iframe></div><div>
<p class='blog'>A pergunta é: quando teremos realmente uma ação Real, uma ação Verdadeira, uma ação que seja, de fato, Inteligente, Sábia, que não esteja mais produzindo sofrimento nem para nós, nem para o outro? Será possível uma qualidade de ação assim?</p>
<p class='blog'>Notem que nós temos ações das quais nós nos arrependemos. Nós tomamos resoluções na vida e elas nos levam a ações que produzem frustrações, que produzem sofrimento, que produzem conflito e problemas não só para nós, como para o outro. E a gente quer sempre acertar. </p>
<p class='blog'>Quando, por exemplo, a pessoa pergunta: “Como fazer a coisa certa?” “Como agir sob pressão?” “Como acertar?” “Como agir corretamente?” São perguntas que nós fazemos porque temos a intenção de agir com Inteligência. O ponto é que não há Inteligência. Não sabemos o que é a ação, não sabemos o que é a Inteligência. No entanto, na vida nós somos solicitados a todo o momento para atender à vida na ação. Tudo é ação, elas acontecem, elas ocorrem. </p>
<p class='blog'>Ler aqui é uma ação. O movimento da manhã até a noite: levantar-se da cama, tomar o café, ir para o trabalho, tudo isso é ação. Então, nós temos ações físicas, ações intelectuais. As emoções se movem, e o movimento de uma emoção é ação. Onde há movimento, o que temos presente são ações. A vida nos traz o desafio e espera que esse desafio seja atendido com uma ação. Então, a todo o momento estamos sendo solicitados para a ação. A questão é que não sabemos atender a essas ações, porque nossas ações nascem do passado. Sim, nascem do passado. </p>
<p class='blog'>Todas as experiências pelas quais passamos estão agora registradas em nós. Esse experimentador é que atua, é que opera, é que faz, é que realiza a ação quando a vida solicita, e essa ação, como ela nasce do experimentador, nasce do passado. O problema é que atender à vida nesse momento requer uma ação adequada, e esse passado é a tentativa de um mero ajustamento a este instante, a este momento, a este desafio. </p>
<p class='blog'>Reparem porque nossas ações são ações conflituosas, problemáticas e que produzem sofrimento, não só para nós, como para o outro, para o mundo à nossa volta. Porque são ações que esse experimentador traz, que ele tem, que é um mero ajustamento a esse instante. Uma ação que nasce do pensamento não atende a esse momento, porque é uma ação que nasce do passado. Apenas em um nível, que é o nível prático, técnico e funcional a ação, que tem por princípio o conhecimento, o pensamento e a experiência, é a ação simples, é a ação natural, que não produz problemas. </p>
<p class='blog'>Trabalhar em uma profissão requer pensamento, conhecimento, experiência, então você faz uso disso operando, realizando, fazendo. Nesse nível, a ação é simples, é natural. O problema surge quando, psicologicamente, o sentido do “eu”, da “pessoa” está presente agora, neste instante. Então, nossa atuação, nossa operosidade com base no “eu’, no ego é a ação que causa problemas. Eu tenho chamado essa ação de atividade egoica, atividade egocêntrica. </p>
<p class='blog'>Não conhecemos uma ação livre do ego. Para que uma ação dessas se torne possível, precisamos compreender como nós mesmos funcionamos. Estudar a si mesmo é Autoconhecimento. Estudar esse movimento do “eu”, do experimentador, desse pensador em nós é Autoconhecimento. Quando há essa Verdade do Autoconhecimento, se torna possível uma ação livre do ego. É nisso que estamos interessados aqui. </p>
<p class='blog'>Uma ação dessa qualidade é possível quando há essa Realização do seu Ser, quando Algo além do “eu” está presente, além do ego, além desse movimento, que é o movimento egocêntrico. Então, essa ação egoica, essa ação desse centro que eu tenho chamado de ilusório, de falso centro não está mais presente. Assim, quando temos uma aproximação da Verdade sobre quem somos, esse elemento “eu”, o experimentador, o pensador é compreendido. Se ele é compreendido, esse sentido de separação que esse “eu” produz desaparece. Essa separação é o princípio da desordem, da confusão.</p>
<p class='blog'>Então, estamos aqui trabalhando com você o fim passa esse “eu”, para o ego, a Verdade da Revelação de sua Natureza Essencial, de sua Natureza Divina. Estamos tratando com você da questão da ação. Então, o que é a ação? A ação é aquilo que aqui acontece, que nesse momento se expressa quando o “eu”, o ego não está. Nós temos alguns breves momentos de ações assim. </p>
<p class='blog'>Diante de um pôr do sol é um momento de ação. Nesse olhar, entre os olhos e o pôr-do-sol, a separação desaparece; o sentido de “alguém” para obter, para ganhar, para se livrar, para realizar alguma coisa nesse instante não está mais presente. Então, nós aqui temos um exemplo de uma ação livre do “eu”, do ego. Nesse olhar há só o observar, há essa Presença do puro observar, da pura observação. Isso é ação, mas não há “alguém” nesta ação, não tem “alguém” vendo o pôr do sol. Há só o olhar, o observar, sem o observador. Essa pura observação é a ação livre do “eu”, do ego. </p>
<p class='blog'>Ao olhar para o rosto de uma criança, ela sorri e há uma resposta de sorriso, então há um desafio que está sendo atendido. Não há qualquer interesse, medo, desejo, busca de alguma coisa nesse sorriso, é só uma ação, um acontecimento. Nós temos momentos assim em nossas vidas, onde uma ação natural, espontânea, livre acontece e esse centro, que é o “eu”, o ego não está envolvido. Será possível uma vida onde possamos atender a esse momento desta forma? Sem colocarmos nunca esse elemento, que é o elemento “eu”, o ego, o pensador, o experimentador, esse que é o observador, sem colocarmos o sentido de uma identidade presente dentro da experiência? Então estamos diante de um experimentar livre do ego. Essa é a ação da Inteligência, é a ação dessa Presença, desse Ser, dessa Realidade Inominável, Desconhecida.</p>
<p class='blog'>Toda a nossa vida no ego é a particular vida desse “mim” nesse autocentramento, nesse egotismo, nesse egoísmo. Assim, todas as nossas atividades são para obter coisas, para realizar coisas, para fazer coisas. Há sempre por detrás disso uma motivação, uma intenção, um objetivo, um alvo, um propósito. Tudo isso nasce desse modelo, que é o modelo do pensamento com suas intenções, predileções, conceitos, escolhas, determinações. Essa é a qualidade de ação que, em geral, nós conhecemos. </p>
<p class='blog'>Então, há esse pensamento – a ideia –, a intenção e a ação. Esses três elementos sempre estão presentes na atividade egocêntrica. A Realização de Deus, a Realização deste Ser, desta Verdade – alguns chamam isso de o Despertar da Consciência, o Despertar Espiritual –, a Realização d’Isso é a resposta para uma das fundamentais questões da vida, que é essa questão da ação, da ação sem conflito, sem sofrimento, sem confusão. O fluir desse momento sem o sentido de um “eu”, de um ego, de uma “pessoa” presente é um fluir onde a Inteligência, a Sabedoria, a Verdade, a Realidade Divina estão presentes. </p>
<p class='blog'>Nós vivemos, psicologicamente, num estado de insanidade, de confusão, de desordem. Desordem emocional, desordem sentimental, desordem de pensamentos, e é natural que nossas ações acompanhem isso. Vivemos psicologicamente em desordem, emocionalmente em desordem, e é natural que fisicamente estejamos em desordem. Nossa relação com objetos, nossa relação com lugares, com as próprias ideias, com as pessoas à nossa volta, com familiares, colegas de trabalho, nossa relação com o mundo à nossa volta é conflituosa, é problemática porque nossas ações estão centradas no “eu”. São meras atividades egocêntricas.</p>
<p class='blog'>A presença da Verdadeira Inteligência, da Real Inteligência é a visão da Sabedoria, é a visão da Compreensão. A beleza disso é que não há nenhum intervalo entre essa visão da Sabedoria, da Inteligência e a ação acontecendo. Diferente da ação onde nós temos o pensamento, a intenção e o autor da ação, como na atividade egocêntrica, nessa atividade do “eu”, que é a atividade mais comum que nós conhecemos. A diferença desta atividade para a ação Real, Verdadeira é que não há qualquer espaço entre a Compreensão, a Inteligência, a Sabedoria e a ação. Não há qualquer espaço porque não existe nenhuma dualidade, não existe esse “eu e a outra coisa”, “eu e a ação". Nessa relação com o outro, com a vida, com o mundo, não há mais esse “eu e a outra coisa”.</p>
<p class='blog'>Reparem o que estamos sinalizando aqui para você. Quando há essa Verdade da Compreensão deste Ser, há essa Verdade da ação livre do ego. Isso é Algo possível, isso é Algo que está disponível para cada um de nós quando esse sentido desse “mim”, desse “eu” não está mais presente se movendo nesse mundo de relações com objetos, com pessoas, com lugares, com situações. Ter uma visão de si mesmo é descartar esse sentido do “eu”. A Verdade da aproximação da Meditação, da Real Meditação de uma forma vivencial torna isso possível.</p>
<p class='blog'>Nossos encontros têm como propósito investigar isso com você. Não se trata de simplesmente acompanhar intelectualmente esses textos, mas de trabalhar isso. Descobrir essa arte de olhar para si mesmo, vendo esse sentido de um “eu” por detrás desse pensamento, desse sentimento, dessa percepção, desse movimento, dessa intenção de ação. Tomar ciência desse “eu”, desse elemento que separa, que divide, que coloca a experiência separada desse experimentador, e que atende a esse instante com base nesse experimentador, nesse que vem do passado. </p>
<p class='blog'>Percebam como é fascinante a compreensão disso. Esse momento é um momento de puro experimentar, não requer a presença do experimentador e, no entanto, colocamos esse elemento que se separa desse puro experimentar, desse instante que é novo, único, singular, colocamos esse elemento que vem do passado, que é o “eu”, o ego, o pensador, o experimentador. Quando isso ocorre, temos essa separação e há esse intervalo. É por isso que surge o pensamento, a intenção e a ação. Isso é conflito. Então, jamais a ação aqui, neste instante, é atendida de uma forma completa, única. Fica sempre essa incompletude. </p>
<p class='blog'>Essa limitação é a raiz do conflito, é a raiz da contradição, é a raiz do problema dentro da ação, então a ação nunca se completa, porque o elemento “eu”, o ego está presente. Esse elemento experimentador absorve esse instante, então, aquilo que é aqui, agora, novo, único, esse novo é absorvido por esse velho, que é o experimentador, o passado. </p>
<p class='blog'>Então, atender a esse instante de uma forma Real, Verdadeira, Completa é algo que se torna possível quando o “eu” não está, então, há um experimentar Direto, Real. Então é a Vida. A Vida é essa ação. Esse sentimento de separação não está mais presente. Uma vida assim é uma vida em Amor, em Compaixão, dentro dessa visão da Realidade, que é a Realidade de Deus. Alguns chamam isso o Despertar Espiritual. É o Despertar desse Ser, dessa Verdade que trazemos. Outros chamam isso de Iluminação Espiritual. O ponto é que Aquilo que é Você em seu Ser é essa ação sem qualquer separação. Tomar ciência dessa Realidade Divina, que é a Realidade aqui e agora, desse experimentar livre do experimentador, que é o “eu”, o ego, isso é o fim da confusão, é o fim da desordem, é o fim do sofrimento.</p>
</div><div class="localdata">Novembro de 2023<br>Gravatá/PE<br> <a href="https://mestregualberto.com" target="blank">Mais informações</a></div>Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/08259651757271511545noreply@blogger.com0